Confiança da indústria sobe em maio, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,7 ponto na passagem de abril para maio deste ano. A alta veio depois de quatro quedas consecutivas. Com o resultado, o indicador chegou a 104,2 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, e retornou ao patamar de março deste ano.

 

O resultado foi influenciado pelo aumento do otimismo dos empresários da indústria brasileira em relação aos próximos meses, quesito medido pelo Índice de Expectativas, que subiu 2,1 pontos e chegou 99 pontos. Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança no presente, recuou 0,5 ponto e atingiu 109,5 pontos.

 

“O avanço da vacinação, embora lento, e a recuperação de economias externas, ampliando as exportações, são elementos que tendem a contribuir com a melhora das expectativas para o próximo semestre”, afirma a economista da FGV Claudia Perdigão.

 

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da indústria subiu 1,1 ponto percentual, para 77,8%.

 

Fonte: Agência Brasil

IBGE: prévia da inflação de maio fica em 0,44%; maior impacto foi da alta da energia elétrica

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação, apresentou em maio alta de 0,44%. O índice ficou abaixo da taxa de abril (0,60%) e acumula alta de 3,27% no ano. Nos últimos 12 meses, a variação está em 7,27%, acima dos 6,17% registrados nos 12 meses anteriores.

 

Os dados foram divulgados hoje (25), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado para um mês de maio desde 2016, quando o índice foi de 0,86%. Em maio de 2020, ficou em -0,59%.

 

O maior impacto na prévia da inflação foi o grupo saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,23%, após aumento de 0,44% em abril. O grupo foi influenciado pelo reajuste de 10,08% nos medicamentos.

 

Individualmente, o maior impacto veio da alta na energia elétrica, que subiu 2,31%, dentro do grupo habitação, que teve aumento de 0,79%. O IBGE destacou que, em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, depois de quatro meses na amarela, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Também contribuíram para a alta os reajustes nas contas de luz de Fortaleza (8,27%), Salvador (5,83%) e Recife (5,40%).

 

O aumento de 1,45% no gás de botijão também foi destacado pelo IBGE, registrando o 12º mês consecutivo de reajuste, embora menor que em abril (2,49%).

 

A alimentação no domicílio passou de aumento de 0,19% em abril para 0,50% em maio, contribuindo para a aceleração de 0,48% no grupo alimentação e bebidas. As carnes subiram 1,77% e acumulam alta de 35,68% em 12 meses, enquanto o tomate subiu 7,24%, após cair 3,48% em abril. O preço das frutas recuou 6,45% em maio.

 

Deflação

 

O único grupo que teve deflação em maio foi o de transportes (-0,23%), influenciado pela queda de 28,85% nas passagens aéreas. Houve recuo também nos transportes por aplicativo (-9,11%) e no seguro voluntário de veículo (-3,18%).

 

Os automóveis novos ficaram mais caros 1,16%, o conserto de automóvel subiu 1,05% e a gasolina aumentou 0,29%, acumulando alta de 41,55% nos últimos 12 meses. O IBGE registrou aumento também nas tarifas do metrô (0,46%) e do ônibus urbano (0,25%).

 

Por região, Brasília foi a única região com deflação em maio, onde o IPCA-15 ficou em -0,18%. A queda foi influenciada pelas passagens aéreas (-37,1%), gasolina (-1,42%) e frutas (-10,03%). O maior índice no mês foi observado em Fortaleza (1,08%), com as altas da energia elétrica (8,27%) e dos produtos farmacêuticos (3,51%).

 

A coleta de preços do IPCA-15 ocorreu entre 14 de abril e 13 de maio de 2021, sendo comparados com os valores vigentes de 16 de março a 13 de abril.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Mesmo com redução de juros, portabilidade ainda tem percentual pequeno, avalia BC

O Banco Central (BC) avalia que existe um potencial não realizado de portabilidade de crédito no Brasil que soma 18,9 milhões de tomadores de empréstimos no crédito consignado, 4,2 milhões no financiamento de veículos e 493 mil no crédito imobiliário.

 

Esses clientes pagam taxas de juros acima da média atual do mercado e, caso optassem pela portabilidade, poderiam transferir sua operação para outra instituição, com custo menor, segundo o estudo Evolução da portabilidade de crédito no Brasil: comportamento e perfil divulgado ontem (25).

 

O relatório do BC afirma que, mesmo em um cenário de redução das taxas de juros, resultante do processo de redução da taxa Selic, a procura pela portabilidade ainda representa um percentual pequeno. Em 2020, foram registradas quase 6,3 milhões de solicitações de portabilidade de crédito. Desse total, 62% foram efetivadas e 13% foram retidas após negociação com o cliente.

 

Criada em 2006, a portabilidade é a modalidade na qual os consumidores podem transferir suas dívidas para outras instituições financeiras. Entre os benefícios que a modalidade pode trazer estão a redução nas taxas de juros, crédito adicional, alongamento do prazo, entre outras conveniências.

 

Na avaliação do BC, a análise das solicitações ocorridas no ano de 2020 aponta para um funcionamento satisfatório do instrumento da portabilidade, com 75% de sucesso no resultado dos pedidos registrados e menos de 5% do total de reclamações registradas.

 

Crédito consignado

 

De acordo com o BC, o potencial não realizado de portabilidade é bastante expressivo para modalidades como crédito consignado e aquisição de veículos.

 

Nessas modalidades, respectivamente, 47% e 28% dos tomadores (25% e 12% do saldo total de operações de portabilidade) ativos em dezembro de 2020 estão em operações com taxas de juros acima de 25% a.a., enquanto as taxas médias em 2020 foram de 19,7% no crédito consignado e de 19,3% a.a. na aquisição de veículos.

 

O documento aponta que os contratos de portabilidade no crédito consignado apresentaram redução média de 5,7 pontos percentuais.

 

No caso do consignado, os resultados foram dispersos em relação à variação do saldo e do número de parcelas. Foram encontradas tanto de operações em que ocorreu alongamento de prazo e aumento do saldo devedor quanto de situações de diminuição e manutenção da quantidade de parcelas e do saldo.

 

“Para parte significativa das operações portadas nessa modalidade, a principal motivação parece ser a obtenção de crédito adicional e/ou ampliação do prazo”, diz o relatório.

 

Crédito imobiliário

 

Em 2019, o estudo concluiu que os 36 mil contratos de crédito imobiliário que haviam se beneficiado com redução de taxa de juros representavam apenas 6,4% do total de contratos.

 

“Os resultados encontrados em 2019 continuam válidos. Não obstante a queda significativa das taxas e do grande crescimento nas operações de portabilidade, em dezembro de 2020 havia ainda 493 mil tomadores (saldo de R$ 63 bilhões) em operações com taxas de juros acima de 10% a.a., mais elevada que a taxa média de aproximadamente 7% a.a. praticada pelo mercado em 2020”, diz o Banco Central.

 

O relatório aponta ainda que as operações portadas de crédito imobiliário tendem a manter valores de carteira ativa próximos aos da operação original, com variação inferior a 2% dos valores devidos. Entretanto, o documento ressalta que, nessa modalidade, ocorre redução média de 2,9 pontos percentuais das taxas de juros e uma redução do número de parcelas expressiva.

 

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Mesmo com venda recorde, setor imobiliário passa por uma queda na oferta de unidades

Ainda que haja uma forte demanda, com venda recorde, o setor imobiliário passa por uma queda na oferta de imóveis. O número menor de novos lançamentos reflete a recente alta nos custos da construção, avalia a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

 

Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, houve uma alta de 27,1% nas vendas de imóveis nos três primeiros meses deste ano no país, revela o estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, da CBIC. Ao todo, foram 207.946 unidades vendidas em 12 meses, maior número já registrado.

 

Por outro lado, a oferta final de imóveis – que contabiliza todos os imóveis disponíveis para venda, seja na planta, em construção ou prontos – caiu 14,8% na mesma comparação ano a ano. No período de 12 meses encerrados em março, foram lançadas 168.673 novas unidades no país.

 

O levantamento do CBIC, divulgado trimestralmente, é feito com dados coletados em 150 municípios, sendo 20 capitais.

 

Alto custo

 

O inusitado efeito “boca de jacaré”, com a curva de demanda apontando para cima enquanto a de oferta vai para baixo, se deve à inflação recorde nos materiais de construção, sobretudo de insumos como o aço, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins. “As empresas estão muito ressabiadas”, afirmou.

 

Na sondagem feita periodicamente, 57,1% dos empresários disseram que a maior dificuldade atual do setor imobiliário é a falta de insumos e o aumento nos preços. Esse é o maior índice de toda série histórica dos Indicadores Imobiliários Nacionais da CBIC, iniciada no primeiro trimestre de 2015.

 

Em abril, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou alta acumulada de 12,9% em 12 meses encerrados em março. O custo com materiais e equipamentos subiu 29,9% em um ano, maior taxa desde o início do Plano Real.

 

Casa Verde e Amarela

 

Para o vice-presidente da Área de Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, um dos principais efeitos da alta nos custos da construção é a redução de lançamentos de habitações de interesse social, cujo financiamento é ligado ao programa Casa Verde e Amarela, do governo federal.

 

“A gente percebe que está havendo uma migração [das empresas] para outros mercados”, disse Petrucci ao apresentar os dados da CBIC. O setor prefere investir na construção de imóveis mais caros, nos quais os custos podem ser mais facilmente repassados, destacou ele.

 

Isso porque os custos dos materiais de construção são o principal fator a afetar os preços dos imóveis do Casa Verde Amarela, o que pressiona as margens de lucro nas vendas, uma vez que os preços das unidades no programa possuem um teto. “Então, se tiver um aumento de materiais que é significativo os empresários começam a pensar mais, a recuar um pouco”, explicou Petrucci.

 

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, defendeu que o governo “use a caneta” para reduzir taxas de importação e derrubar barreiras técnicas para promover um “choque de oferta” nos preços de materiais de construção.

 

No estudo dos Indicadores Imobiliários, a CBIC indicou ainda que a queda nos novos empreendimentos vem se refletindo na geração de empregos pela construção civil. Em janeiro, o setor gerou 44.075 postos com carteira assinada, número que caiu para 25.020 em março, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Brasil deverá ter moeda digital; Banco Central divulgou ontem as diretrizes para sua criação

O Brasil poderá ter uma moeda digital emitida pelo Banco Central (BC), como uma extensão da moeda física. O BC anunciou, ontem (24), em Brasília, as diretrizes para a criação da moeda no país.

 

Em nota, a instituição disse que “tem promovido discussões internas e com seus pares internacionais visando ao eventual desenvolvimento” da moeda. Segundo o BC, a moeda deve “acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira”.

 

O coordenador dos trabalhos sobre a moeda digital do Banco Central, Fabio Araujo, explicou a moeda digital será diferente das criptomoedas. “Os criptoativos, como o Bitcoin, não detém as características de uma moeda mas sim de um ativo. A opinião do Banco Central sobre criptoativos continua a mesma: esses são ativos arriscados, não regulados pelo Banco Central, e devem ser tratados com cautela pelo público”, disse.

 

Ele acrescentou que a moeda será garantida pelo Banco Central e a instituição financeira vai apenas guardar o dinheiro para o cliente que optar pela nova modalidade.

 

Diretrizes

 

Entre as diretrizes estão a ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável; a previsão de uso em pagamentos de varejo; e a capacidade para realizar operações online e eventualmente operações offline.

 

A distribuição ao público será intermediada por custodiantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), sem remuneração às instituições financeira pelo BC.

 

Também deverá ser garantida a “segurança jurídica em suas operações” e a “aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança determinados, em especial, pela Lei Complementar nº 105, de 2001 (sigilo bancário), e pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”.

 

De acordo com o Banco Central, a tecnologia de criação da moeda deve “seguir as recomendações internacionais e normas legais sobre prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa, inclusive em cumprimento a ordens judiciais para rastrear operações ilícitas”. A moeda também deve permitir pagamentos em outros países.

 

Cronograma

 

Na nota, o BC diz ainda que é preciso aprofundar a discussão com o setor privado antes de definir um cronograma de implementação da moeda. “O diálogo com a sociedade permitirá uma análise mais detalhada não apenas de casos de usos que possam se beneficiar da emissão de uma CBDC [sigla em inglês referente a Central Bank Digital Currencies, moedas digitais emitidas pelos bancos centrais], como também das tecnologias mais adequadas para sua implementação”.

 

Segundo Araujo, a expectativa é que sejam reunidas as condições necessárias para que a implementação da moeda em “dois ou três anos”. “As condições são a tecnologia e segurança que atendam às diretrizes que foram determinadas hoje pelo Banco Central”, disse.

 

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Federação das Industrias de MS vai integrar coalizão nacional para redução do custo Brasil

Representantes do setor empresarial de Mato Grosso do Sul, do governo do Estado e da União vão formar uma coalizão estratégica para integrar o projeto federal de redução do custo Brasil. Os trabalhos, que serão conduzidos pelo Ministério da Economia, no âmbito da secretaria de Desenvolvimento, da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, começaram na tarde da última  sexta-feira, 21, em reunião na Casa da Indústria. De acordo com o titular da secretaria, Jorge Luiz de Lima, já estão em atividade coalizões de 16 estados que têm, agora, a oportunidade de viabilizar projetos de desenvolvimento conforme as particularidades regionais.

 

O presidente da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, adiantou que o Sistema vai colaborar com a frente de coalizão. Longen destacou que as preocupações atuais, centradas no controle sanitário, na retomada da economia, no controle da inflação, e na melhoria do poder aquisitivo da população dependem de cuidados com os estados. “Estados como Mato Grosso do Sul, mesmo tendo uma economia forte, necessitam de cuidado, incentivos fiscais e segurança jurídica. Temos questões importantes que precisam ser debatidas e são elas as reformas administrativa e tributária”.

 

Jorge Luiz de Lima afirmou que está pessoalmente percorrendo o Brasil para formar uma força de trabalho que vai influenciar no planejamento a longo prazo e definir projetos que vão contribuir para a redução dos atuais R$ 1,5 trilhão ao ano, correspondentes ao custo Brasil. A expressão custo Brasil é utilizada para definir as dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas que prejudicam o crescimento nacional. O valor atual representa 20,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

 

Entre os principais fatores para a elevação do custo Brasil está a logística de transporte nacional, que não é adequada ou adaptada às diferenças regionais. “Podemos dizer que somos 27 países e não 27 estados. No caso da infraestrutura de transporte, o gasto com logística atinge 12,7% do PIB, enquanto nos Estados Unidos, um país com dimensões continentais como o Brasil, não chega a 7%”, compara Jorge Luiz.

 

O secretário explicou que, agora, com a formação das coalizões regionais, o Ministério da Economia vai construir uma agenda mínima para os estados em desenvolvimento e tirar o foco do eixo do Sudeste, historicamente beneficiado com a concentração econômica e política. No caso de Mato Grosso do Sul, a análise de vocações ficará a cargo do governo do Estado, representado pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, que esteve presente na Casa da Indústria.

 

O encontro contou também com a participação do diretor do Sebrae nacional, Eduardo Diogo; o superintendente regional do Sebrae, Cláudio Mendonça; o secretário de Desenvolvimento  Econômico de Campo Grande, Rodrigo Terra; e o presidente do Inmetro, Marcos Heleno de Oliveira.

 

FONTE: FIEMS

 

Desburocratização: Impactos do Portal Único de Comércio Exterior são avaliados pela CNI

Programa Portal Único de Comércio Exterior, que possui gestão conjunta entre Receita Federal e Secretaria do Comércio Exterior, foi definido como projeto estratégico do Ministério da Economia. O programa é a principal iniciativa de modernização e de desburocratização do comércio exterior brasileiro, por meio do qual a maior parte das medidas previstas no Acordo de Facilitação de Comércio (AFC) da Organização Mundial de Comércio (OMC) têm sido implementadas.

 

Segundo as projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o programa Portal Único de Comércio Exterior deverá gerar um acréscimo de US$ 51,8 bilhões na exportação do Brasil em 25 anos. As projeções consideram o período entre 2014 (data em que foi iniciada a implantação do programa) e 2040.

 

O estudo mostra também que o acréscimo estimado ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de US$ 75,76 bilhões em 2020, considerando o impacto das entregas já realizadas pelo Portal. Esses resultados projetam um alcance de US$ 124,9 bilhões em acréscimo ao PIB até 2040.

 

O superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, João Emilio Gonçalves, afirma que o programa ataca um dos maiores entraves às exportações brasileiras: a burocracia alfandegária e aduaneira.

 

Os benefícios do Portal Único têm sido maiores do que o esperado em 2015, quando o serviço começou a ser implantado. Naquele ano, a meta era cortar o tempo gasto com burocracia alfandegária e aduaneira nas exportações de 13 para 8 dias. Em 2020, a demora já havia recuado para um pouco menos de 5 dias (4,85). Nas importações, a meta era cortar o tempo de 17 para 10 dias. O dado observado em 2020 foi para menos de 9 dias (8,71).

 

Os tempos se referem às operações pelo modal logístico de transporte (meio utilizado para transportar a mercadoria) mais utilizado pelo Brasil, o marítimo.

 

A aceleração dos processos trouxe economia de custos para as empresas. Em 2014, eles representavam 13,04% do valor das mercadorias exportadas por via marítima. Agora, estão em 4,03%. Nas importações feitas pelo mar, o custo recuou de 14,2% para 7,10%.

 

O estudo completo, com os demais impactos econômicos já obtidos e com os impactos previstos até 2040, pode ser visualizado no endereço eletrônico da Confederação Nacional da Indústria.

 

A Receita Federal reafirma seu compromisso em concluir a implantação do Portal Único de Comércio Exterior e, assim, contribuir cada vez mais para a modernização e simplificação do comércio exterior brasileiro.

 

FONTE: RECEITA FEDERAL

Receita Federal realiza apreensão de 45 containers com valor de mais de R$ 50 milhões

A Receita Federal apreendeu 45 containers oriundos da China que ingressaram no País pelo Porto de Itapoá (SC) e que tinham como destino final o abastecimento do comércio informal no estado de São Paulo. A carga continha mais de 11 milhões de itens comumente encontrados em camelódromos, com destaque para produtos eletrônicos e itens de vestuário, muitos deles falsificados. É a maior apreensão registrada pela Receita Federal na região Sul, e a quinta maior da história do órgão.

Os servidores da Receita Federal responsáveis pela análise das declarações de importação constataram que o importador era na verdade uma empresa criada especialmente para tentar burlar a fiscalização, com movimentação financeira totalmente incompatível com o valor das cargas que buscava trazer. Os representantes legais da empresa eram pessoas de baixa renda, que foram aliciadas para figurar no quadro societário para não revelar os verdadeiros responsáveis pelo esquema criminoso.

O delegado da Alfândega da Receita Federal em Curitiba, onde está sediada a equipe responsável pela seleção das cargas no Paraná e em Santa Catarina, explica que o estratagema é comum nestas situações. “Muitas vezes o próprio recurso utilizado na importação vem de outras atividades criminosas, e as vendas no comércio são um jeito de esquentar o dinheiro para os verdadeiros líderes do esquema. A ideia difundida de que quem atua no comércio popular geralmente são pessoas que buscam empreender para garantir o seu sustento muitas vezes não corresponde a verdade. Embora isso possa ser verdadeiro para os vendedores, em geral os proprietários das lojas pertencem a grupos com muitos recursos e que se valem de métodos ilegais para sonegar impostos, prejudicando os fabricantes e comerciantes brasileiros que buscam agir na legalidade”, explicou o auditor-fiscal Rafael Rodrigues Dolzan.

Como normalmente os países buscam estimular suas exportações com benefícios fiscais, a sonegação dos impostos de importação impede que as condições normais de concorrência sejam restabelecidas. Além da concorrência desleal, produtos importados ilegalmente prejudicam a indústria nacional e impedem a geração de empregos locais, uma vez que toda a cadeia de fabricação de um produto, que envolve muitas vezes um número considerável de fornecedores, é realizada no exterior, gerando empregos em outros países.

Muitos dos produtos introduzidos ilegalmente pela empresa inidônea eram falsificações, imitando embalagens de marcas famosas. Em alguns casos, as embalagens já vinham com o espaço demarcado para a aplicação da logomarca falsificada, que seria realizada no momento de vender o produto para o consumidor final. “Além de causar prejuízo ao detentor da marca, esse artifício pode enganar o comprador, que vai adquirir um produto de qualidade inferior e sem as certificações adequadas” ressaltou Dolzan.

Apreensões crescem em 2021

As apreensões da Receita Federal no Porto de Itapoá e São Francisco do Sul aumentaram significativamente neste ano. Com esta apreensão, o montante já chega a aproximadamente R$ 120 milhões, mais de quatro vezes o valor registrado durante o ano de 2020 inteiro.

O delegado da Alfândega de São Francisco do Sul, Edwilson Pascoal da Mota, explica que o aumento se deve a uma especialização do trabalho das equipes, que foi possível com mudanças administrativas e avanços tecnológicos. “Antes tínhamos uma equipe reduzida em cada unidade que tinha que realizar todas as etapas do desembaraço aduaneiro. Agora, conseguimos regionalizar o trabalho, fazendo com que uma equipe se dedique à análise de risco em toda a região, enquanto outra se dedica a verificar os documentos do despacho, e assim por diante. Essa integração vem produzindo excelentes resultados para a Receita Federal em benefício da sociedade”, destacou o auditor-fiscal.

Os produtos apreendidos poderão ser leiloados, doados a entidades beneficentes ou órgãos públicos ou, no caso de produtos proibidos de circular no mercado brasileiro, serem destruídos.

Vídeos com entrevistas realizadas com os auditores-fiscais podem ser encontradas no link a seguir, bem como fotos e vídeos dos produtos apreendidos:

https://drive.google.com/drive/folders/11J22Orw85DAnsTeFmif_-qsSUJIFkSKk?usp=sharing

foto1

 

 

FONTE: RECEITA FEDERAL

FIEMS e Biosul discutem parceria com a Impasa para qualificação em tecnologia e inovação

Mato Grosso do Sul terá a primeira unidade da Inpasa Brasil, maior indústria de etanol de milho da América Latina. A indústria, em fase de instalação na cidade de Dourados, vai produzir etanol de milho, DDGS (proteína de nutrição animal), óleo de milho e energia elétrica. Para auxiliar na instalação da nova planta e no desenvolvimento contínuo do empreendimento, a Inpasa discutiu a possibilidade de parcerias com representantes do SESI, SENAI e IEL e da Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia) durante reunião realizada nesta sexta-feira (21/05), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS).

 

Segundo o gerente da Startup do Sistema FIEMS, Odilon Moura, a Inpasa é uma empresa  ligada à evolução tecnológica e dinâmica no setor de Biocombustíveis. “Vamos conseguir contribuir bastante com a indústria, por meio de estratégias de desenvolvimento rápido da Startup e do desenvolvimento de modelos de treinamento avançado”.

O gerente executivo do SENAI, Renato Tavares, destacou a expertise da instituição em qualificação profissional e também em tecnologia e inovação. “Temos plenas condições de atender as necessidades da Inpasa em várias frentes. O ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa) e o IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas) vão poder ajudar nos processos produtivos. Vamos criar uma agenda por meio da Biosul para atendermos as demandas da nova indústria”.

Já o superintendente do IEL, Silvio Marães Ferreira, ressaltou o perfil inovador da Inpasa e como o Instituto poderá contribuir com a empresa. “O IEL vai ser fundamental na inovação, na geração de negócios inovadores e, também, no contexto de capacitação executiva, formação de líderes, aprimoramento da liderança local. O PQF (Programa de Qualificação de Fornecedores) também poderia entrar nessa parceria, porque a empresa vai trazer uma mudança significativa no mercado”.

Presidente da Biosul destaca atuação do Sistema FIEMS

 

Na mesma linha, o presidente da Biosul, Roberto Hollanda, destacou a atuação do Sistema FIEMS junto às indústrias do Estado. “O crescimento do setor sucroenergético tem participação muito importante da FIEMS. A gente pode sempre se beneficiar de uma instituição muito atuante e não vai ser diferente com a chegada da Inpasa. Não temos dúvidas de que vai ser positivo para todo mundo, sobretudo num momento de criação de novos paradigmas, novos processos e novas tecnologias”.

 

De acordo com o gestor de recursos humanos da Inpasa, Nelson Saraiva, a reunião com representantes do SESI, SENAI e IEL teve como objetivo estreitar os laços entre indústria e instituições. “Queremos já entrar nos fóruns de discussão para desenvolvimento do segmento aqui em Mato Grosso do Sul. É muito bom saber como o Sistema FIEMS pode nos ajudar”.

Inpasa prevê a geração de 200 empregos diretos na fase inicial

O investimento da Inpasa foi anunciado em outubro de 2020 pelo governador Reinaldo Azambuja durante agenda em Dourados. A empresa, que tem unidades no Paraguai e no Mato Grosso, prevê a geração de 200 empregos diretos e outros 150 indiretos anda na fase inicial. Com quase dois anos de obra, a usina prevê entrar em operação no final de 2022.

A unidade terá capacidade instalada para processar 3,6 mil toneladas de milho por dia, totalizando 1 milhão de toneladas ao ano.

A previsão é de produzir 426 milhões de litros de etanol ao ano e 297 mil toneladas de DDGs. Ainda deve produzir 24,7 mil toneladas de óleo ao ano e 179,63 GW ao ano de energia elétrica, com receita anual de R$ 1,42 bilhão.

 

FONTE: FIEMS