Comércio exterior: Governo Federal monta comissão especial para licitar porto seco que será implantado em Ponta Porã

O Governo Federal instituiu uma Comissão Especial de Licitação para escolher empresa qualificada para operar o Porto Seco que será implantado no município de Ponta Porã. A decisão foi publicada no Diário Oficial de ontem (19) e representa um importante passo para o setor de comércio exterior em Mato Grosso do Sul.

 

Esta é uma ação conjunta do Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), com a prefeitura municipal e que está sendo articulada há um ano. O Governo do Paraguai também está envolvido nos trâmites para implantação do Porto Seco na fronteira.

 

O intermodal irá dinamizar as importações e exportações por Ponta Porã, principalmente no relacionamento com os países vizinhos. Para acelerar o desembaraço de carga entre os dois países, a unidade da Receita Federal será transferida para dentro do Porto Seco e haverá a unificação das alfândegas do Paraguai e do Brasil.

 

“Com o Porto Seco o município de Ponta Porã passa a ser um hub de comércio exterior para a América do Sul, além de ter importante relevância para a economia pela atração de novas empresas para a região e a facilidade para agilizar o processo de comércio exterior”, explica o titular da Semagro, Jaime Verruck.

 

A portaria nº 90 foi assinada pelo superintendente da Receita Federal no Brasil, Antônio Henrique Lindemberg Baltazar, que esteve em Ponta Porã, onde se reuniu com o prefeito Helio Peluffo, além do superintendente-adjunto da RFB, Onássis Simões da Luz, o delegado da RFB em Ponta Porã, Marcelo de Souza Brito, representante da RFB no Paraguai, Sérgio Messias e Ênio Motta Júnior, chefe da divisão da aduana da 1ª Região Fiscal.

Petrobras registra lucro recorde de R$ 40,1 bilhões em 2019; valor é o maior da história da estatal, segundo relatório

A Petrobras divulgou ontem (19) o relatório com seus resultados financeiros do quarto trimestre do ano passado. Com esses dados, foram também consolidados os resultados de 2019. A estatal registrou no ano passado um lucro líquido de R$ 40,1 bilhões, o maior de sua história. O montante representa um aumento de 55,7% em relação a 2018.

 

O resultado, divulgado em meio a uma greve de petroleiros que dura 19 dias, supera o desempenho de 2010, quando o lucro ficou em R$ 35,19 bilhões. Até então, este era o recorde da estatal. O relatório aponta que o desempenho teve influência das ações de desinvestimento, como a venda das subsidiárias TAG e BR Distribuidora e de campos de petróleo.

 

Junto ao relatório, foi divulgada uma mensagem aos acionistas assinada pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Ele aponta que este foi o primeiro ano da implementação de uma nova estratégia sustentada em cinco pilares: maximização do retorno sobre o capital empregado, redução do custo do capital, busca incessante por custos baixos, meritocracia e respeito às pessoas e ao meio ambiente e foco na segurança das operações.

 

Castello Branco destacou as duas ofertas públicas secundárias de distribuição de ações ordinárias da Petrobras de propriedade de bancos públicos. A primeira delas, realizada pela Caixa Econômica Federal, levantou R$ 7,3 bilhões. A segunda oferta, finalizada no início do mês, foi realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 22,06 bilhões.

 

Nesta última transação, o presidente da estatal destacou dois aspectos: “A condução com sucesso em meio à fase de alta volatilidade de preços de ações e petróleo provocada pelo choque do coronavírus sobre a economia global; e a participação de 55.000 investidores individuais brasileiros na compra das ações, o que é extraordinariamente bom para o desenvolvimento do mercado de capitais local”.

 

Lucro operacional

 

O relatório também registra um recorde de R$ 129,2 bilhões de Ebitda, que é o lucro operacional excluindo-se os juros, impostos, depreciação e amortização. Trata-se de um crescimento de 12,5% na comparação com 2018. Esse desempenho, segundo a estatal, foi alcançado graças aos menores custos de produção e menores contingências.

 

Um total de R$ 10,6 bilhões foi distribuído aos acionistas, incluindo os dividendos e os juros sobre capital próprio (JCP). O montante equivale a R$ 0,73 por ação ordinária e R$ 0,92 por ação preferencial em circulação.

 

Quarto trimestre

 

Considerando apenas o quarto trimestre de 2019, o lucro líquido foi de R$ 8,1 bilhões, 10,28% a menos que o terceiro trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 287,87%. No quarto trimestre de 2018, o lucro foi de R$ 2,1 bilhões.

 

O Ebitda do quarto trimestre de 2019 alcançou R$ 36,5 bilhões, alta de 12% na comparação com o terceiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre de 2018, o crescimento foi de 25,27%.

 

Fonte: Agência Brasil