Paulo Guedes destaca papel do Brasil no cenário da economia global pós-pandemia

Oministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a reconfiguração das cadeias produtivas globais tem um papel de alta relevância no futuro do Brasil. O país apresenta grande potencial para a garantia da segurança alimentar e energética do planeta. As declarações foram feitas, nesta quinta-feira (19/5), durante o evento da Arko Advice São Paulo.

 

De acordo com Guedes, o momento é decisivo e o Brasil conta com um enorme respeito internacional. “Com a ruptura das cadeias produtivas, o mundo deu uma desorganizada”, afirmou, referindo-se às consequências da crise provocada pela pandemia da Covid-19. “Quando a economia global começou a se recuperar, vem a guerra na Ucrânia. A crise ficou mais aguda. Agora é geopolítica. Aprofundou a ruptura das cadeias produtivas, que não serão reconstruídas sobre os mesmos eixos”, analisou.

 

Abordando, respectivamente, os conceitos do “nearshore” e do “friend-shoring”, o ministro frisou que o Brasil “é o parceiro que está próximo e o parceiro confiável”. Segundo ele, o país tem uma democracia testada, uma economia de mercado e uma proximidade da Europa e dos Estados Unidos que favorece uma logística eficaz e dá condições ao país de proporcionar segurança alimentar e energética dos parceiros.

 

Para Guedes, o mundo “está redescobrindo o Brasil”. O ministro salientou a capacidade do país de colaborar para a superação dos principais desafios globais e pontuou a questão ambiental: “Somos uma potência verde. Temos a matriz energética mais limpa do mundo. Estamos ajudando a construir a solução verde para o mundo”.

 

Perspectivas da economia brasileira

 

Realizado pela empresa de inteligência política Arko Advice e pela plataforma de investidores Traders Club (TC), o evento tratou das perspectivas da economia brasileira. “Nosso plano é claro: é o caminho da prosperidade. É o caminho da democracia liberal e da abertura econômica”, frisou Guedes. “Não perdemos o ritmo nem durante a Covid. Há um movimento orgânico de crescimento. Temos um pipeline de R$ 830 bilhões”, informou, em relação aos investimentos já contratados em diferentes setores.

 

“Quando entramos havia excesso de gastos”, relembrou Guedes, referindo-se à situação verificada no início do governo. “Fizemos a reforma da Previdência. Então, veio a Covid. Fizemos o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial (BEm). O Brasil preservou vidas, vacinou. Tivemos um retorno seguro ao trabalho. Protegemos 11 milhões de empregos. Criamos outros 12,7 milhões. Travamos os gastos. Fizemos as reformas. O Brasil está seguindo seu plano”, complementou.

 

O ministro da Economia reiterou, por fim, que o objetivo do governo é diminuir impostos e, nesse sentido, mencionou a redução de 35% do Imposto sobre Produtos Industrializados. “O IPI desindustrializou o país. A indústria não venceu o estatismo. Descobrimos 38 milhões de invisíveis durante a pandemia. O que é isso? Encargos sociais, essa bomba de destruição em massa de empregos”, declarou, observando que esse é um dos pontos que serão atacados pelo governo.

 


Assista à participação do ministro no evento Perspectivas Econômicas no Brasil: