Plano Safra disponibiliza R$ 340,8 bilhões para incentivar a produção agrícola nacional

O Governo Federal lançou nesta quarta-feira (29) o Plano Safra 2022/2023, com R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. O valor reflete um aumento de 36% em relação ao Plano anterior.

 

Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos (+29%).

 

Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões (alta de 18%) e com juros livres R$ 145,18 bilhões (alta de 69%). O montante de recursos equalizados cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões na próxima safra.

 

A melhoria do acesso do produtor ao crédito rural foi assegurada não só pelo aumento nas disponibilidades de recursos, mas também pelo estabelecimento de taxas de juros compatíveis com a atividade rural e em níveis favorecidos, comparativamente às taxas livres de mercado. Com a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,25% atualmente, buscou-se preservar, prioritariamente, elevações menores para os beneficiários do Pronaf e do Pronamp, garantindo financiamento adequado para esses públicos. 

 

O próximo Plano Safra também aposta na diversificação das fontes de financiamento, com a disponibilização de mais recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para a aquisição de direitos creditórios do agronegócio. Foi estabelecido um aumento, de 50% para 70% na faculdade de uso dos recursos da LCA para a aquisição desses direitos creditórios. A expectativa é que a medida gere uma maior participação do mercado de finanças privadas do agro, com a expansão de títulos como a CPR, CDCA, CRA, além da LCA. 

 

 

No evento de lançamento do Plano, no Palácio do Planalto, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, destacou que o Plano Safra prioriza a agricultura familiar, os pequenos e médios produtores, as linhas de crédito para a sustentabilidade ambiental e a ampliação do armazenamento nas propriedades rurais. Segundo ele, os recursos vão ajudar o Brasil a fazer a sua parte para atender à demanda mundial por alimentos. “Nossos produtores vão colocar o Brasil ainda mais na condição de grande fornecedor de alimentos seguros e de qualidade para os brasileiros e para o mundo”, disse.

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou o trabalho dos produtores rurais, especialmente durante a pandemia de Covid-19. “Vocês mantiveram a nossa economia viva e garantiram segurança alimentar para o Brasil e para o mundo. Nós conseguimos alimentar 1 bilhão de pessoas com o nosso agronegócio”, disse. Ele também ressaltou que o Brasil é um exemplo para o mundo na sustentabilidade do agronegócio.

 

O secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos, fez a apresentação dos principais números do Plano Safra, destacando que todas as taxas de juros estão abaixo da Selic, com crédito ainda mais competitivo para os pequenos e médios agricultores. Segundo ele, desde o início do governo, a destinação de recursos controlados para esses dois públicos dobrou. Bastos disse que o Mapa trabalha com o Ministério da Economia e com o Banco Central para melhorar a previsibilidade do orçamento necessário para a equalização da taxa de juros, do seguro rural e de outras políticas do Ministério. “Sem dúvida, esse será um legado para o setor, para os próximos anos, e para o país se firmar como peça chave na geopolítica internacional”.

 

Representando os produtores rurais, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que o Plano Safra 2022/2023 contribuirá para um ciclo fértil para a agropecuária brasileira. “O plano está muito melhor do que o esperado. Garantir o acesso a ferramentas de mitigação de risco com esse seguro rural robusto e recursos que possam financiar todas as cadeias produtivas, estimulando a produção nacional, não se trata apenas de uma questão econômica mas principalmente de segurança alimentar global”.

 

Confira a publicação com os principais números do Plano Safra 2022/2023

Confira o site sobre o Plano Safra 2022/2023

Confira a apresentação do Plano Safra 2022/2023

Fortalecimento de pequenos e médios

Os produtores pequenos e médios continuam sendo prioridade no Plano Safra, com aumento da disponibilidade de recursos de custeio e taxas de juros favoráveis.

 

Os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 36%. Serão destinados R$ 53,61 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 5% ao ano (para produção de alimentos e produtos da sociobiodiversidade) e 6% ao ano. (para os demais produtos).

 

Para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões, um aumento de 28% em relação à safra passada, com juros de 8% ao ano. 

 

Para os demais produtores e cooperativas, o total disponibilizado chega a R$ 243,4 bilhões, com taxas de juros de 12% ao ano. Os produtores rurais também podem optar pela contratação de financiamento de investimento a taxas de juros pós-fixadas.

 

Os recursos disponibilizados no âmbito do Pronaf e do Pronamp são integralmente a taxas de juros controladas.

 

Outro destaque do Plano Safra deste ano foi o aumento das subexigibilidades do Pronaf e do Pronamp, que passou de 22% para 25% e de 28% para 35%, respectivamente, refletindo a prioridade do Plano Safra para os pequenos e médios produtores.

 

Sustentabilidade

 

O incentivo a técnicas sustentáveis de produção agropecuária continua sendo uma das prioridades do Plano Safra neste ano. O Programa ABC, que financia a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas e a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, contará com R$ 6,19 bilhões. As taxas de juros serão de 7% ao ano para ações de recomposição de reserva legal e áreas de proteção permanente e de 8,5% para as demais.

 

Além do Programa ABC, o Plano Safra prevê o incentivo à utilização de fontes de energia renovável. Outra novidade é o financiamento de  remineralizadores de solo (pó de rocha), que tem o potencial de reduzir a dependência dos fertilizantes importados.

 

Também será mantida a priorização do programa Proirriga, que contempla o financiamento de todos os itens inerentes aos sistemas de irrigação, inclusive infraestrutura elétrica, reserva de água e equipamento para monitoramento da umidade no solo. Serão disponibilizados R$ 1,95 bilhão, maior aumento de recursos entre os programas de investimento (+44%), com carência de três anos e prazo máximo de reembolso de 10 anos.

 

Um estudo da Secretaria de Política Agrícola do Mapa apontou que nas safras 2017/18, 2018/19 e 2019/20, pelo menos R$ 187 bilhões, nas finalidades custeio e investimento, foram direcionados, por meio do Plano Safra, para sistemas ambientalmente sustentáveis. A estimativa é que cerca de 56,5% dos empréstimos para investimentos tenham sido direcionados às práticas que promovem melhorias ambientais. Recentemente, a sustentabilidade de programas e práticas financiadas pelo Plano Safra foi reconhecida pela Climate Bonds Initiative (CBI).

 

Inovação

 

Por meio de programas como o Inovagro, o Plano Safra disponibiliza recursos para o incentivo à inovação tecnológica e para investimentos necessários para a adoção de boas práticas agropecuárias e de gestão da propriedade. Na próxima safra, o Inovagro terá R$ 3,51 bilhões em recursos, com juros de 10,5% ao ano.

 

Entre os financiamentos previstos no Plano Safra 2022/2023 estão os investimentos relacionados a sistemas de conectividade no campo, softwares e licenças para gestão, monitoramento ou automação das atividades produtivas, além de sistemas para geração e distribuição de energia produzida a partir de fontes renováveis.

 

Pesca e Aquicultura

 

O Ministério da Agricultura também vem trabalhando para ampliar a inserção da pesca no crédito rural, com o fortalecimento do apoio à comercialização de produtos da pesca e da aquicultura e o acesso a financiamentos de investimento nas áreas de inovação e modernização das atividades pesqueiras.

 

Seguro Rural

 

No seguro rural, a expectativa é atingir um montante de R$ 2 bilhões em 2023. A partir do próximo ano, o valor de subvenção nas regiões Norte e Nordeste será de 30% no caso de plantio da soja e de 45% para as demais culturas. No caso de produtores que aderirem ao Programa ABC, os valores serão de 25% para soja e 45% para as demais.

 

A partir deste ano, todas as apólices passaram a ser georreferenciadas. A medida possibilita um melhor mapeamento das áreas seguradas e o cruzamento de dados com outras bases de informações.

 

 

No Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) serão feitos novos aprimoramentos metodológicos pela Embrapa, com apoio financeiro do Banco Central. O Mapa também está fomentando a certificação dos profissionais de seguro rural com a publicação dos requisitos mínimos de capacitação para cada público.

Armazéns

 

 

O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que financia investimentos necessários à ampliação e à construção de novos armazéns, terá R$ 5,13 bilhões disponíveis na próxima safra, com taxas de juros de 7% ao ano para investimentos relativos à armazenagem com capacidade de até 6 mil toneladas, e de 8,5 % ao ano. para os demais investimentos. O prazo de reembolso é de até 12 anos, com carência de até 3 anos.

 

Neste ano, foi instituído um limite de financiamento de R$ 50 milhões para investimentos relativos a armazenagens de grãos. Para o armazenamento dos demais itens, o limite continua sendo de R$ 25 milhões.

 

Confira a publicação com os principais números do Plano Safra 2022/2023, aqui. 

“Minha Chance” visa qualificação para preencher 20 mil vagas de trabalho em MS

Mato Grosso do Sul conta com cerca de 20 mil vagas de trabalho abertas atualmente, mas muitas empresas têm dificuldade em preencher esses postos por falta de mão de obra qualificada. Diante do cenário desafiador, o Sistema Fiems e o Sebrae estão somando esforços para dar oportunidade a milhares de pessoas de ingressar nesse mercado. O resultado dessa parceria é o programa “Minha Chance”, que promete ser o maior evento de qualificação profissional, empregabilidade e empreendedorismo no Estado.

 

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, que também preside o Conselho Deliberativo do Sebrae, fez o lançamento oficial do programa “Minha Chance” nesta segunda-feira (27/06), no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande. Acompanhado do diretor-superintendente em exercício do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Tito Estanqueiro, e de autoridades estaduais, o líder industrial falou sobre a preocupação das empresas com a falta de trabalhadores qualificados.

 

“Mato Grosso do Sul vem se desenvolvendo a passos largos, mas temos vivido um apagão da mão de obra no Brasil e, em especial, em nosso Estado. A intenção desse programa é buscarmos as pessoas nos bairros, qualificá-las e encaminhá-las ao mercado de trabalho. Essas pessoas terão oportunidade de se qualificar para garantir, além do emprego, melhores salários”, disse Longen.

 

Tito Estanqueiro explica que a ideia é percorrer os bairros da capital para fazer um “match” entre empregadores e trabalhadores. “Qual a grande dor que o empresário tem? Ele precisa de pessoas qualificadas e não encontra disponíveis no mercado. Nesse contexto, a gente está se associando ao Sistema Fiems para qualificar as pessoas que hoje estão desempregadas nos bairros. A melhor forma de qualificar é a gente envolver as lideranças dos bairros, para que elas possam estimular as pessoas”, disse o gestor do Sebrae.

 

O evento de lançamento contou com a presença de autoridades como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa; a deputada federal Tereza Cristina; e o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

 

O “Minha Chance” irá funcionar como um feirão itinerante que aproxima empregadores e candidatos a vagas de trabalho. A proposta é percorrer os bairros mais populosos da capital, levando oportunidades de emprego e serviços para quem busca recolocação profissional. Em uma segunda fase, o programa poderá ser expandido para o interior do Estado.

 

Em cada edição, diversas empresas farão recrutamento de profissionais no local do evento. A Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) irá divulgar as vagas abertas e também cadastrar currículos. Já o IEL vai oferecer oficinas para quem quer “turbinar” seu currículo e divulgar vagas de estágio para estudantes dos níveis médio e superior.

 

Além da oferta de vagas de emprego, o “Minha Chance” disponibiliza cursos gratuitos à população nas mais diversas áreas profissionais, como padeiro, instalador hidráulico, assistente administrativa, eletricista e muitos outros.

Se o aluno não consegue ir à sala de aula, no “Minha Chance” a sala de aula é quem vai até o aluno. A carreta do Senai possui um contêiner adaptado como sala multiuso, onde instrutores poderão qualificar turmas por meio de aulas práticas. São ao todo 50 carretas para atender a demanda.

Na avaliação do secretário Jaime Verruck, o programa tem como principal qualidade a busca ativa pelo profissional. “Esse é o grande desafio, identificar as pessoas e aproximá-las da vaga de emprego. Muitos se qualificam, mas não conseguem chegar às empresas e ocupar esses postos. Parabéns à Fiems e ao Sebrae por essa iniciativa”, disse.

 

Gincana

 

A primeira edição do “Minha Chance” será realizada no dia 9 de julho, no bairro Aero Rancho. Para estimular a participação popular, uma gincana irá definir quais bairros vão receber a carreta do Senai.

 

Interessados em participar do programa deverão fazer pela internet um cadastro simples, com nome, telefone, CPF e bairro onde mora. O bairro que contar com mais cadastros será contemplado com uma carreta sala de aula.

 

Software criado para atender indústria agora vai ajudar na gestão do maior hospital de MS

Criado para atender a indústria, o Software Senai de Manutenção Industrial (SSMI), um dos principais produtos criados pelo IST (Instituto Senai de Tecnologia) em Eficiência Operacional – Senai Empresa, agora vai ajudar na gestão do maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa de Campo Grande.

 

A unidade centenária realiza mais de 150 mil atendimentos por ano, entre atendimento de urgência/emergência e cirurgias, sendo a maioria oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O papel estratégico em prol da saúde pública, com alta demanda e fluxo contínuo de pacientes, exige eficiência. Na intenção de otimizar o uso dos ativos, serviços e equipes de manutenção, o Senai foi demandado para implantar o seu software.

 

Completo, intuitivo e integrado, o SSMI permite a gestão de ativos por meio de planejamento preventivo e preditivo, além de apoiar a tomada de decisões através de indicadores. O software está em 10 Estados do país e atende empresas de renome internacional, como a Ericsson.

 

Na gestão em saúde, a adoção do SSMI pode ser ainda mais eficaz. De acordo com o coordenador da área de manutenção e adequação industrial do Senai Empresa, Jeancarlos Lucietto, a Santa Casa conta com um grande parque de equipamentos médicos hospitalares e ativos de infraestrutura, para controlar e gerir.

 

“Manter o gerenciamento adequado dos ativos hospitalares é primordial para o bom funcionamento da instituição. O uso do SSMI permite a gestão e controle de forma ágil, inteligente e eficaz, otimizando processos e auxiliando na prevenção de eventos adversos. Isso permite aos gestores a redução da preocupação com os ativos e maior concentração no cuidado em saúde”, explica.

 

Apoio de quem entende

 

Inicialmente, está sendo realizado o mapeamento e cadastro dos ativos no SSMI, feito em conjunto por equipes do Senai e da Santa Casa. Em paralelo, é realizado o treinamento das equipes de manutenção para gestão de serviços e utilização das funcionalidades do software.

 

“Este atendimento não inclui apenas o software, mas também o trabalho de consultoria para aperfeiçoamento da área de manutenção do hospital. É importante conhecer e aplicar técnicas avançadas de manutenção e utilizar bem o SSMI no dia a dia. Melhorar o planejamento, interpretar informações e tomar boas decisões é o que traz resultado”, detalha Jeancarlos Lucietto.

 

Para a Santa Casa, a adoção do SSMI vai proporcionar otimização do trabalho e até mesmo dos recursos da instituição. O engenheiro de controle de automação do hospital, Rogério Oliveira, afirma que há grandes desafios na gestão de ativos. “Não queremos trabalhar de forma aleatória como é hoje. São ordens de serviço abrindo em todo e qualquer lugar. Nós queremos estar um passo à frente para ter mais tranquilidade no planejamento e o máximo possível de controle de manutenção”, destacou.

 

De acordo com a pesquisa da empresa de consultoria de inteligência do mercado Aberdeen Research, é possível aumentar 73% da produtividade com uma boa gestão de manutenção. A pesquisa também aponta que adotar uma boa gestão de manutenção pode diminuir em 18% dos custos operacionais e em 16% as despesas administrativas.

 

Sindifiscal/MS propõe ao Estado redução tributária de até 20% para o setor varejista

O setor do varejo é a porta de entrada dos empreendedores. Nele, estão vendedores de roupas e calçados, confeiteiros, pequenos mercados e todos os estabelecimentos que entregam um produto físico a seus consumidores. Durante a pandemia, muitas pessoas perderam o emprego e viram no empreendedorismo a oportunidade de não ficar sem renda. Apenas em 2021, mais de 3,9 milhões de empreendedores formalizaram micro e pequenas empresas ou se registraram como microempreendedores individuais (MEIs) em todo o Brasil, segundo o Sebrae.

Em Mato Grosso do Sul, 86% dos 315 mil CNPJs ativos são optantes do Simples Nacional, categoria de tributação para micro e pequenas empresas. Juntas, elas somam 12% da arrecadação total do Estado. No primeiro quadrimestre de 2022, o valor arrecadado já passava de R$570 milhões. Mesmo representando uma parte expressiva da movimentação financeira estadual, os empresários do setor vêm enfrentando dificuldades, como a escalada de preços e a carga pesada de impostos. É o que afirma o diretor do Observatório Econômico do Sindifiscal, Clauber Aguiar.

Uma reclamação recorrente é a substituição tributária. “Em vez de os órgãos responsáveis fiscalizarem 100 empresas, eles fiscalizam apenas o atacadista que está vendendo o produto”, explica o diretor. O problema é que o imposto é pago pelo empresário antes de o produto ser vendido, e em cima de um valor estimado do produto para o consumidor final.

Para tentar solucionar o problema, o Sindifiscal apresentou ao Estado uma proposta para reduzir a carga tributária em diversos setores, sem ocasionar prejuízo à arrecadação. Para o setor varejista, a sugestão foi de um corte de 20%. “Essa solução é possível neste momento devido à saúde fiscal que o Mato Grosso do Sul vive”, ressalta.

A primeira forma de aliviar a carga de impostos do setor seria tributar apenas o que já foi vendido, como já ocorre nas empresas que não são optantes pelo Simples Nacional. Já a segunda forma seria a redução de 20% do imposto para o varejo, que significa apenas 1% do valor total arrecadado pelo Estado. Para Clauber, é uma solução viável e amplamente benéfica para todos os lados. “Esse montante os cofres públicos assimilam em menos de três meses, apenas com inflação e crescimento do setor”.

Primeira edição do Fiems Experience 2022 será hoje e discutirá agenda ESG

O Fiems Experience, uma espécie de mesa redonda promovida pelo Sistema Fiems para debater entre empresários os principais assuntos do meio corporativo, será realizado nesta quarta-feira (22/06). Com o tema “Inovação na indústria brasileira e global”, painelistas irão discutir os caminhos da indústria do futuro, que passam pelas práticas de ESG (ambientais, sociais e de governança).

 

A agenda ESG ganhou relevância nos últimos anos e está consolidada nos mercados estrangeiros e no Brasil. Empresas de todos os portes estão sendo cobradas por sua responsabilidade socioambiental e pela sua governança, não apenas por seus produtos e serviços.

 

O debate será realizado no auditório do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, e transmitido ao vivo pela internet a partir das 20h50. Os interessados em participar dessa experiência 100% digital e gratuita da indústria de Mato Grosso do Sul podem se inscrever para assistir à live pelo link https://fiemsexperience.leaderx.digital/.

 

Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o evento contribui para que o empresariado local esteja atualizado sobre as novas tendências mundiais em gestão das empresas. “O Fiems Experience tem como objetivo proporcionar ao empresariado sul-mato-grossense a oportunidade de compartilhamento de boas práticas e experiências que acelerem o desenvolvimento industrial do nosso Estado num cenário econômico de sustentabilidade. Iremos discutir sobre ESG, que representa uma verdadeira mudança de paradigma nas relações entre empresas e investidores”, disse.

 

Na mesma linha, o superintendente regional do Sesi, Régis Borges, valoriza a troca de experiências proporcionada pelo evento. “Com um modelo intimista e inovador, o Fiems Experience vem com um formato apropriado para que a disseminação de boas ideias aconteça a partir das principais lideranças de Mato Grosso do Sul, permeando o ambiente industrial e contribuindo para o desenvolvimento do setor empresarial do Estado”.

 

Confira o currículo dos painelistas:

 

Liel Miranda – Presidente da Mondelez

 

Formado em Administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e com MBA pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Natural de Mato Grosso do Sul, ingressou na Souza Cruz como trainee e atuou por mais de 27 anos por diversas áreas. Em 2019, aceitou o desafio de liderar a unidade de negócio Brasil da Mondelez International, na missão de alavancar o propósito Snacking Made Right.

 

Marcelo Tonon – General Director da Nakata Automotiva

 

Possui mais de 40 anos experiência em empresas do setor automotivo. Tem sua gestão pautada na satisfação dos stakeholders, principalmente pelo desenvolvimento e engajamento das pessoas, para propiciar as melhores experiências aos clientes em todas as interações com a organização e consistente entrega de resultados.

 

Mauro Correia – CEO da CAOA

 

Engenheiro mecânico de produção formado pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), com MBA em negócios pela Universidade de Michigan (EUA). Ingressou na CAOA como vice-presidente em 2014, sendo responsável pelas áreas de engenharia de produto, importação, compras, produção, vendas no atacado, distribuição, logística e pós-vendas. Assumiu a presidência da companhia em 2016.

 

Natália Dias – Brazil Country Head do Standard Bank

 

Atuou por mais de 25 anos na área de banco de investimentos, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, com ênfase nas áreas de mercado de capitais, empréstimos sindicalizados, financiamento a projetos e relacionamento com clientes. Está desde 2018 em sua posição, e como Diretora Energia e Infraestrutura para a América Latina desde 2012.

 

Governo do Estado paga metade do 13º em julho e aquece economia de MS

Para contribuir com a economia local e atender a demanda do funcionalismo público, o governador Reinaldo Azambuja anunciou, nesta segunda-feira (20), o pagamento da metade do 13° salário aos servidores estaduais na primeira semana de julho, assim como fez no ano passado.

 

“Recebi várias reivindicações dos sindicatos e nós tomamos a decisão de pagar na primeira semana de julho metade do 13° salário a todos os servidores do Mato Grosso do Sul. Ano passado também tomamos esta atitude para aquecer a economia, em plena pandemia”, afirmou o governador, durante evento de entrega de maquinários, em Campo Grande.

 

O governador destacou que o pagamento da metade do 13° mostra a “capacidade do Estado em cumprir com suas obrigações”, resultado de uma gestão responsável, eficiente, que adotou as medidas corretas para ter condições de investir nas 79 cidades e manter o pagamento da folha em dia.

 

O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Logístas), Adelaido Vila, destacou que a antecipação da metade do 13° salário vai contribuir com a economia local, aumentando as compras e vendas no próximo mês.

 

 

“Isto ajuda a aquecer a economia, estamos em um momento de retomada econômica. O servidor público terá este valor agregado e quando ele utiliza dentro da economia local, a gente consegue fazer uma retomada mais consistente, isto vai vir muito favoravelmente ao nosso varejo, setor alimentício, roupas e vestuários. Ajuda muito é um avanço”, destacou.

 

Para o presidente em exercício da Feserp (Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do MS), Michel Vaz Morrison, esta decisão do governador mostra bom senso e parceria com os servidores estaduais. “A antecipação chega em boa hora, pois fomenta o comércio e ajuda o servidor no seu orçamento mensal neste fechamento de semestre. Foi uma demanda que partiu dos servidores e que agora só temos que agradecer ao governador”.

 

Serão beneficiados com esta antecipação mais de 83 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas.

 

Produção e emprego na indústria crescem em maio, aponta Sondagem Industrial

O índice de produção industrial foi de 53,6 pontos em maio de 2022, de acordo com a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nessa pesquisa, o indicador varia de 0 a 100 pontos, com uma linha de corte de 50 pontos, valores acima indicam crescimento e abaixo queda. Em abril, o índice de produção registrou 46,5 pontos. Foram entrevistadas 1,8 mil empresas, sendo 730 pequeno porte, 631 médio porte e 439 de grande porte, entre 1º a 9 de junho de 2022.

 

O emprego industrial também apresentou crescimento, acompanhando o impulso da produção. Em maio de 2022, o índice de evolução do número de empregados alcançou 51 pontos, aumentando 0,5 ponto em relação a abril. O índice mostra novo crescimento do emprego, maior e mais disseminado entre as empresas em maio.

 

Além disso, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) na indústria geral foi de 70% em maio, alta de um ponto percentual em relação ao mês de abril de 2022. Em relação a maio de 2021, a UCI se manteve inalterada. Destaca-se, contudo, que a UCI de maio de 2022 e a de 2021 são as maiores para o mês desde 2014, quando a UCI alcançou 71%.

 

Empresários seguem otimistas em junho

 

O índice de expectativa de demanda para junho de 2022 foi de 59,1 pontos, maior valor desde setembro de 2021. Em relação ao mês anterior, o crescimento foi de 1,8 ponto. Esse indicador influenciou diretamente o índice de expectativa de compras de matérias-primas e de número de empregados, que também subiram entre um mês e outro.

 

Diante disso, o índice de intenção de investimento alcançou 56,4 pontos, o que representa um aumento de 0,3 ponto na comparação com maio.

 

Confira a pesquisa na íntegra:

 

Com bolsas que chegam a R$ 1,4 mil, IEL tem vagas de estágio para Capital e interior

O IEL está com 103 vagas de estágio disponíveis para estudantes de Campo Grande, Dourados e Deodápolis. Os interessados podem se inscrever pelo link: http://sne.iel.org.br/sne/ms, é só acessar e preencher o cadastro. Com bolsas de até R$1,4 mil, o estudante aprende e ainda recebe incentivo para desempenhar sua função, além disso contribui com novas ideias e no processo criativo da empresa.

Além da chance de aprender mais sobre a profissão escolhida e ampliar seus conhecimentos, o estágio pode ser a porta de entrada que o estudante tanto almeja para o mercado de trabalho. Para isso, o IEL é referência na mediação de grandes oportunidades, fazendo a ponte entre o estudante, a instituição de ensino e as empresas para encontrar a vaga certa.

Mesmo que o estudante não encontre a vaga pretendida imediatamente, é possível cadastrar o currículo no banco de dados do IEL. Assim o candidato pode ser recrutado futuramente quando uma nova oportunidade que caiba no seu perfil surja.

Confira as oportunidades do IEL para cada município:

Campo Grande

A capital tem 97 oportunidades nas áreas de Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Engenharia Civil, Administração, Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Eletroeletrônica, Direito, Letras, Marketing, Engenharia de Produção, Ensino Médio, Marketing, Arquitetura, Técnico em Química, Design, Recursos Humanos, TI e áreas afins, Ciências Contáveis e Pedagogia.

Dourados

Na segunda maior cidade do estado, são 5 vagas nas áreas de Farmácia, Psicologia e Pedagogia.

Deodápolis

No município tem 1 vaga para estudantes de Pedagogia/Psicologia.

Banco Central: Elevação da taxa Selic encarece crédito e prestações, diz Anefac

A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida ontem (15) pelo Banco Central,  continuará a encarecer o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Apesar de o impacto na ponta final ser diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá os efeitos do aperto monetário.

 

Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 117,23% para 118,21% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 56,57% para 57,29% ao ano. A Selic passou de 12,75% para 13,25% ao ano.

 

No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,38 a mais por prestação e R$ 4,62 a mais no valor final com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais.

 

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,82 a mais após o pagamento da última parcela.

 

Um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$ 0,81 mais caro por prestação e R$ 9,70 mais caro no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,16 a mais por parcela e R$ 669,47 a mais no total da operação.

 

Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,93 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

 

Poupança

 

A Anefac também produziu uma simulação sobre o impacto da nova taxa Selic sobre os rendimentos da poupança. Com a taxa de 13,25% ao ano, a caderneta só rende mais que os fundos de investimento quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta.

 

Segundo as simulações, a poupança rende mais que os fundos em dois cenários. O primeiro é para aplicações de até seis meses em relação a fundos com taxa de 2,5% ao ano. O segundo é para aplicações de até dois anos em relação a fundos com taxa de administração de 3% ao ano.

 

A vantagem dos fundos ocorre mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração. Isso porque a poupança, apesar de ser isenta de tributos, rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), que aumenta quando a Selic sobe. Esse rendimento da poupança é aplicado quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro de 2021.

 

AGÊNCIA BRASIL