Partidos e candidatos recorrem ao Procon MS diante de negativa para abertura de contas

Candidatos às eleições  que ocorrem em novembro próximo estão se surpreendendo ao chegarem às agências de Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, bancos oficiais, para abertura de  contas de  campanha, procedimento ao qual são obrigados por Lei federal e, com isso se dirigiram, por meio do partido à  Superintendência para Orientação e  Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão  da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast em busca de providências  que possibilitem o atendimento à Legislação.

 

A primeira agremiação a tomar tal iniciativa foi o Partido  Socialista Cristão – PSC, por meio de sua secretaria geral  em Mato Grosso do Sul que deu conhecimento do problema ao Procon Estadual. Integrantes da cúpula  do partido e seus candidatos  vêem  a atitude dos bancos, ao  se negarem à abertura de conta como “um ataque direto à Democracia” e afirmam que, em relação a candidatos do interior do Estado houve casos que diante da negativa dos bancos, tiveram de se dirigir à Capital para poderem cumprir o que determina a Lei.

 

Ao verificar  a seriedade da denúncia, o superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão, notificou as  superintendências estaduais das  duas instituições bancárias a prestarem, no  período máximo e improrrogável de dez dias, informações e esclarecimentos a respeito dos fatos relatados. Para a tomada de decisão Salomão cita a Lei federal 9.504/97 que estabelece a obrigatoriedade dos bancos a abrir, em até  três dias do pedido de qualquer candidato em convenção, conta para deposito sem condicionar deposito mínimo ou cobrança de taxas.

 

Há que se considerar, também, comunicado do Banco Central do Brasil com orientações sobre a abertura de contas  para políticos e candidatos e a  resolução  do Tribunal Superior eleitoral dispondo sobre  a arrecadação e gastos de recursos por partidos e candidatos, além da prestação de contas  nas eleições. As reclamações que chegaram ao Procon Estadual dão conta de que os bancos alegam acúmulo de serviços gerada pela demanda em função da exigência legal.

Sebrae e FGV: Negócios que inovaram na pandemia tiveram perdas menores

Um em cada quatro donos de pequenos negócios implementou alguma inovação desde o início da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os empresários que desenvolveram práticas inovadoras em seus negócios tiveram mais sucesso na melhora do nível de faturamento. Enquanto os pequenos negócios inovadores registraram perda de 32% da receita, as empresas que não inovaram tiveram um percentual de perda maior (39%).

 

Para incentivar a inovação entre as micro e pequenas empresas, o Sebrae está promovendo, ao longo deste mês, que marca o Mês da Inovação, uma série de palestras e cursos online, em áreas como inteligência artificial e digitalização dos negócios. Segundo a entidade, mais de 19 mil pessoas já se inscreveram e estão acompanhando a programação, que tem 250 horas de conteúdo gratuito na internet. Os empreendedores interessados podem se informar melhor sobre a programação na página da Jornada da Inovação, criada pelo Sebrae.

 

Entre os principais desafios para os micro e pequenos empresários na atualidade está justamente digitalização dos serviços. A empresária Idalegugar Fernandes e Silva de Castro, mais conhecida como Guga Fernandes, montou a primeira indústria de vitaminas e minerais das regiões norte e nordeste do país em 2013. Até o ano de 2018 a empresa alcançava rentabilidade muito modesta por meio de pontos de vendas localizados em pontos estratégicos das cidades onde atuava. Após um treinamento no Sebrae, ela abandonou a ideia de vender em pontos físicos e automatizou o comércio para o digital, usando principalmente redes sociais. Além disso, contratou uma equipe de funcionárias para fazer a revenda.

 

“Com nossa transformação, saltamos de um lucro de R$ 15 mil mensais para R$ 200 mil. Isso é incrível, levou tempo e amadurecimento. Através das jornadas de imersão no meu negócio eu desenvolvi uma visão macro. Mesmo sabendo dos produtos de alta qualidade que tinha, só pensava em vendas locais. Com as redes sociais podemos chegar muito mais longe, podemos vender para o Brasil e para o mundo”, analisa Guga. A presença consolidada nas redes sociais também permitiu que a empresária enfrentasse a crise econômica decorrente da pandemia com mais estabilidade.

 

 

Fonte: Agência Brasil