Ministério credencia laboratório de análise de sementes do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas

Depois de auditoria realizada entre os dias 18 e 19 de setembro deste ano, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) credenciou o laboratório de análise de sementes do IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS). O credenciamento foi comunicado na última quinta-feira (03/10) e, a partir de agora, a região que engloba os municípios de Maracaju e Dourados ganha mais um espaço para melhorar a competitividade da agroindústria de Mato Grosso do Sul.

 

Com esse reconhecimento, o laboratório de análise de sementes do IST Alimentos e Bebidas passa a fazer parte do Registro Nacional de Sementes e Mudas habilitado a exercer a atividade de análise em sementes de soja e milho. Conforme o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o credenciamento reforça a credibilidade da instituição, representa uma expansão de mercado e irá trazer grandes ganhos para a sociedade.

 

“A equipe toda que se envolveu no desenvolvimento desse laboratório está de parabéns, pois fazer um projeto, montagem, execução e auditoria do Mapa em um ano é praticamente um prazo recorde, motivo de muito orgulho para todos nós e com certeza irá beneficiar a agroindústria da região”, afirmou Rodolpho Mangialardo, acrescentando que a ideia de construir o laboratório vem ao encontro de uma demanda da agroindústria da região, que já tinha manifestado uma preocupação com a qualidade das sementes vindas, na grande maioria, da Região Sul do Brasil.

 

“Começamos a estudar e identificamos que há uma série de características que precisam ser confiáveis para que a produtividade do plantio seja garantida. Por isso, decidimos construir um laboratório para ajudar a agroindústria, podendo também prestar serviço à cadeia de produção de grãos de todo o Estado”, explicou o diretor-regional do Senai.

 

Poderão contratar os serviços do laboratório de sementes empresas produtoras de sementes, cooperativas revendedoras, produtores de grãos que queiram atestar o vigor e qualidade do material genético adquirido para controle de qualidade de sua lavoura, empresas de produtos agroquímicos e obtentores de cultivares e pesquisadores. Para atender essa demanda, o laboratório está estruturado com equipamentos de alta tecnologia e performance para que o melhor resultado seja atingido e conta com equipe qualificada e treinada para executar os ensaios.

 

Segundo a coordenadora do LabSenai Alimentos e Bebidas, Daniela Menegat, incialmente, estão sendo realizados serviços de análises laboratoriais em sementes de milho e soja, como determinação de pureza e verificação de outras cultivares, determinação de outras sementes por número, determinação do grau de umidade, teste de germinação, teste de vigor envelhecimento acelerado, teste de peroxidase e uniformidade, além de peso de mil sementes.  As análises são realizadas de acordo com metodologias oficiais descritas nas Regras de Análise de Sementes, publicadas pelo Mapa.

 

“Sementes puras apresentam alta qualidade física e genética. A pureza física implica na ausência de impurezas tais como: palhas, folhas, sementes de plantas daninhas, sementes de outras culturas, etc. A pureza genética implica que o lote de sementes contenha apenas sementes com características conhecidas da variedade ou cultivar em análise”, detalhou o responsável técnico do laboratório de análise de sementes, Edilson Cardoso de Oliveira Junior.

 

Ela acrescentou que o primeiro passo em direção ao máximo rendimento das culturas é obtido por meio de uma população recomendável de plantas, que requer que sementes de alta qualidade sejam semeadas. “O sucesso de uma lavoura depende de diversos fatores, mas, sem dúvida, o mais importante deles é a utilização de sementes de elevada qualidade, que gere plantas de elevado vigor e desempenho superior de campo. O uso de sementes de elevada qualidade permite o acesso aos avanços genéticos, com as garantias de qualidade e tecnologias de adaptação nas diversas regiões produtoras”, concluiu.

Estado do Rio de Janeiro pode perder R$ 56 bilhões, se Supremo Tribunal Federal decidir pela partilha dos royalties

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vai enviar até o final deste mês um relatório a representantes dos governos do estado e da União com informações sobre as consequências negativas para o estado, caso haja a distribuição de royalties e participações especiais do petróleo por municípios e estados de todo o país. A informação foi divulgada ontem (7), durante audiência pública das comissões de Economia, Indústria e Comércio e de Minas e Energia da Casa.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar no dia 20 de novembro a ação que determinará a constitucionalidade da Lei 12.734/12 (Lei de Partilha). Caso a Corte ratifique as alterações na distribuição dos recursos previstas pela norma, o Rio de Janeiro poderá perder R$ 56 bilhões até 2023. A lei, aprovada em 2012 pelo Congresso Nacional, foi suspensa no ano seguinte pela ministra Cármen Lúcia, do STF, que concedeu liminar a uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) apresentada pelo governo do Rio.

 

De acordo com Rubens Freitas, representante da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o percentual dos royalties cairia de 26,25% para 4% nos municípios produtores e, nos de participações especiais, de 10% para 4%. Maricá, na região metropolitana do Rio, registraria queda de 69% nas receitas. “Quem vai ganhar com isso é o Fundo Especial de Royalties do Petróleo e a riqueza será distribuída a todos os estados e municípios”, afirmou.

 

Para o presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Alerj, Renan Ferreirinha (PSB), os royalties são compensações dos estados produtores. “Precisamos de um embasamento técnico para que esse absurdo não prospere. A Alerj fará seu parecer técnico sobre essa possível perda, que é alarmante, perigosa, e vamos apresentá-lo em Brasília e também junto à Secretaria de Fazenda para que o governo do estado do Rio seja mais ativo nessa questão. O documento consiste em um resumo do que foi nossa audiência pública nesta segunda-feira”, disse o deputado.

 

Max Lemos (MDB), que preside a Comissão de Minas e Energia da Alerj, disse que a situação financeira do estado só tende a piorar, caso haja distribuição dos royalties a todos os estados e municípios. “Não podemos ficar nessa passividade. Depois de julgado, fica difícil mudar o quadro. O estado já vive uma situação difícil. imagina perder R$ 56 bilhões em quatro anos.”

 

Welberth Rezende (PPS) ressalta que a divisão dos royalties entre estados e municípios causaria grande impacto em serviços básicos no estado. “Provavelmente o estado do Rio de Janeiro vai quebrar com a redivisão dos royalties do petróleo para todos os estados e municípios, inclusive os não produtores. Serviços básicos seriam interrompidos e seria um ataque às empresas produtoras de petróleo. Vamos criar um cenário muito ruim para investimentos. Um estado que está contando moedas, que está num regime de recuperação fiscal, vai perder ainda de 30% a 40% de sua arrecadação?”, questionou.

 

Fonte: Agência Brasil

*Com informações da Alerj