Famílias estão cautelosas e índice de intenção de consumo se mantém estável, mostra pesquisa da Fecomércio-MS

Em abril, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Campo Grande se manteve estável, com 102,9 pontos, mesmo índice de março. “Vale ressaltar que esse índice é composto por dois perfis de renda, um para aqueles que ganham até 10 salários mínimos e, outro, para aqueles que ganham acima de 10 salários mínimos. Para o primeiro grupo, a intenção de consumo ficou acima da referência do mês passado, mas o que provocou a estagnação do índice geral, foi o comportamento do segundo grupo, em que houve retrações, por exemplo, da perspectiva profissional (- 8%) e de consumo (-7,3%)”, explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF MS), Daniela Dias.

 

Apesar disso, o índice geral é 14,5% maior que no ano passado, quando o indicador alcançou 89,9 pontos. Dentre os aspectos que compõe o índice, a principal reação em abril, frente a março, se deu no nível de percepção de renda atual, que cresceu 2,1%.

 

Sobre o ICF

 

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro. Trata-se de um indicador antecedente do consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, tornando-o uma ferramenta poderosa para a própria política econômica, para as atividades produtivas, para consultorias e instituições financeiras.

 

Confira a pesquisa na íntegra aqui

Possíveis prejuízos e fim de estacionamento na Bandeirantes na Capital levam comerciantes a debater questão na CDL

O presidente da CDL Campo Grande (Câmara de Dirigentes Lojistas) Adelaido Vila esteve reunido, na noite de segunda-feira (29), com comerciantes da Avenida Bandeirantes. A preocupação dos empresários é a obra da Prefeitura da Capital para recapeamento e mobilidade urbana da via, iniciada em abril deste ano e que já causa transtornos e prejuízos ao comércio local. A presidente da FCDL, Inês Santiago, também participou da reunião.

 

Dentre os transtornos apresentados pelos empresários, a faixa exclusiva para ônibus prevista no projeto original, o cronograma de execução da obra e a redução em metade das 658 vagas de estacionamento são os pontos que mais preocupam o comércio.

 

 

A prefeitura anunciou, dentro do pacote de obras para recapeamento e mobilidade urbana, que a faixa da esquerda da avenida será exclusiva do transporte coletivo, com sete estações de embarque, o que, no entendimento dos comerciantes, vai prejudicar a visualização das lojas. Além disso, o projeto prevê a ampliação das calçadas para 2,30 metros, impossibilitando a manutenção das vagas de estacionamento no local.

 

“No projeto apresentado pela Prefeitura de Campo Grande 329 vagas de estacionamento da Avenida Bandeirantes deixarão de existir. A avenida será transformada em via rápida, o que dificultará o acesso dos clientes e impactará o comércio. Outro ponto apresentado pelos empresários é o cronograma de execução da obra, pois muitos relatam medo de atrasos como na rua Brilhante e no Reviva Centro”, afirmou Adelaido.

 

De acordo com levantamento realizado pela CDL Campo Grande, 370 estabelecimentos, que empregam cerca de 2 mil pessoas, realizam atividades comerciais em toda extensão da Avenida Bandeirantes.  Segundo Adelaido, o impacto da obra, sem a participação dos comerciantes na execução do projeto, pode gerar o fechamento de lojas e vagas de emprego.

 

“A nossa preocupação e que não ocorra o mesmo que ocorreu no Centro, com as obras do Reviva Centro, onde aproximadamente 1,5 mil lojas encerraram suas atividades, gerando o fechamento de cerca de 7,5 mil postos de trabalho”, comentou.

 

Com a apresentação do projeto e do levantamento da CDL, os empresários solicitaram uma nova reunião com a entidade para a próxima semana, onde serão apresentadas propostas para reduzir o impacto das obras.

 

Leia o levantamento aqui.

 

 

 

Aprovado Programa de Atualização do Cadastro das propriedades e Estoque de Bovinos e Bubalinos de MS

A Assembleia Legislativa, aprovou ontem (30.4) o projeto de lei, de autoria do Governo do Estado, que institui o Programa de Atualização do Cadastro das propriedades e Estoque de Bovinos e Bubalinos de Mato Grosso do Sul, oferecendo desconto aos produtores.

 

Para que isso fosse possível uma comitiva do Governo, composta pelo Secretário de Fazenda Felipe Mattos, o Superintendente da Semagro Rogério Beretta e o Coordenador de Pecuária Marivaldo Miranda, tratou o tema com os deputados Paulo Correa (Presidente), Zé Teixeira (1º Secretário), Londres Machado, Marcio Fernandes e Professor Rinaldo Modesto, antes da sessão, garantindo que este pudesse seguir para votação.

 

Na oportunidade foi observada a importância de aprovar o projeto imediatamente para que a ação seja realizada acompanhando o calendário de vacinação contra febre aftosa no Estado, que tem início, na quarta-feira, dia 1º de maio.

 

A Atualização do Cadastro da Agropecuária e do Estoque de Animais Bovinos e Bubalinos atende uma das mais de cem exigências do Ministério da Agricultura para que o Estado esteja apto para retirada da vacinação contra a febre aftosa, prevista para 2021, constantes do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.

 

O projeto prevê ainda que os recursos financeiros oriundos da arrecadação da multa com desconto, deverão ser repassados à Reserva Financeira para Ações de Defesa Sanitária Animal (REFASA), fundo criado em 2016 pelo governo do Estado que permitiu indenizar os criadores quando havia a necessidade de sacrifício de animais para erradicação de doenças, e agora também vai custear ações voltadas à defesa sanitária, e que visam a retirada da vacinação como estruturar, realinhar, atualizar e capacitar os servidores da agência.

 

Na oportunidade Beretta explicou que a atualização dos dois informes (estoque de animais e cadastro dos estabelecimentos) proporcionará melhoras no desempenho das atividades por parte da equipe da Iagro, principalmente a campo, o que influenciará diretamente na eficiência da execução de ações que visam a retirada da vacinação de febre aftosa no estado, fundamentais para alcançar o status sanitário de “Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação”, condição que pode abrir mercados e influenciar positivamente no crescimento da economia de Mato Grosso do Sul.

 

A declaração do estoque efetivo deve ser feita, por meio eletrônico, mediante acesso ao Sistema de Atenção Animal da IAGRO (e-SANIAGRO), disponibilizado no site oficial da agencia: www.iagro.ms.gov.br.