Governo Federal antecipa abono salarial para nascidos nos meses de maio e junho

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) antecipou o pagamento do abono salarial 2020/2021, ano-base 2019, para os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em maio e junho. Os recursos, que estariam disponíveis apenas em 17 de março, serão transferidos em 11 de fevereiro, junto com o pagamento daqueles nascidos em março e abril.

 

A resolução com o novo calendário foi publicada hoje (5) no Diário Oficial da União.

 

A Caixa Econômica Federal depositará o dinheiro na conta corrente informada pelo trabalhador ou na conta poupança digital, usada para pagar o auxílio emergencial, para quem não é cliente do banco. As poupanças digitais podem ser movimentadas pelo aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), boletos bancários, compras com cartão de débito virtual pela internet e compras com código QR (versão avançada do código de barras) em estabelecimentos parceiros.

 

A resolução desta sexta-feira também antecipa o pagamento do abono salarial para os funcionários públicos ou trabalhadores de empresas estatais, nesse caso, o calendário é de acordo com o dígito final do número de inscrição do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A partir de 11 de fevereiro, fica disponível o crédito para inscritos com final 6 e 7, como no calendário original, e para aqueles com final 8 e 9, que serão antecipados. O Pasep é pago pelo Banco do Brasil.

 

Para os trabalhadores que são correntista da Caixa, no caso do PIS, ou do Banco do Brasil para o Pasep, o crédito em conta será feito a partir de 9 de fevereiro.

 

Os trabalhadores que nasceram entre julho e dezembro receberam o abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) em 2020. Os nascidos em janeiro e fevereiro tiveram o recurso disponível para saque no mês passado.

 

Os servidores públicos com final de inscrição do Pasep entre 0 e 4 também receberam em 2020 e com final 5 em janeiro deste ano. O fechamento do calendário de pagamento do exercício 2020/2021 acontece em 30 de junho.

 

Quem tem direito

 

Tem direito ao abono salarial 2020/2021 o trabalhador inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2019, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou e-Social, conforme categoria da empresa.

 

Recebem o benefício na Caixa os trabalhadores vinculados a entidades e empresas privadas. Em todo o calendário 2020/2021, a Caixa deve disponibilizar R$ 15,8 bilhões para 20,5 milhões trabalhadores.

 

As pessoas que trabalham no setor público têm inscrição no Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil. Nesse caso, o beneficiário pode optar por realizar transferência para conta de mesma titularidade em outras instituições financeiras, nos terminais de autoatendimento do BB ou no portal www.bb.com.br/pasep, ou ainda efetuar o saque nos caixas das agências. Para o exercício atual, o banco identificou abono salarial para 2,7 milhões de trabalhadores vinculados ao Pasep, totalizando R$ 2,57 bilhões.

 

Abono 2019/2020

 

Os trabalhadores que não sacaram o abono salarial do calendário anterior, de 2019/2020, finalizado em 29 de maio do ano passado, ainda podem retirar os valores. O prazo vai até 30 de junho deste ano e o saque pode ser feito nos canais de atendimento com cartão e senha Cidadão, ou nas agências da Caixa.

 

A consulta sobre o direito ao benefício, bem como ao valor à disposição, pode ser feita por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pelo atendimento Caixa ao Cidadão (0800-726-0207) e no site.

 

No caso do Pasep, os recursos ficam disponíveis para saque por cinco anos, contados do encerramento do exercício, de acordo com decisão do Codefat. Os abonos não sacados são transferidos automaticamente para o próximo exercício, sem necessidade de solicitação do trabalhador.

 

 

Fonte: Agência Brasil

MS: Doação de capiaçu da Agraer eleva produtividade e reduz custos de produtores

No município de Nova Alvorada do Sul, localizado a 120 quilômetros da Capital, produtores rurais poderão reduzir custos e aumentar a produtividade com a utilização do capim capiaçu na alimentação das vacas leiteiras.

 

Para alguns produtores, a novidade na produção pode alavancar a receita de quem precisa associar a lucratividade com cada litro de leite produzido. É o caso do Assentamento Pam, onde a produtora Sudemia Nogi que recebeu doação de mudas de capim Capiaçu comemora a doação e o aprendizado técnico. “Eu tenho alimentado minhas vacas com cana-de-açúcar e ração, com o capim, pelo que o técnico me orientou, vou ter um aumento na produção de leite. Com isso, a minha meta é elevar a produção atual de 120 litros ao dia para 250 litros”.

 

A doação foi feita pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), em por intermédio da Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer), com apoio da Secretária de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente e da Secretária de Educação de Nova Alvorada do Sul.

 

O capim capiaçu elevará o potencial produtivo

Na iniciativa, foram atendidas oito famílias do assentamento PAN e Pana, sendo que cada família recebeu, aproximadamente, duzentos quilos de mudas de capim capiaçu. “Os beneficiados com a doação de capim Capiaçu da Agraer estão motivados a transformar a realidade de suas propriedades, potencializando a produtividade”, explica o coordenador da Agraer de Nova Alvorada do Sul, João Marcelo Beltrame.

 

Para Beltrame, a procedência do insumo é importante para o potencial produtivo. “Esse capiaçu saiu de um campo experimental da Embrapa e foi para o campo experimental do Cepaer que é o centro de pesquisa da Agraer. É um capim de alta produtividade com ótimo teor de proteína, sendo utilizado para alimentação dos animais na época da seca, e que também pode ser fornecido fresco ao cocho, ou seja, picado, já diretamente para o animal comer”.

 

Com capim capiaçu, Sudemia quer elevar a produção atual

O benefício vai além porque diante da qualidade do capiaçu, os beneficiados podem ampliar o alcance da doação ao disseminar mudas. “Os produtores vão replicar uma muda de qualidade, aumentando a produtividade da propriedade, e eles podem disseminar, a tecnologia no local, fornecendo muda para outros produtores com a mesma segurança que eles pegaram”.

 

O capiaçu chega a produzir até 80 toneladas de massa verde/hectare/ano, ou seja, numa pequena área plantada é possível ter uma grande quantidade de alimento para os animais.  “Os produtores querem aprimorar a produção de leite, tendo como objetivo o aumento da produtividade, a melhora dos animais, e a otimização da área, onde eles trabalham.  O ideal de corte do capim é em torno de 60 a 80 dias, mas para isso precisa de uma boa adubação para manter a produtividade. A capineira pode ter uma longevidade de 7 anos e isso diminui muito o custo em relação à formação de pastagem”.

 

De acordo com a secretária de Meio Ambiente do município, o capiaçu é conhecido por seu alto teor de proteína e por isso a doação vai ajudar no crescimento do setor de uma forma geral. “A importância de incentivar a bovinocultura leiteira em nosso município através de incremento na alimentação animal de maior valor proteico resulta no aumento da produção, geração de renda e qualidade de vida”.