Estimativa de inflação cai pela 11ª vez seguida para 3,26%, segundo pesquisa divulgada pelo Banco Central

Instituições financeiras reduziram, pela 11ª vez seguida, a estimativa para a inflação este ano. Segundo pesquisa do Banco Central (BC) feita ao mercado financeiro, divulgada todas as segundas-feiras pela internet, a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, desta vez passou de 3,28% para 3,26% em 2019.

 

Para 2020, a estimativa caiu de 3,73% para 3,66%, na quarta redução seguida. A previsão para os anos seguintes não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50%, em 2022.

 

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

 

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 

Com expectativa de inflação em queda, o mercado financeiro reduziu a previsão para a Selic ao final de 2019. Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 em 4,50% ao ano. A previsão da semana passada era 4,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 5,50% ao ano.

 

O mercado financeiro não alterou a expectativa para o fim de 2020: 4,75% ao ano.

 

Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6,50% ao ano, a mesma previsão há duas semanas. Para o fim de 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.

 

Crescimento da economia

 

A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,87% para 0,88% em 2019.

 

As estimativas para os anos seguintes não foram alteradas: 2% em 2020; e 2,50% em 2021 e 2022.

 

Dólar

 

A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 e, para 2020, passou de R$ 3,95 para R$ 4.

 

Fonte: Agência Brasil

Empresários de Campo Grande que instalaram placas fotovoltaicas criticam proposta da Aneel de taxar energia solar

21Empresários de Campo Grande (MS) que investiram na instalação de placas fotovoltaicas para a produção de energia limpa e, dessa forma, reduzir a conta de luz criticam a proposta da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de alterar as regras e passar a cobrar pela energia solar que o consumidor gera. Para eles, a medida trará prejuízos para quem já instalou sistemas fotovoltaicos, além de desestimular novos investimentos em energia limpa.

 

Esse é o caso do empresário Abdo Magid João Neves, da Polpa Norte, que investiu R$ 135 mil em março de 2018 para instalar 90 placas fotovoltaicas em sua empresa. “Foi tudo com recursos próprios e realmente valeu a pena porque minha conta caiu de R$ 3.500,00 para R$ 140,00, uma redução de 90,67%. Porém, essa notícia de aumentar a cobrança para quem gera sua própria energia deixa a gente revoltado porque foi um investimento alto e agora ainda terei de pagar a mais porque as concessionárias hoje estão lucrando menos”, afirmou.

 

Na mesma linha, o empresário Carlos Targino, da empresa de materiais hospitalares Suprimed, viu o valor da conta de luz cair de R$ 2 mil para aproximadamente R$ 200,00, uma redução de 90%, depois de instalar um conjunto de placas fotovoltaicas por meio do Senai Empresa. “Investi um total de R$ 72 mil, financiado pelo Banco do Brasil, por meio do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), e estou realmente chateado com a possibilidade de novos encargos”, disse.

 

Segundo Carlos Targino, antes de decidir instalar as placas fotovoltaicas, foi preciso fazer uma análise da viabilidade econômica. “A gente simulou quanto seria o financiamento e em quanto tempo terminaríamos de pagar esse investimento todo, tudo na ponta do lápis. Uma notícia como essa da Aneel nos preocupa, porque esses cálculos deverão ser refeitos agora e o tempo de pagamento desse investimento deverá aumentar, causando prejuízo para mim e para todos que fizeram esse investimento também”, finalizou.

 

Também em busca de economia, o empresário Gustavo Diniz, da Academia Aquativa, realizou um investimento de mais de R$ 50 mil, tudo para reduzir a conta de R$ 1.400,00 para R$ 130,00. “Foi uma redução de 91% e fez toda a diferença no meu orçamento. Agora descubro que vou ter de pagar a mais por esse investimento e acho isso revoltante. Em um primeiro momento, nós empresários somos motivados a investir em novas fontes de energia, que, além de reduzir custos, melhoram o meio ambiente. Agora, depois que vários fizeram um investimento alto e começam a sentir no bolso a diferença, querem mudar as regras. Daqui a pouco vão cobrar sobre incidência solar”, finalizou.

 

 

Confederação Nacional da Indústria diz que tributação sobre renda das empresas é uma das mais altas do mundo

A tributação sobre a renda das empresas brasileiras é uma das mais elevadas do mundo, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, a alíquota nominal sobre as empresas que recolhem pelo regime de lucro real (regra geral para a apuração de tributos, determinada pelo lucro contábil acrescido de ajustes) é de 34%. Esse é o pior índice em um ranking com 18 países que competem diretamente com o Brasil no mercado internacional, segundo análise a partir da base de dados Tax Rates Online da KPMG, elaborada pela confederação.

 

O documento revela também que quando o total de impostos e contribuições recolhidos pelas empresas é medido como percentual do lucro, o Brasil está entre os últimos colocados. Essa proporção é de 65,1% no Brasil, à frente da Colômbia (71,9%) e da Argentina (106%), no comparativo internacional. Sob outra ótica, o valor registrado no Brasil chega a ser três vezes maior que o verificado para o Canadá (20,5%), o melhor colocado no ranking. Os números são do relatório Doing Business 2019, do Banco Mundial. Segundo o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, esse dado indica que cerca de dois terços dos resultados das empresas brasileiras são transferidos para o erário.

 

Castelo Branco argumenta que a tributação elevada reduz a capacidade de investimento das empresas. “Isso é ruim porque grande parte dos investimentos é realizado a partir do lucro que as empresas conseguem separar para aumentar a sua capacidade produtiva”, disse.

 

O gerente da CNI acrescentou que como a tributação sobre a renda das empresas é mais alta do que em outros países, também fica reduzida a capacidade de atrair investimentos externos para o Brasil. “Na última década, vem sendo obervada uma tendência de redução da tributação sobre o lucro das empresas. Mais recentemente, os Estados Unidos e a Argentina reduziram, e a Europa já vem nesse movimento há muito tempo. Isso faz com que nós fiquemos atrasados nesse processo e com isso perdemos a nossa capacidade de atrair empresas estrangeiras para cá. Ou, no caso das empresas que já operam aqui, ficam sem capacidade de realizar novos investimentos porque suas matrizes preferem operar a partir de países que têm condições melhores de tributação”, afirmou, ao defender a redução no Brasil do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

 

Reformas

 

Para a CNI, os dados reforçam a necessidade de reforma do sistema tributário brasileiro. A entidade defende prioridade para a reforma tributária, logo após a aprovação das alterações nas regras da Previdência. Na avaliação da CNI, além da redução da carga tributária, o sistema tributário deve perseguir a simplicidade, neutralidade, transparência e isonomia. Nesse primeiro momento, diz a CNI, o foco da reforma tributária deve ser a adoção de um Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA) que permita a remoção da cumulatividade e simplifique o sistema.

 

De acordo com a confederação, em função da cumulatividade, empresas não conseguem compensar parte de tributos – ou a totalidade deles – paga em etapas anteriores do processo produtivo. Essa dinâmica torna os produtos fabricados no Brasil mais caros. Na maioria dos países, diz a CNI, os seis tributos que, no Brasil, incidem sobre a circulação de bens e serviços – PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, Combustíveis e ISS – são substituídos por apenas um, o IVA. O último grande país que ainda tinha um IVA fora do padrão global era a Índia, que já promoveu uma reforma.

 

Atualmente há duas proposta de emenda à Constituição em tramitação no Congresso – a PEC Nº 45 na Câmara dos Deputados e a PEC Nº 110 no Senado. O governo também pretende enviar ao Congresso uma proposta de reforma tributária, que ainda não foi detalhada.

 

“A expectativa é que a reforma não vai alterar a carga tributária global da economia, mas deve buscar promover um sistema mais eficiente. Hoje temos um sistema muito desigual, alguns segmentos têm uma tributação mais elevada que outros. No caso da indústria, é um dos segmentos mais tributados da economia. Em outros países, às vezes tem disparidade, mas poucos têm uma desigualdade tão grande.”, disse Castelo Branco.

 

O peso dos tributos no Brasil e em países selecionados

 

 

Alíquota nominal sobre a renda das empresas (2018)

Tributos como proporção do lucro das empresas
(%, exceto impostos sobre valor adicionado e receita de vendas)

País

(%)

País

(%)

Polônia

19,0

Canadá

20,5

Tailândia

20,0

África do Sul

29,1

Rússia

20,0

Tailândia

29,5

Turquia

22,0

Indonésia

30,1

China

25,0

Coreia do Sul

33,1

Indonésia

25,0

Chile

34,0

Coreia do Sul

25,0

Peru

36,8

Espanha

25,0

Polônia

40,7

Canadá

26,5

Turquia

40,9

Chile

27,0

Rússia

46,3

África do Sul

28,0

Espanha

47,0

Peru

29,5

Austrália

47,4

Argentina

30,0

Índia

52,1

Austrália

30,0

México

53,0

Índia

30,0

China

64,9

México

30,0

Brasil

65,1

Colômbia

33,0

Colômbia

71,9

Brasil

34,0

Argentina

106,0

Novos laboratórios no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul auxiliam programa de bioeconomia

Projetos de ciência, tecnologia e inovação realizados em Mato Grosso do Sul contam agora com um novo complexo de laboratórios. Foi inaugurado ontem (18), o prédio de três laboratórios de Pesquisa na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems).

A obra dos laboratórios de microscopia, botânica e ictiologia da Uems de Mundo Novo recebeu investimento de R$ 442.708,30, recurso de contrapartida do Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) no convenio BIOECONOMIA – Novo Paradigma de Desenvolvimento para Mato Grosso do Sul, em parceria com Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC/FINEP.

 

O investimento vai beneficiar cerca de 400 acadêmicos dos cursos de ciências biológicas e técnicos ambientais existentes do campus. Os laboratórios serão utilizados para o uso dos atuais alunos e próximos cursos.

 

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagero, “o programa de Bioeconomia é fundamental para um objetivo estratégico do Governo, que é o de utilizarmos a biodiversidade para criar uma nova base econômica para o Estado. Laboratórios como esses permitem que o meio acadêmico, por meio da pesquisa, nos dê suporte para avançar nessa estratégia de desenvolvimento”.

Referência no desenvolvimento econômico da Capital, Shopping Campo Grande comemora 30 anos

Considerado referência no desenvolvimento econômico da Capital, o Shopping Campo Grande comemorou ontem (18), três décadas de funcionamento. A solenidade comemorativa – que também marca o lançamento do documentário inspirado em histórias marcantes vividas por campo-grandenses no local – atraiu autoridades, lojistas e convidados, para celebrar a consolidação do empreendimento que é destaque em compras e lazer no Mato Grosso do Sul.

 

“A construção do Shopping Campo Grande trouxe uma valorização imobiliária de quase 3000% à região em que está localizado, além de se consolidar como um importante empregador da Capital”, destacou o secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka, que representou o governador Reinaldo Azambuja na solenidade.

 

Segundo Hashioka, o empreendimento também consolida a capital sul-mato-grossense na área cultural, gastronômica e em especial economicamente, por reunir uma grande diversidade de lojas, oferecer segurança e agregar qualidade como diferencial. “É um local reconhecido pelo respeito, confiança e fidelização de seus consumidores”, reforçou o titular da SAD.

 

As três décadas de funcionamento do Shopping Campo Grande foram retratadas em documentário que reúne depoimentos de pessoas que viveram ali situações diversas ao longo de todo esse período. O material traz curiosidades, fatos e entrevistas que ajudam a entender não apenas a trajetória do empreendimento, mas o protagonismo dele na vida das pessoas e na evolução da cidade.

 

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas (IBP), divulgada em setembro deste ano, aponta o Shopping Campo Grande como o local mais frequentado pelos moradores da cidade, recebendo 35,28% das manifestações dos entrevistados. O local faz parte cotidiano do campo-grandense.

 

Outro levantamento confirma a valorização imobiliária na região em que o empreendimento foi construído. De acordo com a Câmara de Valores Imobiliários de Mato Grosso do Sul, o metro quadrado de um terreno nos arredores do Shopping valia R$ 42,00 em 1997, saltando para R$ 1.100,00 em 2019.

Mato Grosso do Sul gerou 917 empregos em setembro, com destaque para Agropecuária, segundo dados do Caged

Mato Grosso do Sul gerou 917 empregos com carteira assinada em setembro, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho. Esse é o melhor resultado para o mês nos últimos quatro anos. A boa performance acompanha o desempenho em nível nacional. O Brasil gerou 157.213 postos de trabalho no período.

 

O setor de Agropecuária foi o que gerou mais empregos, com 342 novas vagas preenchidas, seguido do Comércio (249), Construção Civil (150) e Serviços (118). O único setor com saldo negativo no mês foi o de Serviços Industriais de Utilidade Pública (-8 postos), refletindo a mesma performance em nível nacional, em que perdeu 448 vagas.

 

Os números da Construção Civil chamaram a atenção do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), ao analisar o relatório do Caged. “A Construção Civil vem se recuperando lentamente, mas de maneira sistêmica e ritmada e nossa expectativa é que venha a ser o grande empregador do país no próximo ano com a retomada de financiamento na área.”

 

Quanto à Agropecuária, Verruck frisou que recentemente foi lançado o plantio da soja, portanto é um setor que apresenta variações cíclicas, embora seja um grande empregador permanente no Estado. “Vamos ter para o fim do ano a inauguração de uma grande agroindústria na região de Dourados, que já está contratando e deve gerar 500 empregos. No setor de frigoríficos, em função da abertura dos mercados internacionais para a carne, também temos sentido crescimento do emprego e em Rio Brilhante será inaugurada mais uma grande indústria em breve.”

 

No setor do Comércio, o secretário lembra que essas contratações já são em decorrência da expectativa de aumento das vendas no fim de ano. “Inclusive a Fecomércio estima a geração de 5 mil vagas nos próximos meses, claro que boa parte disso é temporário, mas já temos aí uma importante sinalização. Isso mostra a importância do dinamismo da atividade econômica na geração de emprego.”

Senai de Campo Grande promoverá de 22 a 25 de outubro a 1ª Semana de Refrigeração para integrar segmento do Estado

Com o objetivo de integrar os agentes envolvidos no segmento de refrigeração de Mato Grosso do Sul e promover a atualização tecnológica, o Senai de Campo Grande realizará, de 22 a 25 de outubro, no auditório da unidade, que fica na Rua Engenheiro Roberto Mange, nº 90, Bairro Amambaí, a 1ª Semana de Refrigeração. O evento é aberto ao público e tem como foco quem atua na área de refrigeração, desde comerciantes e industriais até técnicos e estudantes.

 

Segundo o gerente do Senai de Campo Grande, Roger Benites, a 1ª Semana de Refrigeração busca um fomento do segmento no município. “Queremos cumprir com a nossa missão de oferecer mão de obra cada vez mais qualificada, ajudar no desenvolvimento do segmento e preparar nossos alunos para a realidade do mercado de trabalho. Temos cursos na área de refrigeração aqui no Senai da Capital, com excelente laboratório e instrutores preparados e queremos ser referência nesse assunto”, afirmou.

 

As palestras abordarão temas referentes à área de refrigeração e eficiência em refrigeração, que serão ministradas por representantes das empresas Forane Refrigerants, Full Gauge Controls e Bitzer, referências mundiais no segmento. “São empresas que já estão no mercado há muito tempo e é muito importante traze-las para mostrar aproximar nossos alunos da realidade do mercado, para que eles conheçam melhor as principais demandas e desafios e saiam daqui realmente preparados”, completou Roger Benites.

 

Confira abaixo a programação completa:

22/10 | Terça-feira

18:30 – Forane Refrigerants (Arkema) – “Boas práticas na refrigeração, retrofit de gás R22” 

23/10 | Quarta-feira

18:30 – Full Gauge Controls – “Automação em refrigeração – Investimento que gera economia”

24/10 | Quinta-feira

18:30 – Bitzer – “Instalação e dimensionamento de compressores e racks”

25/10 | Sexta-feira

18:30: Bitzer -“Manutenção em compressores semi herméticos”

A investidores de novo porto, governador Reinaldo Azambuja anuncia obra do anel viário do município de Porto Murtinho

Reunião do governador Reinaldo Azambuja com a Navios Logísticas América do Sul, que investirá R$ 120 milhões na construção de um porto fluvial em Porto Murtinho, com a presença de importadores asiáticos, demonstrou o potencial logístico de Mato Grosso do Sul para exportar commodities pela Hidrovia do Paraguai e a posição estratégica do município fronteiriço com o Paraguai para se tornar uma nova Paranaguá.

 

Considerado uma das maiores companhias de logística da América do Sul, operando hoje no Uruguai e Paraguai e com escritório em Corumbá, a Navios Logísticas apresentou ao governador o projeto do terminal em Porto Murtinho, que deve operar em dezembro de 2020. A nova estrutura fluvial terá silos com capacidade para 800 mil toneladas de grãos e quatro tanques de 15 mil m³ e exportará soja e milho e importará líquidos e fertilizantes.

 

Durante o encontro, que contou com a presença dos secretários Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Reinaldo Azambuja anunciou ao grupo que, ainda em outubro, o Governo do Estado abrirá a licitação da obra do contorno rodoviário, que atenderá aos três portos projetados em Porto Murtinho. O investimento estadual será de R$ 28 milhões.

 

Governo licitará anel viário

 

O governador assegurou ainda, aos novos investidores, que no dia 25 de outubro será entregue a licença definitiva de instalação do novo terminal, e adiantou que está tratando com a ministra Tereza Cristina Dias, da Agricultura, Pecuária e Abastecimentos, as questões fitossanitárias para atender ao novo corredor de escoamento da produção regional. Também disse que iniciou tratativas com a Infraero sobre a concessão do aeroporto de Porto Murtinho.

 

Para o secretário Jaime Verruck, a apresentação do projeto do novo porto e as declarações dos representantes das indústrias alimentícias da China e de Taiwan, presentes à reunião, do interesse em ampliar os negócios com Mato Grosso do Sul, deixaram claro a dimensão da logística e o alto grau de competitividade da nova rota de exportação do Estado. “Murtinho é a melhor opção, onde o produtor terá um ganho adicional de dez dólares por tonelada”, observou.

 

“Olhando o mercado, a redução de custo substancial com a nova logística e os novos investidores, não restam dúvidas de que teremos uma nova Paranaguá, que também impressiona importadores, como os asiáticos, pela posição estratégica de Porto Murtinho e as potencialidades do Estado como produtor de alimentos”, acrescentou Verruck. Ele disse que a China é o principal importador de soja e milho do Estado, com 42%, cuja demanda é crescente.

 

Chineses: ampliar negócios

 

Os futuros clientes do terminal da Navios Logísticas em Porto Murtinho representam o poder aquisitivo agregado de cinco milhões de toneladas de grãos/ano e estão interessados na exportação pelo novo corredor. O representante de um dos grupos chineses em visita ao Estado, a convite dos operadores da hidrovia, Dennis Lv, da Xiamen C&D Commodities, disse que ficou impressionado com o potencial do Estado e quer ampliar os acordos comerciais.

 

Os investidores apresentaram ao governador Reinaldo Azambuja e aos secretários Eduardo Riedel e Jaime Verruck o projeto que vão implantar em Porto Murtinho

 

Claudio Lopez, CEO da Navios Logísticas também saiu satisfeito da reunião: “Estamos entusiasmados sobre o investimento deste porto. Achamos que a instalação de última geração introduzirá uma vantagem de custos na cadeia de logística, melhorando o potencial de produção de Mato Grosso do Sul”, disse. Ele agradeceu ao governador Reinaldo Azambuja pela obra do contorno rodoviário e pelo rápido processo de licenciamento do empreendimento.

 

O novo terminal será construído em uma área de 215 metros de frente para o Rio Paraguai e empregará operações multimodais de suporte e design de última geração, com capacidade de manipular múltiplas cargas, incluindo milho, soja, açúcar, fertilizantes, combustíveis e cargas gerais. A Navios Logísticas opera em Nova Palmira (Uruguai) desde 1956, com terminais de graneis sólidos e minérios, e conta com terminais de combustíveis no Paraguai.

Arte de Mato Grosso do Sul encanta e fica na quinta posição em vendas no Salão do Artesanato de São Paulo

Foram cinco dias de exposição e muitas vendas. E o resultado foi extremamente positivo. O estande da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) no 13º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, que aconteceu de 9 a 13 de outubro em São Paulo, rendeu R$ 176.903,00 aos artistas e entidades participantes.

 

A soma representa crescimento de 34% nas vendas se comparadas a edição anterior, colocando Mato Grosso do Sul na quinta posição entre as 23 unidades federativas participantes no valor bruto arrecadado.

 

As peças levadas a São Paulo apresentam temáticas, inspirações, técnicas e matérias-primas diversas, mas que representam aspectos da nossa cultura, flora e fauna. Uma amostra de nossas belezas que encantaram consumidores de todos os estados brasileiros e visitantes do exterior.

 

Os artesãos e entidades que representaram o Estado no Salão foram selecionados por meio de edital realizado pela Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais. As peças ocuparam um espaço coletivo de 70 metros e chamaram a atenção pelas cores e temas.

 

“O artesanato é um processo criativo trabalhoso, mas que rende frutos para a nossa cultura, e claro, para a geração de renda de centenas de famílias. Esse resultado mostra que é possível obter retorno com a arte feita aqui em nosso Estado”, explica Rejane Benneti Gomes, gestora de eventos da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

 

Processo 

 

Foram selecionados os artesãos individuais (MEI) Monique Klein Rocha, Creuza Vergilio, Rosenir Batista, Ana Vitorino da Silva Leodério e Claudia Cristina Benites Veiga Castelão; as entidades União Estadual dos Artesãos de MS (Uniems), Associação dos Produtores de Artesanato e Artistas Populares de MS (Proart/MS) e Associação de Artesanato de MS (Artems) e a mestre artesã Andrea Pereira Lacet de Lima.

 

As peças que compuseram o estande foram levadas, sem custo, pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Já os artesãos selecionados arcaram com suas próprias despesas de passagens, traslados, hospedagem e alimentação durante todo o evento.

 

Realizado este ano no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, o Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras é uma das maiores vitrines da arte brasileira. Movimentou durante cinco dias R$ 3.471.284,27 apenas com os estandes dos 23 estados participantes.