Aumento na produção de carnes garante abastecimento interno e exportações

 

A produção das três principais carnes do país deve chegar a 30,88 milhões de toneladas neste ano. O volume representa um crescimento de 3,9% se comparado com 2023. Esse incremento reflete em uma elevação na disponibilidade interna, estimada em 21,12 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento no mercado brasileiro. As exportações também devem crescer em torno de 6,5%, projetadas em 9,85 milhões de toneladas. É o que mostra o quadro de suprimento de carnes divulgado na quarta-feira (3)  pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

“A maior quantidade de carnes disponíveis no mercado interno é um bom indicativo para os consumidores. Mas além desse aumento na produção, os preços dos insumos para alimentação animal estão menores para o criador. Essa combinação de fatores tende a sustentar os preços das carnes em patamares mais baixos para os brasileiros e as brasileiras”, destaca o presidente da Companhia, Edegar Pretto.

 

Para a carne bovina, o panorama esperado é de aumento na produção, retomando a marca de 10 milhões de toneladas, volume atingido nos anos de 2006 e 2007. “O bom volume produzido ainda é reflexo do ciclo pecuário iniciado no ano passado, com uma alta nos abates motivado por descarte de fêmeas”, lembra  o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.

 

A disponibilidade interna do produto deverá chegar a 6,6 milhões de toneladas, se mantendo próximo à estabilidade, com um leve aumento de 0,2%, enquanto que as exportações devem ficar em torno de 3,5 milhões de toneladas. “Se olharmos para o mercado externo, mesmo com a China recuperando seu plantel de suínos, tende a haver uma demanda maior pelo produto brasileiro devido ao embargo chinês à carne bovina entre fevereiro e abril do ano passado. Ainda assim, essa elevação na demanda internacional não tende a afetar a oferta da carne no mercado interno, em razão da maior oferta aliada a preços de insumos mais baixos”, explica o gerente da Companhia.

 

Também é esperada uma maior exportação da carne suína em 2024. Se no ano passado os embarques chegaram a 1,21 milhão de toneladas, para este ano é esperado um volume exportado de 1,29 milhão de toneladas, 6,6% superior. “Essa elevação se dá, principalmente, pela conquista de novos mercados. Nos dois primeiros meses deste ano os embarques estão 13% maiores em relação ao mesmo período de 2023. O bom desempenho é conquistado mesmo com a queda de  32% nos envios para a China, maior mercado consumidor da carne suína brasileira”, pondera o gerente da Companhia.

 

O bom resultado é reflexo de um crescimento na produção da carne suína no país na ordem de 3,7%, estimada em 5,55 milhões de toneladas. A alta nas exportações não impactam na disponibilidade interna que está estimada em  4,22 milhões de toneladas, elevação de 2,8% em relação a 2023.

 

Para a avicultura de corte também é esperado um aumento de 1,5% na produção neste ano em comparação com 2023, sendo estimada em aproximadamente 15,4 milhões de toneladas. O maior volume produzido possibilita uma elevação na disponibilidade do produto no mercado interno de 4,3%, podendo chegar a 10,3 milhões de toneladas, a terceira maior da série histórica. “A maior produção e, consequentemente, oferta das demais proteínas impacta no mercado interno, pressionando os preços  da carne de frango para baixo no país, fazendo com que haja uma tendência de elevação da demanda, o que influencia na maior disponibilidade do produto”, destaca Rabello. Mesmo assim, as exportações também devem ter uma ligeira alta de 0,9%, se mantendo um pouco acima de 5 milhões de toneladas.

 

Ovos – Além das informações sobre carnes, o quadro de suprimento da Conab também traz informações sobre a produção de ovos no país. De acordo com a estimativa da estatal, a produção para 2024 deve atingir um novo recorde e chegar a 41,1 bilhões de unidades de ovos para consumo. Com este volume, a disponibilidade per capita do produto deve se manter estável, estimada em 200,2 unidades por habitante ao ano.

 

Clique aqui e acesse o quadro de suprimento de carnes atualizado.

Em Brasília, governadores de Mato Grosso do Sul e SP discutem projeto da Malha Oeste

 

Durante reunião nessa quarta-feira (3) em Brasília (DF) com o ministro dos Transportes, Renan Filho, os governadores Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul e Tarcísio Freitas, de São Paulo, discutiram o projeto de relicitação da ferrovia Malha Oeste. A linha que será entregue mais uma vez à iniciativa privada, passa pelos dois Estados somando mais de 1.600 quilômetros entre as cidades de Corumbá e Mairinque (SP). O secretário Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a procuradora-geral de Mato Grosso do Sul, Ana Carolina Ali Garcia, também participaram do encontro.

 

 

“Os entendimentos estão avançando bem com todas as partes interessadas, incluindo as empresas que estão se instalando e a operadora. A gente vai chegar a um consenso desse melhor projeto para poder iniciar a operação”, declarou Riedel.

 

As empresas do ramo de celulose Suzano e Eldorado apresentaram projetos para fazer trechos de ferrovia. O objetivo é escolher a melhor opção indo de Três Lagoas até Aparecida do Taboado onde seria feita a conexão entre as Malhas Oeste e Paulista.

 

“Já foi apresentado um projeto que está em licenciamento por parte do Estado de Mato Grosso do Sul, mas precisa da interlocução do Ministério da Infraestrutura e da concordância do governador Tarcísio para que a gente viabilize diante das partes interessadas no retorno de operação da Malha Oeste. De Campo Grande a Três Lagoas e depois Corumbá na outra ponta trabalhando com mineração”, explicou o governador.

 

O modelo ainda não está definido. Este trecho especificamente pode ter de R$5 a 6 bilhões de investimentos, mas o projeto ainda precisa avançar como um todo para a estimativa se confirmar. O principal objetivo é a viabilidade econômica contribuindo assim com as cadeias produtivas no escoamento e na logística do Estado.

 

A previsão é que o processo de relicitação da Malha Oeste ocorra no segundo semestre de 2024 com expectativa de um edital chegando a R$ 18 bilhões de investimentos em 60 anos.

 

No encontro desta tarde também foi discutido o pedido para que a União repasse as rodovias BR-262 e BR-267 ao Estado. Depois a intenção é fazer a concessão das vias à iniciativa privada. “O Governo Federal através do Ministro Renan tem toda a boa vontade de poder fazer a delegação para Mato Grosso do Sul, estão aguardando o nosso projeto que está sendo executado. A gente tem a expectativa de final de maio ter isso definido e trazer ao Ministério. Eles aprovando, aí nós vamos para o mercado”, explica Riedel.

 

A estimativa inicial é em torno de R$ 5 bilhões para um pacote formado pelas duas rodovias junto com a MS-040. O trecho todo de concessão seria em torno de 880 quilômetros.

Produção da indústria recua 0,3% em fevereiro, revela IBGE; é o 2º mês consecutivo de queda

 

A produção da indústria brasileira caiu 0,3% em fevereiro. É o segundo mês seguido de baixa. Em janeiro, o desempenho tinha sido de -1,5%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

 

Apesar das duas quedas seguidas, no acumulado de 12 meses a indústria nacional apresenta evolução de 1%. Em janeiro de 2024, esse acumulado anual era de 0,4%.

 

O nível atual da produção industrial brasileira encontra-se 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 17,7% inferior ao ponto máximo da série, alcançado em maio de 2011.

 

Atividades

 

Comparando fevereiro com janeiro deste ano, dez dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção. As influências negativas mais importantes foram nos itens produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%).

 

Já entre as atividades que apontaram avanço, veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (5,8%) exerceram os principais impactos positivos.

 

No recorte das grandes categorias econômicas, o setor de bens intermediários recuou 1,2%, tendo sido a única taxa negativa dos quatro grupos pesquisados.

 

Entre os crescimentos, há destaque para o segmento de bens de consumo duráveis, que avançou 3,6% e apontou o crescimento mais acentuado nesse mês, após também avançar em janeiro (1,5%) e dezembro de 2023 (6,6%). Bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também registraram resultados positivos.

 

Na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, houve uma alta de 5%. Nesse tipo de confrontação – mês com o mesmo período do ano anterior – essa foi a sétima alta seguida e a mais expressiva desde junho de 2021 (quando o resultado foi de 12,1%, em um soluço de recuperação parcial dos efeitos da pandemia de covid-19).

 

“O resultado de fevereiro teve perfil disseminado de taxas positivas e foi o mais elevado desde junho de 2021 (12,1%), sendo influenciado não só pela baixa base de comparação, mas também pelo efeito calendário, já que fevereiro de 2024 teve 19 dias úteis, um a mais que fevereiro de 2023”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.

 

Agência Brasil

Febraban traz dicas sobre como fazer o melhor acordo no Mutirão de Negociação de Dívidas

 

Consumidores endividados têm até o dia 15 de abril para negociar as parcelas atrasadas com bancos e financeiras pelo Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e bancos associados, Banco Central do Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons de todo o país.

 

Podem ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e demais modalidades de crédito contraídas de bancos e instituições financeiras, que estejam em atraso e não possuam bens dados em garantia, nem dívidas prescritas. Serão oferecidos descontos ou redução de taxas, extensão dos prazos para pagamento, alteração nas condições de pagamento, migração para outras modalidades de crédito mais baratas, de acordo com a política de cada instituição participante.

 

Vale lembrar que a negociação começa pelo envio de uma proposta de acordo ao banco, o que pode ser feito diretamente com a instituição financeira credora, em seus canais oficiais, ou pelo portal consumidor.gov.br, lembrando que o consumidor precisa ter sua conta Prata ou Ouro.

 

“A renegociação da dívida deve ser usada pelo consumidor como um ponto de partida para a retomada dos seus projetos de vida. É fundamental que a proposta enviada ao banco seja condizente à sua capacidade de pagamento, ou seja, caiba no seu orçamento, caso contrário, as chances de voltar a se endividar podem ser grandes”, alerta Amaury Oliva, diretor executivo de Cidadania Financeira e Relações com o Consumidor da Febraban.

 

Para aproveitar melhor a oportunidade, uma vez que os bancos participantes estão empenhados em trazer benefícios e melhores condições daquelas já existentes no contrato –, o portal Meu Bolso em Dia Febraban listou algumas dicas que podem ajudar nas negociações, evitando que o consumidor não volte a se endividar.

 

 

1. Descubra o valor atual de sua dívida

 

A maneira mais fácil de conhecer o valor atual de uma dívida no cartão ou outro tipo de empréstimo ou financiamento é consultando o aplicativo, site ou entrando em contato com seu banco ou financeira, caso a dívida seja com uma dessas instituições. Outro canal é o Registrato, um sistema do Banco Central que consolida dados do relacionamento dos consumidores com as instituições financeiras. Para descobrir se você tem alguma outra pendência que desconhece com instituições financeiras, lojas e outras empresas, o consumidor pode consultar o seu CPF no site dos birôs de crédito.

 

 

2. Defina um teto para negociar

 

Depois de entender o valor das dívidas, a dica é estipular um valor mensal que caiba no seu bolso para quitá-las. Para isso, anote todas as entradas e saídas de dinheiro, incluindo as despesas mensais fixas, como aluguel, prestações, financiamentos; e as variáveis (contas de água, luz, gás, supermercado, transporte e outras). Inclua gastos com lazer e outras despesas eventuais. Some ganhos e gastos e veja o valor que você pode usar para quitar as dívidas.

 

 

3. Caso tenha mais de uma dívida, saiba priorizar o que pagar primeiro

 

Priorize o pagamento das contas de serviços essenciais, como água, luz e gás, e os empréstimos com garantia, ou seja, aquele em que você ofereceu um carro ou imóvel em troca de juros menores. Dívidas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial, também devem ser quitadas antes dos empréstimos pessoais e CDC, que têm normalmente juros menores.

 

 

4. Se você está superendividado, peça ajuda!

 

Quando a situação se tornou tão grave que fica impossível quitar as dívidas em atraso e manter o básico para a sobrevivência, existe a Lei do Superendividamento, que prevê um tratamento especial às pessoas que se enquadram no perfil de superendividadas. A recomendação é buscar um órgão de proteção e defesa do consumidor da sua região.

 

 

5. Venda algo que tenha para quitar em parcela única

 

Para aproveitar condições melhores quitando as dívidas de uma vez, avalie vender um bem para pôr a vida financeira em ordem e ficar sem prestações mensais por um tempo. Depois fica mais fácil planejar a aquisição de outro bem no futuro.

 

6. Avalie fazer uma renda extra para quitar as parcelas da negociação

 

Artesanato, grafite, bordado, marmitas caseiras, cuidados de cães, pessoas, ou até desapegar do que não usa mais, avalie o que você e sua família possam fazer juntos para conseguir uma renda extra.

 

7. Negocie com o credor

 

Não tenha medo de fazer contrapostas antes de fechar o acordo. É possível negociar o valor a ser pago mensalmente ou aumentar o prazo de pagamento, comprometendo-se com um maior número de parcelas, e valores menores por mês.

 

 

8. Pague as parcelas em dia

 

Fechado o acordo, mantenha a pontualidade no pagamento das parcelas. Para não esquecer, anote a data de vencimento em local visível ou coloque no débito automático.

 

 

Dicas para não voltar a se endividar:

 

 

#1 Anote todas as contas e datas de vencimento: Um bom planejamento financeiro e uma boa dose de organização ajudam a ter uma visão clara de como anda sua saúde financeira, garantindo que as contas fechem no final do mês.

 

 

#2 Ajuste o padrão de vida à sua realidade atual: Às vezes é necessário repensar o estilo de vida, garantindo que ele caiba no bolso. Isso pode envolver uma mudança de bairro ou o corte de alguns gastos, mesmo que provisoriamente.

 

 

#3 Crie uma reserva de emergência: Guardar um pouquinho por mês é importante para começar a construir um colchão para emergências. Esse valor deve ser investido em uma aplicação segura e, com o tempo, deve ser suficiente para bancar as contas em situações como a perda do emprego ou doença da família.

 

 

#4 Use o cartão de crédito com sabedoria: É importante pagar o valor total da fatura no vencimento. Se você tende a perder o controle, prefira comprar à vista ou anote tudo o que comprar no cartão de crédito, sem esquecer das parcelas que terá de pagar todo mês.

 

#5 Evite compras por impulso: Cuidado com as compras por impulso, que podem elevar – e muito – os gastos no final do mês. Avalie se realmente precisa comprar e evite ser fisgado pelas iscas promocionais criadas para fazer você comprar mais.

 

 

Febraban

CNJ publica edital de concurso público para analistas e técnicos judiciários; salário é de até R$ 13 mil

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, no dia 28 de março, edital de concurso público para provimento de vagas e cadastro reserva em cargos de analista e técnico judiciário. Este é o segundo concurso público para servidores promovido pela instituição, que busca pessoas para o desempenho de atividades administrativas e de fiscalização e de controle e aperfeiçoamento de políticas judiciárias.

 

Elaborado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), o edital prevê 15 vagas para Analista Judiciário – Área Judiciária, 28 vagas para Técnico Judiciário – Área Administrativa, 12 vagas para Técnico Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Programação de Sistemas, além de 5 vagas para Analista Judiciário – Pedagogia, Análise de Sistemas, Arquitetura, Ciências Sociais e Engenharia Elétrica.

 

O edital prevê ainda reserva de vagas para candidatos negros, com deficiência e indígenas, em atendimento à Resolução CNJ n. 512/2023, alterada pela Resolução CNJ n. 549/2024.

 

 

A remuneração inicial dos cargos de Analista Judiciário será de R$ 5.831,16 (vencimento básico), acrescidos de R$ 8.163,62 (Gratificação Judiciária – GAJ), totalizando R$ 13.994,78. Já para os cargos de Técnico Judiciário, a remuneração inicial será de R$ 3.554,02 (vencimento básico), acrescidos de R$ 4.975,63 (Gratificação Judiciária – GAJ), totalizando R$ 8.529,65.

 

Os candidatos contarão com provas objetivas, discursivas e avaliação de títulos. A estimativa é que as provas objetivas e discursivas sejam aplicadas em 30 de junho deste ano, em Brasília (DF).

Arauco está com 150 vagas abertas para Operação Florestal em Mato Grosso do Sul

 

São 100 vagas para a posição de Auxiliar Florestal e 50 vagas para Operador de Equipamento Florestal. O processo seletivo acontece nesta semana nas cidades de Selvíria (2/04),  Aparecida do Taboado (8/04), Inocência (9/04) e Paranaíba (9/04).

 

Os candidatos devem comparecer na data, horário e local informados, portando seus documentos pessoais (RG e CPF) e Currículo Atualizado. Também é possível enviar o currículo para a empresa de consultoria especializada pelos telefones (17) 99715-7489 ou (17) 99703-5888 e pelo e-mail vagas@grupopessoa.com.br.

 

DATA E LOCAL DA SELEÇÃO:

  • Selvíria: 02/04 (terça-feira), às 9, na Clínica Dr. Yuri – Central do Cidadão (Rua Vereador Isac Laluci, 843)

  • Aparecida do Taboado: 08/04 (sexta-feira), às 09h30, na Casa do Trabalhador (Avenida Orlando M. Pereira, 2065)

  • Inocência: 09/04 (sábado), às 9h30, na Câmara Municipal dos Vereadores (Rua Francisco Albino, 511)

  • Paranaíba: 09/04 (sábado), às 14h, na Casa do Trabalhador (Shopping Center Paranaíba, 2º piso).

 

PROJETO SUCURIÚ

 

Em fevereiro deste ano, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) concedeu a licença prévia à Arauco, para o Projeto Sucuriú, que consiste na primeira fábrica de celulose branqueada da empresa no Brasil. A licença prévia atesta a viabilidade ambiental e estabelece diretrizes para as próximas fases do licenciamento.

Em Audiência Pública, realizada em Inocência em agosto de 2023, a Arauco apresentou o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), documento que reúne informações sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais e as respectivas medidas mitigatórias relacionadas ao Projeto Sucuriú. Etapa fundamental para obtenção da licença, o evento foi realizado de forma híbrida pelo Imasul e contou com a participação maciça da população, com 386 inscritos, dos quais 297 presencialmente, junto a autoridades do Estado e do município. Após a Audiência, o Imasul elaborou parecer técnico favorável à emissão da Licença Prévia e o submeteu ao Conselho Estadual de Controle Ambiental (CECA), órgão de função consultiva e deliberativa, composto por membros do Poder Público e representantes da sociedade civil. O CECA avaliou o parecer e votou de modo igualmente favorável.

Com previsão de início das obras em 2025 e operação em 2028, o Projeto Sucuriú estará localizado a 50km de Inocência, na margem esquerda do Rio Sucuriú, próximo à rodovia MS 377 e à 47km da malha ferroviária, facilitando a logística ao escoamento para exportação. O investimento previsto para o projeto, que terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano, é de aproximadamente R$ 15 bilhões.

Custos da indústria sobem e ficam 30% acima do período pré-pandemia, aponta CNI

 

Indicador de Custos Industriais (ICI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), interrompeu a sequência de cinco quedas e apresentou alta de 4% no quarto trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior, acima do Índice de Preços do Produtor (IPP), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o aumento registrado, os custos industriais estão 30,1% acima do patamar pré-pandemia. O indicador mede os gastos do setor industrial com a produção (o que inclui energia, pessoal e insumos), com o capital e com o custo tributário.

 

Os custos tributários aumentaram 10,3% na comparação do quarto trimestre de 2023 com o anterior, o custo de produção aumentou 3,9% e o custo com capital caiu 5,6%, mas esta queda não foi suficiente para reverter a alta dos demais componentes do índice.

 

De acordo com a economista da CNI Paula Verlangeiro, a elevação dos custos industriais acima do IPP, que mede os preços das mercadorias vendidas pela indústria de transformação, mostra um recuo do índice de lucratividade da indústria brasileira de 2,4% no quarto trimestre de 2023. “Esse movimento ocorreu dado que a alta de preços das mercadorias vendidas pela indústria de transformação, de 1,5%, foi menor que o aumento de custos industriais, de 4%”, segundo a economista.

 

 

 

No custo de produção, os três componentes apresentaram alta na passagem do terceiro para o quarto trimestre. O primeiro deles, custo com pessoal, foi o que mais contribuiu para o crescimento do índice, ao subir 13,1% no trimestre. “O aumento do custo com pessoal foi influenciado pela alta da massa salarial. Embora seja um movimento sazonal, típico do quarto trimestre do ano, este foi o terceiro aumento consecutivo da massa salarial, que pode ser explicado pelo mercado de trabalho aquecido”, avalia a economista da CNI, Paula Verlangeiro.

 

O custo com bens intermediários subiu 1,7%, devido ao aumento de 2,3% do custo com bens intermediários nacionais, uma vez que o custo com insumos importados registrou queda de 1,9%. Além disso, o custo com energia registrou alta de 3%, em razão do crescimento das despesas com energia elétrica, óleo combustível e gás natural, na comparação entre os dois últimos trimestres de 2023.

 

Com esses movimentos, o custo com produção ficou 46,6% acima do patamar pré-pandemia, ou seja, na comparação com o primeiro trimestre de 2020.

 

Custo com capital cai pelo terceiro trimestre consecutivo

 

O índice de custo com capital registrou a terceira queda consecutiva no quarto trimestre de 2023. O indicador foi o único componente do ICI que recuou: queda de 5,6% entre o terceiro e quarto trimestres de 2023. O recuo está relacionado à queda da taxa básica de juros, a Selic, que sofreu quatro cortes de 0,5 ponto percentual entre agosto de 2023 e o fim do quarto trimestre do mesmo ano. Apesar da redução, na comparação com o período pré-pandemia, este custo apresenta alta de 36,7%.

 

Custo tributário sobe, mas é o único abaixo do período pré-pandemia

 

O custo tributário apresentou alta de 10,3% na passagem do terceiro para o quatro trimestre de 2023. O indicador mede o total pago em tributos federais e estaduais pela indústria divididos pelo PIB industrial. A alta do trimestre é explicada, principalmente, pela sazonalidade da arrecadação tributária do último trimestre do ano, que costuma ser mais elevada. Ainda que se considere esse fator, na comparação com o quarto trimestre de 2022, o custo tributário está 5,5% maior.

 

Apesar do aumento no trimestre, o custo tributário está em patamar mais baixo que o observado no pré-pandemia, devido à entrada em vigor da Lei Complementar 194/22, que limitou e reduziu alíquotas de ICMS, imposto cobrado sobre mercadorias. Também há o impacto da entrada em vigor do Decreto 11.158/22, que reduziu permanentemente a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em até 35% para a maioria dos produtos fabricados pela indústria brasileira.

 

CNI

Arábia Saudita abre mecado para o Brasil exportar sementes de variadas espécies

 

O governo brasileiro teve abertura de mercado na Arábia Saudita para exportações de sementes brasileiras de variadas espécies.

 

O mercado saudita apresenta grande potencial, com sua crescente demanda por importação de sementes, impulsionada pelo programa de desenvolvimento da produção de hortaliças em estufas.

 

 

Em 2023, o agronegócio brasileiro comercializou mais de US$ 250 milhões em sementes no mercado global, o que equivale a 47 mil toneladas, beneficiando mais de 120 países.

 

A Arábia Saudita é o 11º maior destino dos produtos agrícolas do Brasil, com exportações de US$ 2,93 bilhões no ano passado.

 

Bares e restaurantes criaram cerca de 70 mil novos empregos no último trimestre, diz IBGE

 

O setor de bares e restaurantes do Brasil registrou um crescimento no emprego durante o último trimestre (dez-jan-fev), revelam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgados pelo IBGE na quinta-feira (28).

 

O número de pessoas empregadas no setor de alojamento e alimentação (no qual bares e restaurantes significam mais de 90% do total), aumentou para 5,52 milhões no trimestre atual, em comparação com 5,45 milhões no trimestre anterior (set-out-nov de 2023). Isso representa um aumento de 70 mil novos empregos, um crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior.

 

Este desempenho do setor de bares e restaurantes destaca-se ainda mais quando comparado à média nacional, que registrou queda de 0,3% no número de pessoas ocupadas. O número de pessoas com carteira empregadas no setor no último mês também teve aumento, com 16 mil novas vagas em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo os dados do Caged.

 

O presidente da AbraselPaulo Solmucci, comentou sobre os resultados: “o setor demonstra resiliência e crescimento mesmo diante dos desafios econômicos. O aumento no número de empregos reflete a confiança dos empresários”, analisa.

 

“Tivemos um aumento nas vendas em fevereiro, graças ao Carnaval, e há uma expectativa positiva em relação ao primeiro semestre, com datas importantes para o setor, como Dia dos Namorados e Dia das Mães, além da Páscoa”, completa Solmucci.

 

Variação na média salarial

 

Além dos dados de emprego, a PNAD Contínua também trouxe informações sobre a média salarial dos trabalhadores do setor de alojamento e alimentação. Comparando o trimestre atual com o trimestre anterior, observou-se um aumento significativo na média salarial, passando de R$ 1.987 para R$ 2.075, o que representa uma variação de 4,4%, a maior variação positiva entre todos os setores pesquisados na PNAD.