Bancos e financeiras são destaque no ranking de mau atendimento, conforme levantamento do Procon Estadual

Levantamento realizado pelo setor de Pesquisas da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, apresenta o ranking de atendimentos pelo Procon Estadual em relação a empresas do sistema financeiro no qual fica demonstrado que os serviços estão aquém do que poderia ser considerado razoável. Foram verificados 28 CNPJ diferentes.

 

De acordo com os registros, em se  tratando de relação de consumo, organizações financeiras só são superadas em prestação de serviço de má qualidade, pelas concessionárias de serviços públicos. E, no ranking apresentado em termos comparativos entre os anos 2 017 e 2 018 e entre 2 018 e 2 019, o Banco Bradesco lidera as denúncias por mau atendimento, seguido de perto pela Bradescard nos dois primeiros anos da verificação. Já em comparação com 2 019, o mesmo banco continua líder seguido pelo BMG.

 

Vale ressaltar que, também integrante do grupo, o Banco Bradesco Financiamentos, consta entre os piores prestadores de serviços nos dois períodos. Nos dois levantamentos a Caixa Econômica Federal ocupa o terceiro lugar no volume de atendimento de cidadãos pelo órgão estadual  de defesa do consumidor. Vários outros bancos, entre os quais o Banco do Brasil, Santander, Panamericano, Itaú Unibanco, Safra e Banrisul também são alvo de  reclamações.

 

O levantamento, entretanto, não se limitou a organizações bancárias. Financeiras administradoras  de cartões também se encontram posicionadas com grande número de irregularidades. Como exemplo, temos Pernambucanas, Midway S.A, Calcard, Crefisa, BV Financeira,  Luizacred, Cetelem, Losango  e Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento S.A., entre outras. Administradoras de consórcios não ficaram de fora. O mau atendimento foi denunciado em relação a Multimarcas, consórcios nacionais Volkswagen e Honda.

 

Fonte: Procon MS

Condel aprova mais de R$ 2 bilhões do FCO para financiar empreendimentos em Mato Grosso do Sul no próximo ano

O Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) aprovou na segunda-feira (2) a programação orçamentária para o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) 2020. Mato Grosso do Sul terá 24% do total, sendo mais de R$ 2 bilhões em recursos para contratação pelos setores rural e empresarial.

 

O Estado terá R$ 1,710 bilhão em recursos operacionalizados pelo Banco do Brasil, além de R$ 201,2 milhões que poderão ser financiados por bancos cooperativas (ação que depende de mudança de legislação federal para vigorar) e R$ 100,6 milhões contratados via BRDE.

 

Titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o secretário Jaime Verruck e presidente CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO) destaca que o FCO se mantém como a principal fonte de financiamento do desenvolvimento do Estado, com foco no crescimento das Micro e Pequenas Empresas.

 

“O FCO tem como objetivo reduzir as desigualdades e contribuir para o desenvolvimento dos municípios e estados do Centro-Oeste e em Mato Grosso do Sul tem sido principal agente de financiamento nos últimos anos, com grande participação das pequenas empresas que são parte ativa do desenvolvimento econômico estadual”, destacou o secretário.

 

Entre as prioridades setoriais estão a contratação para produções que agreguem valor à cadeia alimentícia, integração lavoura-pecuária no rural, investimento em tecnologia, biossegurança e turismo. Já nas prioridades espaciais, estão os municípios localizados na faixa de fronteira e de média renda.

 

O superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro, Bruno Gouveia, explica que as adequações para 2020 ajudam a manter o nível de operacionalização do FCO. “A partir de agora todas as operações com valor acima de R$ 500 mil terão que passar pelo CEIF, que faz reuniões a cada 15 dias para avaliar os processos que chegam”.

 

O FCO rural pode ser contratado em duas modalidades, com taxa de juros pré e pós fixada. Apesar da possibilidade, 100% das operações do FCO rural em 2019 foram feitas com taxas pré-fixadas, que variam de 5,21% a 8% ao ano, conforme o porte da empresa e a linha contratada. No empresarial, a taxa de juros é pós-fixada.

 

Os recursos do FCO são administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e concedidos por meio do Banco do Brasil, aquecendo a economia, gerando emprego e renda na região. Possibilitam o financiamento de projetos para abertura do próprio negócio, investimentos para expansão das atividades, aquisição de estoque e até para custeio de gastos gerais relacionados à administração – aluguel, folha de pagamento, despesas com água, energia e telefone.