Fiems e Prefeitura de Ponta Porã iniciam projeto para implantar polo de tecnologia no município

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, apresentou ao prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo, projeto para implantar no município, que faz fronteira com o Paraguai, um Polo de Energia Renovável e um Núcleo de Produção e Tecnologia. Em reunião realizada nesta sexta-feira (12/04), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), Longen, acompanhado do diretor-corporativo Cláudio Alves, apresentou sugestões de direcionamento para colocar o projeto em prática e, assim, transformar a faixa de fronteira em um local que vai reunir startups e empresas de inovação, gerando empregos e movimentando a economia.

 

O próximo passo, afirma o presidente da Fiems, é buscar o apoio do Governo do Estado e parcerias com instituições de ensino e institutos de pesquisa. “A Fiems vem buscando criar novas frentes de investimento e os polos de inovação e tecnologia são essenciais para movimentar a economia e gerar empregos. A Fiems está colaborando com Ponta Porã neste sentido, com um projeto que será de suma importância, não só para a região, mas para todo o Brasil. Mato Grosso do Sul vai sair na frente e esperamos, agora, conseguir espaço para apresentar ao governador este projeto que traçamos para desenvolver o Estado”, disse.

 

Claudio Alves acredita que, com a união da indústria, universidades e o poder público, Ponta Porã pode se tornar uma potência tecnológica, abrigando toda a cadeia produtiva, desde a pesquisa e o desenvolvimento até a fabricação do produto. “Queremos criar um polo de inovação que reúna tudo o que há de mais novo sendo criado no mundo e focado na produção de energias renováveis, já que produzir energia limpa é uma tendência mundial. Ali você teria startups, empresas de inovação desenvolvendo tecnologias, componentes e conhecimento”, explicou o diretor-corporativo da Fiems.

 

Repercussão

 

O prefeito de Ponta Porã destaca a vocação do município para atrair investimentos, em razão de fatores como a Lei de Maquila, do Paraguai, e o Fomentar Fronteiras, de Mato Grosso do Sul, que facilitam a instalação de empresas. “Estamos focados nessa questão de novas tecnologias e inovação para a área de fronteira, principalmente porque o Paraguai tem grandes atrativos para novos investimentos”, recordou.

 

Hélio Peluffo acrescenta que a Prefeitura de Ponta Porã fará a sua parte naquilo que lhe couber. “Projetamos fazer aporte de recursos dentro de nossas possibilidades e estamos bastante ansiosos com as perspectivas de desenvolvimento que vão resultar do projeto”, acrescentou.

 

O projeto

 

O projeto engloba diversas frentes de viabilização, prevendo a necessidade de formação de jovens empreendedores, ligados à área de tecnologia e inovação, e profissionais capacitados para atuar, além da infraestrutura do polo, nas adequações necessárias na legislação e formatação dos benefícios fiscais.

 

Ponta Porã seria um município estratégico para instalação do polo porque, além de questões como a Lei de Maquila e o Fomentar Fronteiras, hoje conta com 15 mil jovens que vêm de todo o Brasil para fazer um curso superior do lado Paraguaio. O secretário-executivo do Fórum do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Jader Rieffe Julianelli, também participou da reunião, representando o Governo do Estado.

Enxugamento: reestruturação da Conab será anunciada em até 100 dias, diz ministra da Agricultura Tereza Cristina

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse ontem 12), que entre as metas para os próximos 100 dias está a reestruturação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entre as medidas que estão sendo planejadas está o enxugamento da empresa pública, que deverá vender alguns de seus armazéns.

 

Na quinta-feira (11), durante a cerimônia alusiva aos 100 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo federal fará, periodicamente, outros balanços, com o objetivo de acompanhar de perto o cumprimento de metas preestabelecidas.

 

“A política da nova Conab vai ser lançada nos próximos 100 dias, com o que nós queremos que a Conab faça daqui para a frente”, disse a ministra à Agência Brasil, após participar de uma solenidade comemorativa dos 29 anos da Conab.

 

Tabela de fretes

 

Perguntada sobre como estão as negociações sobre o tabelamento do frete de caminhoneiros, com o Ministério da Infraestrutura, a ministra disse que sua pasta está “agoniada” com a falta de definições, e manifestou desejo de que a questão se resolva o quanto antes, de forma a evitar riscos para o setor e dar segurança jurídica ao produtor rural que, segundo ela, é “a ponta mais fraca do processo”.

 

“O ministério está muito agoniado porque acha que isso é um problema para preços futuros, impactando de maneira muito forte no custo dos produtos da agropecuária. Então quanto antes nós resolvermos, melhor, seja com a nova tabela que está sendo construída e que o Ministério da Infraestrutura está para lançar, ou através de uma decisão do Supremo Tribunal Federal. A gente quer que isso se resolva e que dê segurança jurídica porque o custo vem sempre em cima do produtor rural, que é a ponta mais fraca do processo”, disse a ministra.

 

Fonte: Agência Brasil

Inflação em todas as faixas de renda acelera pelo quarto mês seguido

A inflação para todas as faixas de renda acelerou pelo quarto mês seguido, de acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, referente a março, divulgado ontem (12).

 

As maiores contribuições para esse resultado vieram de itens que afetam mais as famílias de menor poder aquisitivo, como cereais (5,2%), tubérculos (18,7%), hortaliças (6,1%) e frutas (4,3%).

 

Os preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela inflação de 0,8% na classe mais baixa e responderam por 64% dessa variação total. Ainda que em menor escala, a alta dos transportes também impactou esse segmento, devido aos reajustes nas tarifas de ônibus urbano (0,9%) e de trens (2,1%).

 

No acumulado do ano, a inflação das famílias de renda mais baixa apontou variação de 1,73%, com 0,24 ponto percentual acima da registrada pelas famílias mais ricas (1,49%). Na comparação das taxas acumuladas em 12 meses, essa alta da inflação do segmento mais pobre é ainda mais significativa. De abril de 2018 a março de 2019, a inflação da classe de menor poder aquisitivo acumulou alta de 4,96%, ou seja, 0,67 ponto percentual acima da registrada na parcela de renda mais elevada (4,28%).

 

Segundo o Ipea, essa piora da inflação para os mais pobres é ainda mais evidente quando se nota que, em março de 2019, enquanto a inflação da classe mais baixa foi 20 vezes maior que a registrada nesse mesmo mês de 2018, a aceleração da inflação da classe mais alta em 2019 foi mais amena – valor 6,5 vezes maior.

 

“Essa disparidade reflete o comportamento dos alimentos no domicílio, que apontaram deflação em março do ano passado. De forma similar, a queda de preço nas tarifas de ônibus intermunicipais e interestaduais e a menor alta dos aluguéis em março de 2018 também ajudam a explicar esse diferencial de taxas, à medida que beneficiaram mais significativamente a inflação dos mais pobres no ano passado”, diz o Ipea.

 

Já o segmento de renda mais alta observou uma variação de 0,7% na inflação em fevereiro. Nessa faixa, embora os alimentos também tenham exercido certa pressão inflacionária (0,23 ponto percentual), itens como leites e derivados (0,49%), carnes (0,63%) e bebidas (-0,15%), que impactam as famílias mais ricas, apresentaram comportamento mais favorável. Para esse grupo, a maior variação veio dos transportes (0,32 ponto percentual).

 

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda é calculado com base nas variações de preços de bens e serviços pesquisados pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor (SNIPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Fonte: Agência Brasil