Reinaldo assina decreto que incentiva ampliação de voos e redução de preço das passagens em Mato Grosso doSul

Assinado ontem (18.6) pelo governador Reinaldo Azambuja, o Decola MS irá reduzir o ICMS do querosene de aviação para as empresas aéreas que ampliarem as linhas em Mato Grosso do Sul. Convalidada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), a redução do valor irá variar de acordo com o número de voos acrescentados. A alíquota atual é de 17%.

 

“Esse decreto dá um incentivo fiscal e diminuiu o custo das empresas aéreas que trouxerem voos a Mato Grosso do Sul. Isso vem em um bom momento, que é quando o Brasil abre o capital internacional para as empresas aéreas poderem trazer novos voos e se instalarem no Brasil. Agora temos um instrumento jurídico, que só foi convalidado a sete estados, que dá competitividade muito maior a Mato Grosso do Sul para atrair turistas, mas também baratear as passagens para as empresas que operam no Estado”, afirmou Reinaldo Azambuja.

 

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, duas companhias aéreas já confirmaram a criação de novos voos em Mato Grosso do Sul. A GOL terá dois voos adicionais em Campo Grande e passará a operar no município de Bonito. E a Azul passará a operar em Ponta Porã.

 

 

Jaime Verruck explicou que a redução da carga tributária também pode influenciar os preços das passagens. “O principal custo da aeronave é o combustível. Reduzindo esse custo, as empresas aéreas podem diminuir o preço”, disse. Com o programa, a carga tributária total efetiva do ICMS da querosene de aviação poderá oscilar de 12% a 1,41%.

 

O decreto também é assinado por Jaime Verruck e pelo secretário de Estado de Fazenda, Felipe Mattos. A proposta de redução da alíquota segue exemplos de outros estados que têm estimulado a oferta de voos comerciais e atende solicitações de diversos deputados estaduais.

 

Além de Reinaldo Azambuja, Jaime Verruck e Felipe Matos, o evento de assinatura do decreto, na sala de reuniões da governadoria, contou com a presença do vice-governador Murilo Zauith; secretário Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica); secretário especial Carlos Alberto de Assis; diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Bruno Wendling; e do superintendente da Infraero, Richard Aldrin Fernandes Custódio.

 

Os deputados estaduais também compareceram em peso. Participaram do evento ainda o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Correa, e os parlamentares Eduardo Rocha, João Henrique, Capitão Contar, Renato Câmara, Marcio Fernandes e Professor Rinaldo.

Mato Grosso do Sul registra em cinco meses, exportações industriais que ultrapassam US$ 1,5 bilhão, uma alta de 6%

De janeiro a maio deste ano, a receita obtida com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul já alcançou US$ 1,50 bilhão, uma alta de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou US$ 1,42 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Apenas no mês de maio, as exportações de industrializados do Estado totalizaram US$ 336,38 milhões contra US$ 307,03 milhões de maio do ano passado, um incremento de 10%.

 

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, quanto ao volume exportado, na comparação mensal, foi registrado aumento de 40%, enquanto, no acumulado do ano, teve redução de 3%. “Em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 74% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul e, no acumulado do ano, a participação está em 69%”, destacou.

 

No ano, conforme o economista, os grupos de maior destaque nas exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul são: “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Óleos Vegetais”, “Extrativo Mineral” e “Couros e Peles”. “Esses grupos, somados, representam 97,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de industrializados ao exterior”, informou.

 

Grupos em alta

 

O grupo “Celulose e Papel” registrou nos primeiros cinco meses deste ano receita de US$ 909,62 milhões, um aumento de 21%, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 886,36 milhões), tendo como principais compradores China, com US$ 544,07 milhões, Estados Unidos, com US$ 119,32 milhões, Itália, com US$ 67,77 milhões, Holanda, com US$ 57,03 milhões, Reino Unido, com US$ 16,20 milhões, e Espanha, com US$ 14,28 milhões.

 

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida de janeiro a maio foi de US$ 372,44 milhões, um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 45,1% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas de bovinos congeladas, que totalizaram US$ 168,05 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 67,45 milhões, Chile, com US$ 52,99 milhões, Emirados Árabes Unidos, com US$ 39,56 milhões, Irã, com US$ 29,03 milhões, Arábia Saudita, com US$ 21,24 milhões, China, com US$ 20,91 milhões, Egito, com US$ 16,96 milhões, e Japão, com US$ 12,98 milhões.

 

O grupo “Siderurgia e Metalurgia Básica” teve receita de US$ 12,35 milhões no período de janeiro a maio, um aumento de 120%, tendo como principal produto o ferro fundido bruto não ligado. Os principais países compradores são México, com US$ 9,54 milhões, o Paraguai, como US$ 1,19 milhão, a Argentina, com US$ 783,92 mil, e a Bolívia, com US$ 695,35 mil.