Termoelétrica em Sonora recebe licença de operação para energia a partir da biomassa

A Usina Sonora recebeu da Semagro (Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) a Licença de Operação para início das atividades de sua termoelétrica. A UTE Sonora está instalada no rio Correntes, no município de Sonora, e tem capacidade para gerar até 70 mil megawatts por ano.

 

A licença emitida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) certifica o cumprimento da legislação ambiental vigente para a cogeração de energia elétrica a partir da biomassa feita do bagaço da cana-de-açúcar. Mais um exemplo de produção de geração de energia renovável no Estado.

 

Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que a Usina Sonora é pioneira no Estado na produção de açúcar e álcool e investiu na cogeração para produzir energia limpa e renovável. Mato Grosso do Sul tem apresentado crescimento expressivo na produção de bioeletrecidade a partir do setor sucroenergético. Em 2015 a produção de energia a partir das usinas era de 1. 800 GWh, 40% a menos que o total atual.

 

“O setor tem investido em tecnologia para aproveitar os resíduos que antes eram problema e passam a ser matéria prima de combustível, com eficiência energética, ou seja produzindo mais com menos. Além disso, é uma estratégia do Governo estimular a produção de energia renovável, isso diversificou a produção e posicionou o Estado como exportador de energia de biomassa. Hoje referência no país”, destaca o secretário.

 

De acordo com a Biosul, todas as unidades que operam Mato Grosso do Sul cogeram bioeletricidade, sendo que 12 exportam o excedente. Somente em 2019 foram exportados 2.541 GWh para o Sistema Interligado Nacional (SIN). O volume atenderia o consumo residencial de Mato Grosso do Sul durante o ano de 2017, que foi de 1.792 GWh.

 

Proprietário da Usina Sonora, Francisco Giobbi explica que antes da termoelétrica o bagaço da cana-de-açúcar era utilizado apenas para gerar a energia utilizada pela indústria, sem gerar excedente. “Investimos em equipamentos modernos e eficientes e agora vamos exportar 10 megawatts por dia, o suficiente para abastecer uma cidade de 40 mil habitantes”.

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