Em encontro na Capital, Associação Comercial lança parceria econômica com a Argentina

Na próxima quarta-feira (8) acontece o 1º Encontro Empresarial de Integração Sul-Americana, das 8h às 13h, no hotel Deville em Campo Grande. Realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, o evento discutirá perspectivas, problemas e soluções do comércio internacional e contemplará a assinatura de um termo de cooperação entre a entidade, que representa mais de 7 mil empresas, com o Porto de Barranqueras, na Argentina, para fortalecer os processos de desenvolvimento e integração internacional entre a Capital e a Província do Chaco, no país vizinho.

 

Empresários brasileiros, argentinos e paraguaios marcarão presença no evento, bem como, autoridades nacionais e estrangeiras, entre elas o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos Latino-Americanos e Caribenhos, do Ministério das Relações Exteriores, ministro João Carlos Parkinson, o governador da Província do Chaco, Domingo Peppo e representantes da Associação Comercial, de universidades e dos governos estadual e municipal, além de lideranças de outras entidades empresariais.

 

A parceria é considerada mais um passo importante para a economia de Campo Grande e a internacionalização de empresas locais, pois abre novas de possibilidades de investimentos e novos fluxos de comércio. “O posicionamento geográfico de Mato Grosso do Sul promove um certo isolamento em relação às trocas internacionais, mas essa mesma localização propicia o desenvolvimento de um segmento que ainda é muito pouco explorado: a logística de distribuição. Ao contrário do que possa parecer, a posição central de Campo Grande, o entrocamento multimodal (rodo-aéreo-ferroviário) e o acesso a vias de distribuição muito eficazes, como a hidrovia do Rio Paraguai, são grandes vantagens comparativas que precisamos promover” diz Normann Kalmus (foto), economista-chefe da ACICG.

 

A parceria demonstra, ainda, que a iniciativa privada é essencial para o processo de desenvolvimento regional, sem o que nenhum projeto governamental poderá ter resultados efetivos. “Ainda que o corredor bioceânico possa se desenvolver mais a partir da construção da ponte em Porto Murtinho, ela não é essencial para que as relações comerciais já se estabeleçam. Além disso, só faz sentido a existência dessa rota se houver circulação de mercadorias nela”, comenta Kalmus.

 

Entre os compromissos que serão firmados entre representantes da ACICG e do Porto de Barranqueras, está o de criar uma aliança de colaboração para favorecer iniciativas que intensifiquem as relações comerciais e estimule estratégias para inovação, empreendedorismo e internacionalização, com ênfase especial, às pequenas e microempresas de ambas regiões. A parceria também deve fomentar a geração de projetos, programas e estudos sobre o gerenciamento de negócios dos dois países e a criação de cursos, seminários e conferências internacionais que ativam, promovam e fortalecem o desenvolvimento do comércio internacional.

 

Durante o encontro, ainda serão discutidos diversos aspectos do cenário do comércio internacional, como as vantagens tributárias e logísticas de Mato Grosso do Sul; a legislação local; os problemas aduaneiros; o desenvolvimento regional e sub-regional do estado, do norte grande e noroeste argentino; o potencial de internacionalização das empresas; o serviço de suporte às empresas; e a logística do corredor bioceânico e a integração comercial sul-americana.

 

Avanço local

 

A ACICG está impulsionando a expansão das empresas locais além das fronteiras nacionais. Em 2017, a entidade firmou uma parceria com a Cyties, uma organização de pesquisa, apoio e desenvolvimento de empresas de pequeno e médio porte da região de Antofagasta – norte do Chile – para auxiliar na promoção do comércio exterior, identificar novas áreas de negócios e, com isso, ajudar a fomentar o desenvolvimento da Capital, impactando na criação de novos postos de trabalho e mais geração de renda na cidade.

 

A partir disso nasceu o Progiex – Programa de Promoção da Internacionalização e do Comércio Exterior, que conta com mais de 50 empresas em fase de estudo sobre o próprio potencial de exportação e a atuação no mercado estrangeiro.

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