Parceria entre MS e PE no estudo do traçado da Ferroeste economiza R$ 700 milhões

Resultado da parceria entre os governos de Mato Grosso do Sul e Paraná, o estudo preliminar sobre o novo traçado para construção da Nova Ferroeste garante uma economia de R$ 700 milhões, já que se reduziu a previsão da malha (ferroviária) de 1.370 km para 1.285 km. Assim torna o projeto mais viável e moderno para concessão e investimentos da iniciativa privada.

 

A nova Ferroeste vai ligar a cidade de Maracaju até o Porto de Paranaguá, sendo um projeto que pretende revolucionar o setor de transportes e logística de Mato Grosso do Sul, reduzindo em até 32% os custos do transporte na produção do Estado, com a utilização da nova malha ferroviária.

 

O projeto está sendo construído pelos dois governos e deve ser concluído até novembro deste ano, para que depois haja a concessão à iniciativa privada. A expectativa é levar a proposta em leilão na B3, e assim escolher a empresa que vai assumir a construção e administração da ferrovia.

 

“Trata-se de um projeto que vai revolucionar o Centro-Oeste, Paraná, Paraguai, Bolívia, e toda nossa região, nos dando mais competitividade, reduzindo custos e melhorando as condições de transporte. A nova ferrovia vai fortalecer a economia dos dois estados e fazer uma revolução na logística”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

 

Novo traçado

 

O estudo que definiu o novo traçado para Ferroeste prevê um percurso de 1.285 km de malha ferroviária, tendo uma abrangência em 49 municípios dos dois estados (Mato Grosso do Sul e Paraná). Comparado a proposta anterior, ele vai passar por apenas uma comunidade quilombola ao invés de três, assim reduzir (travessia) de sete para cinco (comunidades) indígenas. A economia prevista é de R$ 700 milhões.

 

“Isto facilita e dá agilidade ao desenvolvimento dos trabalhos, com foco no desenvolvimento sustentável, sempre em harmonia com a questão socioambiental. Com a nova Ferroeste a participação do modal no Porto de Paranaguá vai subir de 20% para 61%, praticamente uma inversão da matriz logística”, explicou o coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes.

 

O traçado vai passar por cidades importantes de Mato Grosso do Sul como Maracaju, Amambaí, Dourados, Caarapó, Mundo Novo e municípios do Paraná, entre eles Guaíra, Cascavel, Guarapuava e Balsa Nova. O projeto em conjunto entre os dois estados vai ganhar destaque e viabilidade em nível nacional.

 

Fagundes destacou que Mato Grosso do Sul vai ser um dos grandes beneficiados com o novo traçado e projeto, já que por estar mais distante do Porto de Paranaguá, a redução de custo logístico ao Estado chegará a 32%, enquanto que Paraná 23%. “Assim o empresário vai investir mais, gerar mais empregos e o ambiente de negócio ficará mais favorável”.

 

Para o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, a nova ferrovia vai gerar empregos e aumentar a atividade produtiva do Estado. “Vai trazer redução de custo para toda região, sendo um eixo logístico importante para o Estado, que vai movimentar a economia local e o setor produtivo”.

 

O traçado terá influência direta em 425 municípios nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A expectativa é que os estudos de viabilidade fiquem prontos em setembro e sobre o impacto ambiental já em novembro.

 

“A empresa que assumir (projeto) vai operar a malha de Guarapuava até Cascavel e construir a malha de Cascavel até Maracaju. Todo investimento será privado”, destacou o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck.

Menos de um terço dos contribuintes enviou declaração do Imposto de Renda

A menos de um mês para o fim do prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, pouco menos de um terço dos contribuintes acertou as contas com o Leão. Nas cinco primeiras semanas de envio, 10.580.505 contribuintes entregaram o documento. Isso equivale a 32,4% do previsto para este ano.

 

O balanço foi divulgado no início desta tarde pela Receita Federal, com dados apurados até as 11h de ontem (5).

 

O prazo de entrega começou em 1º de março e irá até as 23h50min59s de 30 de abril. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que propõe adiar a data limite para 31 de julho, por causa do agravamento da pandemia de covid-19. O texto, no entanto, ainda precisa ser votado pelo Senado.

 

Neste ano, o Fisco espera receber entre até 32.619.749 declarações. No ano passado, foram enviadas 31.980.146 declarações.

 

O programa para computador está disponível na página da Receita Federal na internet. Quem perder o prazo de envio terá de pagar multa de R$ 165,74 ou 1% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

 

A entrega é obrigatória para quem recebeu acima de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis em 2020. Isso equivale a um salário acima de R$ 1.903,98, incluído o décimo terceiro.

 

Também deverá entregar a declaração quem tenha recebido rendimentos isentos acima de R$ 40 mil em 2020, quem tenha obtido ganho de capital na venda de bens ou realizou operações de qualquer tipo na Bolsa de Valores, quem tenha patrimônio acima de R$ 300 mil até 31 de dezembro do ano passado e quem optou pela isenção de imposto de venda de um imóvel residencial para a compra de um outro imóvel em até 180 dias.

 

Restituição

 

Pelas estimativas da Receita Federal, 60% das declarações terão restituição de imposto, 21% não terão imposto a pagar nem a restituir e 19% terão imposto a pagar.

 

Assim como no ano passado, serão pagos cinco lotes de restituição. Os reembolsos serão distribuídos nas seguintes datas: 31 de maio (primeiro lote), 30 de junho (segundo lote), 30 de julho (terceiro lote), 31 de agosto (quarto lote) e 30 de setembro (quinto lote).

 

Novidades

 

As regras para a entrega da declaração do Imposto de Renda foram divulgadas na semana passada pela Receita. Entre as principais novidades, está a obrigatoriedade de declarar o auxílio emergencial de quem recebeu mais de R$ 22.847,76 em outros rendimentos tributáveis e a criação de três campos na ficha “Bens e direitos” para o contribuinte informar criptomoedas e outros ativos eletrônicos.

 

O prazo para as empresas, os bancos e as demais instituições financeiras e os planos de saúde fornecerem os comprovantes de rendimentos acabou em 26 de fevereiro. O contribuinte também deve juntar recibos, no caso de aluguéis, de pensões, de prestações de serviços, e notas fiscais, usadas para comprovar deduções.

 

Fonte: Agência Brasil

LG informa que deixará de produzir smartphones; decisão foi da sede da empresa

A LG Eletronics informou nesta segunda-feira (5) que deixará de fabricar celulares. A decisão do fechamento da divisão global de produção de smartphones foi tomada pela sede da empresa, na Coreia do Sul.

 

“Desde o segundo semestre de 2015, o nosso negócio global de celulares tem sofrido uma perda operacional por 23 trimestres consecutivos, resultando em um acumulado de aproximadamente 4,1 bilhões de dólares (US) até o final de 2020”, destacou a LG em comunicado à imprensa.

 

“Depois de avaliar todas as possibilidades para o futuro do nosso negócio de celulares, o Headquarter Global [sede global da empresa] decidiu por fechar esta divisão a fim de fortalecer sua competitividade futura por meio de seleção e foco estratégico”, acrescentou a gigante de tecnologia.

 

Brasil

 

A LG é uma das maiores empresas de eletrônicos no Brasil. Presente no país há mais de 15 anos, a empresa conta com três subsidiárias próprias: um escritório em São Paulo e duas unidades produtivas, em Manaus e outra em Taubaté (SP). Procurada pela reportagem, a empresa não informou os impactos que o fim da produção global de smartphones terá nas fábricas no Brasil.

 

“[A LG Electronics do Brasil] irá se concentrar fortemente em seus negócios de modo a continuar a fornecer produtos e serviços inovadores que tornarão a vida melhor”, diz nota da empresa.

 

Greve

 

Os funcionários da LG em Taubaté estão em estado de greve desde o último dia 26. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, a planta da empresa, no interior paulista, tem cerca mil empregados, sendo 400 no setor de celulares.

 

Os funcionários de três empresas fornecedoras da LG, também no interior paulista, – Sun Tech, em São José dos Campos (SP), Blue Tech e 3C, em Caçapava (SP) – anunciaram hoje (5) que vão entrar em greve para pressionar a empresa sul-coreana a preservar os empregos no Brasil. As três fábricas produzem exclusivamente celulares para a LG.

 

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), o fim da produção de celulares da LG deverá levar ao fechamento de 430 postos de trabalho nas fornecedoras.

 

Procon SP

 

Na tarde de hoje (5), a Fundação Procon de São Paulo notificou a LG do Brasil para esclarecer o encerramento das operações de fabricação de celulares. Entre outras informações, a empresa terá de fornecer: a relação completa de todos os modelos de smartphones disponibilizados no mercado de consumo brasileiro nos últimos três anos com os correspondentes manuais de usuário e a relação de assistências técnicas autorizadas.

 

O Procon também demandou informações sobre o período estimado de vida útil dos aparelhos; um plano de atendimento aos consumidores, com indicação de tempo de vigência; e a comprovação de funcionamento de canais de atendimento aos consumidores, para recebimento e tratamento de demandas após o encerramento de suas atividades.

 

A empresa terá até o dia 9 de abril para responder aos questionamentos.

 

Fonte: Agência Brasil