Em Campo Grande, Procon Estadual autua auto escola por má prestação de serviços

Condutas irregulares da direção do Centro de Formação de Condutores Excelência localizado na rua 13 de Maio em Campo Grande foram denunciadas por consumidora que se sentiu prejudicada  com a decisões dos responsáveis pela “auto escola” o que culminou com diligência presencial de fiscais da  Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da  Secretaria de estado de  Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast.

 

Na  verificação os fiscais do Procon Estadual detectaram a inexistência de comunicação clara entre o estabelecimento e seus alunos, má prestação de serviços além de vantagem manifestamente excessiva de parte dos responsáveis pelo centro de formação. Ausência de comunicação se dá pelo fato haver cancelamento de aulas pela  escola sem dar conhecimento aos candidatos a Carteira Nacional de Habilitação – CNH e, quando questionados alegaram que o cancelamento se deu por iniciativa dos alunos.

 

Fato idêntico pode se caracterizar com má prestação de serviço, uma vez que, de acordo com a denunciante,  esta teve aulas praticas para motos suspensas tendo a empresa tentado justificar com pretenso acidente sofrido com o veículo. Entretanto,  o fato ocorreu dias depois do cancelamento, de acordo com Boletim de Ocorrência arquivado no local.

 

Registrada vantagem manifestamente excessiva pois está explicito em contrato que quaisquer cancelamentos de aulas motivados pela auto escola a qualquer tempo não lhe trará prejuízo enquanto se o aluno estiver impedido de comparecer terá  de comunicar com, pelo menos 24 horas de antecedência  para  ter direito  a reposição ou perderá os valores já pagos.

 

Ainda, para dificultar o trabalho da fiscalização quando solicitados alguns contratos  realizados no ano passado, como é o caso da denunciante, alegaram que já estariam  arquivados e que o acesso a eles seria muito difícil. Ressalte-se que a aluna em questão ainda não teve acesso à sua CNH e, portanto, seu contrato deveria estar acessível. Dada a comprovação das irregularidades,  a fiscalização  autuou o CFC.

 

Fonte: Procon MS

Marcas regionais crescem nas gôndolas de atacarejo em Mato Grosso do Sul

Cada vez mais cresce a busca por produtos regionais. As marcas locais conquistam o consumidor que passa a incluir, no carrinho de compras, um pouco da originalidade e tradição do lugar de onde moram. É o que aponta pesquisa realizada pela Kantar, que estudou as mudanças dos hábitos de consumo geradas pela pandemia. De acordo com o estudo Consumer Insights, a categoria de marca local conquistou 2,2 milhões de novos consumidores no primeiro semestre deste ano, o que representa uma penetração de 33% no mercado, contra 29% no mesmo período do ano passado.

 

Em Mato Grosso do Sul, indústrias, empresas e cooperativas locais encontraram no atacarejo uma opção para disseminar suas vendas. “Optamos por beneficiar marcas e grupos locais como forma de fortalecer a economia regional. Em nossas unidades, temos forte a presença regional por meio de produtos que são feitos em Mato Grosso do Sul. No mês de aniversário do Fort e do nosso próprio Estado, ressaltar a participação dessas marcas é celebrar nosso crescimento”, aponta a coordenadora regional de marketing do Fort Atacadista, Rafaellen Duarte. Dentre as marcas presentes, Rafaellen cita a Cachaça da Nossa, Erva Mate Santo Antônio, Natubom e a Cooperativa Agrícola Mista da Pecuária Leiteira e de Corte e da Agricultura Familiar (Cooplaf), entre outros.

 

Da cidade de Terenos, duas marcas vem ganhando força. A Cachaça Da Nossa é uma delas. Presente nas gôndolas do Fort Atacadista, a bebida, que é fabricada desde 2008, passou a ser conhecida por todo o Estado. “São produzidas com intuito de serem apreciadas por quem  busca qualidade” diz o proprietário da marca, Mateus Maciel. “A particularidade do clima sul-mato-grossense, bem como de seu solo, a forma de cultivo da cana de açúcar e fermentação favorecem o processo tornando seu sabor diferenciado”, complementa. .

 

A Cooperativa Agrícola Mista da Pecuária Leiteira e de Corte e da Agricultura Familiar (Cooplaf), em Terenos, também vem crescendo e se consolidando como um dos principais fornecedores da rede de atacarejos na capital. Com cerca de 240 cooperados, entre produtores de leite e hortifruti, a entidade conquistou estabilidade quando passou a vender para compradores fixos, como é o caso do Fort Atacadista, que tem parceria firmada com os agricultores desde 2015. Mais de 90% de seu hortifruti é destinado aos mercados da rede localizados em Campo Grande.

 

Outro exemplo de marca local que há muito tempo já se tornou referência em consumo no Estado, é a Erva Mate Santo Antônio, sediada na cidade de Ponta Porã (MS), a 312 km da Capital. A presença no atacarejo, facilita as pequenas mercearias e conveniências que se abastecem para vender a erva da bebida mais tradicional do Estado: o tereré.

 

Comemoração

Além de celebrar a divisão do Estado, em outubro o Fort Atacadista completa 21 anos. Como campanha de aniversário, durante todo o mês, haverá uma série de ofertas nas lojas do Fort. “Durante todo esse tempo, nosso ideal sempre foi oferecer uma variedade cada vez mais diversa em produtos e serviços, com preços que caibam no bolso do consumidor, essa é uma forma de devolver aos sul-mato-grossenses a credibilidade em nossa marca”, aponta Rafaellen.

 

A rede Fort Atacadista possui sete lojas em Campo Grande, que atendem na modalidade atacarejo, fundamentadas em uma operação enxuta e na negociação de grandes volumes com fabricantes nacionais. Apresenta um mix de produtos com preços competitivos, garantindo mais economia para o consumidor – sejam clientes profissionais do mercado de alimentação (como donos de restaurantes, bares, lanchonetes e mercados) como também os consumidores finais.

Governo lança programa estadual para fortalecer a cadeia produtiva do peixe em MS

A piscicultura de Mato Grosso do Sul passa a contar com um importante instrumento de apoio à produção. Lançado ontem (7) pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o PROPEIXE (Programa Estadual de Fortalecimento da cadeia produtiva do peixe) tem entre suas metas duplicar o processamento de peixes até 2022.

 

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 7 polos de produção de pescado, distribuídos nas regiões Norte, Centro, sudoeste, fronteira, Grande Dourados, Cone Sul, sendo a maioria de pequenos produtores e com a Costa Leste concentrando a grande produção de tilápia. São 1.338 piscicultores mapeados, 2.441 hectares de tanques escavados e 1.767 unidades de tanques redes, que produziram em 2019/2020 total de 20,3 mil toneladas de tilápia e 3,6 mil toneladas de peixes nativos. O Estado também lidera o ranking de maior exportador de tilápia do país, sendo responsável por 84,84% das vendas externas brasileiras do produto.

 

 

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagro, o setor está em expansão no Estado com nove unidades de processamento de peixe em fase de projeto ou construção. “Temos investimentos sendo realizados em cinco municípios do Estado com previsão de início em 2021 o que mostra o potencial para crescimento do setor e a necessidade de apoio do Governo. O programa foi construído juntamente com o setor produtivo para ter efetividade e vem no momento ideal. Entre as nossas metas com o PROPEIXE está mais que dobrar a produção, aumentar a capacidade de processamento e posicionar Mato Grosso do Sul entre os 5 maiores produtores do pais – hoje somos o oitavo”, afirma o secretário. As diretrizes do PROPEIXE serão publicadas na edição de quinta-feira (8), do Diário Oficial do Estado.

 

 

O superintendente de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semagro, Rogério Beretta, informou que Mato Grosso do Sul “tem hoje uma capacidade instalada para processamento de 40 mil toneladas/ano e a atual capacidade de produção é de 23 mil toneladas, mas já temos projetos novos em fase de implantação que devem ampliar a capacidade industrial para 62 mil toneladas nos próximos dois anos e precisamos produzir para atender a essa demanda da indústria”.

 

 

Secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa, Jorge Seif Junior, afirmou que a produção de pescado gera emprego, renda, segurança alimentar e “Mato Grosso do Sul, com a aquicultura e a piscicultura se consolidando por meio do PROPEIXE, torna-se referência a outros 25 estados da federação, pois somente o Pará dispõe de uma política pública semelhante”. Ele lembrou que “o governo federal é um incentivador da piscicultura. Demos mais celeridade aos processos de liberação para novos aquicultores e expansão das estruturas já existentes, além da digitalização e desburocratização dos processos”.

 

 

Na avaliação do produtor Simão Brum, do Projeto Pacu e coordenador da Câmara Setorial Consultiva da Piscicultura, “o PROPEIXE traz avanços importantes para o setor. O fortalecimento da nossa cadeia produtiva é importante, pois já fomos um gigante que acabou adormecendo, mas que está fácil de acordar. O programa vai nos auxiliar a fazer uma equalização com os estados vizinhos na questão tributária, sem prejuízo a indústria e produtores”.

 

 

O CEO da Geneseas, Vicente Crescio afirmou que o setor ficou muito satisfeito com o programa, pois fomenta a indústria e toda a cadeia da piscicultura. Ele ressaltou “que o diálogo tem sido importante com o governo por meio da câmara setorial” e que a empresa tem registrado “bons níveis de crescimento, mesmo com a pandemia” e que “o PROPEIXE será fundamental para auxiliar a indústria a superar desafios como a falta de peixe para processamento”.

 

Melhoria no ambiente de negócios

 

Rogério Beretta, superintendente de C&T, Produção e Agricultura Familiar, o secretário Jaime Verruck e o superintendente de Indústria, Comércio e Serviços, Bruno Bastos, que também participou da live de apresentação do PROPEIXE.

 

Entre os objetivos do PROPEIXE, está a simplificação de normas e procedimentos além da adequação da carga tributária sobre o produto visando maior competitividade. O programa ainda prevê o apoio à viabilidade de crédito e recursos financeiros ao setor e premiação para os produtores, nos moldes do Precoce MS e Leitão Vida.

 

A partir do PROPEIXE, o Governo do Estado espera chegar a produção de 36 mil toneladas de peixe em 2021, aumentando a capacidade de processamento para 37 mil toneladas no ano que vem. Também pretende chegar a utilização de 70% da capacidade instalada da indústria local em 2021, saindo dos atuais 58%.

 

O titular da Semagro também destacou que “o PROPEIXE traz uma política bem definida, com enfoque no emprego, renda, inclusão dos produtores e adoção de práticas sustentáveis de produção. Teremos o fortalecimento das nossas instituições, com um trabalho fundamental de capacitação técnica a ser realizado pela Agraer, avanços em questões sanitárias junto à Iagro e ao licenciamento ambiental, no Imasul”, finalizou.

 

Foto: Eli  Morais de Brites/Agência de Notícias Zero Um Comunicação

Empresa paulista anuncia projeto de plantio e processamento de laranja em Paranaíba

O município de Paranaíba vai receber mais um importante investimento privado. O Grupo Alternative Brasil – que tem três fábricas de processamento de laranja em São Paulo – começa o plantio da fruta com sistema de irrigação no município com previsão de instalar uma planta em breve. O projeto foi apresentado ao secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, ontem (7), pelos empresários Waldemar e Fernando Pereira dos Santos.

 

O primeiro passo para implantação do projeto já está sendo dado com o plantio de 361.500 pés de laranja, irrigados pelo sistema de gotejamento. “A construção de uma unidade para processamento de frutas cítricas na região é algo que está nos planos da Alternative Brasil, e um estudo de viabilidade será realizado no futuro. O ideal é que outros produtores da região se interessem pela cultura e com isso a construção da unidade de processamento se viabilizará mais facilmente em virtude da oferta de matéria-prima”, disse Waldemar.

 

Verruck considerou a notícia “extremamente positiva” para Mato Grosso do Sul, que busca diversificar sua base econômica, tanto na agricultura quanto na indústria. A região do Bolsão se mostra ideal para o desenvolvimento de um polo citrícola dado a disponibilidade hídrica, solo em condições ideais e proximidade com grandes mercados consumidores, completou.

 

A implantação dos pomares se dará em duas etapas, sendo que para viabilidade do projeto é fundamental a obtenção da outorga para captação de águas do Rio Aporé, cujo processo já está em andamento. Na primeira etapa serão plantadas, entre agosto-outubro de 2021, aproximadamente 200 mil laranjeiras em área totalmente irrigada por gotejamento. A segunda etapa deverá ocorrer entre agosto e outubro de 2022 e contempla o plantio de 161.500 plantas, também irrigados por gotejamento. A primeira colheita de laranjas desse pomar deve ocorrer em 2024.