Fato ou fake?: Sesi de MS orienta sobre o que muda na empresa com MP que flexibiliza regras trabalhistas

O MPT (Ministério Público do Trabalho) vai interromper as fiscalizações durante a pandemia do novo coronavírus? Normas regulamentadoras foram revogadas? O e-Social foi extinto? Não bastasse a enxurrada de fake news sobre o combate à covid-19, a pandemia também espalhou informações incorretas sobre a flexibilização das regras trabalhistas, especialmente na área de Saúde e Segurança no Trabalho (SST), trazidas pela Medida Provisória nº 927/2020 (MP 927), que autoriza empregadores a adotarem medidas excepcionais em razão do estado de calamidade pública.

 

A assessora especial da área de mercado do Sesi, Laura Gomes, explica que empresários da indústria de Mato Grosso do Sul têm demonstrado ter muitas dúvidas sobre as mudanças advindas da MP 927, editada pelo governo federal de maneira emergencial para assegurar a manutenção de empregos e renda durante a pandemia. “As ações de combate à pandemia exigem urgência por parte do governo federal e, como as mudanças na legislação vêm sendo implantadas de forma muito rápida, as informações estão chegando desencontradas até o empresário”, explicou.

 

Para esclarecer a flexibilização das regras de saúde e segurança no trabalho e esclarecer as principais dúvidas sobre a MP 927, o Sesi vai promover para os empresários da indústria de Mato Grosso do Sul, de forma totalmente gratuita, o webinar “Saúde e Segurança no Trabalho em Tempos de Pandemia”. Serão dois encontros online, um no dia 20 de maio e outro no dia 27 de maio, ambos a partir das 10 horas, uma oportunidade para empregadores entenderem mais sobre as questões de SST que mudaram com a medida provisória e tirarem dúvidas com a advogada da área de SST do Sesi, Karine Ignácio Pinto.

 

Os webinars vão abordar a modernização das Normas Regulamentadoras (NRs), a MP 927, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que afastou dois trechos da medida, como vai funcionar o trabalho de fiscalização e notificações do Ministério Público do Trabalho durante a pandemia, entre outras questões relacionadas à saúde e segurança no trabalho. Os empresários interessados em participar do webinar gratuito devem acessar o Canal da Indústria (www.fiems.com.br/canaldaindustria) e clicar no símbolo com o WhatsApp do Sesi para receber as instruções.

Hábito adquirido na pandemia deve permanecer após covid-19; compras de alimentos e bebidas online cresceram 79%

Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostrou que os brasileiros aumentaram suas compras online, passaram a usar meios digitais de pagamentos e devem continuar com esses hábitos de compra e consumo no pós-pandemia. Segundo os dados, 61% dos clientes que compraram online durante a quarentena aumentaram o volume de compras devido ao isolamento social.

 

De acordo com o levantamento, em 46% dos casos esse aumento foi superior a 50%. O destaque foi para a compras de alimentos e bebidas para consumo imediato, que cresceram 79%. Conforme o estudo Novos Hábitos Digitais em Tempos de Covid-19, que entrevistou mil pessoas em todo o país, a crise do novo coronavírus fez com que a transformação digital do varejo se tornasse prioridade para poder manter os negócios em operação.

 

“Os consumidores estão cientes do risco de contaminação ao sair de casa e por isso, ainda que saiam às ruas para comprar itens essenciais, têm apresentado um comportamento mais digital, usando apps para compra e pagamento, por exemplo”, analisou o presidente da SBVC, Eduardo Terra.

 

O levantamento também mostra que, devido ao aumento da demanda no comércio eletrônico, os prazos para entrega aumentaram, com 69% dos consumidores notaram prazos mais longos e 57% considerando esse aumento aceitável. Pelo menos 11% dos consumidores deixaram de comprar online devido ao prazo de entrega.

 

“Nesta quarentena, as compras de muitas categorias passaram a ser mais planejadas e, com isso, um prazo de entrega mais alongado se tornou aceitável. A satisfação dos clientes, na faixa de 80%, mostra que o e-commerce vem conseguindo absorver bem o aumento de demanda”, disse Terra.

 

Segundo os resultados da pesquisa, depois de experimentarem o comércio eletrônico em novas categorias, os consumidores brasileiros indicam que estão mudando o comportamento de consumo, com 52% dos entrevistados comprando mais em sites e aplicativos durante a quarentena e 70% que pretendem continuar comprando mais online do que faziam antes da covid-19.

 

“Está havendo uma mudança real de comportamento e empresas que conseguirem se relacionar bem com os clientes neste momento terão uma grande vantagem no pós-crise”, avaliou o presidente da SBVC.

 

 

Fonte: Agência Brasil