Confederação Nacional da Indústria mantém previsão de que Produto Interno Bruto crescerá 0,9% neste ano de 2019

Diante do cenário de recuperação gradual da econômica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a previsão de crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Também foi mantida a estimativa de expansão de 0,4% do PIB industrial em 2019, segundo o Informe Conjuntural do terceiro trimestre, divulgado hoje (11) pela CNI.

 

Segundo a entidade, o fraco desempenho da atividade econômica e industrial é explicado por dois fatores: “o sentimento crescente de que o processo de aprovação das reformas indispensáveis ao crescimento da economia será mais demorado e complexo do que inicialmente percebido e os poucos avanços na agenda de redução do Custo Brasil”.

 

O consumo das famílias, com um crescimento estimado de 1,5%, será novamente o principal motor da expansão do PIB em 2019. Na comparação com anos anteriores, a taxa de 1,5% é inferior ao registrado em 2018 (1,9%) e levemente superior ao registrado em 2017 (1,4%).

 

O Informe Conjuntural indica um descolamento entre o ritmo de crescimento do consumo e da produção industrial. “As vendas no comércio varejista têm crescido, mas este movimento não tem sido transmitindo para a indústria, que segue quase estagnada principalmente por conta da falta de competitividade”, disse o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

 

O investimento passou por uma leve revisão, indo de 2,1% no informe do segundo trimestre para 2,5% no terceiro, como resultado da melhora gradual da economia. O documento revisou também a taxa média de desemprego, que deve ficar em 11,9% em 2019, um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao verificado em 2018 (12,3%).

 

Taxa básica de juros

 

A previsão da CNI é que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2019 em 5% ao ano. Atualmente, a taxa está em 5,5%. A expectativa da CNI é que haja reduções nas reuniões de outubro e dezembro deste ano.

 

Dívida pública

 

O déficit nominal deve recuar de 7,14% do PIB, em 2018, para 6,43%, em 2019. A redução é explicada pela manutenção do patamar de déficit primário e a redução de 0,7 ponto percentual do PIB nas despesas com juros nominais. O déficit nominal, no entanto, continua a ser superior ao necessário para estabilizar a relação Dívida Bruta/PIB, que deve passar de 77,2%, em 2018, para 78,4%, em 2019.

 

Dólar

 

Para o dólar, a previsão é que valerá R$ 4,02 no fim deste ano. Segundo a CNI, a elevação em relação ao Informe Conjuntural do segundo trimestre (R$ 3,75) é justificada pelo crescente impacto de fatores conjunturais, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a crise na Argentina. A presença de mudanças estruturais, pelo menos no médio prazo, da política monetária doméstica também afeta a desvalorização do real frente ao dólar, diz a confederação.

 

Balança comercial

 

A CNI projeta o saldo comercial de US$ 49,2 bilhões, com as exportações registrando US$ 228,4 bilhões e as importações US$ 179,2 bilhões. Se confirmar a projeção, o superávit será 16,12% menor que o registrado em 2018 – R$ 58,659 bilhões.

 

 

Fonte: Agência Brasil00

Em 10 anos, PIB Industrial de Mato Grosso do Sul tem crescimento de 254,3%, segundo Radar da Fiems

Nesta sexta-feira (11/10), Mato Grosso do Sul completa 42 anos de criação e, nessas pouco mais de quatro décadas, o setor industrial sul-mato-grossense acompanhou a pujança do Estado e apresentou um crescimento vertiginoso, sobressaindo onde antes quem se destacava como principal matriz econômica estadual era o setor agropecuário. De acordo com levantamento do Radar Industrial de Fiems, na última década, o PIB Industrial (Produto Interno Bruto da Indústria) de Mato Grosso do Sul apresentou um extraordinário aumento de 254,3%, saltando de R$ 6,21 bilhões em 2009 para R$ 22 bilhões em 2019.

 

Na prática, a considerável alta pode ser creditada, em parte, à política de incentivos fiscais adotada pelo Governo do Estado, que acabou por motivar uma explosão de investimentos por empresas do setor industrial. Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, os dados só demonstram que Mato Grosso do Sul vem se destacando na consolidação da indústria. “A industrialização do Estado está sendo muito bem construída, a diversidade da matriz industrial está muito bem distribuída nos municípios e, dessa forma, passamos do tempo do desenvolvimento da indústria sucroenergética, inclusive na evolução desse segmento, na contratação, na produção e até mesmo no número de empresas na exportação, e fomos para o segmento da indústria frigorífica, tanto de bovinos e suínos, quanto de frangos e peixes, como a tilápia”, exemplificou.

 

Para o empresário, os 10 anos foram muito importantes para a consolidação da atividade industrial. “Entendo que os números estão aí e, na comemoração dos 42 anos de Mato Grosso do Sul, é importante destacar o trabalho do Sistema Fiems para um setor de extrema importância para o desenvolvimento do Estado. Quando se fala em mudança na geração de empregos e mudança na geração da base da economia, a indústria veio para ficar e ela está se consolidando ano a ano, quer na geração de empregos, quer no aumento de empresas, quer no PIB, porque 254% em 10 anos é um número muito significativo, praticamente um índice de crescimento de países asiáticos. Mato Grosso do Sul é isso e é nessa linha o nosso trabalho”, afirmou.

 

Sérgio Longen entende que, desde o momento em que chega a Mato Grosso do Sul, a indústria busca informação de oportunidades, de que forma é possível exportar e para onde vender seu produto. “Normalmente, trabalhamos com o Governo do Estado, quanto a incentivos fiscais, com o Banco do Brasil, com o FCO que é uma grande ferramenta que temos e que tem nos ajudado muito na captação de empresas para investimentos em Mato Grosso do Sul, e também nas prefeituras, com incentivos regionais, muitas vezes com imóveis, aterros, ISS da obra. Isso tem feito a diferença em Mato Grosso do Sul, então a Fiems fez sua parte, além da qualificação profissional para todos os segmentos. Quando você puxa os dados dos trabalhadores da indústria aqui do Estado, é muito difícil não ver a maioria deles com qualificação do Sesi ou do Senai”, pontuou.

 

Características competitivas

 

Já o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, classifica o aumento como extraordinário para qualquer padrão de crescimento industrial no mundo. “Mostra que Mato Grosso do Sul tem características competitivas bastante fortes para atração de indústrias. Os fatos que explicam, sejam fatores internos e externos que propiciam essa capacidade: é fundamental a política de incentivos fiscais para o Estado”, reforçou.

 

Ele completa que o Governo do Estado tem um posicionamento justamente sobre as limitações que Mato Grosso do Sul tinha inicialmente sobre a mão de obra e a logística, que não seria compensada sem o incentivo fiscal. “Gosto de chamar ‘competitividade fiscal’ e, se não tivéssemos essa política consistente, atrelada à segurança jurídica, muitas dessas indústrias não viriam ao Estado, ou fechariam as portas, e o que a gente observa no PIB é justamente o contrário, vemos uma maturidade de crescimento e do processo industrial”, analisou.

 

Jaime Verruck acrescenta que outro fator importante é que no Estado o empresário encontra um ambiente de confiança, extremamente favorável para os negócios, que é demonstrado pelo indicador que coloca Mato Grosso do Sul como 5º Estado mais competitivo do Brasil, com um atendimento desburocratizado e eficaz em razão de uma sólida parceria entre o Governo do Estado e a Fiems para a qualificação da mão da obra por meio do Senai. “O esforço que foi feito para criar uma rede de qualificação da mão de obra no Estado foi substancial, com um papel determinante da Fiems na capacitação dos instrutores”, destacou.

 

O secretário ressalta que os desafios continuam. “Buscamos hoje uma indústria totalmente tecnológica, 4.0, diversificada, que busca atrair novos segmentos e ciar mercados e que, além do incentivo fiscal, aprimore também a infraestrutura logística, com investimentos nas ferrovias, hidrovias e melhorias das rodovias, lembrando que internamente temos um mercado pequeno, mas somos grandes exportadores, tornando a logística fundamental para que possamos competir no mercado nacional e internacional”, finalizou.

 

 

Os números

 

O economista Ezequiel Resende, que é o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, explica que a política de incentivos fiscais provocou um forte ciclo de investimentos em Mato Grosso do Sul, principalmente, de 2007 a 2014. “Nesse período, foram investidos mais de R$ 40 bilhões na instalação e ampliação de fábricas de celulose e papel, indústrias sucroenergéticas, frigoríficos, pequenas centrais hidrelétricas, além da execução de obras pavimentação e habitação”, enumerou.

 

Ele reforça que também foi fundamental a atuação do Sistema Fiems na formação e capacitação profissional para atender a demanda por trabalhadores surgida com esses principais investimentos estruturantes. “As novas plantas de celulose, de processamento de grãos e oleaginosas e frigoríficas, bem como a retomada da construção civil, resultaram em um aumento de 45% no número de estabelecimentos industriais na última década, saindo de 4.226 em 2009 para 6.110 neste ano”, informou.

 

Ezequiel Resende informa ainda que o crescimento do PIB Industrial refletiu também no aumento da geração de empregos formais diretos pelo setor em Mato Grosso do Sul no período de 2009 a 2019. “De 2009 a 2019 foram criados quase 20 mil novos empregos, pois, saímos de 103.302 trabalhadores com carteira assinada para 122.200 no período de 10 anos, representando um salto de 18%”, pontuou.

 

Nessa mesma linha, as exportações de produtos industrializados no período de 10 anos apresentaram um crescimento de 158,4% alavancadas principalmente pela entrada em operação das novas plantas de celulose no município de Três Lagoas (MS). “Enquanto em 2009 o setor industrial foi responsável por uma receita de US$ 1,49 bilhão, neste ano devemos alcançar o montante de US$ 3,85 bilhões. Mais uma vez esse aumento poderá ser creditado às vendas de celulose para o mercado asiático”, ressaltou.

 

Safra de grãos deve crescer 6,3% e fechar com recorde de 240,7 milhões de ton em 2019, mostram dados do IBGE

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2019 em 240,7 milhões de toneladas, ou seja, 6,3% acima da produção do ano passado. De acordo com a previsão de setembro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra deve ser 0,4% maior do que a estimada na pesquisa de agosto.

 

Entre os produtos que devem puxar essa alta está o milho, uma das três principais lavouras de grãos do país, cuja produção deve crescer 23,1% de 2018 para 2019.

 

Outros grãos que deverão ter alta neste ano são o algodão herbáceo (39%), o feijão (2,9%), o sorgo (14,6%) e o trigo (3,1%). Por outro lado, duas das principais lavouras devem fechar o ano em queda: soja (-4,3%) e arroz (-12%).s foi estimada em 63,1 milhões de hectares, ou seja, 3,5% a mais do que em 2018.

Outros produtos

 

Além dos grãos, o IBGE estima a produção de outras lavouras importantes, como a cana-de-açúcar, principal produto agrícola do país, que deve fechar o ano com queda de 1,2%, e o café, que deverá ter queda de 16%. Também devem ter quedas o tomate (-2%), a batata-inglesa (-0,3%) e a uva (-11%).

 

Por outro lado, devem ter alta na safra deste ano a banana (5,1%), a laranja (6,3%) e a mandioca (3,5%).

 

Fonte: Agência Brasil

Ministério credencia laboratório de análise de sementes do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas

Depois de auditoria realizada entre os dias 18 e 19 de setembro deste ano, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) credenciou o laboratório de análise de sementes do IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS). O credenciamento foi comunicado na última quinta-feira (03/10) e, a partir de agora, a região que engloba os municípios de Maracaju e Dourados ganha mais um espaço para melhorar a competitividade da agroindústria de Mato Grosso do Sul.

 

Com esse reconhecimento, o laboratório de análise de sementes do IST Alimentos e Bebidas passa a fazer parte do Registro Nacional de Sementes e Mudas habilitado a exercer a atividade de análise em sementes de soja e milho. Conforme o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o credenciamento reforça a credibilidade da instituição, representa uma expansão de mercado e irá trazer grandes ganhos para a sociedade.

 

“A equipe toda que se envolveu no desenvolvimento desse laboratório está de parabéns, pois fazer um projeto, montagem, execução e auditoria do Mapa em um ano é praticamente um prazo recorde, motivo de muito orgulho para todos nós e com certeza irá beneficiar a agroindústria da região”, afirmou Rodolpho Mangialardo, acrescentando que a ideia de construir o laboratório vem ao encontro de uma demanda da agroindústria da região, que já tinha manifestado uma preocupação com a qualidade das sementes vindas, na grande maioria, da Região Sul do Brasil.

 

“Começamos a estudar e identificamos que há uma série de características que precisam ser confiáveis para que a produtividade do plantio seja garantida. Por isso, decidimos construir um laboratório para ajudar a agroindústria, podendo também prestar serviço à cadeia de produção de grãos de todo o Estado”, explicou o diretor-regional do Senai.

 

Poderão contratar os serviços do laboratório de sementes empresas produtoras de sementes, cooperativas revendedoras, produtores de grãos que queiram atestar o vigor e qualidade do material genético adquirido para controle de qualidade de sua lavoura, empresas de produtos agroquímicos e obtentores de cultivares e pesquisadores. Para atender essa demanda, o laboratório está estruturado com equipamentos de alta tecnologia e performance para que o melhor resultado seja atingido e conta com equipe qualificada e treinada para executar os ensaios.

 

Segundo a coordenadora do LabSenai Alimentos e Bebidas, Daniela Menegat, incialmente, estão sendo realizados serviços de análises laboratoriais em sementes de milho e soja, como determinação de pureza e verificação de outras cultivares, determinação de outras sementes por número, determinação do grau de umidade, teste de germinação, teste de vigor envelhecimento acelerado, teste de peroxidase e uniformidade, além de peso de mil sementes.  As análises são realizadas de acordo com metodologias oficiais descritas nas Regras de Análise de Sementes, publicadas pelo Mapa.

 

“Sementes puras apresentam alta qualidade física e genética. A pureza física implica na ausência de impurezas tais como: palhas, folhas, sementes de plantas daninhas, sementes de outras culturas, etc. A pureza genética implica que o lote de sementes contenha apenas sementes com características conhecidas da variedade ou cultivar em análise”, detalhou o responsável técnico do laboratório de análise de sementes, Edilson Cardoso de Oliveira Junior.

 

Ela acrescentou que o primeiro passo em direção ao máximo rendimento das culturas é obtido por meio de uma população recomendável de plantas, que requer que sementes de alta qualidade sejam semeadas. “O sucesso de uma lavoura depende de diversos fatores, mas, sem dúvida, o mais importante deles é a utilização de sementes de elevada qualidade, que gere plantas de elevado vigor e desempenho superior de campo. O uso de sementes de elevada qualidade permite o acesso aos avanços genéticos, com as garantias de qualidade e tecnologias de adaptação nas diversas regiões produtoras”, concluiu.

Estado do Rio de Janeiro pode perder R$ 56 bilhões, se Supremo Tribunal Federal decidir pela partilha dos royalties

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vai enviar até o final deste mês um relatório a representantes dos governos do estado e da União com informações sobre as consequências negativas para o estado, caso haja a distribuição de royalties e participações especiais do petróleo por municípios e estados de todo o país. A informação foi divulgada ontem (7), durante audiência pública das comissões de Economia, Indústria e Comércio e de Minas e Energia da Casa.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar no dia 20 de novembro a ação que determinará a constitucionalidade da Lei 12.734/12 (Lei de Partilha). Caso a Corte ratifique as alterações na distribuição dos recursos previstas pela norma, o Rio de Janeiro poderá perder R$ 56 bilhões até 2023. A lei, aprovada em 2012 pelo Congresso Nacional, foi suspensa no ano seguinte pela ministra Cármen Lúcia, do STF, que concedeu liminar a uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) apresentada pelo governo do Rio.

 

De acordo com Rubens Freitas, representante da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o percentual dos royalties cairia de 26,25% para 4% nos municípios produtores e, nos de participações especiais, de 10% para 4%. Maricá, na região metropolitana do Rio, registraria queda de 69% nas receitas. “Quem vai ganhar com isso é o Fundo Especial de Royalties do Petróleo e a riqueza será distribuída a todos os estados e municípios”, afirmou.

 

Para o presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Alerj, Renan Ferreirinha (PSB), os royalties são compensações dos estados produtores. “Precisamos de um embasamento técnico para que esse absurdo não prospere. A Alerj fará seu parecer técnico sobre essa possível perda, que é alarmante, perigosa, e vamos apresentá-lo em Brasília e também junto à Secretaria de Fazenda para que o governo do estado do Rio seja mais ativo nessa questão. O documento consiste em um resumo do que foi nossa audiência pública nesta segunda-feira”, disse o deputado.

 

Max Lemos (MDB), que preside a Comissão de Minas e Energia da Alerj, disse que a situação financeira do estado só tende a piorar, caso haja distribuição dos royalties a todos os estados e municípios. “Não podemos ficar nessa passividade. Depois de julgado, fica difícil mudar o quadro. O estado já vive uma situação difícil. imagina perder R$ 56 bilhões em quatro anos.”

 

Welberth Rezende (PPS) ressalta que a divisão dos royalties entre estados e municípios causaria grande impacto em serviços básicos no estado. “Provavelmente o estado do Rio de Janeiro vai quebrar com a redivisão dos royalties do petróleo para todos os estados e municípios, inclusive os não produtores. Serviços básicos seriam interrompidos e seria um ataque às empresas produtoras de petróleo. Vamos criar um cenário muito ruim para investimentos. Um estado que está contando moedas, que está num regime de recuperação fiscal, vai perder ainda de 30% a 40% de sua arrecadação?”, questionou.

 

Fonte: Agência Brasil

*Com informações da Alerj

Mato Grosso do Sul acumula 5,4 mil novas empresas no ano; 604 só em setembro, segundo dados da Junta Comercial

A Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) comemora o saldo de 5.462 novas empresas abertas no ano, melhor resultado desde 2014 (quando o país mergulhou numa longa crise econômica que ainda deixa sequelas em vários setores). Todos os indicadores apontam para uma recuperação sólida da economia sul-mato-grossense: em setembro foram abertas 604 novas empresas, melhor número desde 2015; e em relação a setembro do ano passado (489) o total ficou 23,51% superior.

 

 

Em Campo Grande o número de empresas abertas no mês de setembro foi de 286, sendo o melhor desempenho proporcional do exercício. A Capital respondeu por 47,35% das empresas constituídas no Mato Grosso do Sul no mês passado, índice acima da média que é sempre foi de 42,68%. Outro município que tem apresentado bom desempenho é Dourados (71 novas empresas), superando longe Três Lagoas (34) no número de abertura de empresas. Em seguida vem Ponta Porã (25) e Maracaju (13).

 

O setor de Serviços continua liderando com 378 novas empresas em setembro, seguido do Comércio (205) e em terceiro vem a Indústria (21). Quando analisados os subsetores pela classificação do CNAE (Cadastro Nacional de Atividade Comercial), empresas de transporte rodoviário de cargas lideram com 30 novos registros, em seguida vem restaurantes e similares (20), construção de edifícios (19), comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios; lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares; e serviços de engenharia em terceiro, com 14 registros cada.

 

O presidente da Junta, Augusto Cesar Ferreira de Castro, lembra que em novembro próximo completa-se um ano da implantação da Jucems Digital, que simplificou e trouxe agilidade nos procedimentos de abertura ou alterações cadastrais de empresas. “Por meio da Jucems Digital o empresário pode constituir novas empresas, fazer alterações, extinção e arquivamento de documentos tudo de forma remota, pela Internet, diretamente de seu escritório no interior do Estado”, salienta.

 

Já o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a qual a Jucems é vinculada, o número crescente de abertura de novas empresas reforça a sensação de melhora na economia que já se reflete em outros setores. “Em agosto tivemos a geração de 1.152 novos postos de trabalho no Estado, e a indústria foi o destaque com 582 empregos. De janeiro a agosto já foram 17.145, mais que o dobro do total do ano passado”, ponderou.

 

Aéreas de baixo custo começam a operar voos internacionais no Brasil; Anac autorizou operação de quatro companhias

A mudança na legislação para autorizar até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas com sede no Brasil, despertou o interesse das companhias aéreas de baixo custo, conhecidas como low cost em operar em voos internacionais no país.

 

Por operar com baixo custo e cobrar menos pelo preço das passagens, essas empresas costumam cobrar por serviços como despacho de mala, marcação de assentos. Em geral, elas também não oferecem alimentação nos voos, nem totens com impressoras nos aeroportos para o viajante retirar seu bilhete de viagem.

 

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a operação de quatro delas no país, das quais duas operam voos regulares. A primeira foi a Norwegian. que ocupa a terceira posição entre as aéreas de baixo custo que operam no Continente Europeu. Ela recebeu autorização para operar em agosto de 2018 e, desde maio, voa na rota Londres-Rio de Janeiro.

 A chilena Sky Airline, segunda a ser autorizada a voar no país, faz desde novembro de 2018 voos ligando o Brasil ao Chile, com as rotas Santiago-Guarulhos (SP) e Santiago-Galeão (RJ).

 

A Sky Airline pretende realizar, a partir de novembro, voos na rota Santiago-Florianópolis. A empresa será a primeira low cost a voar para o recém inaugurado aeroporto de Florianópolis. Em dezembro, a aérea deve também operar na rota Santiago-Salvador (BA), como início previsto para o dia 30.

 

Na próxima semana, a argentina FlyBondi inicia voos ligando o país vizinho a São Paulo e Rio de Janeiro, nas rotas El Palomar-Guarulhos (SP) e El Palomar-Galeão (RJ). A aérea promete preços de 30% a 40% mais baixos do que os da concorrência. Em dezembro a empresa vai também ter voos para Florianópolis.

 

A subsidiária chilena da norte-americana JetSmart começa a voar, na rota Santiago-Salvador, a partir de dezembro. Em janeiro de 2020, a empresa começa a operar voos na rota Santiago-Foz do Iguaçu, e a partir de março para a operar na rota Santiago-Guarulhos.

 

Outras empresas

 

A Anac disse à Agência Brasil que está em processo de autorização a licença para a Air Europa fazer voos domésticos no país. Pertencente ao conglomerado turístico espanhol Globalia, a Air Europa já opera no mercado internacional nas rotas Madri-Recife; Madri-Guarulhos e Madri-Salvador.

 

“Além dessas empresas, temos a Air China que reiniciou suas operações regulares em março de 2019, com dois voos semanais na rota Guarulhos-Madri-Pequim, e anunciou intenção de expansão no Brasil, e a Virgin, que inicia operações em março de 2020, com voos diários entre Heathrow (Londres)-Guarulhos e Heathrow-Galeão”, informou a agência.

 

Além da alteração na legislação para permitir 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas, também contribuiu para a entrada das empresas a cobrança pelo despacho de bagagem.

 

A volta da franquia chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados. Mas o trecho foi vetado. No final de setembro, o Congresso Nacional manteve o veto presidencial à franquia de bagagens despachadas no transporte aéreo de passageiros.

 

Desde a entrada em vigor da Resolução nº 400/2016 da Anac, em junho de 2017, as empresas aéreas estão autorizadas a cobrar pelo despacho de bagagens. A norma diz ainda que o passageiro tem direito a transportar como bagagem de mão um volume de até 10 quilos em viagens nacionais e internacionais, com limite de até 55 centímetros (cm) de altura por 40 cm de comprimento.

 

 

Fonte: Agência Brasil

Procurando uma renda extra para o fim do ano? Aprenda a fazer panetone com o Senai de Dourados e Maracaju

Com a chegada do fim do ano, muitas oportunidades de negócio aparecem para arrecadar um dinheiro extra e as opções de confeitaria figuram sempre entre as mais procuradas. Pensando nisso, as unidades do Senai de Dourados e de Maracaju oferecem curso de introdução à fabricação de panetones, bem como os de introdução à fabricação de produtos de confeitaria e introdução à fabricação de produtos de panificação.

 

Segundo a coordenadora pedagógica das duas unidades, Kelly Oliveira, as formações vêm para atender uma demanda da região. “Fizemos uma pesquisa para saber quais os principais cursos que a população desejava e os de panificação e confeitaria tiveram bastante procura. Para este segundo semestre, resolvemos incrementar as ofertas com o curso de fabricação de panetone justamente porque no fim do ano costuma aumentar a procura por esse tipo de produto”, comentou.

 

Com uma carga-horária de 40 horas-aulas e investimento de R$ 120,00, que pode ser parcelado em até três vezes, curso de introdução à fabricação de produtos de confeitaria será realizado de 21 de outubro a 20 de novembro, sempre às segundas e quartas-feiras, sendo uma turma das 13 às 17 horas e outra das 18h45 às 22h45. Os participantes aprenderão a preparar produtos como pão de mel, brownie, alfajor, mousses, tortas produzidas a partir de brisé e sucré, bolos decorados com chantilly, red velvet, naked cake, pudins, pavês e queijadinhas.

 

O curso de introdução à fabricação de produtos de panificação será realizado entre os dias 22 de outubro a 21 de novembro, com duas turmas, sendo uma das 13 às 17 horas e outra das 18h45 às 22h45, sempre às terças e quintas-feiras. Com uma carga-horária de 40 horas-aulas e investimento de R$ 120,00, que pode ser parcelado em até três vezes, a formação ensinará o preparo de fatias húngaras, pão brioche, bolo de milho, pão de cebola, pão de batata, pão integral, sonhos e donuts, pão pizza, roscas doces e salgadas, pão de hambúrguer, pão de hot dog e muitos outros.

 

Já o curso de introdução à fabricação de panetones tem carga-horária de 20 horas-aulas e investimento de R$ 110,00, que pode ser parcelado em até três vezes, e será realizado entre os dias 18 de novembro e 22 de novembro, de segunda à sexta-feira, sendo uma turma das 13 às 17 horas e outra das 18h45 às 22h45. Os participantes aprenderão a produzir panetone de frutas e de chocolate, decoração e cobertura de panetones, panetones salgados gourmet de tomate seco, provolone e ervas finas e de parmesão, noses e especiarias, sendo que a formação ainda ensinará o preparo de rosas natalinas.

 

Mais informações pelo telefone 0800 7070 745 ou pelo site www.meufuturoagora.com.br

Com benefícios e resultados satisfatórios, ocupação da mão de obra prisional cresce no município de Amambai

A ocupação da mão de obra carcerária em Mato Grosso do Sul proporciona o trabalho digno ao reeducando, possibilitando um novo caminho para quando conquistar a liberdade e não reincidir na patica delituosa.  Em Amambai, parcerias estabelecidas  entre empresas e a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) estão cada vez mais fortalecidas. Em menos de sete meses, o total de convênios para a ocupação de reeducandos do regime semiaberto triplicou no município.

 

Empresa de refrigeração é a mais nova conveniada em Amambai

A mais nova conveniada é a Gelocar, que está oportunizando trabalho a dois custodiados, o convênio foi oficializado esta semana no Diário Oficial do Estado.  A empresa seguiu o exemplo da Embrasil, primeira a firmar parceria com o sistema penitenciário na cidade, em março deste ano, e a Cooperativa Agroindustrial Amambai (Coopersa) que, juntas, ocupam seis detentos atualmente.

 

O número pode parecer pequeno, mas é bastante representativo, segundo o diretor do Estabelecimento Penal Masculino de Regime Semiaberto de Amambai, Vanderlei Alberto Hermann, já que demonstra a diminuição do preconceito quanto a utilização da mão de obra prisional, que ainda é um dos grandes obstáculos para a formalização das parcerias.

 

“Esses convênios estão trazendo de volta ao reeducando a autoestima e valorização pelo trabalho digno, pois o interno volta ao convívio social; o trabalho vem para humanizar. Eles se sentem valorizados com uma nova oportunidade de trabalho”, ressalta o dirigente.

 

Hermann enfatiza que existe um criterioso sistema de seleção dos reeducandos a serem encaminhados para o trabalho. Segundo ele, o setor de disciplina e segurança do presídio avaliam o perfil do custodiado, conforme o que é solicitado pela empresa. “E se o interno não render, fazemos a substituição”, pontua.

 

Lourival e Simone destacam importância da parceria

Parceira da Agepen há cerca de três meses, a gerente comercial da Cooperativa, Simone Marsaro, garante que os internos que atuam através da parceria têm surpreendido no desempenho. “Nós estamos muito contentes com este projeto”, afirma.

 

O reeducando Lourival Maria Filho, 30 anos, é um dos internos que atuam pelo convênio e vem se destacando na Cooperasa. Ele acredita que a ocupação representa uma chance para recomeçar.  “Sou muito grato  por este trabalho, pois essa oportunidade é um futuro”,  comenta.

 

Benefícios

 

Subordinada à Diretoria de Assistência Penitenciária e responsável por coordenar os convênios de ocupação de mão de obra prisional, a Divisão do Trabalho da Agepen aponta que os benefícios aos empresários são muitos, pois, além do fator social, que reflete na diminuição dos índices de reincidência criminal, existe uma considerável economia com os custos, já que fica livre de encargos sociais e trabalhistas nessas contratações.

 

Nesse tipo de contratação não incidem encargos como FGTS, aviso prévio indenizado ou não, indenização adicional (artigo 9º da Lei 7.238/84), férias com mais 1/3 (Constituição Federal), 13º salário, licença paternidade ou maternidade, além da contribuição previdenciária, que, nesse caso, pode ser facultativa tanto ao empregador quanto ao próprio interno.

 

A chefe da Divisão de Trabalho da Agepen, Elaine Cristina Alencar Cecci, destaca que essas parcerias contribuem para a economia do Estado e a segurança de uma região, já que o trabalho agrega valores de disciplina, respeito ao próximo e trabalho em equipe à pessoa em situação de prisão, aumentando as chances de reinserção social e não reincidência no crime. Atualmente, em Mato Grosso do Sul cerca de 190 empresas e instituições públicas possuem parceria com a agência penitenciária

 

Conforme Elaine, a Agepen está aberta a novas parcerias. Interessados devem entrar em contato com a Divisão de Trabalho pelo telefone (67) 3901-1046, ou pelo e-mail trabalho@agepen.ms.gov.br.

 

No caso de Amambai, para facilitar o contato, as empresas que estão dispostas a firmar o convênio com a Agepen podem procurar a unidade de regime semiaberto de Amambai, ou ligar nos telefones (67) 3903-1704/1703. Um representante do presídio irá até a empresa interessada.