Governo prorroga isenção de ICMS sobre equipamentos para geração de energia solar

O governo do Estado publicou o Decreto número 15.643, de 30 de março de 2021, que prorroga o prazo do benefício fiscal para isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações com equipamentos destinados à geração de energia solar. Agora, os importadores podem adquirir esses equipamentos com benefício fiscal até 30 de abril de 2022.

 

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) explica que a isenção se dá, inclusive, na compra de diversos itens em outros estados da federação, como geradores fotovoltaicos, células solares, partes e peças utilizadas em geradores fotovoltaicos, entre outros. “Esse benefício já era previsto no convênio celebrado por Mato Grosso do Sul no âmbito do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), mas precisava ser internalizado por meio de legislação estadual própria, o que ocorreu agora com a edição do decreto”, disse Verruck.

 

A Semagro acompanha a evolução dos projetos de geração de energia fotovoltaica já implantados ou em fase de implantação. O secretário explica que o governo do Estado tem um olhar especial para o setor, por se tratar de energia limpa e renovável, o que se alinha às diretrizes de desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul traçadas pela gestão estadual.

 

O Estado de Mato Grosso do Sul já possui uma política de fomento à geração de energia solar, por entender que investimentos neste setor geram empregos, dinamizam a economia e tornam o Estado mais sustentável.

 

A isenção do ICMS também vem ao encontro dos objetivos do Projeto “Ilumina Pantanal”, lançado recentemente pelo governo do Estado em parceria com o Grupo Energisa, que prevê, até 2022, levar energia elétrica a 2.167 moradias localizadas em pleno Pantanal sul-mato-grossense. A fonte dessa energia serão usinas fotovoltaicas. A previsão é de que 5 mil pessoas sejam beneficiadas, universalizando energia no Pantanal, unindo desenvolvimento e preservação ambiental e melhorando a qualidade de vida da população.

Com superávit de US$ 583 milhões no trimestre, dólar alto mantem exportações aquecidas

No primeiro trimestre de 2021, a balança comercial de Mato Grosso do Sul alcançou superávit de US$ 583 milhões. Apesar da estabilidade no volume exportado na comparação com o ano anterior, os bons resultados em termos de faturamento se devem a valorização da moeda norte-americana frente ao real.

 

Em março o dólar alcançou média de R$ 5,64, o que apesar da desvalorização do mantem a competitividade dos produtos brasileiros. “De janeiro a março é comum que tenhamos um cenário de recomposição, até pelo ciclo das commodities exportadas e vemos que o dólar alto tem mantido bons resultados para o faturamento da balança comercial, apesar de gerar alta nos preços no mercado interno”, explica o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.

 

Os dados referentes a balança comercial de março de 2021 estão na Carta de Conjuntura do Mercado Externo, divulgada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Clique aqui para fazer o download do documento.

 

Com relação aos principais produtos exportados, a celulose apareceu como primeiro produto na pauta de exportações em março, com 24,99% do total exportado em termos do valor, e com diminuição de 31,76% em relação ao mesmo período no ano passado. Em relação ao volume houve diminuição de 14,91%.

 

O segundo produto da pauta foi ocupado pelo produto soja em grão, com 23,69% de participação, com diminuição em termos de valor de 1,17% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Em termos de volume, houve diminuição de 17,36%, sugerindo que a queda de 1,17% foi devida principalmente a queda no volume, comparado a 2020.

 

As exportações para a China recuaram 27,38% em relação ao primeiro bimestre do ano passado, mas o país se mantém como principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, representando 35% da pauta e sendo seguida pela Argentina (6,8%) e Estados Unidos (6,6%). Em termos regionais, Três Lagoas concentra 40,16% das exportações do Estado.

 

“A recomposição da Argentina no último mês, retornando à segunda posição é reflexo da navegabilidade do rio Paraguai, que possibilita a exportação de grãos por Porto Murtinho e Corumbá. Além disso, a redução da participação da China é um bom sinal, de que estamos diversificando nosso produtos exportados e abrindo mercados”, destacou o secretário Jaime Verruck.