Procon Estadual realiza pesquisa de produtos da cesta básica em Campo Grande e encontra 311% de variação

Mais uma vez  ficou demonstrada a conveniência de  se  pesquisar preços a cada oportunidade  de compras de  gêneros alimentícios, notadamente os considerados de primeira necessidade, integrantes da cesta básica. Equipe do setor de pesquisas da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast realizou levantamento dos valores de aquisição desses produtos e, mais uma vez, constatou diferenças sensíveis nos preços praticados.

 

A maior diferença percentual entre os 158 itens pesquisados ficou com a  goiabada  Cascão Predilecta pesando 300g, encontrada por R$ 2,09 no Assai e por R$ 8,59 no Carrefour, ou seja, diferença de 311 %.  Já, a menor diferença está no café Premiado (almofada 500g), produto vendido por R$ 6,49 no Pag Poko e por R$ 6,79 no Assai o que representa  diferença de  4,6%.

 

Entretanto, deve se levar em consideração produtos com maior procura, por serem considerados de primeira necessidade, como é o caso do macarrão espagueti Renata com 500 g. Este produto é  comercializado no Carrefour por R$ 2,99 enquanto no Comper o preço é R$ 8,49 com diferença percentual de  183,95.

 

Comparativo

 

Esse tipo de pesquisa é realizado quadrimestralmente. Assim,  o Procon Estadual estabelece termos comparativos entre os dois levantamentos mais recentes. Nesse caso, foram considerados 114 itens, dos quais 78 obtiveram aumento enquanto os  36 restantes  apresentaram preços menores. Conforme demonstra a planilha, a  maior diferença para mais ficou com o extrato de tomate  “Quero” que em janeiro custava  R$ 1,56 passando a  R$ 2,75, ou seja,  43,27% a mais.

 

Em se falando de redução de preços, destaque para macarrão espagueti Petybon com 500g que anteriormente custava R$ 3,87 e  agora R$ 3,21. Decréscimo de  20,56 por cento. Em se tratando da pesquisa de preços, o período de realização  foi de 13 de maio a 20 de maio em 19 estabelecimentos, abrangendo 158 produtos com divulgação de 131 deles. Os restantes não foram encontrados em, pelo menos, três estabelecimentos. Já o comparativo ocorre levando em consideração a manutenção da mesma apresentação, ou seja, tamanho, composição, peso e medida, de um quadrimestre para outro.

 

Na sequência, planilhas  da pesquisa e comparativo:

Pesquisa Cesta Básica – maio 2020

Comparativo Cesta Básica – janeiro/maio 2020

País abriu 846,9 mil empresas no 1º trimestre; nova ferramenta permite acompanhar abertura e fechamento de empresas

O país vinha abrindo mais empresas antes da pandemia do novo coronavírus, revela levantamento divulgado pelo Ministério da Economia. De janeiro a março, 846.957 empresas foram abertas em todo o Brasil. Isso representa 14% a mais em relação ao último trimestre de 2019 e 8,6% a mais que o total de empresas abertas no primeiro trimestre do ano passado.

 

As atividades de maior crescimento foram, na ordem: cabeleireiros, manicure e pedicure (com 45.397 empresas abertas); comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (42.864 empresas abertas); promoção de vendas (36.120 empresas abertas); obras de alvenaria (29.929 empresas abertas); e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar (23.383 empresas abertas).

 

No primeiro trimestre foram fechadas 292.378 empresas, o que significa saldo líquido (abertura menos fechamentos) de 554.579 novos negócios no país de janeiro a março. O Brasil encerrou o período com 18.296.851 empresas ativas.

 

 

O tempo médio para a abertura de uma empresa no país no primeiro trimestre de 2020 ficou em 3 dias e 16 horas. Nos mesmos meses do ano passado, a média nacional estava em 5 dias e 9 horas.

 

Ferramenta

 

Os números foram obtidos por meio da ferramenta Mapa de Empresas <https://www.gov.br/governodigital/pt-br/mapa-de-empresas>, lançada pelo Ministério da Economia para monitorar o empreendedorismo no país, com informações sobre a abertura e o fechamento de empresas, a localização dos negócios, o ramo de atividade, o tempo médio de abertura e a natureza jurídica (empresa individual, sociedade aberta, cooperativa e outros).

 

Segundo a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o site expõe dados úteis para o desenvolvimento de empresas e a modificação dos negócios existentes. Com base nessas informações, o empresário pode fazer análise de mercados, medir a concorrência e rastrear clientes e fornecedores por tipo de atividade econômica.

 

Os dados serão atualizados uma vez por mês. O sistema foi desenvolvido em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

 

Cruzamento de informações

 

O cruzamento de informações foi possível por causa da desburocratização das Juntas Comerciais em todo o país. No fim do ano passado, a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) simplificou a abertura de empresas e de filiais, além de acelerar a transferência, a alteração e a extinção de registros <https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-11/empresas-poderao-abrir-filiais-em-outros-estados-instantaneamente>.

 

Coordenada pelo Ministério da Economia em associação com entidades de empresas e representantes das Juntas Comerciais, a Redesim discutiu, por quase dois anos, medidas para simplificar o processo de abertura e de fechamento de empresas. Com os dados obtidos de forma mais rápida e regionalizada, as informações podem ser cruzadas.

 

Segundo o Ministério da Economia, a ferramenta pode ser usada na formulação de políticas públicas por prefeituras e governos estaduais. Isso porque o Mapa de Empesas permite verificar qual tipo de atividade está crescendo ou decaindo, em quais estados e municípios, e permite analisar o tempo médio para iniciar novos negócios em determinada localidade, buscando acelerar o processo nas áreas em que a demora é maior.

 

O tempo médio de abertura do negócio leva em conta o cumprimento da etapa da viabilidade – em que município e Junta Comercial confirmam a possibilidade de a empresa estabelecer-se no endereço indicado e usar o nome escolhido – e da etapa do registro – em que a Junta Comercial arquiva os documentos da empresa e fornece número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

 

Fonte: Agência Brasil