Insatisfação de consumidores gera mais de 15 mil reclamações no Procon Estadual

Nos primeiros dez meses do ano em curso (2 020) a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, contabilizou entre seus serviços de orientação por meio do telefone 161 e de reclamações generalizadas, um total de 15.565 ocorrências.

 

Enquanto as orientações (151) totalizaram atingiram 2 064 procuras dos consumidores, as dez primeiras empresas no ranking das mais reclamadas, foram responsáveis pela ocorrência de 4.413 demonstrações de insatisfação, sendo a Energisa, com 900 casos, a campeã entre as que mais causaram dissabores, seguida da Aguas Guariroba com 858 casos.

 

O ranking aponta, ainda, entre os principais alvos de reclamação, empresas de telefonia tais como a Claro com 658 casos, a Telefônica do Brasil com 352 a Brasil Telecom (celular) com 294, seguidas da Tim (281). Quatro bancos também constam do ranking. São eles: Bradesco com 300 casos, BMG com278 além de Santander e Caixa Econômica Federa, com 256 e 236, respectivamente.

 

Ressalte-se que estas são as que mais tiveram consumidores insatisfeitos e que se  dirigiram ao Procon Estadual no sentido de  procurar solução para os problemas  dos quais  foram vítimas. Dezenas de outros fornecedores também, mesmo que com números menos expressivos, também têm sido denunciados no órgão estadual de defesa do consumidor.

MSGás inaugura na terça-feira complexo operacional no município de Três Lagoas

A Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás) inaugura nesta terça-feira (20) o Escritório Regional de Três Lagoas – um moderno complexo predial com áreas administrativas, sala de reuniões/treinamento, espaço de atendimento aos clientes e local para atividades do Centro Operacional local, como oficina para montagem e manutenção de equipamentos da rede de distribuição e um laboratório de calibração de instrumentos.

 

Localizado na Avenida Filinto Muller, próximo ao Shopping Três Lagoas, o prédio tem área construída de 700 m², divididos em dois pavimentos. A inauguração da estrutura será às 9h com a presença de autoridades estaduais e municipais.

 

Para o Presidente da MSGás, Rui Pires dos Santos, a trajetória da empresa na cidade justifica o investimento na construção da sede própria. “A MSGás cresceu muitos nos últimos cinco anos, conquistando um número significativo de clientes em Três Lagoas. Os nossos maiores, e principais, clientes estão localizados em Três Lagoas, e vislumbramos para os próximos anos a captação de novos clientes”, comenta.

 

Tecnologia e Sustentabilidade 

 

O complexo operacional conta com diversas tecnologias que visam melhorar o ambiente de trabalho dos colaboradores e incentivar o uso sustentável de energia e abastecimento. A ideia é que o local seja um show room das tecnologias mais recentes e inovadores com Gás Natural.

 

Entre as principais inovações estão infraestrutura de distribuição interna de gás natural para equipamentos e aparelhos (fogão, chuveiros, aquecedor de passagem para chuveiros, churrasqueira), destacando os mais inovadores:

 

  • Sistema de ar condicionado a Gás Natural, com evaporadoras e aparelhos de ar condicionado em todos os ambientes (para a climatização do ambiente – o nosso equipamento de ar condicionado é capaz de aquecer água ao mesmo tempo em que refrigera o ambiente);

 

  • Geração de energia com gerador 100% a Gás Natural;

 

O escritório possui um sistema de captação de água de reúso (água de chuva) para consumo não humano (uso em sanitários, jardim e processos) e o projeto arquitetônico da edificação também foi adaptado à mobilidade de pessoas com deficiências.

 

 

Além disso, o prédio conta com SPDA (Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas: para-raios), CPD (data center com estrutura de TI que será a contingência de Campo Grande) e sistema de monitoramento com câmeras.

 

 

Investimentos em reúso da água tratada do esgoto podem gerar R$ 5,9 bilhões à economia

O reúso de efluente tratado de esgoto doméstico está entre as alternativas que diversos países vêm adotando para aumentar a segurança hídrica. O Brasil, hoje com capacidade instalada para produzir um metro cúbico de água de reúso por segundo, tem potencial de aumentar esse volume em quase 13 vezes. Para isso, seriam necessários investimentos de R$ 1,89 bilhão em infraestruturas de reúso de água, que trariam um incremento na economia de quase R$ 5,9 bilhões. As informações são do estudo sobre o impacto econômico dos investimentos de reúso de efluentes tratados de esgoto para o setor industrial, lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

Os investimentos no setor seriam destinados à aquisição e manutenção de máquinas e equipamentos e à construção da infraestrutura. Do crescimento econômico de R$ 5,9 bilhões, R$ 3,7 bilhões seriam gerados pelo setor industrial, R$ 2 bilhões em serviços e R$ 180 milhões na agropecuária. A geração de emprego seria de quase 96 mil postos de trabalho e R$ 999,74 milhões em massa salarial, além de R$ 464 milhões em arrecadação de impostos.

 

Conforme o estudo da CNI, os principais setores industriais beneficiados com sistemas de reúso de efluente tratado de esgoto seriam o petroquímico e o siderúrgico, que contam com complexos de grande porte concentrados nos territórios. Exemplo nessa linha é o Aquapolo, que fornece 650 litros por segundo de água de reúso para o polo petroquímico da Região do ABC Paulista. Isso equivale ao abastecimento de uma cidade de 500 mil habitantes. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a GS Inima e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

 

Segundo a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, o setor industrial tem interesse em investir em projetos de reúso de efluente tratado de esgoto para garantir o insumo, principalmente, em tempos de escassez hídrica. “Nesse caso, enquanto as águas de boa qualidade seriam priorizadas para usos mais nobres, em especial o humano, a indústria poderia manter a produção com a água de reúso”, explica.

 

A CNI defende urgência na regulamentação da atividade de reúso de efluentes tratados de esgoto, com ênfase para o reúso para fins industriais. Embora o marco legal do saneamento tenha contemplado entre suas diretrizes o reúso de efluentes sanitários, é necessário esclarecer ainda questões relativas à titularidade do efluente para reduzir a insegurança jurídica que inibe os investimentos nessas iniciativas.

 

Setor petroquímico está entre os principais segmentos beneficiados com sistemas de reúso de efluente tratado de esgoto

Estudos contribuem para apoiar construção de projetos de reúso

 

A CNI já elaborou estudos de potencial de projetos de reúso de efluente de tratado na região metropolitana de São Paulo e em mais sete estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Maranhão. Foram escolhidas essas unidades da Federação tanto pela situação histórica de escassez hídrica, como é o caso dos estados do Nordeste, quanto de agravamento e incertezas sobre a disponibilidade de água vivenciadas nos últimos anos nos estados do Sudeste.

 

“Projetos de reúso de água podem ganhar velocidade e impulso com essa abertura de mercado e oportunidades de crédito em diversos tipos de fundos, inclusive voltados a projetos de adaptação climática, tanto no Brasil quanto no exterior”, destaca Mônica.

 

Fonte: CNI

Comércio eletrônico e delivery aumentam consumo de embalagens, segundo associação

As mudanças dos hábitos de consumo durante a pandemia do novo coronavírus, com as pessoas em casa e comprando mais produtos pela internet aumentou a demanda por embalagens. Os impactos dessas mudanças e das restrições provocadas pelas quarentenas para reduzir a disseminação do vírus estão sendo sentidos em várias partes da cadeia de produção.

 

O setor de papelão chegou a registrar uma queda de 3,2% no segundo trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2019, depois de uma alta de 7,5% nos primeiros três meses de 2020. No entanto, segundo a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), de junho a setembro o setor se recuperou e as vendas de chapas de papelão ondulado aumentaram 15,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

O aumento das vendas pressionou a capacidade dos fabricantes. De acordo com a ABPO, os prazos de entrega, que ficavam entre 7 e 30 dias, agora, se estendem por mais de um mês. Junto com o aumento do consumo de embalagens, houve, segundo a associação, uma redução da coleta seletiva em diversas partes do país, o que também elevou os preços do material.

 

Reciclagem

 

O reflexo dos hábitos de consumo foi percebido também na geração de resíduos. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), nos primeiros meses da quarentena foi registrada uma queda da produção de lixo de 6% em abril e de 9% em maio. Em junho, houve um ligeiro aumento (2%) dos resíduos em geral e de 30% no descarte de materiais recicláveis. Segundo o presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, esse padrão tem se mantido, com um aumento de cerca de 30% no volume de material reciclável descartado.

 

O crescimento muito maior na utilização de materiais como plásticos e papelão está ligado, na avaliação da Abrelpe, ao maior uso de embalagens no comércio online. Filho avalia, inclusive, que esse novo padrão pode continuar nos próximos meses. “O que nós estamos observando é que esse novo padrão de consumo, que é baseado no comércio online e em entrega de alimentos pré-prontos tem permanecido. Então, acreditamos que isso pode assim ser uma constante”, disse.

 

Porém, devido ao fechamento de diversas unidades de triagem, em função das medidas de contenção do coronavírus, a reciclagem não foi capaz de absorver esse aumento do volume de materiais descartados nos primeiros meses de alta. Isso só começou a ser possível agora, com a retomada que, inclusive, aproveita, de acordo com Silva Filho, uma parte do potencial das centrais de reciclagem que não estava sendo utilizado antes da pandemia. “O que nós tínhamos de informação antes da pandemia é que esse setor da reciclagem estava operando de uma maneira ociosa”, diz.

 

Apesar disso, caso o aumento do volume de materiais recicláveis no lixo das grandes cidades se mantenha, o presidente da Abrelpe afirma que pode ser necessário investir mais no setor. “Perdurando essa situação de que haja um maior volume de recicláveis nos resíduos sólidos urbano nós precisamos de maiores investimentos no parque de reciclagem e de descentralizar esse parque, que ainda está muito concentrado nas regiões Sul e Sudeste”.

 

Fonte: Agência Brasil