Conta de luz dos consumidores terá cobrança extra a partir desta terça-feira, decide a Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ontem (30) que haverá cobrança extra na conta de luz dos consumidores a partir desta terça (1º).

 

Em reunião extraordinária, a Aneel decidiu que será cobrada a bandeira vermelha patamar 2, cujo valor é o maior no sistema de bandeiras da agência (veja na imagem mais abaixo).

 

Com isso, a cobrança extra será de R$ 6,24 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

 

Em 26 maio, a Aneel havia anunciado que não haveria cobrança extra na conta de luz até 31 de dezembro deste ano, em razão da pandemia do novo coronavírus.

 

Na reunião desta segunda-feira, contudo, a agência decidiu revogar a decisão e aplicar a bandeira vermelha patamar 2.

 

Bandeiras tarifárias — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1

Bandeiras tarifárias — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1

Motivo da cobrança extra

 

Segundo o relator da proposta, Efrain Pereira da Cruz, o despacho de maio foi revogado porque o Brasil voltou aos patamares de consumo anteriores ao início da pandemia.

 

No entanto, conforme a Aneel, a oferta de energia está comprometida em razão dos baixos níveis dos reservatórios. Desta forma, o mecanismo da bandeira voltou a ser necessário no entendimento do órgão.

 

“Essa condição de oferta adversa, somada à tendência de recuperação de carga da energia aos patamares pré-crise, são indícios concretos de que o mecanismo das bandeiras já merece ser restabelecido e a curto prazo”, afirmou o relator.

 

Fonte: G1

Bandeira vermelha “da noite para o dia” desprograma consumidor, alerta Concen

No início da noite de ontem, 20, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, em reunião extraordinária,  reativar a sistemática de acionamento das Bandeiras Tarifárias e já anunciou a bandeira vermelha Patamar 2 para o mês de  dezembro de 2020, com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos valendo a partir de hoje, 01/12. Uma decisão motivada pela queda no nível de armazenamento dos reservatórios de hidrelétricas, porém, que pega o consumidor de surpresa em momento delicado.

 

“Havia um compromisso público firmado pela Aneel de manter a bandeira verde, ou seja, sem acréscimos, até 31 de dezembro e com base nisso o consumidor planejou seu orçamento familiar, as empresas planejaram seus custos. Não houve uma sinalização ao consumidor de que o cenário mudou e que seria necessária a retomada das bandeiras, por isso, repudiamos a forma como foi a decisão foi adotada”, diz a presidente do Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS, Rosimeire Costa.

 

Ela destaca que a adoção da bandeira vermelha em patamar 2 é uma sinalização dos custos da energia elétrica e que este mecanismo é adotado para evitar uma explosão na conta no momento do reajuste da energia elétrica, quando já vem com a inflação aplicada. “Isso porque quando os reservatórios estão com níveis baixos é preciso despachar as termelétricas que têm energia mais cara”.

 

Com a vigência, a partir de hoje, da bandeira vermelha, patamar 2, a presidente do Concen alerta que o consumidor precisa redobrar a atenção, especialmente porque as temperaturas seguem elevadas e o uso de refrigeradores e aparelhos de ar condicionado aumenta no período.

 

Em Campo Grande, famílias estão mais cautelosas com consumo, aponta pesquisa

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) campo-grandenses calculada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que, neste mês de novembro, a perspectiva profissional e, consequentemente, a expectativa de consumo recuaram, em relação a outubro.

 

O ICF ficou em 79 pontos no mês de novembro.

 

“A economia está fortemente ligada à política e esses dados foram coletados no período pré-eleitoral. Então, percebemos uma tendência de as pessoas aguardarem o desenrolar nesse cenário para, só depois, tomarem decisão”, comenta Daniela Dias. “Também percebemos o impacto da pandemia. Mas quando ampliamos os números e cruzamos com outros dados, como o do seguro desemprego, que deu sinais de uma redução em relação a outubro do ano passado (de 17,5%, segundo o IBGE), o saldo de empregos formais sendo positivo em Mato Grosso do Sul pelo quarto mês positivo,  e com o índice de confiança do empresário do Comércio, que atingiu o maior nível, com 123,9 pontos, podemos acreditar que estamos passando por uma fase que já possui indícios de melhora”.

 

Confira a pesquisa na íntegra:  ICF MS

Índice Geral de Desempenho Industrial registra alta pelo 6º mês consecutivo, segundo a Fiems

O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da Fiems e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, alcançou, no mês de outubro, 63,4 pontos, indicando um aumento de 1,2 ponto na comparação com o levantamento de setembro. Nos últimos seis meses, o indicador acumula alta de 24,9 pontos, sinalizando a forte retomada da atividade industrial após o período mais crítico da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19).

 

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, é importante ressaltar que esse foi o melhor resultado já registrado para o mês de outubro desde 2014, com crescimento de 7,7 pontos sobre igual mês do ano anterior e de 10,7 pontos sobre a média histórica obtida para o mês. “Neste levantamento, 90% das empresas industriais do estado reportaram crescimento ou estabilidade da produção. Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 9 pontos percentuais”, reforçou.

 

O economista detalha que essa melhora também se refletiu na participação das empresas que contrataram, aumentando de 6,0% para 29,2% do total no mesmo comparativo. “Condição que também se repetiu em relação a utilização da capacidade instalada, evoluindo de 73% para 75%”, analisou, constatando que o IGDI permanece acima dos 50 pontos, indicando, na média geral, que o nível de atividade industrial percebido pela maior parte dos empresários respondentes foi satisfatório no mês de outubro.

 

O Índice

 

O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis – emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

 

No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).

 

O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou o economista.