Mato Grosso do Sul acumula 5,4 mil novas empresas no ano; 604 só em setembro, segundo dados da Junta Comercial

A Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) comemora o saldo de 5.462 novas empresas abertas no ano, melhor resultado desde 2014 (quando o país mergulhou numa longa crise econômica que ainda deixa sequelas em vários setores). Todos os indicadores apontam para uma recuperação sólida da economia sul-mato-grossense: em setembro foram abertas 604 novas empresas, melhor número desde 2015; e em relação a setembro do ano passado (489) o total ficou 23,51% superior.

 

 

Em Campo Grande o número de empresas abertas no mês de setembro foi de 286, sendo o melhor desempenho proporcional do exercício. A Capital respondeu por 47,35% das empresas constituídas no Mato Grosso do Sul no mês passado, índice acima da média que é sempre foi de 42,68%. Outro município que tem apresentado bom desempenho é Dourados (71 novas empresas), superando longe Três Lagoas (34) no número de abertura de empresas. Em seguida vem Ponta Porã (25) e Maracaju (13).

 

O setor de Serviços continua liderando com 378 novas empresas em setembro, seguido do Comércio (205) e em terceiro vem a Indústria (21). Quando analisados os subsetores pela classificação do CNAE (Cadastro Nacional de Atividade Comercial), empresas de transporte rodoviário de cargas lideram com 30 novos registros, em seguida vem restaurantes e similares (20), construção de edifícios (19), comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios; lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares; e serviços de engenharia em terceiro, com 14 registros cada.

 

O presidente da Junta, Augusto Cesar Ferreira de Castro, lembra que em novembro próximo completa-se um ano da implantação da Jucems Digital, que simplificou e trouxe agilidade nos procedimentos de abertura ou alterações cadastrais de empresas. “Por meio da Jucems Digital o empresário pode constituir novas empresas, fazer alterações, extinção e arquivamento de documentos tudo de forma remota, pela Internet, diretamente de seu escritório no interior do Estado”, salienta.

 

Já o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a qual a Jucems é vinculada, o número crescente de abertura de novas empresas reforça a sensação de melhora na economia que já se reflete em outros setores. “Em agosto tivemos a geração de 1.152 novos postos de trabalho no Estado, e a indústria foi o destaque com 582 empregos. De janeiro a agosto já foram 17.145, mais que o dobro do total do ano passado”, ponderou.

 

Aéreas de baixo custo começam a operar voos internacionais no Brasil; Anac autorizou operação de quatro companhias

A mudança na legislação para autorizar até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas com sede no Brasil, despertou o interesse das companhias aéreas de baixo custo, conhecidas como low cost em operar em voos internacionais no país.

 

Por operar com baixo custo e cobrar menos pelo preço das passagens, essas empresas costumam cobrar por serviços como despacho de mala, marcação de assentos. Em geral, elas também não oferecem alimentação nos voos, nem totens com impressoras nos aeroportos para o viajante retirar seu bilhete de viagem.

 

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a operação de quatro delas no país, das quais duas operam voos regulares. A primeira foi a Norwegian. que ocupa a terceira posição entre as aéreas de baixo custo que operam no Continente Europeu. Ela recebeu autorização para operar em agosto de 2018 e, desde maio, voa na rota Londres-Rio de Janeiro.

 A chilena Sky Airline, segunda a ser autorizada a voar no país, faz desde novembro de 2018 voos ligando o Brasil ao Chile, com as rotas Santiago-Guarulhos (SP) e Santiago-Galeão (RJ).

 

A Sky Airline pretende realizar, a partir de novembro, voos na rota Santiago-Florianópolis. A empresa será a primeira low cost a voar para o recém inaugurado aeroporto de Florianópolis. Em dezembro, a aérea deve também operar na rota Santiago-Salvador (BA), como início previsto para o dia 30.

 

Na próxima semana, a argentina FlyBondi inicia voos ligando o país vizinho a São Paulo e Rio de Janeiro, nas rotas El Palomar-Guarulhos (SP) e El Palomar-Galeão (RJ). A aérea promete preços de 30% a 40% mais baixos do que os da concorrência. Em dezembro a empresa vai também ter voos para Florianópolis.

 

A subsidiária chilena da norte-americana JetSmart começa a voar, na rota Santiago-Salvador, a partir de dezembro. Em janeiro de 2020, a empresa começa a operar voos na rota Santiago-Foz do Iguaçu, e a partir de março para a operar na rota Santiago-Guarulhos.

 

Outras empresas

 

A Anac disse à Agência Brasil que está em processo de autorização a licença para a Air Europa fazer voos domésticos no país. Pertencente ao conglomerado turístico espanhol Globalia, a Air Europa já opera no mercado internacional nas rotas Madri-Recife; Madri-Guarulhos e Madri-Salvador.

 

“Além dessas empresas, temos a Air China que reiniciou suas operações regulares em março de 2019, com dois voos semanais na rota Guarulhos-Madri-Pequim, e anunciou intenção de expansão no Brasil, e a Virgin, que inicia operações em março de 2020, com voos diários entre Heathrow (Londres)-Guarulhos e Heathrow-Galeão”, informou a agência.

 

Além da alteração na legislação para permitir 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas, também contribuiu para a entrada das empresas a cobrança pelo despacho de bagagem.

 

A volta da franquia chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados. Mas o trecho foi vetado. No final de setembro, o Congresso Nacional manteve o veto presidencial à franquia de bagagens despachadas no transporte aéreo de passageiros.

 

Desde a entrada em vigor da Resolução nº 400/2016 da Anac, em junho de 2017, as empresas aéreas estão autorizadas a cobrar pelo despacho de bagagens. A norma diz ainda que o passageiro tem direito a transportar como bagagem de mão um volume de até 10 quilos em viagens nacionais e internacionais, com limite de até 55 centímetros (cm) de altura por 40 cm de comprimento.

 

 

Fonte: Agência Brasil