Mato Grosso do Sul deve arrecadar R$ 13,96 bilhões de ICMS em 2021, segundo sindicato

As análises feitas pelo Observatório Econômico – OE -, departamento ligado ao Sindicato dos Fiscais Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul – Sindifiscal/MS – apontam que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – deve ser 25,8% maior este ano em comparação com 2020. O valor deve chegar a R$ 13,96 bilhões. No ano passado, o recolhimento foi de R$ 11 bi. O estudo foi feito a partir dos números de recolhimento desde janeiro de 2021, até setembro de 2021. O artigo publicado na página do Observatório também prevê o recolhimento de R$ 15,43 bilhões em 2022. “Com essas projeções, governo e municípios podem trabalhar melhor e fazer seu planejamento”, comenta o presidente do Sindicato, Francisco Carlos de Assis.

 

Até o mês de setembro, Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 10,11 bilhões em ICMS. Em todo o ano de 2020, o imposto chegou a R$ 11,09 bi. Até setembro do ano passado, o governo tinha coletado R$ 7,96 bi, o que representa um aumento de 27% quando comparado ao período. “Mesmo com o ligeiro aumento da arrecadação de 2020 em relação a 2019, conseguimos analisar que a pandemia influenciou nos números. Ainda que no início deste ano tenhamos conturbações, a vacina voltou a animar a economia o que acabou refletindo também na arrecadação”, complementou o presidente da entidade.

 

MS arrecadou em setembro de 2020, R$ 1,01 bi, enquanto que neste ano, o montante foi de R$ 1,25 bi. Setembro foi o mês que o estado mais recolheu ICMS. O incremento nominal foi de 3,31%. Em agosto, o valor foi de R$ 1,21 bi.

 

O Observatório também analisou a transferência da cota-parte do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). O FPE é uma transferência federal aos Estados e ao Distrito Federal, com o objetivo de equalizar a capacidade fiscal das unidades federativas. Transfere aos Estados 21,5% da arrecadação de Imposto de Renda e IPI. Mato Grosso do Sul teve incremento real e nominal, sendo que em agosto, último mês analisado, o incremento nominal foi de 69%.

 

Os dados desta matéria foram retirados das análises do Observatório Econômico. As informações constam no site www.sindifiscalms.org.br e podem ser consultadas diretamente nos seguintes links:

 

Boletim Foco: https://bit.ly/3BmW16t

Relatório Observatório: https://bit.ly/3pMvxZS

9 em cada 10 médias e grandes indústrias evitam o desperdício de água e energia

 

Em meio à preparação para a 26ª Conferência do Clima (COP26),  a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou uma pesquisa com o Instituto FSB para avaliar qual a visão das empresas brasileiras e quais ações concretas elas adotaram em relação à sustentabilidade. Em alguns quesitos, os dados mostram que elas estão avançadas.

 

De acordo com o estudo, feito com executivos de 500 médias e grandes empresas industriais, práticas de gestão de resíduos e ações para reduzirem o desperdício de água e energia já são adotadas por nove de cada 10 empresas pesquisadas. Praticamente todas (98%) adotam pelo menos uma entre as oito ações de sustentabilidade listadas no questionário.

 

A maior preocupação dos executivos ouvidos é com o descarte de resíduos. Um em cada quatro afirmou que este é o seu primeiro ou segundo principal ponto de atenção.

 

9 em cada 10 médias e grandes indústrias evitam o desperdício de água e energia

 

Considerando o estágio atual do ambiente de negócios no Brasil, 94% dos executivos enxergam oportunidades nas ações de sustentabilidade. Outro dado que mostra o interesse das empresas pelo tema é a intenção de investimento. Praticamente duas em cada três (63%) empresas entrevistadas afirmaram que vão ampliar os investimentos em sustentabilidade nos próximos dois anos. Mesmo durante a pandemia, em meio à crise econômica, 28% delas disseram ter ampliado esse tipo de investimento nos últimos 18 meses.


“A indústria sempre foi um ator relevante e, em muitos momentos, liderou o processo de desconstrução da falsa dicotomia entre desenvolver e preservar, homem e natureza. Historicamente temos dado uma contribuição relevante ao desenvolver soluções que aumentam a eficiência das linhas de produção e promovam o consumo consciente de recursos. Os dados da pesquisa revelam que essa é uma preocupação disseminada e contínua em todo o setor industrial”, comentou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.  

 

Reputação junto aos consumidores e exigências regulatórias alavancam agenda sustentável

 

Os dois principais motivos que levam as empresas a investirem em sustentabilidade são a reputação junto à sociedade e aos consumidores (41%) e o atendimento às exigências regulatórias (40%). A redução de custos, com 32%, e o aumento da competitividade, com 29%, completam a lista de itens que mais estimulam os executivos a adotarem a agenda sustentáve

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Do outro lado, a falta de cultura voltada para o tema (48%) e a falta de incentivos do governo (47%) são apontados como os principais entraves. Os custos adicionais, com 33%, e a falta de crédito ou financiamento, com 20%, também integram a lista de barreiras para a implementação de ações sustentáveis pela indústria.

 

Mesmo com esses dificultadores, em 40% das indústrias existe uma estratégia e agenda de sustentabilidade validada pela alta gestão. Nas grandes indústrias, o indicador cresce seis pontos percentuais, chegando a 46%. Os líderes do setor produtivo reconhecem o papel do governo para incentivar e catalisar o processo de ações sustentáveis na iniciativa privada. Para 71% dos entrevistados, o Estado deve controlar e estimular que as empresas sigam regras ambientalmente sustentáveis.

 

Exigências impostas pela cadeia produtiva reforçam ações de sustentabilidade nas empresas

 

A pesquisa mostra que a maioria das médias e grandes indústrias brasileiras (52%) já teve, como fornecedor, alguma exigência de certificado ou ação ambientalmente sustentável como critério de contratação por parte dos clientes. A reprodução desta política de relacionamento, no entanto, ainda não está disseminada.

 

Só uma em cada três empresas ouvidas replica as mesmas exigências para os seus fornecedores. Apesar de ainda não imporem esta condição à própria cadeia produtiva, a grande maioria (84%) dos executivos acredita que a os critérios de sustentabilidade têm algum peso para os clientes e consumidores. Para 24%, este peso é alto ou muito alto.

 

Na hora da adoção de práticas sustentáveis a gestão de resíduos sólidos aparece com uma das duas prioridades para 42% dos entrevistados. Ações para evitar o desperdício de água aparecem em segundo lugar, com 38% das respostas, seguida de perto pela utilização de fontes renováveis de energia com 36%. Em quarto lugar figuram as iniciativas para evitar o desperdício de energia, com 32%.

Indústria ainda pode ampliar compreensão e ações de sustentabilidade

 

Apesar dos indicadores positivos, 72% dos executivos ouvidos admitem que estão pouco ou nada familiarizados com a sigla ESG (do inglês usada para designar ações de sustentabilidades com base nos pilares ambiental, social e de governança).

 

Mesmo pouco ou nada familiarizados com o tema, 81% dos líderes empresariais dizem que o ESG é importante ou muito importante. Dos três pilares, a governança é vista como o mais relevante por eles, com 39% das respostas, contra 29% que citaram o social e 23%, o ambiental.

 

A maioria (55%) dos executivos de médias e grandes acredita que as próprias empresas estão mais avançadas ou no mesmo patamar que a indústria mundial no quesito sustentabilidade e 42% dos empresários admitem que a empresa que comandam está atrasada.

 

Em termos de estrutura organizacional, apenas 34% das empresas têm uma área formal para lidar com o tema sustentabilidade. Dessas, pouco mais da metade dá autonomia financeira a essa área. Outro ponto de atenção diz respeito a metas de sustentabilidade: apenas uma em cada três empresas escutadas afirma ter.

 

O Instituto FSB Pesquisa entrevistou, por telefone, executivos de 500 empresas industriais de médio e grande portes, compondo amostra proporcional em relação ao quantitativo total de empresas industriais desses portes em todos os estados brasileiros. Dentro de cada região, a amostra foi controlada por porte das empresas (médias e grandes) e setor de atividade. As entrevistas foram realizadas entre 13 e 22 de outubro de 2021. Devido ao arredondamento, a soma dos percentuais pode variar de 99% a 101%.