Diferença de preços de produtos para o Dia das Mães em Campo Grande chega a 226%, conforme pesquisa do Procon

Com a aproximação do Dia das Mães, que se comemora neste segundo domingo do mês de maio   equipe do setor de pesquisa da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), foi a campo verificar preços para aquisição dos produtos mais tradicionais para presentes na data específica, uma das ocasiões de maior movimento de vendas no comércio.

 

A pesquisa realizada pelo Procon Estadual no período de 30 de abril a  06 de maio,  se concentrou nos itens mais procurados: relógios, telefones celulares, perfumes e flores.  No decorrer dos levantamentos foram estabelecidos os produtos com  maior e menor variação de preços, com objetivo de orientar as pessoas que ainda vão fazer suas  compras.

 

No caso dos relógios com sete itens pesquisados, por exemplo, o Lince Pulseira de Couro está à venda nas lojas Riachuelo por R$ 179,90, enquanto na Renner o mesmo produto custa R$ 99,90, ou seja, diferença de  44,47%. Já o relógio Condor Pulseira Metálica é encontrado por R$ 169,99 nas Pernambucanas e R$ 179,90 nas demais lojas pesquisadas. A diferença é de 5,51%.

 

Para os telefones, o levantamento envolveu 24 itens e a maior diferença de preços foi no Smartphone Apple Iphone 6S 32GB, que ficou em 40,43%, enquanto a menor diz respeito à Smartphone LG K50S 32GB com 4,91%%. O Apple está sendo comercializado por R$ 1.429,00 nas Pernambucanas e por R$ 2.399,00 nas Casas Bahia. Em referência ao LG K50S, os valores  são de R$ 999,00 nas Casas Bahia e Magazine Luiza enquanto no Extra pode ser encontrado por R$ 949,99.

 

Também alvo de  muita procura, os perfumes tiveram os preços pesquisados. A diferença encontrada foi de 15,39% para Cacharel Anais Anais Premier Delice Feminino Eau de Toilette 30 ml, vendido por R$ 299,90 na Riachuelo e por R$ 259,90 na Renner. Por outro lado, a menor diferença encontrada foi de  0,18%. O perfume Lady Million Paco Rabanne Eau de Parfum 80 ml pode ser encontrado por R$ 499,90 na Anne Gachet e por R$ 499,00 na Renner, ou seja, diferença de apenas 90 centavos.

 

No tocante a flores, a maior diferença – 226,09% – diz respeito a buquê de flores do campo (médio), encontrado por R$ 46,99 no Pantanal Garden e por R$ 150,00 na Varanda Flores. Já a menor diferença – 50% – foi detectada na venda de cesta café da manhã tradicional com até 30 itens. Este produto está à venda na Lilys Black por R$ 100,00 e na Varanda Flores por R$ 150,00.

 

Diferença ano para ano

 

No comparativo anual observou-se que nos itens Relógios e Celulares, dos oito itens comparados, apenas um item, o relógio Mondaine pulseira de couro, obteve variação para mais,  com 11,86%, enquanto os celulares apresentaram decréscimos. O maior deles, o Smartphone Samsung Galaxy J6 Plus 32GB, teve redução de 49,76%.

 

Em relação a perfumaria, dos 30 itens comparados, cinco obtiveram decréscimo de um ano para o outro. O maior deles ocorreu com o perfume Britney Spears Fantasy Rainbow Feminino Eau de Toilette 100 ml, com queda de 10,35%. Quanto a Flores, dos 13 itens comparados, nove obtiveram decréscimo de um ano para o outro, sendo o maior deles o Botão de Rosas Colombiana, que ficou 22,64% mais barato. Os itens comparados são aqueles que mantêm a mesma apresentação (tamanho, peso e medida) nos dois levantamentos.

 

 

Confira as pesquisas:

DIVULGAÇÃO FLORES

DIVULGAÇÃO PERFUMES

DIVULGAÇÃO REL E CEL

 

Exportações de celulose, soja e carne de aves crescem e superávit de Mato Grosso do Sul atinge US$ 979 milhões

De janeiro a abril de 2020, os dados do comércio exterior de Mato Grosso do Sul apontam um superávit acumulado de US$ 979 milhões, impulsionados pelos principais produtos da pauta de exportações do Estado como a celulose, soja em grão, carne bovina e pelo bom resultado do setor de carne de aves. Os dados são da Carta de Conjuntura do Setor Externo, divulgada nesta sexta-feira (8) pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Veja o documento aqui.

 

O secretário Jaime Verruck, da Semagro, destaca que o bom desempenho das exportações sul-mato-grossenses tem influência positiva da variação cambial. As cotações do dólar no mês de abril em relação a março deste ano apresentaram valorização da moeda, chegando a taxa média de abril ficar em R$ 5,32, cerca de 9,05% acima da taxa média de março.

 

“A variação cambial tem sido o principal propulsor da venda de produtos brasileiros. Ela tem favorecido os preços em reais e proporciona uma boa lucratividade para o exportador, daí a importância desse segmento para a manutenção dos níveis de atividade econômica e de emprego, durante e principalmente no pós-pandemia”, afirma Jaime Verruck.

 

Com relação aos principais produtos, a Celulose segue em primeiro lugar na pauta de exportações, representando 33,99% do total exportado pelo Estado, em termos do valor, com aumento de 3,70% em relação ao volume e diminuição de 15,52%. Já a soja em grão, que registrou nova safra recorde no Estado, representa 30,29% da pauta, com queda em termos de valor de 0,36% em relação a jan-abr de 2019. Em termos de volume, houve aumento de 5,53%, sugerindo que a queda de 0,36% foi devido principalmente ao queda de preço, comparado a jan-abr de 2019.

 

O secretário Jaime Verruck também destaca o bom desempenho das exportações de carne de aves, que aumentaram 35,47% em relação a janeiro-abril do ano passado. “Tivemos uma recomposição no abate de aves e a reabilitação do frigorifico da BRF em Dourados. Isso possibilitou uma participação mais efetiva desse setor no mercado internacional e Dourados foi o segundo maior município exportador, atrás de Três Lagoas”, afirma o titular da Semagro. Outros produtos com desempenho crescente foram o minério de ferro, que aumentou 8,63% e o açúcar, com alta de 175,19% nas vendas externas.

 

A China segue como principal destino das exportações, representando 47,73% das vendas externas de Mato Grosso do Sul. Os países com maior aumento na participação foram: Coréia do Sul (215,13%) e Uruguai (45,78%). A maior queda foi registrada para os Estados Unidos, com recuo 37,03% nas exportações. “Os números reforçam a importância da China para os nossos produtos. Devido às restrições do coronavírus, houve queda nas vendas para o Chile e Argentina, mas ainda temos espaço para as nossas commodities”, diz o secretário.

 

Os terminais portuários de Porto Murtinho movimentaram 143 mil toneladas de janeiro a abril de 2020, 35 mil toneladas a mais em relação às 108 mil toneladas comercializadas no mesmo período do ano passado. Em termo de valores, a alta foi de 19,40%. “Esse já é um desempenho que leva em conta o início das operações de mais um porto no município. E esse crescimento ocorre mesmo com a dificuldade de calado no Rio Paraguai, devido à estiagem. As chatas estão seguindo com meia carga, mas os números já sinalizam a consolidação de uma rota logística importante, viabilizada pelo Governo do Estado”, finaliza Jaime Verruck.