A investidores de novo porto, governador Reinaldo Azambuja anuncia obra do anel viário do município de Porto Murtinho

Reunião do governador Reinaldo Azambuja com a Navios Logísticas América do Sul, que investirá R$ 120 milhões na construção de um porto fluvial em Porto Murtinho, com a presença de importadores asiáticos, demonstrou o potencial logístico de Mato Grosso do Sul para exportar commodities pela Hidrovia do Paraguai e a posição estratégica do município fronteiriço com o Paraguai para se tornar uma nova Paranaguá.

 

Considerado uma das maiores companhias de logística da América do Sul, operando hoje no Uruguai e Paraguai e com escritório em Corumbá, a Navios Logísticas apresentou ao governador o projeto do terminal em Porto Murtinho, que deve operar em dezembro de 2020. A nova estrutura fluvial terá silos com capacidade para 800 mil toneladas de grãos e quatro tanques de 15 mil m³ e exportará soja e milho e importará líquidos e fertilizantes.

 

Durante o encontro, que contou com a presença dos secretários Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Reinaldo Azambuja anunciou ao grupo que, ainda em outubro, o Governo do Estado abrirá a licitação da obra do contorno rodoviário, que atenderá aos três portos projetados em Porto Murtinho. O investimento estadual será de R$ 28 milhões.

 

Governo licitará anel viário

 

O governador assegurou ainda, aos novos investidores, que no dia 25 de outubro será entregue a licença definitiva de instalação do novo terminal, e adiantou que está tratando com a ministra Tereza Cristina Dias, da Agricultura, Pecuária e Abastecimentos, as questões fitossanitárias para atender ao novo corredor de escoamento da produção regional. Também disse que iniciou tratativas com a Infraero sobre a concessão do aeroporto de Porto Murtinho.

 

Para o secretário Jaime Verruck, a apresentação do projeto do novo porto e as declarações dos representantes das indústrias alimentícias da China e de Taiwan, presentes à reunião, do interesse em ampliar os negócios com Mato Grosso do Sul, deixaram claro a dimensão da logística e o alto grau de competitividade da nova rota de exportação do Estado. “Murtinho é a melhor opção, onde o produtor terá um ganho adicional de dez dólares por tonelada”, observou.

 

“Olhando o mercado, a redução de custo substancial com a nova logística e os novos investidores, não restam dúvidas de que teremos uma nova Paranaguá, que também impressiona importadores, como os asiáticos, pela posição estratégica de Porto Murtinho e as potencialidades do Estado como produtor de alimentos”, acrescentou Verruck. Ele disse que a China é o principal importador de soja e milho do Estado, com 42%, cuja demanda é crescente.

 

Chineses: ampliar negócios

 

Os futuros clientes do terminal da Navios Logísticas em Porto Murtinho representam o poder aquisitivo agregado de cinco milhões de toneladas de grãos/ano e estão interessados na exportação pelo novo corredor. O representante de um dos grupos chineses em visita ao Estado, a convite dos operadores da hidrovia, Dennis Lv, da Xiamen C&D Commodities, disse que ficou impressionado com o potencial do Estado e quer ampliar os acordos comerciais.

 

Os investidores apresentaram ao governador Reinaldo Azambuja e aos secretários Eduardo Riedel e Jaime Verruck o projeto que vão implantar em Porto Murtinho

 

Claudio Lopez, CEO da Navios Logísticas também saiu satisfeito da reunião: “Estamos entusiasmados sobre o investimento deste porto. Achamos que a instalação de última geração introduzirá uma vantagem de custos na cadeia de logística, melhorando o potencial de produção de Mato Grosso do Sul”, disse. Ele agradeceu ao governador Reinaldo Azambuja pela obra do contorno rodoviário e pelo rápido processo de licenciamento do empreendimento.

 

O novo terminal será construído em uma área de 215 metros de frente para o Rio Paraguai e empregará operações multimodais de suporte e design de última geração, com capacidade de manipular múltiplas cargas, incluindo milho, soja, açúcar, fertilizantes, combustíveis e cargas gerais. A Navios Logísticas opera em Nova Palmira (Uruguai) desde 1956, com terminais de graneis sólidos e minérios, e conta com terminais de combustíveis no Paraguai.

Arte de Mato Grosso do Sul encanta e fica na quinta posição em vendas no Salão do Artesanato de São Paulo

Foram cinco dias de exposição e muitas vendas. E o resultado foi extremamente positivo. O estande da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) no 13º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, que aconteceu de 9 a 13 de outubro em São Paulo, rendeu R$ 176.903,00 aos artistas e entidades participantes.

 

A soma representa crescimento de 34% nas vendas se comparadas a edição anterior, colocando Mato Grosso do Sul na quinta posição entre as 23 unidades federativas participantes no valor bruto arrecadado.

 

As peças levadas a São Paulo apresentam temáticas, inspirações, técnicas e matérias-primas diversas, mas que representam aspectos da nossa cultura, flora e fauna. Uma amostra de nossas belezas que encantaram consumidores de todos os estados brasileiros e visitantes do exterior.

 

Os artesãos e entidades que representaram o Estado no Salão foram selecionados por meio de edital realizado pela Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais. As peças ocuparam um espaço coletivo de 70 metros e chamaram a atenção pelas cores e temas.

 

“O artesanato é um processo criativo trabalhoso, mas que rende frutos para a nossa cultura, e claro, para a geração de renda de centenas de famílias. Esse resultado mostra que é possível obter retorno com a arte feita aqui em nosso Estado”, explica Rejane Benneti Gomes, gestora de eventos da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

 

Processo 

 

Foram selecionados os artesãos individuais (MEI) Monique Klein Rocha, Creuza Vergilio, Rosenir Batista, Ana Vitorino da Silva Leodério e Claudia Cristina Benites Veiga Castelão; as entidades União Estadual dos Artesãos de MS (Uniems), Associação dos Produtores de Artesanato e Artistas Populares de MS (Proart/MS) e Associação de Artesanato de MS (Artems) e a mestre artesã Andrea Pereira Lacet de Lima.

 

As peças que compuseram o estande foram levadas, sem custo, pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Já os artesãos selecionados arcaram com suas próprias despesas de passagens, traslados, hospedagem e alimentação durante todo o evento.

 

Realizado este ano no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, o Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras é uma das maiores vitrines da arte brasileira. Movimentou durante cinco dias R$ 3.471.284,27 apenas com os estandes dos 23 estados participantes.