Fiems: Exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul registra queda de 15% em junho

ZeroUmInforma/Economia -A receita com a exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul alcançou US$ 216,2 milhões, queda nominal de 15% em relação ao mesmo mês de 2015, quando o valor foi de US$ 253,8 milhões. Em relação ao volume, a queda foi de 11% na comparação mensal. Já no acumulado do ano, a receita total alcança US$ 1,296 bilhão Indicando recuo de 9% em relação ao mesmo período de 2015, quando o resultado foi de US$ 1,429 bilhão. Quanto ao volume acumulado de janeiro a maio houve retração de 5%. Já em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 65% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul. Já no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 55%.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, detalhou os principais destaques de janeiro a junho. “Papel e Celulose, embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel”, “Complexo Frigorífico (Carnes congeladas, resfriadas, miúdos e subprodutos) ”, “Açúcar e Etanol”, “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração”, “Extrativo Mineral – Minerais Metálicos”, “Couros e peles” e “Alimentos e bebidas” que, somados, representaram 97,9% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior” analisou.

DETALHAMENTO  

De janeiro a junho de 2016 as exportações do grupo “Papel e celulose” somaram US$ 522,4 milhões, apontando pequeno aumento de 1,2% sobre igual intervalo de 2015, quando as vendas atingiram o equivalente US$ 516,2 milhões. Quanto aos produtos, o destaque ficou por conta da pasta química de madeira (celulose) que registrou receita igual a US$ 503,7 milhões, indicando crescimento de 3,9% em relação ao mesmo período de 2015. Tal desempenho foi garantido, basicamente, pelo aumento de 10,5% no volume comercializado produto. Já em relação aos compradores, os principais até o momento são: China com 41,9% ou US$ 219,1 milhões, Itália com 17,6% ou US$ 92,0 milhões, Holanda com 10,9% ou US$ 57,3 milhões, Estados Unidos com 6,8% ou US$ 35,3 milhões e Coreia do Sul com 3,5% ou US$ 18,1 milhões.

No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro a junho de 2016 alcançou o equivalente a US$ 393,8 milhões, apontando queda de 7,0% sobre igual período de 2015, quando o total ficou em US$ 423,7 milhões. A redução observada se deu principalmente por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com destaque para Venezuela, China, Egito, Rússia e Japão que somados apresentaram redução, em valores, equivalente a US$ 54,4 milhões.

Quanto ao volume, a retração na compra desses países foi de 8,7 mil toneladas. Em relação aos produtos exportados os destaques ficaram por conta das carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango e carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos que, somados, totalizaram US$ 326,0 milhões ou 82,8% da receita do grupo. No acumulado do ano, os principais compradores são: Hong Kong com US$ 62,9 milhões ou 16,0%, Arábia Saudita com US$ 46,4 milhões ou 11,8%, Chile com US$ 45,9 milhões ou 11,7%, Rússia com US$ 34,2 milhões ou 8,7%, Egito com US$ 25,2 milhões ou 6,4%, Japão com US$ 23,8 milhões ou 6,0% e China com US$ 19,7 milhões ou 5,0%.

No grupo “Açúcar e Etanol” a receita de exportação de janeiro a junho de 2016 alcançou o equivalente a US$ 109,8 milhões, redução de 38% sobre igual período do ano passado. Resultado das quedas ocorridas no volume e preço médio de comercialização do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano. No caso do volume, até o mês de junho, foram vendidas 367,1 mil toneladas, contra 522,3 mil no mesmo intervalo do ano passado, queda de 29,7%.

Quanto ao preço médio, na mesma comparação, a queda foi de 12,1%, com a tonelada do açúcar exportado por Mato Grosso do Sul sendo vendido a US$ 299,0 em 2016, contra US$ 340,15 em 2015. Até o momento, os principais compradores são: Rússia com US$ 49,9 milhões ou 45,5%, Argélia com US$ 10,8 milhões ou 9,8%, Bangladesh com US$ 7,2 milhões ou 6,6%, Nigéria com US$ 6,9 milhões ou 6,4%, Malásia com US$ 5,9 milhões ou 5,3%, Croácia com US$ 5,6 milhões ou 5,1%, Índia com US$ 3,9 milhões ou 3,6 %, Egito com US$ 2,9 milhões ou 2,7% e Iraque com US$ 2,9 milhões ou 2,7%.

Em relação ao grupo “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração” o período de janeiro a junho de 2016 fechou com receita equivalente a US$ 103,8 milhões. Indicando queda de 2% sobre o mesmo intervalo de 2015, quando as vendas foram de US$ 105,8 milhões. Resultado influenciado, basicamente, pela queda do preço médio de venda das Farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja e dos Bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja. No caso do primeiro produto a queda foi de 12%, com o preço médio da tonelada sendo vendida, em 2016, por US$ 340,7, contra US$ 387,6 em 2015. Já em relação ao segundo produto, o preço médio da tonelada apresentou queda de 23%, com o preço médio, em 2016, alcançando US$ 324,4, contra US$ 421,1 no ano anterior. Quanto aos compradores, os principais até o momento são a Tailândia, Indonésia e Holanda que, somados, adquiriram o equivalente a US$ 96,1 milhões ou 92,6% do total.

Quanto ao grupo “Extrativo Mineral – Minerais Metálicos”, a receita de exportação acumulada de janeiro a junho alcançou o equivalente a US$ 66,9 milhões. Indicando recuo de 33% sobre o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 99,7 milhões. Resultado fortemente influenciado pela queda de 29% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 15% no volume comercializado do produto. Em valores, o preço médio da tonelada caiu de US$ 35 para US$ 25. Já em relação ao volume, o total vendido alcançou o equivalente a 1,87 milhão de toneladas no acumulado de janeiro a junho de 2016, contra 2,20 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. Por fim, os minérios exportados por Mato Grosso do Sul tiveram a Argentina como principal destino com US$ 65,7 milhões ou 98,2%.

Já no grupo “Couros e peles”, a receita de exportação de janeiro a junho de 2016 alcançou US$ 58,2 milhões. Indicando redução de 11% sobre igual período de 2015. Resultante da diminuição das aquisições de importantes compradores como a Itália, Hong Kong, Estados Unidos, Taiwan e Tailândia que, somados, apresentaram queda de US$ 17,1 milhões. Bem como pela redução de 31% no preço médio da tonelada do couro exportado por Mato Grosso do Sul. Quanto aos compradores, os principais até o momento são a China, Itália, Vietnã e Holanda que somam US$ 52,6 milhões em aquisições ou 90% da receita total do grupo.

Encerrando, o grupo “Alimentos e bebidas” fechou o período de janeiro a junho de 2016 com receita equivalente a US$ 13,5 milhões. Indicando aumento de 25% na comparação com o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 10,8 milhões. O crescimento foi influenciado, basicamente, pela elevação das compras feitas pelos Estados Unidos, Alemanha e Bolívia que, somados, proporcionaram receita adicional de US$ 2,93 milhões.

Quanto aos compradores, os principais são o Paraguai com US$ 7,25 milhões ou 53,8%, Estados Unidos com US$ 2,04 milhões ou 15,1%, Alemanha com US$ 1,75 milhão ou 13,0% e Bolívia com US$ 1,54 milhão ou 11,4%. Por fim, os principais produtos exportados, até o momento, são Preparações para alimentação animal, Fécula de mandioca e Preparações e conservas de carne de frango que, somados, geraram receita equivalente a US$ 9,7 milhões ou 72% do total.

Fonte: Fiems

Destaques

MS, BRASIL E MUNDO