Em tempos de pandemia, Senai divulga dicas para trabalhar de casa sem susto com a conta de luz no fim do mês

Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a maioria das empresas passou a adotar o sistema de home office, ou seja, seus colaboradores passaram a fazer as mesmas atividades de casa para evitar a proliferação da doença.

 

No entanto, a soma de computador, notebook, ar-condicionado, ventiladores, abre e fecha de geladeira durante todo dia, sem falar nas lâmpadas ficando acesas por mais tempo, pode se tornar a grande vilã quando chegar a conta de luz.

 

Pensando nisso, o Senai de Campo Grande decidiu elaborar algumas dicas de redução de consumo de cada eletrodoméstico para que ninguém se assuste com a fatura da energia elétrica no fim do mês.

 

Confira:

 

 

1 – Refrigeradores

Segundo o instrutor do Senai de Campo Grande, Paulo César Marcolino, que ministra aulas de eletrotécnica e segurança do trabalho, cerca de 30% do consumo de energia de uma residência se deve à refrigeração.

 

“A primeira coisa que deve ser feita é regular o termostato do refrigerador de acordo com a estação do ano e a quantidade de alimentos que ele armazena. Também vale destacar que está proibido, ou praticamente proibido, abrir a porta da geladeira nem necessidade ou por tempo prolongado”, afirmou.

 

Além disso, vale a pena arrumar os alimentos de forma a perder menos tempo para encontrá-los e deixe espaço entre eles para o ar poder circular. “Ainda pensando em economizar energia, não é indicado usar a parte de trás do aparelho para secar roupas ou panos de prato. Outra coisa importante que deve ser observada é a borracha de vedação. Basta fechar a porta com uma folha de papel entre a porta e a geladeira. Se a folha cair, significa que está na hora de trocar a borracha”, destacou.

 

 

2 – Chuveiro elétrico

 

Um dos campeões de reclamação quando o assunto é alto consumo de energia, o chuveiro elétrico também pode ser mais econômico. “Quando possível, deixe a chave na posição verão. Dessa forma, é possível reduzir o consumo de energia em 30%, mas é bom também evitar banhos muito demorados. Essa última orientação ajuda a economizar energia e água”, pontuou Paulo César Marcolino.

 

Outra dica importante é usar resistências originais, verificando a potência e a voltagem correta do aparelho. “Jamais faça emendas ou adaptações, pois esse procedimento aumenta o consumo de energia e pode colocar em risco sua segurança”, completou o instrutor.

 

3 – Máquina de lavar roupa

 

Uma dica valiosa para ajudar a economizar energia elétrica e água, além do chuveiro, é deixar acumular roupa suja e utilizar a máquina de lavar uma única vez, com a quantidade máxima de peças indicada pelo fabricante.  “Aqui vale ficar atento à dose certa de sabão especificada no manual, para evitar repetir operações de enxágue. Mantenha ainda o filtro sempre limpo”, disse o colaborador do Senai de Campo Grande.

 

4 – Lâmpadas

 

Que tal aproveitar a luz do sol, abrindo bem as janelas e cortinas?  Além de ajudar a economizar energia, é uma forma de aproveitar para ajudar nos índices de vitamina D. Outra dica interessante é substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas compactas ou de LED. “Essa troca permite uma economia de até 75% do consumo da lâmpada”, apontou Paulo César Marcolino.

 

Ele também reforça a atenção sobre luzes acesas em ambientes desocupados. “Se for possível, vale fazer a instalação dos circuitos de interruptores para permitir o desligamento parcial de lâmpadas em desuso ou desnecessárias. Também é orientado utilizar sensores de presença que acendem automaticamente as lâmpadas somente quando houver circulação de pessoas”, completou.

 

 

5 – Ar condicionado

 

No verão, o aparelho de ar-condicionado chega a representar um terço do consumo de energia da casa. Como em Mato Grosso do Sul, mesmo no outono e no inverno são comuns dias com temperaturas bastante altas, a média pode ser praticamente a mesma. Por isso, uma dica importante na hora de utilizar o aparelho é evitar o frio excessivo, regulando o termostato, e sempre desligar quando o ambiente estiver desocupado.

 

“Mantenha janelas e portas fechadas quando o aparelho estiver funcionando e evite o calor do sol no ambiente, fechando cortinas e persianas. Também é fundamental manter limpos os filtros do aparelho, para não prejudicar a circulação do ar e a propagação de vírus. Dê preferência a equipamentos na tecnologia Inverter com selo Procel, que tendem a economizar 30% de energia em relação aos convencionais”, finalizou o instrutor do Senai.

 

Pandemia praticamente paralisa produção de automóveis no mês de abril; segundo Anfavea, retração foi de 99,4%

A produção de veículos no Brasil ficou praticamente paralisada em abril deste ano devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo balanço divulgado hoje (8) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram produzidos no mês passado 1,8 mil veículos no país, uma retração de 99,4% em comparação às 267,6 mil unidades fabricadas em abril de 2019.

 

“É o pior resultado da história da indústria desde 1957”, enfatizou o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes. De acordo com a associação, 55 fábricas ainda estão paradas no país neste início do mês de maio, com 95 mil funcionários sem trabalhar. No início de abril, apenas duas das 65 fábricas espalhadas pelo país estavam em operação.

 

No acumulado do ano, a produção caiu 39,1%, com a montagem de 587,7 mil unidades entre janeiro e abril deste ano, contra 965,4 mil no mesmo período de 2019.

 

Vendas

 

As vendas caíram 76% em abril, com o emplacamento de 55,7 mil unidades, contra 231,9 mil na comparação com o mesmo mês do ano passado. “É a maior queda da história para o mês”, destacou Moraes. No acumulado de janeiro a abril, a redução das vendas é de 26,9% em relação aos primeiros quatro meses de 2019, com a comercialização de 613,8 mil veículos neste ano.

 

O setor de caminhões teve uma queda menor, com a venda de 4 mil unidades, 53,5% menos do que o registrado em abril do ano passado.

 

Retomada

 

O número de pessoas empregadas pelo setor caiu 3,7%, de 130,1 mil em abril do ano passado para 125,3 mil no mesmo mês deste ano.

 

Para o presidente da Anfavea, é complicado prever como será feita a retomada, neste momento em que está acontecendo o endurecimento das medidas de isolamento social em várias cidades do país. “É muito difícil a gente falar de previsão quando a gente tem cidades sendo fechadas”, ressaltou. Moraes destacou, entretanto, que as montadoras apoiam as ações para combater a disseminação do novo coronavírus. “A decisão é puxada pela questão da saúde e nós achamos que é correta, tem que cuidar das pessoas”, destacou.

 

Moraes disse ainda que os fabricantes estão empenhados em garantir as condições de segurança para que as empresas voltem a produzir. “Nós conseguimos criar um protocolo mínimo de retorno às fábricas, que estamos implantando nas nossas fábricas”, disse.

 

Entre as medidas estão estabelecidas normas para a ventilação de ambientes, usos de equipamentos de proteção individual e aumento da quantidade de turnos de trabalho.

 

Fonte: Agência Brasil