Fiems: Longen reforça que decreto que desburocratiza exportações ajuda na manutenção de empregos

Apesar da crise decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as indústrias exportadoras de Mato Grosso do Sul têm um motivo para comemorar: o decreto publicado na quinta-feira (30/04) no Diário Oficial do Estado que altera o Regime Especial de Controle e Fiscalização relativo às operações de exportações. Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, essa medida deverá auxiliar o setor a ampliar suas vendas e manter o nível de empregos no Estado.

 

“Esse decreto é fundamental para tentarmos manter a economia e virar essa página. Tenho certeza de que conseguiremos avançar e as indústrias voltarão a ser grandes geradores de emprego e esse decreto vem justamente ao encontro desse nosso objetivo”, afirmou Sérgio Longen, explicando que, anteriormente, a indústria interessada na obtenção do regime especial para exportação deveria oferecer uma garantia de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), quando fosse o caso, nos termos das disposições da legislação tributária.

 

Facilitação

 

A partir de agora, para obtenção do regime especial para exportação o estabelecimento industrial não necessita mais oferecer essa garantia. “Esse foi um grande avanço que conseguimos e entendo que isso é significativo. Muitas empresas desejavam exportar e eram barradas na Secretaria Estadual de Fazenda, sendo obrigadas a dar garantias para exportações. Conseguimos avançar, as indústrias podem exportar sem a necessidade de ofertar garantias para exportação. É um avanço significativo para que as empresas possam exportar nesse momento”, completou o presidente da Fiems.

 

Na avaliação do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a medida faz parte das ações do Governo do Estado para garantir a saúde do trabalhador, preservar o emprego e preservar as empresas. “Estamos oferecendo uma facilitação no pedido de regime especial para o fluxo de caixa das empresas, que não vão precisar deixar esse recurso na Secretaria de Fazenda e poderão usá-lo para giro e investimento”, destacou, acrescentando que a ideia é desburocratizar para aumentar as exportações. “Nosso Estado tem uma dependência muito forte, principalmente no agronegócio. Diminuindo o imposto para o exportador, possibilitamos que ele venda mais, gere postos de trabalho ou mantenha o nível de emprego. A medida é emergencial, mas permanente”, ressaltou.

 

Atestado de produção

 

Outra alteração está relacionada ao atestado de produção emitido pela Fiems, que era exigido do estabelecimento industrial interessado na obtenção do regime especial para exportação. A partir de agora, não há mais essa exigência e, no caso de empresas ou de cooperativas industriais, a dispensa da exigência da garantia estende-se a todos os seus estabelecimentos comerciais. “Isso é um assunto que construímos com a Secretaria Estadual de Fazenda. O mundo mudou e nós precisamos hoje de velocidade, com trabalhos online e é nessa linha que estamos desenvolvendo as ações. Eu entendo que a indústria hoje, com os meios eletrônicos que temos, consegue estar identificada pela Secretaria de Fazenda de que está aqui em Mato Grosso do Sul e, desta forma, tem a condição de exportar seus produtos para outros países”, afirmou Sérgio Longen.

 

Para os estabelecimentos industriais, continua vigorando o regime especial para exportação, sendo que agora não será mais exigido oferecimento de garantia e nem o atestado da Fiems. O interessado no referido regime continua obrigado a apresentar requerimento, com a descrição das operações que pretende realizar (exportação, saída para o fim específico de exportação ou de remessas destinadas à formação de lote para o fim de exportação), instruído com os documentos exigidos no inciso I do art. 5º do Anexo V ao Regulamento do ICMS.

Calendário da 2ª parcela do auxílio emergencial sai na próxima semana; a informação é do presidente da Caixa Econômica

O calendário para o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 sai na próxima semana. A informação foi dada  ontem (1º) pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, durante videoconferência para apresentar balanço do pagamento da primeira parcela.

 

A previsão inicial era de que a segunda leva de pagamentos começasse a ser paga na última segunda-feira (27) para os inscritos no Cadastro Único e os cadastrados por meio do aplicativo e do site do programa. Mas o Ministério da Cidadania soltou uma nota afirmando que a divulgação do calendário deve ocorrer agora em maio.

 

Segundo Guimarães, o banco ainda está fechando o detalhamento dos pagamentos da primeira parcela e fechará o calendário após reunião com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e aprovação do presidente da República, Jair Bolsonaro.

 

Pagamento em dias diferentes

 

De acordo com o presidente da Caixa, o pagamento da segunda parcela ocorrerá em dias distintos dos dias para o pagamento do Bolsa Família. A medida visa evitar aglomerações nas agências bancárias.

 

“O segundo pagamento levará em conta tudo o que esta acontecendo agora. De uma maneira muito clara: não há condição de misturar o pagamento do Bolsa Família com o das contas digitais. Passamos este mês montando a base de dados”, disse Guimarães. “Na semana que vem, vamos publicar o calendário do segundo pagamento e ele vai ser muito mais simples porque já temos uma base de dados de 50 milhões de pessoas”, acrescentou.

 

Até o momento, cerca de 50,1 milhões de pessoas foram aprovadas para receber o auxílio. Desse total, 19,2 milhões são beneficiários do Bolsa Família; 10,5 milhões estão inscritos no Cadastro Único e 20,3 milhões são formados por trabalhadores informais, micro empreendedores individuais (MEI’s) e contribuintes individuais. Outras 12,4 milhões estão com o cadastro inconclusivo.

 

Problemas

 

Durante a coletiva, o presidente da Caixa disse que o pagamento da primeira parcela teve problemas devido ao banco ainda não ter informações mais precisas sobre o perfil de quem pediu o benefício. Guimarães disse ainda que um terço das pessoas não tinha acesso a conta em banco.

 

“Todos os que já receberam vão receber de novo e agora já sabemos quem é Bolsa Família, Cadastro Único e informais, estes últimos vão receber de acordo com a data de nascimento”, disse.

 

Medidas contra aglomerações

 

Questionado sobre as medidas tomadas para evitar aglomerações, Guimarães disse que o banco está adquirindo mais equipamentos de proteção individual para os empregados, como máscaras (560 mil), protetores faciais (11 mil) e 600 mil litros de álcool em gel. Também estão sendo contratados mais três mil seguranças para ajudar no controle de filas e 500 recepcionistas. Cinco caminhões da Caixa também vão ajudar no atendimento, especialmente em cidades das regiões com maior dificuldade.

 

Fonte: Agência Brasil