Oficina de produtos lácteos marca 1º Workshop Leite e Derivados do IST Alimentos e Bebidas em Dourados

Com uma estrutura voltada para atender a cadeia de lácteos, o IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), em Dourados (MS), promoveu,ontem (09/08), como parte da programação do 1º Workshop Leite e Derivados, uma oficina para que os participantes entendessem o processo de produção de alguns produtos. Ministrada pela engenheira de alimentos Maria Carolina Silva Rêgo, a atividade serviu para apresentar a produção de ricota fresca e condimentada, leite saborizado, doce de leite pastoso e muçarela em barra, trança e nozinho.

 

Segundo a médica veterinária do IST Alimentos e Bebidas, Stella Fernanda de Aquino Oliveira, o Senai modernizou seus laboratórios, tanto a parte de metrologia, que são as análises físico-químicas e microbiológicas, como equipamentos para desenvolvimento disso dentro do CPA (Centro de Processamento de Alimentos), que é uma estrutura que simula a indústria em uma escala piloto, com o objetivo de atender cada vez melhor a indústria sul-mato-grossense.

 

“Nosso diferencial é o olhar no mercado, sempre buscando observar as tendências do segmento de lácteos e por isso incluímos na programação do workshop uma oficina com produtos que ainda não vemos aqui na região e até mesmo produtos inovadores, como o leite saborizado, que tem uma fórmula desenvolvida pelo IST Alimentos e Bebidas e ainda não existe no mercado. Temos alguns guias e ficamos atentos ao que o mundo está fazendo, ao que o Brasil está fazendo, sempre pensando como o Senai pode ajudar”, afirmou Stella Fernanda Oliveira.

 

Ela acrescentou que ainda que as indústrias precisam sempre buscar investir em inovação, tanto em processos como em produtos. “Lembrando que grandes indústrias costumam ter centro de pesquisa dentro da planta, com equipe para fazer isso, mas o pequeno e o médio empresário muitas vezes não consegue custear um profissional para pesquisa e é esse público que queremos abraçar, sem deixar os grandes de fora, para fomentar essa cadeia”, destacou.

 

Oficina

 

A engenheira Maria Carolina Silva Rêgo, que também é responsável pelo controle de produtos da Seara, explicou que o intuito da oficina é atrelar o processo produtivo e as variáveis desse processo produtivo à forma como interferem na questão da qualidade e nos padrões sensoriais. “Essa é uma oportunidade de os empresários aqui da região sanarem suas dúvidas e adaptarem seu processo produtivo e melhorar naquilo que eles precisam melhorar”, comentou.

 

Para iniciar a produção, foi escolhido o preparo do doce de leite, que é rápido, apesar de complexo. “Escolhemos trabalhar aqui os processos mais rápidos da indústria, que é mesmo sempre muito dinâmica. Além disso, são vários produtos, mas estão sendo produzidos em escala laboratorial, ou seja, numa quantidade menor, dentro das condições que a estrutura do Senai já oferece, só para que os participantes entendam o processo”, completou Maria Carolina Rêgo.

 

Para o técnico agrícola Laércio de Souza Silva, da empresa Simbiose, participar da oficina é importante para entender o processo produtivo e garantir qualidade do produto. “Minha atuação é com os produtores de leite, da porteira para dentro da fazenda, mas acho interessante participar desse evento do Senai para entender como funciona a produção e passar as orientações para os produtores. Além disso, hoje o foco do laticínio é o leite de saquinho, conhecido como barriga mole, mas mais para frente pode querer incrementar a produção e eu já saio na frente”, disse.

 

Na avaliação da médica veterinária do Laticínio Buriti, Aline Nogueira, a programação do Workshop Leite e Derivados está muito rica para quem atua no segmento. “Trabalho com controle de qualidade e inspeção e vim especificamente para conhecer as novas tecnologias e novos processos. Acho que a organização está de parabéns, porque no primeiro dia tivemos palestras muito com temas muito importantes e agora estamos tendo a oportunidade de ver a produção e entender os processos em escala laboratorial, para vermos o que podemos adequar no laticínio”, comentou.

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