Pronampe facilitará contratação de crédito pelos pequenos empresários neste período de pandemia, diz secretário

Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a lei que cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) deve facilitar o acesso de pequenos empresários a linhas de crédito, facilitando passar pelo período de pandemia de covid-19.

 

Conforme a lei nº 13.999/2020, micro e pequenos empresários poderão pedir empréstimos de valor correspondente a até 30% de sua receita bruta obtida no ano de 2019 e os bancos que aderirem ao programa entrarão com recursos próprios para o crédito, a serem garantidos pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO-BB) em até 85% do valor.

 

Para o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), esta é uma oportunidade para que os pequenos negócios acessem o crédito, principalmente na modalidade capital de giro, que visa diminuir os impactos da queda na atividade econômica.

 

“O crédito será operado por todos os bancos o que aumenta a concorrência em relação a recurso, a taxa de juros é adequada e talvez com a transferência de garantia para o governo federal, facilite a contratação.  A forma como foi aprovada foi extremamente salutar”, afrma.

 

Os empréstimos poderão ser pedidos em qualquer banco privado participante e no Banco do Brasil, que coordenará a garantia dos empréstimos. Após o prazo para contratações, o Poder Executivo poderá adotar o Pronampe como política oficial de crédito de caráter permanente com o objetivo de consolidar os pequenos negócios.

 

Deverá ser aplicada ao valor concedido a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 3%, acrescidos de 1,25%. O prazo para pagamento do empréstimo será de 36 meses.

Pesquisa: Em meio à pandemia, cresce número de famílias em Campo Grande que não terão condições de pagar contas

Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontam que o número de famílias campo-grandenses com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro, no mês de maio, teve uma ligeira alta em relação ao mês de abril. De 57,2%, em abril, o índice passou para 58,4%, este mês. Já o percentual de famílias que não terão condições de pagar contas aumentou de 8,6% para 10,1%. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

 

Em números absolutos, são 182.363 famílias endividadas em maio. Endividados com contas em atraso são 97.076 e os que não terão condições de pagar as contas são 31.431.

 

“Sem poder aquisitivo, as famílias não consomem. Com essa pandemia que atravessamos, muitas pessoas perderam suas rendas, total ou parcialmente, e isso reflete no consumo. E mesmo as que mantêm seu poder aquisitivo estão consumindo com cautela, devido à insegurança vivida no momento”, explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias.

 

O cartão de crédito continua na liderança como principal fonte de dívidas dos campo-grandenses (62,7%), seguido pelos carnês (28,6%). Financiamento de casa vem logo em seguida (16%) e financiamento de carro (12,7%).

 

Confira a pesquisa na íntegra:

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