Procon MS, Defensoria e Ministério Público divulgam balanço das ações da força tarefa em relação às escolas particulares

Resultado divulgado na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul ontem  (22.05),    demonstra que houve evolução positiva  em relação a adesão de  escolas particulares a Termo de Compromisso relacionado com a concessão de descontos  nos valores das mensalidades escolares enquanto durar  a crise com a pandemia de covirus. Para a elaboração do  documento, houve participação da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, Ministério Público de Mato Grosso do Sul  e Subsecretaria de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Campo Grande.

 

Balanço discutido em relação à adesão das escolas deixou claro que  a quantidade de escolas  notificadas  tem sido bem menor do que poderia ser realizado devido a falta de  atualização de dados tanto no Conselho Estadual de Educação quanto nas  entidades que as representam tais como  Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul (Sinepe) e Associação das Instituições Particulares de Ensino de Campo Grande.

 

Entretanto, mesmo levando em consideração as dificuldades,  296 escolas foram notificadas pelo Procon Estadual, Defensoria Pública e Ministério Público. Desse total, 120 realizaram acordo em uma primeira fase. Das restantes, 176, 49 não foram localizadas e entre as  outras 127 elevado número está  fazendo contatos com objetivo de formalizar o acordo. Dezenas delas, de acordo com o que relataram os órgãos que as representam, devem assinar o Termo de Compromisso, resultado do encontro desta sexta-feira.

 

Entre os pontos de relevância inclusos no  Termo de Compromisso, consta que as creches ou entidades equivalentes deverão conceder desconto de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor bruto da mensalidade escolar fixado no contrato firmado entre as partes que venceram a partir de 01 de abril de 2020, assim perdurando o desconto até que seja retomada a aula presencial contratada e de 100% (cem por cento) sobre o valor cobrado a título de atividades extracurriculares, especiais e facultativas, assim como em relação aos valores vinculados à alimentação dos alunos, enquanto vigente o regime especial de aula não presencial.

 

Observa que o direito ao desconto está vinculado à pontualidade no pagamento pelos pais, tendo sido  novo calendário para pagamentos, ou seja, a mensalidade de abril deve ser pago até o dia 1º de junho e a de  maio até  30 do mesmo mês. Não correndo, o virtual beneficiário perderá os direitos. Aqueles que, porventura, já tenham pago os valores integrais deverão ser  compensados em parcelas que ainda vierem a vencer. Havendo decisão pelo cancelamento de matrícula, as  escolas não poderão cobrar multas a qualquer hipótese.

 

Em relação ao ensino da pré escola  serão suspensos todas as cobranças  a titulo de atividades extracurriculares tem as escolas  acordado desconto de  dez por cento sobre os valores brutos das mensalidades. Como observação ficou estabelecido que aos pais que já desfrutam de descontos pela pontualidade de pagamento ou por manterem mais de um filho na escola, o desconto estabelecido no Termo, se cumulativo, não ultrapassará 20%

 

De acordo com Marcelo Salomão, superintendente do Procon Estadual, “a  tendência é que o número de escolas que decidam pela adesão ao Termo se amplie, uma vez que as ações para notificar continuam e, além disso, está havendo manifestação espontânea em relação à iniciativa”.

 

ESCOLAS DE CAMPO GRANDE QUE ADERIRAM AO ACORDO COM OS ÓRGÃOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Déficit primário deverá encerrar 2020 em R$ 540,53 bilhões; valor consta das novas estimativas para orçamento

A recessão provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus deve elevar o déficit primário para R$ 540,53 bilhões em 2020, divulgou há pouco o Ministério da Economia. O valor consta do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, entregue hoje (22) pela pasta ao Congresso Nacional.

O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo, desconsiderando os juros da dívida pública. No relatório anterior, divulgado no fim de março, a pasta previa que o rombo nas contas públicas ficaria em R$ 161,62 bilhões. Na ocasião, o próprio ministério reconheceu que o número era preliminar e não considerava toda a perda de arrecadação originada pela contração da economia.

No relatório de março, o Ministério da Economia ainda projetava crescimento de apenas 0,02% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) para este ano. Somente na semana passada, a estimativa foi atualizada para queda de 4,7% do PIB.

Na quinta-feira (21), a pasta tinha informado que as medidas tomadas até agora pelo governo contra o coronavírus aumentariam o déficit primário em R$ 344,63 bilhões. A nova versão do relatório, no entanto, apresentou piora superior, de R$ 378,91 bilhões. A diferença deveu-se principalmente ao fato de que os números apresentados ontem não incorporavam os R$ 35,34 bilhões da suspensão do pagamento de dívidas dos estados com a União.

 

Queda da arrecadação

 

A deterioração do resultado primário decorre tanto da queda de arrecadação como do aumento de gastos relacionados ao enfrentamento da pandemia. A nova versão do relatório aponta redução de R$ 111,25 bilhões nas receitas líquidas da União. As principais causas são a revisão para baixo do PIB, responsável pela piora de R$ 63 bilhões na estimativa, e as desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para equipamentos de combate à covid-19 e de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de crédito.

As receitas não administradas, recursos não relacionados a tributos, cairão R$ 16,6 bilhões em relação à previsão apresentada no fim de março. As principais quedas estão relacionadas aos royalties do petróleo, que cairão R$ 6,6 bilhões por causa da redução do preço do barril, e aos dividendos de estatais, que encolherão R$ 3,9 bilhões por causa dos menores lucros das empresas federais e da proibição de que os bancos oficiais distribuam parte dos ganhos aos acionistas.

 

Alta nos gastos

 

Quanto aos gastos, o relatório prevê aumento de R$ 268,29 bilhões nas despesas obrigatórias e queda de R$ 630 milhões nas despesas discricionárias (não obrigatórias).

 

Entre os gastos obrigatórios, a maior alta corresponde aos créditos extraordinários de R$ 220,9 bilhões que financiam o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) e o complemento de renda a trabalhadores com contratos suspensos ou jornada de trabalho reduzida durante a pandemia.

 

Os gastos com subsídios e subvenções elevaram-se em R$ 34,86 bilhões, sobretudo por causa do socorro do Proagro a produtores rurais afetados pela seca na Região Sul e das renegociações de financiamentos do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf) para pequenos produtores afetados pela pandemia.

 

Fonte: Agência Brasil