Crédito maior no FCO para microempresa financiar capital de giro movimenta economia de Mato Grosso do Sul

Micro, pequenas e médias empresas de Mato Grosso do Sul têm agora novos limites de crédito para capital de giro por meio do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), possibilitando incrementar as vendas no fim de ano, fazer investimentos e quitar despesas com folha de pagamento.

 

O FCO Empresarial ainda dispõe de R$ 200 milhões para serem utilizados no exercício de 2019. A partir de agora, o limite máximo de crédito para o empreendedor individual sobe de R$ 20 mil para R$ 27 mil. Desse limite, o empreendedor individual pode solicitar até R$ 10 mil para capital de giro dissociado (recurso que pode ser utilizado para investir em estoque e despesas com folha de pagamento). Antes, o valor máximo para capital de giro dissociado era de R$ 7 mil. O mesmo ocorre com as microempresas, que a partir de agora podem financiar até R$ 200 mil para capital de giro dissociado. O valor máximo para esse segmento era de R$ 180 mil.

 

O anúncio com os novos limites de crédito do FCO, que beneficiam micro e pequenas empresas, foi feito na reunião do Conselho Deliberativo do Sebrae, realizada ontem (21), com a participação do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), presidente do CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO) e também do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Claudio Mendonça; o presidente da Fiems, Sérgio Longen, do presidente da Famasul, Maurício Saito e  do presidente da Faems, Alfredo Zamlutti.

 

De acordo com o secretário Jaime Verruck, “é uma possibilidade de recurso para o comércio ampliar estoque e efetuar o pagamento do décimo terceiro. Nosso foco é principalmente na micro e pequena empresa. Com o capital de giro dissociado o empresário só não pode pagar impostos, mas pode comprar novos produtos pode pagar a folha de pagamento, fazer propaganda. É uma forma de garantir um bom final de ano”.

 

O titular da Semagro acrescentou que “é importante destacar que as contratações têm de ser aprovadas até 14 de novembro. Temos uma disponibilidade de recurso, não somente para capital de giro, que é de R$ 200 milhões no Empresarial e R$ 335 milhões no Rural e são 20 dias para aplicar esse saldo. Por conta desse prazo, todos os processos que entrarem no CEIF serão aprovados ad referendum”.

 

O CEIF/FCO é o órgão colegiado de deliberação coletiva, vinculado à Semagro, responsável por gerir os recursos da linha de financiamento. O Conselho é presidido pelo secretário da Semagro e integrado por representantes das Secretarias de Infraestrutura (Seinfra), de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), dos órgãos vinculados à Semagro: Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul); das federações de Agricultura, Indústria e Comércio; do Sebrae e da Federação de Trabalhadores Rurais (Fettar/MS).

 

De acordo com o superintendente do Banco do Brasil, Sandro Jacobsen Grando, “temos de aprovar as novas solicitações de empréstimo até 14 de novembro para que os recursos contratados sejam liberados até 31 de dezembro. No caso do FCO para capital de giro, o empresário terá 12 meses para pagar e até 59 dias para iniciar o pagamento. Todas agências estão empenhadas no oferecimento do crédito para que atinjamos a total utilização dos recursos do FCO”.

 

Estimativa de inflação cai pela 11ª vez seguida para 3,26%, segundo pesquisa divulgada pelo Banco Central

Instituições financeiras reduziram, pela 11ª vez seguida, a estimativa para a inflação este ano. Segundo pesquisa do Banco Central (BC) feita ao mercado financeiro, divulgada todas as segundas-feiras pela internet, a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, desta vez passou de 3,28% para 3,26% em 2019.

 

Para 2020, a estimativa caiu de 3,73% para 3,66%, na quarta redução seguida. A previsão para os anos seguintes não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50%, em 2022.

 

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

 

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 

Com expectativa de inflação em queda, o mercado financeiro reduziu a previsão para a Selic ao final de 2019. Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 em 4,50% ao ano. A previsão da semana passada era 4,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 5,50% ao ano.

 

O mercado financeiro não alterou a expectativa para o fim de 2020: 4,75% ao ano.

 

Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6,50% ao ano, a mesma previsão há duas semanas. Para o fim de 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.

 

Crescimento da economia

 

A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,87% para 0,88% em 2019.

 

As estimativas para os anos seguintes não foram alteradas: 2% em 2020; e 2,50% em 2021 e 2022.

 

Dólar

 

A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 e, para 2020, passou de R$ 3,95 para R$ 4.

 

Fonte: Agência Brasil