Colheita do milho se encerra nesta semana e volume da safra pode ficar acima do esperado

A colheita do milho já se encerrou nas regiões Norte e Nordeste do Estado com produtividade acima da média esperada e ainda nessa semana as demais regiões devem finalizar os trabalhos de campo. A expectativa de que Mato Grosso do Sul deva colher 8,65 milhões de toneladas do cereal pode ser superada, conforme boletim semanal do Projeto SIGA-MS, o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio implantado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) em parceria com entidades de produtores rurais (Famasul e Aprosoja).

 

Nas regiões Norte e Nordeste, que conseguiram fazer o plantio mais cedo – e com isso não sofreram efeitos do frio e estiagem durante o desenvolvimento da planta – a produtividade média ficou acima de 100 sacas de milho por hectare. No entanto, nas demais regiões – castigadas pela geada, seca e eventos esporádico como uma tempestade de granizo – o retorno da lavoura foi menor. Regiões Oeste, Centro, Sul e Sul-Fronteira estão com produtividade na média esperada (76 sacas/ha); na região Sudoeste a colheita se revela acima da média e apenas na região Sudeste está um pouco abaixo da média.

 

Devido ao bom resultado das regiões Norte e Nordeste e não se confirmando uma quebra tão acentuada nas demais regiões, apesar dos contratempos, há a possibilidade da safra superar o volume estimado de 8,65 milhões de toneladas. No entanto, os técnicos do Projeto SIGA são cautelosos e preferem aguardar o fim da colheita para refazer os cálculos. Está identificado, porém, um viés positivo na produtividade.

 

O boletim desta semana lista alguns fatores que caracterizam a atual safra de milho em Mato Grosso do Sul: a colheita foi bastante demorada e será encerrada somente após a segunda semana de setembro devido ao plantio tardio de algumas regiões; a umidade observada até meados de agosto foi substituída por um clima bastante quente que tem acelerado as colheitas nas últimas três semanas; com a previsão do tempo apontando estiagem nesta semana, a colheita tende a avançar e se encerrar; apesar das dificuldades com a colheita, a produção do milho está com bom andamento em Mato Grosso do Sul.

 

O levantamento mostra também que, pelo menos 60,70% da safra do milho no Estado já foi comercializada e o preço disponível é de R$ 47,50 a saca de 60 quilos, com desvalorização de 2,15% entre os dias 8 a 14 de setembro. Entretanto, comparado ao valor médio do mesmo período do ano passado (R$ 27,56/sc), registra-se avanço nominal de 71,09% no preço do cereal em Mato Grosso do Sul, sinalizando para uma excelente rentabilidade no campo.

 

Crédito com juros menores para microempresários movimenta R$ 7 milhões

Uma parceria entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Caixa Econômica Federal viabilizou a assinatura de 35 contratos, no valor total de R$ 7 milhões, com o apoio dos fundos Garantidor para Investimentos (FGI) e de Garantia de Operações (FGO), para micro e pequenos empresários de todo o país.

 

Entre os benefícios, as linhas de financiamento possibilitaram uma redução dos juros de até 28%, se comparada à taxa de balcão, além de carência de até 60 meses para pagamento. Os recursos podem financiar capital de giro e bens de consumo duráveis. Os interessados podem acessar aqui a página eletrônica da parceria, que está aberta a novos empréstimos.

 

De acordo com a CNI, os R$ 7 milhões representam a soma dos R$ 5,3 milhões liberados na fase piloto do projeto, em julho, com recursos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), e de R$ 1,7 milhão operacionalizados pela rede do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), presente em 22 estados, desde o lançamento da parceria, em 25 de agosto.

 

Além das condições especiais de juros e pagamento, as indústrias que contratarem o financiamento contarão com o apoio de profissionais especializados do NAC para orientação financeira a fim de identificar a melhor alternativa de crédito ofertada.

 

O pacote de benefícios inclui ainda o Cartão Empresarial, com isenção da primeira anuidade para empresas com domicilio bancário de recebíveis na Caixa e seis meses de isenção total ou 12 meses com 50% de isenção para adesão na cesta de serviços para novos correntistas ou correntistas sem cesta.

 

Essas condições estão sujeitas à análise de risco de crédito e disponibilidade de recurso, bem como são válidas para empresas que tenham 12 ou mais meses de faturamento e garantias compatíveis com as exigidas, que variam de acordo com a linha de crédito, informou a CNI.

 

O programa oferece três linhas de crédito: Capital de giro pós-fixada, destinada a empresas com faturamento anual fiscal superior a R$ 360 mil, com juros a partir de 0,83% ao mês mais Taxa Referencial (TR), prazo de até 60 meses e carência automática de três meses; Capital de giro prefixada, voltada a micro e pequenas empresas, com juros a partir de 1,19% ao mês, prazo de 48 meses e carência automática de três meses; e BDC – Bens de Consumo Duráveis com taxa pós-fixada, com juros a partir de 0,92% ao mês, prazo de até 60 meses e até seis meses de carência.

 

Para ajudar o empresário a escolher qual a melhor opção, a CNI produziu cartilhas com orientações. Em seu portal, a CNI também oferece atendimento personalizado por profissionais, diretamente no canal do NAC.

 

 

Fonte: Agência Brasil