Ao setor produtivo, Reinaldo promete reduzir despesas para investir mais em infraestrutura

Enxugar a máquina pública e reduzir despesas de custeio que se transformarão em recursos para mais investimentos em infraestrutura e geração de empregos em Mato Grosso do Sul. Foi este o compromisso que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) selou, na noite de ontem (10/09), em reunião no auditório da Escola de Gastronomia do Senac de Campo Grande, com o setor produtivo caso seja reeleito para administrar o Estado por mais quatro anos.

 

Reinaldo Azambuja foi o primeiro candidato a governador a reunir-se com representantes da Fiems, Famasul, Fecomércio, Faems e Sebrae/MS para ouvir as reivindicações do setor produtivo e apresentar as propostas para a indústria, comércio, agropecuária e micro e pequenas empresas do Estado, enquanto os próximos candidatos serão Junior Mochi (MDB) e Odilon de Oliveira (PDT). Nessas reuniões, as entidades entregam o caderno de medidas de curto e longo prazo para serem implantadas pelo próximo governante e que foram pensadas em conjunto para o desenvolvimento da economia estadual.

 

 

O foco do caderno de medidas é a austeridade fiscal. “O momento requer uma política de austeridade. Mato Grosso do Sul não enfrenta um déficit como em outros estados, porém, as despesas de custeio e com pessoal estão elevadas e, por isso, não sobra recursos para outros investimentos prioritários para alavancar a economia e gerar mais postos de trabalho e renda para a população”, afirmou o presidente da Fiems, Sérgio Longen, que falou em nome do setor produtivo.

 

A redução de gastos passaria por um equilíbrio fiscal da Previdência e equilíbrio das despesas. O candidato, depois de ouvir as propostas, reconheceu existirem entraves como o pagamento de “supersalários” para o funcionalismo público, e disse, ainda, estar prevista a redução de secretárias para enxugar ainda mais a máquina.

 

“São sugestões muito pertinentes e muitas delas temos condições de implantar inclusive no primeiro dia de governo. Estancar os gastos de custeio, ter o gasto pessoal sob controle, tudo isso faz sobrar mais para investimentos. Nos preocupa uma possível judicialização da Lei da Previdência que, se for mantida, conseguimos ter um fôlego para investir em saneamento, habitação”, disse Azambuja.

 

Outras reivindicações

 

Além das sugestões propostas em conjunto pelas entidades, cada setor apresentou medidas em separado para o candidato. A Fiems, entre as medidas, sugeriu a utilização de 30% do recém-criado Fadefe para fomentar a indústria do turismo. “E que os 70% restantes dos recursos do fundo sejam aplicados por definição de um conselho, para que seja melhor direcionado”, defendeu Longen.

 

Já o presidente da Famasul, Maurício Saito, reforçou a necessidade de uma série de ações para expandir a produção pecuária e agrícola no Estado, além de tornar a atividade mais sustentável, ampliar a qualidade de vida do trabalhador rural e a defesa sanitária. “Nosso objetivo é expandir e diversificar a matriz produtiva do estado, ampliando, assim, o emprego formal direto, exportações do estado e dar mais competitividade à nossa atividade”, pontuou.

 

O documento da Fecomércio, representada pelo presidente Edison Araújo, contém uma série de propostas para melhorar a logística do estado, como a conclusão do Porto Seco de Campo Grande e acompanhamento das obras de rodovias pedagiadas no Estado, além de propostas para reduzir as despesas dos comerciantes, como a redução da alíquota de energia elétrica e custos cartoriais.

 

“Acreditamos que se o nosso próximo governador estiver comprometido com estas propostas, o comércio e setor de serviços do nosso estado será alavancado de maneira que terão condições de investir mais, contratar mais pessoas, e é justamente isso que a nossa população espera”, afirmou Edison Araújo.

 

O Sebrae/MS e Faems propuseram para as empresas do Estado, entre outras medidas, a expansão da RedeSimples para os 79 municípios, além de mais investimentos em inovação e tecnologia voltada para os pequenos negócios. “As comprar governamentais, por exemplo, precisam incluir mais a pequena empresa, conforme previsto na lei. Isso fomenta as pequenas empresas do interior, por exemplo, gera emprego”, disse o diretor do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça.

 

O presidente da Faems, Alfredo Zamlutti, finalizou ressaltando a importância da união do setor produtivo para apresentar propostas ao próximo governador. “Estamos neste período decisivo para Mato Grosso e para o Brasil e, nós, cientes do papel de representatividade nesse processo, oferecemos esta contribuição para os candidatos acreditando que dela podem surgir mudanças transformadoras para nosso Estado”, concluiu.

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