Semagro discute com setor produtivo a criação do fundo privado em defesa da agropecuária de Mato Grosso do Sul

Como uma das metas previstas no cronograma do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada da vacinação em todo País, os estados devem manter fundos para defesa agropecuária, com recursos para atender situações emergenciais, pagar possíveis indenizações e ainda realizar ações de prevenção a enfermidades.

 

Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado possui o Refasa, um fundo estratégico com conceito mais amplo do que apenas a indenização no caso de sacrifício de animais para erradicação de doenças, mas que pode também custear ações preventivas no processo de defesa sanitária, como a implantação de boas práticas agropecuárias, focada na defesa animal, e estruturação, realinhamento, atualização e capacitação dos servidores da Agência, a estruturação do laboratório de diagnóstico e defesa, ou o reforço nas operações para fiscalização do trânsito em regiões específicas do Estado. O Refasa (Reserva Financeira para as Ações de Defesa Sanitária Animal) recebe recursos oriundos da cobrança da taxa de atualização do Cadastro da Agropecuária e do Estoque de Animais Bovinos e Bubalinos.

 

Para que o Estado consiga cumprir todo o compromisso, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, convidou representantes do setor produtivo e do grupo que compõe a comissão do PNEFA, para uma conversa prévia sobre a escolha o melhor modelo de fundo privado para o Estado.

 

Reunião aconteceu na Semagro

Indutor da discussão, Jaime lembrou que já foram realizadas várias reuniões em todo o País, onde representantes da Semagro e Iagro participaram e tiveram a oportunidade de saber mais sobre as dificuldades e vantagens dos fundos privados que basicamente tem por finalidade as indenizações de animais e coisas destruídas por ocasiões de emergências zoossanitárias e para complementação de recursos para as ações e modernização da defesa sanitária animal, visando dar sustentação ao sistema de saúde animal e ao setor pecuário.

 

Empenhados em atender as exigências do Ministério da Agricultura para que o Estado esteja apto para a retirada da vacinação contra a febre aftosa, prevista para 2021, que resultará no reconhecimento do Estado como ‘livre de febre aftosa sem vacinação’ até 2023, condição para abertura de novos mercados e consequente crescimento da economia de Mato Grosso do Sul, o grupo aguarda pelo relatório de uma consultoria contratada pelo Ministério da Agricultura, para usar como base na escolha do modelo de fundo privado.

 

“Sabedores de que, no ano passado, o Ministério [da Agricultura] contratou uma consultoria para realizar estudos sobre qual seria o melhor modelo de fundo, e que o resultado deste trabalho deverá ser entregue dentro de 90 dias, o grupo decidiu por aguardar esse material que servirá como base para escolha do melhor modelo para o Estado”, comentou o diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold.

 

Além da Semagro e Iagro, também participaram da reunião realizada nesta semana, representantes do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do Estado), da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária MS), Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Fiems.

Ociosidade na indústria atinge em novembro menor nível desde 2018, segundo dados de pesquisa divulgados pela CNI

00O nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu para 78,2% em novembro de 2019, na série dessazonalizada (ajustada para o período). Com o aumento de 0,3 ponto percentual em relação a outubro, o indicador atingiu o maior nível desde agosto de 2018. As informações estão na pesquisa Indicadores Industriais, divulgada ontem (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

De acordo com a entidade, a utilização da capacidade instalada deve fechar 2019 com resultado positivo, apesar do ritmo de crescimento da indústria “frustrante”, especialmente no início de 2019. Segundo a CNI, o faturamento, o emprego e as horas trabalhadas na produção devem ter fechado o ano com pequenas quedas na comparação com a média de 2018. A massa salarial e o rendimento médio do trabalhador devem ter quedas mais acentuadas, diz a entidade.

 

A expectativa do setor é que a indústria inicie 2020 mantendo a tendência de recuperação do segundo semestre.

 

Os Indicadores Industriais mostram que, depois de cinco altas consecutivas, o faturamento real do setor caiu 0,6% em novembro frente a outubro, nos dados dessazonalizados. De acordo com a CNI, a queda é bem inferior ao crescimento acumulado nos cinco meses anteriores, de 4,3%. Ou seja, o resultado não representa uma reversão da recuperação dos últimos meses, mas, possivelmente, uma acomodação no ritmo de crescimento. No acumulado de janeiro a novembro, o faturamento registra queda de 0,9%.

 

Pelo segundo mês consecutivo, as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis em relação ao mês anterior na série dessazonalizada. No acumulado de janeiro a novembro frente ao mesmo período de 2018, recuaram 0,4%. O emprego também permaneceu estável em novembro em relação a outubro e, no acumulado de janeiro a novembro, apresentou queda de 0,3% na comparação como o mesmo período de 2018.

 

A massa real de salários caiu 0,1% e o rendimento médio do trabalhador recuou 0,3% em novembro frente a outubro, na série livre de influências sazonais. Os dois indicadores são os que registram as maiores retrações no acumulado do ano. De janeiro a novembro de 2019, a massa real de salários diminuiu 1,5% e o rendimento médio real do trabalhador teve queda de 1,3%.

 

Fonte: Agência Brasil