Carne bovina: Precoce MS conquista primeiro lugar em Prêmio de Boas Práticas do Consórcio Brasil Central

Mato Grosso do Sul conquistou o primeiro lugar no Prêmio de Boas Práticas do Consórcio Brasil Central, por incentivar a modernização na criação de carne bovina. O destaque na categoria Desenvolvimento Econômico, representa o reconhecimento do trabalho realizado pelo Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), junto ao Precoce MS.

 

Criado em 1992 de forma pioneira para incentivar a produção com qualidade, o programa foi totalmente reformulado a partir do decreto nº 14.304 de 2015, se tornando o atual Precoce MS. Atualmente, além dos aspectos de produtividade, qualidade da carcaça e inserção de atributos de qualidade, buscou-se também o avanço em aspectos sociais e ambientais dos sistemas de produção utilizados.

 

Desta forma, os incentivos oferecidos pelo Precoce/MS, passaram a ser decorrentes da avaliação que considera o animal (produto), o estabelecimento pecuário (processo) e a padronização do lote abatido.  Coordenador de pecuária da Semagro, Marivaldo Miranda explica que para o cálculo do incentivo, é considerado o impacto da dimensão produto em 70% e do processo em 30%, o resultado é multiplicado pelo valor máximo da bonificação do subprograma (67%) e o total representa a bonificação gerada para um determinado animal.

 

Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que o Prococe MS é hoje uma referência para o Estado e por seus resultados positivos tem sido usado como exemplo para outras cadeias, como a suinocultura, por exemplo. “A pecuária de Mato Grosso do Sul caminha para transformar-se em referência de carne de qualidade no país graças ao investimento em um programa de política pública, feito pelo Governo do Estado, que é o Precoce MS. O sistema de controle que estabelecemos hoje no programa nos dá tranquilidade em fazer essa projeção”.

 

Dados oficiais do programa mostram que até hoje (04/09/20), mostram que desde 2017 foram abatidos 2,715 milhões de animais pelo Precoce MS, sendo 642,5 mil apenas em oito meses de 2020. Já foram pagos R$ 144,6 milhões em incentivos e a média do valor pago que somava R$ 59,20 em 2017, chega a R$ 75,15 em 2020.

 

Mato Grosso do Sul tem 19 frigoríficos credenciados para abater animais via Precoce MS, e outros três em fase de credenciamento. São 759 profissionais responsáveis técnicos habilitados e 2.240 estabelecimentos rurais cadastrados.

 

Prêmio de Boas Práticas

 

Mato Grosso do Sul foi premiado em cinco das seis categorias do “1º Prêmio de Boas Práticas do Brasil Central” realizado pelo  Consórcio Brasil Central (BrC) e destinado aos servidores das sete Unidades da Federação consorciadas – Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rondônia. Ao todo, o prêmio contou com 58 inscrições em seis categorias.

 

Como parte do processo de avaliação, cada prática teve avaliação qualificada com notas de 0 a 10 com base em quatro critérios, elencados pela organização do BrC. Elaborada para contemplar diversas áreas, a premiação foi estruturada para que recebesse boas práticas dos setores “Saúde Pública”, “Segurança Pública”, “Educação”, “Infraestrutura e Logística”, “Desenvolvimento Econômico e Social” e “Gestão Pública e Inovação”.

Brasil cobra retirada de embargo ao comércio de frango pelas Filipinas; país alegou possibilidade de contaminação

O governo federal cobrou nesta ontem (4) a retirada imediata do embargo temporário imposto pela República das Filipinas às importações de carne de frango originadas do Brasil. 

 

Segundo o governo filipino, o embargo foi decretado em razão de possível risco de contaminação de consumidores com o novo coronavírus. Atualmente,as Filipinas são o único país a manter restrição à carne de frango brasileira em razão do suposto risco de transmissão. No entanto, não foi apresentada evidência científica para justificar a decisão.

 

De acordo com nota conjunta dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, há consenso entre a comunidade científica internacional, agências de classificação de risco e autoridades sanitárias no mundo, segundo o qual a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, não é transmissível pelo comércio de alimentos.

 

“O Brasil tem sempre colaborado de modo construtivo, aberto e transparente com seus parceiros comerciais e nações amigas, especialmente neste momento delicado de pandemia. Nesse espírito, as autoridades brasileiras atuaram rapidamente e responderam a todos os questionamentos das contrapartes filipinas, tendo fornecido documentação detalhada sobre regulamentação, orientações e protocolos cumpridos pelas empresas brasileiras do setor de alimentos”, argumenta o comunicado.

 

Segundo a nota, o embargo do governo filipino não seguiu os princípios, nem os ritos, necessários e mandatórios, previstos pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

 

“No espírito de parceria, e com vistas à manutenção de um comércio de alimentos estável e seguro, o Brasil exorta, uma vez mais, o governo das Filipinas a remover imediatamente o embargo”, conclui o comunicado.

 

Fonte: Agência