Número de propostas em Chamada Pública para aquisição de gás natural surpreende responsáveis pelas distribuidoras

Diretores das cinco concessionárias de distribuição de gás natural canalizado que atuam nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e que são atendidas pelo GASBOL reuniram-se quarta-feira (3.4), em Campinas (SP), para analisar preliminarmente as propostas recebidas na Chamada Pública para aquisição de gás natural. O prazo de entrega das propostas terminou no dia 29 de março e foram recebidas 51 propostas, de 15 empresas diferentes, fato que surpreendeu positivamente os executivos.

 

Dentre as empresas que apresentaram propostas estão seis players globais, três comercializadoras, três de gás de síntese/renovável e três de GNL small scale. A previsão de conclusão desta etapa de verificação da aderência/conformidade das propostas ao edital é final de abril. A segunda etapa tratará do nivelamento das propostas e da solicitação de eventuais informações complementares, o que tem prazo estimado de 90 dias para ser finalizada. A terceira etapa já é a fase de negociação individual de cada distribuidora com as empresas, já que a chamada é coordenada pelas distribuidoras, mas os contratos são individuais e baseados nas necessidades de cada companhia.

 

Participaram da reunião, Antonio Rafael Cereser Pezzella, diretor-presidente da Sulgás, Rafael Lamastra Junior, diretor-presidente da Compagas, Walter Fernando Piazza Junior, diretor presidente da GasBrasiliano, Bernardo Celestino Prates, diretor técnico e comercial da MSGas e Rafael Rodrigo Longo, diretor técnico-comercial da SCGás.

 

Chamada Pública

 

Composta pelas empresas COMPAGAS (Companhia Paranaense de Gás), GasBrasiliano (Gas Brasiliano Distribuidora), MSGÁS (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul), SCGÁS (Companhia de Gás de Santa Catarina) e SULGÁS (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul) a Chamada Pública Coordenada, com volume total de aquisição de aproximadamente 10 milhões de m3/dia, visa encontrar novos agentes interessados na oferta do gás natural que atendam as expectativas do mercado.

 

Com o início do suprimento previsto para o ano de 2020, a iniciativa foi tomada após a elaboração de estudos específicos que indicaram a oportunidade de formatação conjunta de um edital e termo de referência para este fim. Juntas, as cinco distribuidoras atendem mais de 134 mil consumidores de gás natural e possuem mais de 4,4 mil quilômetros de redes de distribuição em 161 municípios.

A todos os municípios de MS: unidades móveis do Senai levam cursos de qualificação até onde os alunos estão

O famoso ditado popular “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai Maomé” também se aplica ao Senai quando o assunto é levar educação profissional a todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Ao todo, a instituição conta com 14 unidades móveis para levar cursos sobre rodas a todos os 79 municípios com o objetivo de qualificar mão de obra para atender as demandas das indústrias do Estado.

 

“Há quase 10 anos temos unidades móveis, todas equipadas para levar educação e tecnologia a todos os municípios, por mais remoto que seja o lugar. O Senai vem evoluindo nesse desenvolvimento com relação a levar a educação ao aluno para que tenhamos benefícios para o nosso maior cliente, que é a indústria”, afirmou o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo.

 

Ele acrescenta que as 14 unidades móveis podem oferecer cursos nas áreas de automação, comandos elétricos, mecânica diesel, manutenção de máquinas agrícolas, instrumentação e controle, panificação, solda, colheita florestal, CAD vestuário e lab cerâmica. “Além disso, a unidade multifuncional serve como uma sala de aula, podendo oferecer diversos cursos que precisam apenas de uma bancada pequena”, completou.

 

Ainda conforme Rodolpho Mangialardo, os cursos remotos em unidades móveis não estão limitados às carretas existentes. “A gente tem plena condição de desenvolver uma nova carreta, como já fizemos na região em Três Lagoas por causa da alta demanda em corte de eucalipto. Então nós podemos customizar uma unidade ou criar algo novo. Para esse ano, estamos reformando todas as unidades, tanto na parte estrutural como em equipamentos, e também vamos oferecer uma unidade móvel 4.0”, adiantou.

 

A nova unidade deverá atender conceitos da chamada 4ª Revolução Industrial, apresentando novas tecnologias e processos. “A ideia é que você entre na carreta como cliente, fazer o pedido e sair da carreta com o pedido entregue, seja ele impresso em impressora 3D, atrelado numa tecnologia e-commerce”, destacou o diretor-regional do Senai.

 

Miniescola

 

Em Vista Alegre, distrito do município de Maracaju (MS), o Senai levou uma miniescola para atender a população da região. Ao todo, são quatro unidades móveis que oferecem desde novembro de 2018 os cursos de tratamento de água e seus afluentes, mecânico de máquinas agrícolas, mecânico lubrificador, pedreiro de alvenaria e costureiro em customização de roupas.

 

A oferta faz parte de uma parceria entre a Senai e a indústria sucroenergética Brookfield Energy para beneficiar a Acomma (Associação Comunitária das Mulheres de Maracaju) e a comunidade local. Na avaliação da aluna Ligeane Alves Ossuna, que faz o curso de confeitaria, sem as unidades móveis do Senai seria muito difícil ter qualidade no desenvolvimento do curso.

 

“Nossa região é muito carente de serviços como esses e acho que não teria oportunidade de me qualificar aqui se não fosse pelo Senai, que tem me proporcionado a chance de melhorar de vida. Mesmo sem concluir o curso, já consigo produzir muitas coisas para vender e isso já está conseguindo ajudar a complementar a renda da minha família”, declarou Ligeane Ossuna.

 

Para a também aluna do curso de confeitaria, Erica Moreira de Macedo, as aulas do Senai têm proporcionado conhecimento único. “Aqui em Vista Alegre eu não conseguiria pagar esse curso hoje, que com certeza vai abrir muitas portas para o mercado de trabalho. Meu sonho realmente é ter um negócio próprio, mas só o fato de saber fazer doces, pães e bolos em casa para minha família já é um algo a mais. Sem falar que ter um diploma é uma conquista muito grande, a realização de um sonho que eu jamais teria como realizar”, ressaltou.

 

Do trabalho para o Senai

 

As unidades móveis também estão disponíveis para atender diretamente a indústria. Em Três Lagoas (MS), a unidade móvel de solda está instalada na indústria de celulose Eldorado para oferecer o curso de NR 18.11 (Norma Regulamentadora), relativo à segurança na operação de soldagem e corte a quente, aos trabalhadores da empresa, que não precisam se deslocar até a unidade do Senai localizada na zona urbana do município.

 

Lucas Marques da Silva é um dos alunos e viu na formação uma oportunidade de aperfeiçoar as técnicas. “Acho que quem trabalha fora de casa tem ainda mais dificuldade de buscar uma qualificação e a empresa e o Senai oferecerem esse curso aqui ajuda muito. Acredito que vou melhorar meu desempenho aqui, ajudar mais minha equipe e ser cada vez mais útil na empresa e, com isso, posso quem sabe alcançar um cargo melhor aqui dentro”, comentou.

 

Na mesma linha, o aluno Agnaldo Barbosa Pinto percebeu no curso oferecido pelo Senai uma forma de melhorar sua performance profissional na Eldorado. “Acredito que nesse mercado de trabalho vez mais exigente, é fundamental que busquemos sempre nos qualificar e nos atualiza e acho que esse curso aqui foi uma grande oportunidade, porque além de toda a qualidade da estrutura e do instrutor, não precisamos nos descolar no final do expediente até uma escola, por exemplo. Ter o curso no mesmo local do trabalho torna tudo muito mais fácil e acessível para nós e ajuda a melhorar nosso desempenho no trabalho”, concluiu.

 

Confira as 14 unidades móveis do Senai no Estado:

•Automação – 1 unidade

•Comandos Elétricos – 1 unidade

•Mecânica Diesel – 2 unidades

•Manutenção de Máquinas Agrícolas – 1 unidade

•Instrumentação e Controle – 1 unidade

•Panificação – 2 unidades

•Solda – 2 unidades

•Colheita Florestal – 1 unidade

•CAD Vestuário – 1 unidade

•Lab Cerâmica – 1 unidade

•Multifuncional – 1 unidade

Governo federal muda regras para compra de tecnologias da informação

O governo federal publicou hoje (5) no Diário Oficial da União novas regras para a compra de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). Segundo o Ministério da Economia, as normas visam reduzir a burocracia na aquisição de bens e serviços de informática, aumentar a transparência e diminuir a possibilidade de fraudes e de corrupção nesses processos.

 

A área já foi objeto de escândalos em razão das brechas para diversas formas de fraude e de corrupção, como a criação de empresas de tecnologia de fachada.

 

No ano passado, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Francisco Lopes, foi exonerado após denúncias de contratos com uma dessas firmas suspeitas, RSX, com sede em uma loja de bebidas.

 

As compras de TICs envolvem desde equipamentos – como computadores, acessórios e servidores – até serviços diversos, como armazenamento de dados de cadastros de pessoas, pagamentos de benefícios e de servidores, ferramentas de comunicações internas (como e-mail e chat) e gestão de patrimônio, entre vários outros.

 

Procedimentos movimentaram R$ 8,1 bilhões

 

No último ano, foram realizados 3.390 procedimentos deste tipo, que movimentaram R$ 8,1 bilhões. As mudanças vão impactar, portanto, uma despesa representativa do Executivo Federal, que, na avaliação da área responsável, a Secretaria de Governo Digital, funcionava duplicando esforços e desperdiçando dinheiro.

 

Para economizar, alguns tipos de gastos foram proibidos. É o caso da construção ou ampliação de centros de dados (data centers), estruturas onde ficam armazenados, por exemplo, os cadastros de beneficiários do Bolsa Família, de produtores rurais integrantes em programas de apoio ou de alunos inscritos em exames como o Enem.

 

No lugar, o governo deseja  que essas informações fiquem guardadas na nuvem. O termo é empregado na área para designar serviços prestados por empresas que armazenam esses registros em seus servidores. Os órgãos do governo deixariam de manter os centros de dados e passariam a acessar tais informações diretamente pela internet.

 

“É muito mais barato, pagamos por serviços mais utilizados e reduzimos a necessidade de fazer investimento em data center e estrutura de Tecnologia da Informação, que, além de caros, são complexos de manter”, disse o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luís Felipe Monteiro. Cada órgão poderá ter a “sua nuvem”, mas o plano do ministério é integrar essas bases de dados progressivamente, assim como os serviços de governo digital foram integrados no portal Serviços.gov.br.

 

Uma outra medida será a proibição de compras de softwares da área meio, como sistemas de licitação, de recursos humanos ou de compras. No lugar destes, a promessa é que o Ministério da Economia disponibilize soluções centralizadas que terão de ser adotadas pelas diferentes pastas.

 

“Há casos de vários órgãos públicos comprando o mesmo produto, enquanto que, se eles compartilhassem o produto, [isso] reduziria as despesas”, explica Monteiro. As normas vão reduzir as exigências de documentos visando facilitar o processo.

 

Decisões

 

As novas regras alteram os responsáveis pelas decisões de compras. Até então, cada órgão público definia suas prioridades e executava os processos. A partir de agora, as maiores aquisições (acima de R$ 28,6 milhões) deverão passar pelo Ministério da Economia, que terá um comitê técnico para analisar a demanda.

 

Em valores acima de R$ 57,2 milhões, os processos serão submetidos a um comitê de compras centralizadas. “Isso reduz em muito o risco de um aprisionamento, ou decisão enviesada do gestor para grandes compras”, argumenta o secretário.

 

Esses grandes procedimentos representam 15% do total. A maior parte dos R$ 8,1 bilhões é formada por compras de menor valor. Para essas, a intenção do governo é fragmentar as decisões, com mais pessoas avaliando a escolha de um determinado fornecedor. O objetivo é que isso reduza a possibilidade de corrupção ao tirar o poder de um só chefe ou servidor.

 

Processos

 

Outra mudança atingirá os processos, que passarão a ter mais obrigações de transparência. Os documentos relativos ao planejamento da compra deverão ser publicados antes do edital.

 

Com isso, o propósito é que tanto empresas participantes dos certames como órgãos de controle (como a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União) possam fiscalizar e identificar eventuais vieses (como a definição de especificações técnicas que favoreçam um determinado fornecedor).

 

Com a publicação dos instrumentos antes do pregão, os concorrentes podem apontar o dedo e fazer eventuais questionamentos no nível administrativo. Como tudo se tornou transparente, o próprio órgão de controle pode interceptar na hipótese de aprisionamento.

 

“Com essa maior transparência e maior controle, o mercado vai poder concorrer em condições iguais”, argumenta o secretário de Governo Digital.

 

Essas obrigações de publicação serão aplicadas a qualquer processo de aquisição envolvendo valores acima de R$ 17,7 mil. Até então, a necessidade de planejamento era uma condicionante apenas em processos de escolha de no mínimo R$ 176 mil.

 

 

Fonte: Agência Brasil

Inflação para famílias com renda mais baixa sobe para 0,67% em março

O Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, é de 0,67% em março.

 

A taxa ficou acima do 0,49% de fevereiro. Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,77% no ano e 5,42% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (5),  no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

O sistema de transporte público de Fortaleza e da região metropolitana opera abaixo do normal nesta segunda-feira (7), segundo informou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus).
De fevereiro para março, tarifas de transportes subiram de 0,22% para 1,27%      (Arqujivo/José Cruz/Agência Brasil)

 

 

Os IPCs são calculados com base em preços coletados em sete capitais: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador.

 

A inflação medida pelo IPC-C1 em março ficou acima das taxas observadas pelo Índice de Preços ao Consumidor–Brasil (IPC-BR), que apura a variação da cesta de compras para todas as faixas de renda. O IPC-BR registrou inflação de 0,65% em março e 4,88% em 12 meses.

Em março, quatro das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram aumento de fevereiro para março: transportes (de 0,22% para 1,27%), alimentação (de 0,97% para 1,23%), vestuário (de -0,04% para 0,61%) e educação, leitura e recreação (de -0,24% para 0,1%).

Quatro grupos de despesa tiveram queda na taxa no período: habitação (de 0,4% para 0,2%), saúde e cuidados pessoais (de 0,5% para 0,25%), despesas diversas (de 0,08% para -0,15%) e comunicação (de -0,05% para -0,06%).

 

Fonte: Agência Brasil