Investimento industrial transforma Dourados no 2º maior exportador de Mato Grosso do Sul

Dourados ultrapassou Campo Grande e em 2020 assumiu a segunda posição entre os municípios que mais exportam em Mato Grosso do Sul. Dados da Balança Comercial compilados pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), mostram que o município passou a representar 11,9% de tudo o que o Estado envia ao exterior. Confira aqui a Carta de Conjuntura do setor externo.

 

Fruto da política de desenvolvimento econômico adotada pelo Governo do Estado, o aumento nas exportações é reflexo de investimentos privados que contribuem para diversificar a matriz econômica e agregar valor à matéria-prima local. Exemplo claro é a Coamo, inaugurada no fim de 2019, o Complexo Industrial é responsável pela produção de farelo e óleo de soja.

 

O resultado de um ano de produção da indústria pode ser verificado no balanço das exportações de 2020. No ano passado, Dourados aumentou em 2,734% o volume de farelo de soja exportado, além de 251% nas vendas externas de óleo de soja e de 53% na comercialização de soja ao exterior. Foram 32 mil toneladas de óleo de soja exportado em 2020 contra 9 mil toneladas em 2019.

 

O farelo de soja saltou de 15 mil toneladas em 2019 para 435 mil toneladas em 2020 e as exportações de soja pelo município que somavam 638 mil toneladas em 2019, chegar a marca de 981 mil toneladas do grão enviadas ao mercado externo. No ano passado, Dourados também aumentou as exportações de carnes suínas, bovinas e de aves.

 

“Mato Grosso do Sul foi escolhido para receber o complexo industrial da Coamo, considerado o maior investimento em esmagamento de soja no país, por ter um ambiente de negócios seguro e competitivo. São estratégias adotadas pelo Governo do Estado, com foco no desenvolvimento econômico que tem proporcionado empreendimentos dessa magnitude que geram emprego, renda e divisas para o Estado”, afirma o titular da Semagro, secretário Jaime Verruck.

 

10 maiores exportadores de MS

 

Conforme balanço das exportações de 2020, em Mato Grosso do Sul 10 municípios correspondem por 83,5% de tudo o que é enviado para outros países. Três Lagoas lidera o ranking com participação de 41,8% devido a celulose, seguido por Dourados com 11,9%, Campo Grande com 9,12, Corumbá com 4,84% e Chapadão do Sul com 3,86%.

 

Em sexto no ranking aparece Naviraí com participação de 3% nas exportações, seguido de Bataguassu com 2,52%, Sidrolândia com 2,26%, Antônio João em nono com 2,21% e, por fim, Itaquiraí fecha a lista dos 10 com participação de 1,91% do total.

 

Outro destaque de 2020 é Antônio João que entrou para o ranking dos 10 após aumentar em 391% as exportações de soja. Se em 2019 o município exportou 58 mil quilos do grão, no ano passado alcançou 288 mil quilos enviados ao mercado externo.

Superávit do comércio exterior do Estado foi 38% maior em 2020, puxado pelo agro

As exportações de Mato Grosso do Sul no ano passado somaram US$ 5,808 bilhões e foi 11,32% superior ao total apurado em 2019 (US$ 5,217 bilhões). Por outro lado, as importações foram menores (US$ 1,905 bilhão) em 2020 em relação ao ano anterior (US$ 2,403 bilhões). Com isso, o saldo da balança comercial, ou seja, o resultado da diminuição de tudo que foi comprado do exterior com o valor das vendas ficou em US$ 3,902 bilhões, contra US$ 2,814 bilhões apurados em 2019, representando um crescimento do superávit de 38%. Os dados estão na Carta de Conjuntura nº 62, divulgada ontem (7) pela Semagro (Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

O bom desempenho das exportações do MS está relacionado à desvalorização do real diante do dólar, o que torna o produto nacional mais barato nos mercados internacionais.  “Mas também tem a ver com os estímulos à competitividade, como o dinamismo dos portos em Porto Murtinho e Corumbá e também a disponibilidade de crédito para a produção, pois aplicamos 100% dos recursos do FCO no ano passado”, avalia o secretário em exercício da Semagro, Ricardo Senna.

 

No seu entender, as medidas urgentes de biossegurança, em especial aquelas adotadas nos frigoríficos, também garantiram a redução dos riscos sanitários que os mercados exigiam e possibilitaram que o ritmo da economia não sofresse impacto significativo devido à pandemia. “A perspectiva é que Mato Grosso do Sul mantenha esse bom desempenho, pois há previsão de que a economia mundial crescerá em torno de 4% em 2021″, pontuou.

 

Produtos

 

Produtos como a soja (+ US$ 500 milhões), óleos e gorduras vegetais (+ US$ 220 milhões), açúcar (+ US$ 240 milhões) e carne de aves (+ US$ 25 milhões) contribuíram para esse superávit. Com relação a soja, o Estado vendeu 1,5 milhão de toneladas a mais em 2020, comparado com o volume exportado do produto em 2019. E mais que dobrou o volume exportado de óleo e gordura vegetal e animal no mesmo período: de 442 mil toneladas (2019) para 1,029 milhão de toneladas no ano passado.

 

O principal produto de exportação de Mato Grosso do Sul continua sendo a celulose, tanto em volume quanto em valor. Aumentou o volume exportado (de 4,232 milhões/ton em 2019 para 5,538 milhões/ton em 2020), embora devido à variação para menor no preço da commodity, o valor apurado no ano passado (US$ 1,667 bilhão) tenha ficado menor que o de 2019 (US$ 1,980 bilhão). O ferro-gusa também apresenta aumento expressivo do valor exportado (+115%) e o item Outros Produtos Alimentícios teve incremento de 216% (US$ 12,78 milhões em 2019 para US$ 40,4 milhões em 2020).

 

Importações

 

Em relação ao que foi comprado no exterior, o Estado continuou com uma pauta concentrada na importação de gás boliviano, representando 50,48% da pauta de 2020, enquanto no ano anterior esse produto representou 52,63% de todas as importações. Produtos químicos inorgânicos (14,3%), produtos da metalurgia de metais não ferrosos (6,69%) e tecidos (5,86%) aparecem logo em seguida na pauta das compras externas.

 

Em termos de destino das exportações houve uma concentração nas exportações para a China, representando 45,46% do valor total das ao exterior no ano passado. Os países com maior aumento na participação foram: Hong Kong (27,92%) e China (21,38%). A maior queda foi registrada para o Japão, com baixa de 41,6% nas exportações em relação a 2019. A concentração nos dez maiores destinos das exportações passou de 73,19% a 71,98% na comparação entre o apurado em 2020 e 2019.

 

Veja AQUI a íntegra da Carta de Conjuntura.

Prefeitura de Campo Grandeinicia estudo para ofertar microcrédito a pequenos empresários

A Prefeitura, por intermédio da Fundação Social do Trabalho (Funsat), inicia estudo para implantação do microcrédito na Capital.

 

O projeto prevê a viabilização de empréstimo para micro e pequenas empresas, através de um fundo de aval, em parceria com instituições financeiras e fomento empresarial. A expectativa é de que o fundo ajude os empresários e, consequentemente, gere mais emprego na Capital.

 

A Funsat vai continuar investindo na parceria com empresas para viabilizar novas vagas de emprego em Campo Grande. Um dos caminhos é o Programa Funsat Itinerante, que terá novas ações, levando os serviços da Prefeitura para os bairros, ampliando o acesso às oportunidades.

 

A Prefeitura realizou algumas mudanças no Funsat Itinerante. Nos anos anteriores, a Funsat levava a ação para eventos realizados por parceiros. Em 2020, a ação passou a ser realizada 100% pela Fundação, com a ajuda de outras secretarias e parceiros (SAS, Agetec, Procon/CG, GCM, Junta Militar, Sedesc, Sebrae).

 

O Programa de Inclusão Social (PROINC) e o Núcleo de Ação Produtiva (NIPS) levaram oportunidade a 3.400 trabalhadores desempregados e em situação de vulnerabilidade social e econômica, sem ou pouca qualificação profissional, baixa escolaridade, mulheres vítimas de violência doméstica, egressos do sistema prisional e adolescentes aprendizes, em sua maioria cumprindo medidas socioeducativas e demais faixas etárias em suas diversas especificidades.

 

A Funsat, em parceria com a Subsecretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, também está dando oportunidade a vítimas de violência doméstica, realizando um atendimento diferenciado e prioritário, com entrevista qualificada e orientações pertinentes aos requisitos atualmente exigidos pelo mercado formal de trabalho.

 

As mulheres são acolhidas pela equipe de Serviço Social, que realiza entrevista individual para avaliar o perfil sócio econômico e curricular. Em seguida, elas recebem orientações referentes à postura profissional, ética e a importância e necessidade da qualificação continuada. Esta mulheres são encaminhadas a uma das vagas oferecidas especialmente para que vítimas de violência, que estejam em situação de vulnerabilidade, tenham liberdade financeira.

 

A Funsat também oferece qualificação com a Escola de Educação Profissional, que realiza cursos para direcionar a população ao mercado de trabalho. Durante ao ano de 2020, a escola ofertou 31 (trinta e um) cursos on-line dentro do programa PRONATEC – FUNSAT EAD. Os cursos são totalmente on-line e oferecem capacitação e, em alguns casos, indicação ao mercado de trabalho.