A importância dos Emirados Árabes Unidos para indústria brasileira

 

As dezenas de pavilhões da Expo Dubai 2020 erguidos para exibir os feitos dos países sob vistosas estruturas da arquitetura moderna são o grande atrativo do maior evento mundial para seus visitantes. Mas eventos como as Expos atraem um outro tipo de público, o do turismo de negócios. Formado por entidades do setor privado e empresários, ou em busca de conhecer melhor o mercado árabe, de modo a adequar estratégias de internacionalização, ou já de olho em fazer investimentos e fechar negócios.

 

Mas afinal, qual é a importância dos Emirados Árabes Unidos na agenda comercial e econômica do Brasil, que já é o principal parceiro do país árabe na América Latina? E do que estão em busca os mais de 300 empresários e lideranças institucionais que participarão da missão prospectiva de negócios que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) coordenará aos emirados árabes entre 11 e 20 de novembro?

 


“O mercado representa uma oportunidade de atuação das empresas brasileiras em todo o Oriente Médio, África e sul da Ásia, usando os EAU como hub logístico para outros países da região. Trata-se de um país rico, em desenvolvimento, com importantes linhas de financiamento e subsídio para estabelecimento de novos negócios”, explica Felipe Spaniol, coordenador de Serviços de Internacionalização da CNI.


EAU são o segundo maior parceiro no Oriente Médio

 

 

 

Como a Agência de Notícias da Indústria mostrou na primeira matéria sobre as oportunidades que a Expo Dubai pode trazer ao setor produtivo brasileiro, o evento concentra autoridades, lideranças empresariais em um único local, o que viabiliza oportunidades de negócios, investimentos e networking. Neste caso específico, ocorre num país que é o 29º em corrente de comércio com Brasil e o segundo no Oriente Médio, atrás apenas da Arábia Saudita, com US$ 2,1 bilhões em fluxo de mercadorias (no acumulado de janeiro a setembro de 2021).

 

Spaniol acrescenta que os Emirados Árabes Unidos são, atualmente, um dos países árabes com maior abertura para o mundo ocidental. Setores da indústria brasileira como o alimentício, que adequaram suas práticas para que pudessem exportar alimentos em acordo com as regras islâmicas, já mantém operações nos emirados e respondem pelo principal produto da pauta de exportação ao mundo árabe. A missão, assim, representa oportunidades para empresas de outros ramos fazerem contatos e conhecerem a cultura de negócios do país.

 

“Ter uma operação nos Emirados Árabes Unidos pode significar para uma empresa brasileira consolidar uma plataforma de acesso a mercados com os quais hoje não se tem acesso. Dubai não oferece só vantagens do ponto de vista logístico, por sua localização geográfica, mas também a possibilidade de ingresso em mercados que já mantém fluxos comerciais com os EAU e para os quais as empresas encontram maiores dificuldades de entrar apenas com suas operações a partir do Brasil”, explica Spaniol.

 

Fonte: CNI

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