Em ano de pandemia, vendas de carros importados crescem 4% em Mato Grosso do Sul

O mercado automotivo premium tem mostrado uma desenvoltura econômica diferenciada em todo o País. Enquanto nos primeiros oito meses do ano registrou queda nas vendas de 35%, segundo a Fenabrave, o segmento de carro importado de luxo das quatro principais marcas tem crescido 4% no mesmo período.

 

Em Campo Grande, os indicadores também são positivos. Na Raviera Motors, concessionária da BMW, o acumulado anual registra 17% de crescimento nas vendas. Para o superintendente da empresa, Artur Duarte, alguns fatores, que se enlaçam com os dez anos de criação da empresa, a serem comemorados no próximo dia 22 de setembro, contribuem para isso.

 

“Conectividade. A BMW está na vanguarda com relação a esse assunto. Foi a primeira marca premium a fazer atualização remota de software no Brasil e a montadora investe em tecnologia própria para desenvolver suas ferramentas, não dependendo de terceiros, o que a faz estar bem à frente de outras marcas.  A eletrificação é uma realidade que veio para ficar e os carros híbridos já conquistam parte da clientela”, explica.

 

Outro fator, é a venda digital. “Já proporcionávamos uma experiência digital, mas com a pandemia, intensificamos nossos canais de atendimento e ofertamos um serviço onde o cliente consegue falar com o vendedor, por meio de tecnologias e acompanhar todas as explicações sobre o veículo, com áudio e imagem em tempo real, o Raviera Direct”, explica. “Ele fecha a compra presencialmente, mas observamos uma tendência de todo o atendimento anterior ser feito de forma digital”.

 

Acompanhar tendências e acreditar na reação positiva do mercado garantiram à Raviera Motors um período de cautela durante a pandemia, sem perder o foco nos negócios. Características de uma cultura empresarial de um grupo que atua há mais de 50 anos no mercado automotivo e há uma década representando a marca BMW no mercado sul-mato-grossense. “Mesmo o setor automotivo apontando possibilidade de queda de até 40% no fechamento de vendas para este ano, tínhamos importantes lançamentos para fazer e acreditamos nesse potencial. Aderimos ao movimento empresarial #nãodemita e fizemos ajustes como redução de jornada, antecipação de férias e mantivemos o quadro de pessoal em Campo Grande e Dourados”. Isso representa 47 famílias com emprego em um período delicado da economia.

 

 

Inovação para Campo Grande 

 

Ao completar 10 anos de história em solo sul-mato-grossense, a trajetória da Raviera Motors mostra como os responsáveis pela presença da marca BMW apostaram no mercado, trazendo inovações também na gestão. A começar com a construção do prédio erguido em cinco meses. Ao final de três meses de operacionalização, a concessionária conquistou a liderança em 2010, mesmo tendo a concorrência trabalhado o ano todo, posto que mantém até hoje no Estado.

 

O presidente da empresa, Willian Atallah, destaca a equipe e o atendimento diferenciado também como estratégicos. “Ao longo dos anos, não perdemos o foco no consumidor, o que nos permite manter nossa carteira de clientes e conquistar novos apreciadores da marca.” A marca tem como um dos seus valores o respeito a quem adquire seus produtos e pode ser conferido, por exemplo, desde antes da pandemia, lá na crise econômica pós-2016, quando os carros começaram a vir para o Brasil sem alguns itens de série para baratear custos.

 

“A partir de 2019, a BMW voltou com carros completos, em um esforço conjunto, inclusive da concessionária, para viabilizar as vendas, garantindo a qualidade do produto” explica.  Também é da concessionária sul-mato-grossense a façanha de ter o primeiro show room com três marcas, conjuntamente (carro, mini e motos). “Colocamos, ainda, Campo Grande na rota do BMW Ultimate Experience, uma das seis cidades a receber esse investimento. Levamos piloto profissional e uma gama de clientes para fazer teste drive no autódromo. Na última edição, em 2019, 500 pessoas participaram e este ano não foi feita por causa da pandemia”, conta Willian.

 

São iniciativas como essas que fazem da Raviera Motors, uma empresa familiar, uma marca lembrada pela inovação e arrojamento, com preocupação constante com as especificidades de cada cliente. “Quando vemos um projeto planejado com carinho, com todos trabalhando juntos pelo mesmo propósito de ser referência no mercado, sabemos que o legado não é só familiar. É também da história econômica de uma cidade”, afirma Willian.

 

Preços de hortifrúti atingem diferença de 470,20%, e aponta pesquisa do Procon MS

Equipe da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast foi a campo no período de 31 de agosto a 15 de setembro. para realizar pesquisa de preços de produtos hortifrutigranjeiros, uma vez que existe preocupação relacionada com os valores  pelos quais  estão sendo comercializados.

 

Durante a ação, foram verificados 75 produtos em 25  estabelecimentos, dos quais estão sendo divulgados 73. A norma para a divulgação é que o produto esteja a disposição em, pelo menos, três dos locais visitados, o que  não aconteceu com dois deles. A equipe de pesquisa verificou preços de frutas, verduras e legumes, os mais consumidos pela população.

 

A maior diferença de preços registrada pela pesquisa tem a ver com a goiaba vermelha com índice de  470,20 por cento. O quilo está sendo vendido por R$ 19,90 no Hortifrúti Folha verde e por R$ 3,49 no mercado Real. Enquanto isso, o menor índice constatado (43,78%), está relacionado à maçã nacional.  No atacadão a fruta custa R$ 6,19 o quilo. Já na Comper, o preço é R$ 8,90.

 

O levantamento detectou outras diferenças bastante consideráveis. Foram  registrados índices de 374,21 por cento no caso do abacaxi do tipo Havaí, por exemplo. O produto é vendido no Mercado do Produtor por R$ 1,99 enquanto no Hortifrúti Folha Verde não sai por menos de  R$ 8,90. A diferença de preços da manga Tommy também é  sensível,  33,44%. No Assai, custa R$ 2,99 o quilo enquanto no mesmo hortifrúti, R$ 12,90.

 

De acordo com os comerciantes, os preços que não vêm agradando os consumidores estão elevados não por culpa sua. Afirmam que os valores para aquisição junto aos produtores se eleva em função de vários fatores. Atualmente esse fenômeno pode ser creditado às altas temperaturas que causam perda, bem como  a alta na procura o que dificulta a oferta.

 

Pesquisa Hortifrúti – Setembro 2020