Produção sustentável incentivada pelo Governo faz suinocultura viver melhor momento em MS

Mato Grosso do Sul tem hoje o cenário ideal para o desenvolvimento da suinocultura. Resultado da política adotada pelo Governo do Estado desde 2015, no ano passado o VBP (Valor Bruto da Produção) dos suínos atingiu o recorde de R$ 1,1 bilhão de faturamento. Ao mesmo tempo em que cresce a demanda por crédito para novos investimentos, implantação de indústrias ligadas ao setor e aumento da produção incentivada pelo programa Leitão Vida.

 

Em 1º de janeiro de 2021 o programa Leitão Vida completou um ano desde a reformulação, com 2.576 milhões de animais incentivados, que somaram R$ 18,6 milhões em benefícios pagos aos criadores de suínos do Estado. O programa coordenado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) é parte de um conjunto de ações realizadas em prol do setor.

 

Desde a participação no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs), em 2019, o Governo do Estado vem atualizando sua política de desenvolvimento para tornar Mato Grosso do Sul um cenário propício para receber investimentos em suinocultura. Os esforços têm surtido efeito, com investimentos em todas as cadeias produtivas do Estado.

 

Em termos de crédito, o FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) tem atuado como um grande financiador do desenvolvimento da cadeia. Mensalmente são aprovados recursos para o setor e apenas na primeira reunião de 2021, o Conselho destinou R$52,8 milhões para implantação de unidades de produção de leitões nos municípios de Jateí e Ivinhema.

 

Atualmente a cadeia da suinocultura é responsável por 16 mil empregos e produção estimada em R$ 16 bilhões. São 74,6 mil matrizes distribuídas em 34 propriedades no Estado, que contam com a vantagem da disponibilidade de grãos de qualidade para a preparação de ração. A produção vem em evolução constante, com crescimento de 128% em 10 anos e aumento de 131% nos abates no mesmo período.

 

“Nosso foco é estruturar essa cadeia produtiva no Estado, desde a produção até o abate e o processamento da carne. Hoje Mato Grosso do Sul importa leitões e estamos trabalhando para incentivar a entrada de novos produtores no setor e aumentar a produção. Entre as ações está a viabilidade de energia elétrica e recursos financeiros”, explica o titular da Semagro, Jaime Verruck.

 

A fim de aumentar a disponibilidade de animais no Estado, em dezembro a Cooasgo (Cooperativa Agropecuária de São Gabriel do Oeste) inaugurou a Granja Rio Verde, uma unidade multiplicadora de matrizes suínas. O empreendimento foi projetado em parceria com a Agroceres, para a produção anual de mais de 40 mil matrizes por ano.

 

A previsão é de ter 1,5 mil fêmeas por semana para reprodução, somando 78 mil por ano. Em funcionamento pleno, o complexo vai produzir 90 mil machos por ano para abate e gerar 42 empregos diretos e 210 indiretos. A projeção é de que a economia local tenha um incremento mensal de R$ 145 mil, além da movimentação de outros setores.

 

Presidente da Coasgo, Sergio Marcon explica que a granja foi projetada para atender as atuais legislações internacionais de boas práticas de produção e bem-estar animal e será responsável por uma produção anual de mais de 40 mil matrizes ao ano. “Essa será a granja mais moderna do país e irá transformar a genética da suinocultura na nossa região”.

 

“Estamos consolidando o projeto de expansão da suinocultura em nosso Estado. Uma boa parte das matrizes produzidas será vendida para produtores de leitão em Mato Grosso do Sul, a fim de atender a crescente demanda das indústrias do setor. Cerca de 60% será comercializado para outros Estados. Seremos exportadores de genética suína, atendendo também o mercado brasileiro”, acrescentou Jaime Verruck.

 

Para o presidente da Asumas (Associação sul-mato-grossense de produtores de suínos), Alessandro Boigues a suinocultura em Mato Grosso do Sul se destaca exponencialmente. “Além de se consagrar como um dos setores que mais gera emprego durante a pandemia, carrega um leque de alternativas mercadológicas. Atualmente a produção do estado se concentra no mercado interno e se sustenta positivamente. Qualquer necessidade internacional que surja, pode abrir ainda mais portas para a produção, o que faz da suinocultura um setor sem freios para o desenvolvimento. Entre os motivos para os avanços está o selo de biossegurança, garantido pelos suinocultores de MS”.

Desempenho agrícola de Mato Grosso do Sul atrai empresa alemã para Sidrolândia

A junção da capacidade empreendedora, de empreendedores locais, uma tecnologia reconhecida globalmente e a agricultura pujante e com alta tecnologia. Assim o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) definiu o investimento da empresa alemã Fendt, uma das maiores fabricantes mundiais de máquinas e implementos, realizado no município de Sidrolândia (Distrito Industrial, às margens da BR-060).

 

O secretário lembrou que Mato Grosso do Sul vem crescendo de maneira substancial (cerca de 6 a 7% ao ano) no setor do agronegócio e destacou a importância da inserção da empresa Fendt. “Depois da abertura da revenda em 2019, no município de Sorriso, no Mato Grosso, que é uma loja própria da fábrica, a Fendt traz para Mato Grosso do Sul uma franquia sua, a primeira do Brasil, que deve servir como modelo para todo País. Isso é motivo de grande satisfação para nós do Governo do Estado, que trabalhamos com foco na geração de empregos e no desenvolvimento econômico do Estado”, completou Verruck.

 

Com transmissão ao vivo, em evento restrito, os empresários viabilizadores do empreendimento em Sidrolândia, Lúcio Basso e Jacob Breure apresentaram a estrutura da empresa que possui showroom de máquinas, loja de peças, oficina, sala de treinamento e área de descarga e será operada pela IMPACT Fendt.

 

Segundo o diretor do Grupo AGCO Corporation, José Henrique Galli, a empresa, proprietária ainda de marcas conhecidas no mercado (GSI, Massey Ferguson, Challenger e Valtra) seguiu a tendência mundial da busca pela parceria comercial com o consumidor dos seus produtos, no caso, o produtor rural.

 

O secretário de Estado Eduardo Riedel (Segov) e os deputados estaduais Paulo Corrêa (Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) e Gerson Claro também estiveram no evento.

 

FENDT

 

A Fendt foi fundada na Alemanha em 1930. A marca já apresentou aos agricultores brasileiros as séries de tratores de alta potência Fendt 900 Vario e Fendt 1000 Vario, importadas da Alemanha, a colheitadeira de tecnologia de ponta Fendt IDEALTM, projeto global que conta com a participação da fábrica de Santa Rosa (RS), e a plantadeira dobrável com fertilizante em linha Fendt MOMENTUMTM, desenvolvida e fabricada 100% no Brasil, na planta de Ibirubá (RS), e exportada para os EUA e países sul-americanos e europeus.

 

As máquinas da marca podem ser encontradas trabalhando em empresas agrícolas, bem como em outras áreas interessantes de aplicação nos campos ao redor do mundo. Em muitas áreas da engenharia agrícola, a Fendt é pioneira no desenvolvimento de novas tendências. Os clientes da Fendt se beneficiam em primeira mão de sua tecnologia inovadora, criada para melhorar o desempenho, a eficiência e a lucratividade em seus negócios agrícolas. A AGCO Fendt emprega cerca de 5.400 profissionais nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, vendas e marketing, produção, serviços e administração em suas unidades de Marktoberdorf, Asbach-Bäumenheim, Hohenmölsen, Feucht, Waldstetten e Wolfenbüttel na Alemanha.