Dourados: pesquisa de preços registra aumento de 3,76% da cesta básica no mês de outubro em comparação a setembro

O valor da cesta básica do mês de outubro/2019 em Dourados, comparado com o mês de setembro/2019, apresentou aumento de 3,76%, é o que constata a pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da UFGD, realizada na última semana do mês de outubro e primeira semana de novembro.

 

Os produtos que compõem a cesta básica, conforme o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate. Os preços da Cesta Básica de setembro com estes produtos ficaram em R$ 369,59 o que significa 37,03% do salário-mínimo, que é de R$ 998,00. No mês de outubro, o trabalhador douradense teve que destinar uma parte maior do seu salário para a compra dos mesmos produtos: R$ 383,47, 38,43% do salário-mínimo vigente.

 

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, 9 apresentaram um aumento dos seus preços no mês de outubro em Dourados, dentre eles: margarina com 12,98%; tomate com 10,24%; carne com 7,30%; arroz com 4,97%; feijão com 3,14%; farinha de trigo com 2,45%; pão francês com 1,54%; açúcar com 1,37% e leite com elevação de 1,18% comparado com o mês de setembro.

 

Apenas 4 produtos registraram queda de preços: batata, com queda de 6,15%; banana com 3,42%, após uma sucessiva elevação de preços; café com 3,38% e, com uma leve variação negativa de preços, o óleo de soja com 0,28%.

 

O que se percebe enquanto ao comportamento dos preços da cesta b em Dourados é instabilidade. Nos quatro últimos meses, este foi o cenário: em julho, a maioria dos preços da diminuiu e, no mês seguinte, 10 produtos aumentaram de preços. Já em setembro, 9 produtos fecharam com uma queda de preços. E no mês de outubro, 9 produtos aumentaram de preços. É importante lembrar que os produtos que compõem a cesta básica dependem das estações do ano, por isso, oscilam muito de preços. O problema no mês de outubro foi que os produtos que têm maior peso na composição da cesta como carne, tomate e pão francês aumentaram de preços juntos, isso repercutiu bastante no aumento da cesta básica douradense.

 

O preço mais elevado em nosso município chegou a R$ 400,56, e o menor R$ 346,30, com os mesmos produtos, o que representa uma diferença de R$ 54,26. A sugestão é que o consumidor verifique os levantamentos realizados pelo PROCON, que utiliza o método de comparar os preços praticados por cada estabelecimento e dar publicidade esta pesquisa, identificando cada supermercado com os respectivos produtos. Esta informação é atualizada mensalmente no site do órgão.

 

O brasileiro que trabalha 220 horas mensais recebendo um salário-mínimo, no mês de setembro, em dourados, teve que trabalhar 81 horas e 28 minutos para pagar a cesta básica. Já no mês de outubro, este mesmo trabalhador precisou de um tempo superior para comprar esses alimentos: 84 horas e 32 minutos, representando perda do poder de compra.

 

Levando em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece o valor do salário-mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário-mínimo necessário. Dessa maneira, em setembro de 2019, o salário-minimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.980,82, isso significa 3,99 vezes mais do que o mínimo vigente, que é de R$ 998,00. No mês de outubro/2019, o mínimo necessário estava em R$ 3.978,82. Assim, em outubro, o trabalhador teve um equilíbrio do poder de compra do seu salário se comparado com o mês de Setembro.

 

Em nível nacional, no mês de outubro São Paulo registrou o maior preço da cesta básica entre as capitais do país, com valor de R$ 473,59, pelo terceiro mês seguido. Porto Alegre foi a segunda capital com os preços da cesta básica mais cara, com R$ 463,24. E a terceira capital onde a cesta esteve mais elevada foi no Rio de Janeiro, com R$ 462,57.

 

Os menores preços no mesmo mês de referência foram verificados em Salvador, com R$ 347,65; Natal, com R$ 341,90. O menor preço da cesta básica do país em outubro foi registrado em Aracaju, com R$ 325,01, pelo quarto mês seguido. Desde o mês de agosto estas mesmas cidades apesentaram as cestas mais baratas do país. No mês de outubro, os preços da cesta básica aumentaram em 9 e diminuíram em 8 capitais estaduais das 17 onde são realizadas a pesquisa, conforme verificamos no registro do DIEESE.

 

Fonte: UFGD

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