Crediário dos cartões de crédito pode prejudicar recuperação econômica, alerta Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS

Modalidade anunciada por bancos e empresas de cartão de crédito, o parcelamento com juros, em até 36 vezes, no cartão, pode aumentar o descontrole financeiro das famílias e prejudicar o processo de recuperação econômica, alerta o IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS).
“É preciso parcimônia. Esse tipo de taxa de juros torna o crédito mais caro e interfere de forma negativa nas expectativas do consumidor, que são importantes para a recuperação da economia. O acesso ao crédito é um dos indicadores analisados na Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo)”, observa o presidente do IPF-MS, Edison Araújo.
Outra preocupação é quanto ao possível aumento do índice de inadimplência, considerando que o cartão hoje é o meio de endividamento para aproximadamente 65% das famílias. Se por um lado, traz como vantagem ao lojista o lojista o recebimento do valor da venda em até cinco dias, ao passo em que hoje esse prazo depende do parcelamento. De outro, os juros podem inibir o consumo, na avaliação da economista do IPF-MS, Daniela Dias.
 “O que precisamos neste momento é estimular o consumo, que está mais consciente e ter nossos indicadores positivos e eles estão pautados nas expectativas”, diz. No crediário do cartão de crédito, os juros serão menores do que os disponíveis no rotativo do cartão, atualmente em 317% ao ano, segundo dados de fevereiro do Banco Central (BC). Assim, comparando as duas opções, o crediário no cartão de crédito é mais vantajoso. Mas não haverá taxas fixas. Elas vão variar conforme o emissor do cartão, o número de parcelas da compra e o perfil do cliente.  A nova modalidade de crédito visa a acabar com o parcelamento a prazo sem juros.

Centro Internacional de Negócios defende estreitamento de relacionamento entre Mato Grosso do Sul e Argentina

Ao participar do “1º Encontro Oportunidades de Negócios com a Argentina – Potencial do Comércio Bilateral”, realizado ontem  (28/03) pelo Consulado Geral da República Argentina no Brasil, em parceria com a Fiems, Fecomércio, Sebrae/MS e Governo do Estado, o superintendente do IEL, José Fernando do Amaral, defendeu o estreitamento das relações comerciais entre Mato Grosso do Sul e Argentina.

 

“Essa é mais uma ação do CIN/MS (Centro Internacional de Negócios de Mato Grosso do Sul) de aproximar um país irmão como a Argentina para desenvolver novos negócios com o Estado. Já estamos fazendo muito bem isso com o Paraguai e agora esse evento é aumentar a relação comercial do Estado com outros países”, pontuou José Fernando.

 

Ele acrescenta que o objetivo é fomentar esse ambiente de negócios e esse encontro é apenas o primeiro passo para estreitar as relações com os argentinos. “Futuramente pretendemos desenvolver outras ações, como missões para a Argentina para que nossos empresários conheçam de perto as oportunidades de negócio e também para proporcionar um ambiente de negócios”, afirmou.

 

Segundo a coordenadora do CIN/MS, Nathália Alves, o evento foi uma excelente oportunidade para estimular o fomento das exportações de produtos do Estado para a Argentina. “Já existe uma Câmara de Comércio da Argentina e esse é o primeiro evento para apresentar essa câmara aos empresários como mais uma ferramenta para buscar informações tanto para quem quer exportar como para quem quer importar da Argentina, que é um dos nossos principais parceiros comerciais”, explicou.

 

Para o cônsul-geral da República Argentina, Luis Castillo, esse encontro foi um primeiro passo para desenvolver ações entre os dois países para estreitar as relações comerciais. “Hoje aqui é apenas um momento para apresentar as oportunidades de negócios que os brasileiros, em especial os sul-mato-grossenses, podem estabelecer com a Argentina. A partir daqui, buscaremos desenvolver outras ações, mas acredito que seja importante que os empresários daqui também viajem para a Argentina para ver de perto a realidade de lá”, disse.

 

Palestra

 

O diretor da Câmara de Comércio de São Paulo, Gustavo Segré, apresentou aos empresários presentes no encontro as oportunidades de negócio, fazendo um breve relato sobre a história das relações entre Brasil e Argentina desde 1972. “Hoje há um grande superávit comercial a favor do Brasil em Mato Grosso do Sul em relação à Argentina. Existe queda das exportações argentinas para o Brasil todos os anos desde 2010, enquanto há um crescimento das importações de produtos brasileiros na Argentina”, apontou.

 

Ele ainda destacou que é preciso que os empresários brasileiros foquem em produtos fáceis de vender e busquem negócios pensando numa economia em crise na Argentina. “O principal produto brasileiro exportado do Brasil é a soja, um produto que a Argentina também produz, mas o ideal seria juntar escalas de produção. Mas também não devemos focar em produtos que já têm uma boa aceitação lá, porque eles também já têm seu mercado. A ideia é pensar em produtos que podem conquistar um novo mercado”, completou.

 

 

Anfitrião do evento, o diretor de operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, destacou a forte articulação entre as instituições presentes para fomentar os negócios. “É uma honra para o Sebrae sediar esse encontro, porque vemos hoje que existe uma busca constante no ambiente econômico de se abrir os mercados e a ideia aqui é apresentar aos empresários de Mato Grosso do Sul as oportunidades com a Argentina”, comentou.

 

O secretário-adjunto da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ricardo Senna, reforçou a necessidade de aumento de fluxo de comércio. “Quando fazemos isso, temos um crescimento econômico, aumento da disponibilidade de tecnologia, harmonização da legislação entre os países. Para se ter uma ideia, a balança comercial de Mato Grosso do Sul ainda é tímida e temos um grande espaço de oportunidades de negócios com a Argentina e o Governo do Estado ajuda a fomentar esse ambiente de negócios”, pontuou.

 

Já para o conselheiro fiscal da Fecomércio-MS, Adilson Puertes, o fortalecimento da Câmara de Comércio e Indústria Argentino-Brasileira em Mato Grosso do Sul é fundamental para que os empresários tirem suas dúvidas e encontrem as melhores oportunidades de investimento no país vizinho. “Além disso, teremos acesso a informações sobre bens e serviços da Argentina que podemos importar, tornando mais ágil o comércio entre os dois países, mostrando o que nosso Estado tem de melhor também para os argentinos”, salientou.

 

Empresários

 

O empresário Rui Murilo Galvanini, da Vó Ermínia, considerou o evento uma oportunidade de obter mais conhecimentos sobre possíveis investimentos na Argentina. “Nós trabalhamos com exportação uma única vez, para os Estados Unidos e há muito tempo, mas hoje estamos buscando novos mercados e eu me interessei pelo encontro para conhecer mesmo as possibilidades que nós empresários poderemos encontrar”, afirmou.

 

Na avaliação do diretor da Rímoli, Reverton Rímoli, os empresários precisam estar atentos às possibilidades de negócios e o evento trouxe mais conhecimento. “Já tenho negócios no Paraguai, de onde importamos alguns produtos, mas nunca pensamos em ter nenhuma relação comercial com a Argentina até então, mas é uma questão a se pensar e analisar”, concluiu.

 

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Sine disponibiliza dados para empresas intermediadoras de mão de obra

Empresas que fazem intermediação na contratação de mão de obra já podem usar os dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e, assim, conhecer o sistema e fazer cruzamento de informações sobre o mercado de trabalho. A disponibilização dos dados começou ontem (28).

 

Segundo o secretário de Políticas Públicas para o Emprego do Ministério da Economia, Fernando Holanda, este é o primeiro passo para que, posteriormente, as empresas possam identificar e pedir o contato de candidatos com o perfil desejado no Sine para agendar entrevista. A previsão é que a segunda fase, com o agendamento de entrevistas, comece no próximo mês.

“O que a gente fez hoje foi liberar todos os dados, respeitando a privacidade das pessoas para que as empresas possam compreender o conteúdo dos dados do Sine. É uma medida preparatória para o compartilhamento dos dados, que vai começar em abril”, disse o secretário à Agência Brasil.

 

De acordo com o Ministério da Economia, o acesso a dados específicos será disciplinado por edital de chamamento público e formalizado por meio de assinatura de termo de responsabilidade, com utilização de certificação digital. Na segunda fase, o governo espera o aumento da empregabilidade e a redução do tempo de espera por recolocação no mercado de trabalho.

 

Dos dados liberados para consulta, ficam preservadas informações como identificação dos trabalhadores, gênero e raça. Serão disponibilizados dados gerais dos candidatos, como nacionalidade, disponibilidade para viajar ou para dormir no local de trabalho, últimas experiências profissionais, formação acadêmica, fluência em idiomas estrangeiros, cursos técnicos e profissionalizantes, por exemplo.

Fernando Holanda disse que o Sine tem atualmente baixa eficácia para gerar vagas de emprego. Por isso, é importante fazer parcerias com as empresas de recrutamento. Segundo o secretário, no ano passado, o Sine foi responsável por 3% do total de vagas formais preenchidas. “A principal carência do nosso sistema é a coleta de vagas de emprego. Acreditamos que esse papel pode ser desempenhado melhor, neste momento, com as empresas privadas nos ajudando”, afirmou.

 

Oportunidades

 

O cofundador de uma empresa de inovação tecnológica na área de recursos humanos Fernando Bueno disse que a abertura do banco de dados vai permitir gerar comparativos e avaliações sobre o mercado. “Atualmente, usamos dados que nós mesmos conseguimos gerar referentes aos candidatos. Os dados abertos nos permitem treinar novos modelos e deixar nossa inteligência artificial mais preparada para fazer outros tipos de comparativos, avaliações.”

 

Bueno infomou que sua empresa usa atualmente jogos que simulam situações problemáticas para os candidatos resolverem. Depois são gerados relatórios comparativos que permitem aos candidatos se conhecerem melhor e às empresas escolherem o perfil adequado. Com os dados do Sine disponíveis, além de gerar esses relatórios, Bueno disse que será possível ajudar o candidato a entender como está o mercado de trabalho e em qual área de atuação há mais oportunidades.

 

 

Fonte: Agência Brasil

Indústrias de MS registram em 2 meses saldo positivo de 971 postos de trabalho

O setor industrial de Mato Grosso do Sul, que é composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, registrou, em dois meses, saldo positivo de 971 novos postos de trabalho, resultante de 9.925 contratações e 8.954 demissões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, nos últimos 12 meses, o saldo do setor continua positivo, com a criação de 526 novos postos de trabalho, fruto de 56.880 contratações e 56.354 demissões.

 

Já em fevereiro, de acordo com Ezequiel Resende, as indústrias do Estado tiveram saldo positivo de 535 novos postos de trabalho, resultado de 4.865 contratações e 4.330 demissões. “No ano, os maiores saldos positivos foram nas indústrias da construção (+702), de alimentos e bebidas (+242), metalúrgica (+105), da borracha, couros, peles e similares (+103) e de calçados (+73)”, informou, completando que em 12 meses os maiores saldos foram nas indústrias de alimentos e bebidas (+831), extrativa mineral (+158), metalúrgica (+151), mecânica (+142) e da madeira e do mobiliário (+114).

 

No mês de fevereiro, os maiores saldos são oriundos das indústrias da construção (+280), de alimentos e bebidas (+181), metalúrgica (+56) e de calçados (+53). “O conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou fevereiro de 2019 com 121.998 trabalhadores empregados, indicando elevação de 0,54% em relação ao mês anterior, quando o contingente ficou em 121.348 funcionários. Atualmente, a atividade responde por 18,9% de todo o emprego formal existente no Estado, ficando atrás dos setores de serviços, que emprega 191.880 trabalhadores e tem participação de 29,7%, de administração pública, com 133.909 empregados e participação de 20,7%, e de comércio, com 127.128 empregados e participação de 19,7%”, detalhou Ezequiel Resende.

 

Detalhamento

 

Em Mato Grosso do Sul, o mês de fevereiro teve 112 atividades industriais com saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 2.015 vagas, com destaque para abate de reses, exceto suínos (+274), construção de edifícios (+224), obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (+220) e serviços especializados para construção não especificados anteriormente (+125). Por outro lado, 76 atividades industriais apresentaram saldo negativo, provocando o fechamento de 1.044 vagas, sobressaindo fabricação de álcool (-316), fabricação de açúcar em bruto (-159) e fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel (-102).

 

Em relação aos municípios, constata-se que em 38 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a fevereiro de 2019, proporcionando a abertura de 1.758 vagas, com destaque para Campo Grande (+754), Coxim (+152), Naviraí (+139), Paranaíba (+128), Nova Andradina (+85), Aparecida do Taboado (+77), Corumbá (+61), Itaquiraí (+43) e Deodápolis (+40). No entanto, em outros 33 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, provocando a fechamento de 787 vagas, sobressaindo Fátima do Sul (-156), Dourados (-123), Eldorado (-92), Rio Brilhante (-83) e Selvíria (-67).

Procon Estadual registra mais de vinte mil bloqueios de telefones por meio do“bloqtel” depois de denúncias

Instituído por meio da Lei Estadual 3.641 de 4 de  fevereiro de  2009, o Cadastro para o Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing (Bloqtel) tem como objetivo impedir que as empresas de telemarketing ou estabelecimentos que se utilizem deste serviço, efetuem ligações telefônicas, não autorizadas, para os usuários nele inscritos, cabendo à Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS) o seu efetivo funcionamento.

 

Desde sua criação há 10 anos foram cadastrados 22.620 telefones e 10.496 usuários. Nos registros constam o bloqueio de 21.352 telefones de 602 fornecedores entre empresas de telefonia móvel e bancos por insistirem na tentativa de  vendas de  “pacotes” diversos causando aborrecimento aos usuários.

 

Somente nos primeiros meses deste ano (2019) foram registradas 97 denúncias,  sendo as operadoras  de telefonia Vivo e Claro as  que mais tiveram registro.  A vivo foi denunciada 28 vezes enquanto a Claro 19. As restantes estão entre bancos e estabelecimentos comerciais que ligam para as pessoas oferecendo produtos, geralmente cartões de crédito ou “pacotes” como poupança ou investimentos.

 

Para o consumidor fazer uso do serviço e proceder uma reclamação e pedir bloqueio é necessário que esteja cadastrado no Procon Estadual bastando para isso fornecer seu nome,  números de RG e CPF, endereço, telefone a ser cadastrado e-mail.  A efetivação do cadastro se dará à partir do trigésimo dia do ingresso do usuário no sistema e, à partir daí as empresas citadas estarão proibidas, sob pena de sanção, a  realizar ligações para aqueles números.

 

O superintendente Marcelo Salomão lembra que “muitas vezes por desconhecimento da existência deste tipo de serviço as pessoas ficam reféns de empresas que, repetidamente, ligam na tentativa de oferecer algo que não é do interesse do consumidor”. O Procon Estadual dispõe de condições para auxiliar e realizar o bloqueio das ligações indesejadas.

 

 

O bloqueio do telemarketing em telefones fixos ou móveis pode ser feito no site:  http://www.bloqtel.ms.gov.br/, após o cadastro.

Com alta de 78,83%, batata-inglesa é a vilã da cesta que compõe índice da inflação de Páscoa, segundo o Ibre-FGV

A batata-inglesa é a vilã da cesta de produtos que compõem o índice de inflação da Páscoa. A variação positiva foi de 78,83% nos últimos 12 meses compreendidos entre abril de 2018 e março de 2019. A pesquisa foi divulgada ontem (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

 

A inflação de Páscoa atingiu 17,15%, depois de experimentar variações de 2,61%, em 2018; e deflação de 0,36%, em 2017. A taxa superou com folga o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), da FGV, que ficou em 4,37%. A alta registrada para os produtos mais consumidos na Páscoa voltou ao patamar observado em 2016, da ordem de 15,17%.

 

Segundo o pesquisador Igor Lino, do instituto, responsável pelo levantamento, a batata-inglesa tem peso de 17,5% na cesta de produtos para a Páscoa. Retirando a batata da cesta, a inflação dos itens de mesa para a Páscoa cai de 17,15% para 4,11%. “Ela (a batata-inglesa) é a grande vilã da inflação”

 

A elevação de preço da batata-inglesa nos últimos 12 meses pode ser atribuído à questão climática, com registro de muita chuva no início do ano e calor intenso. O mesmo pode ser explicado em relação à couve, que subiu no período 21,17%.

 

O terceiro produto que contribuiu para a alta da inflação foi o bacalhau (+19,35%), em função do aumento do dólar, cuja variação atingiu 20% no ano. O quarto aumento significativo foi detectado no atum (10,36%).

 

Reajustes baixos

 

Lino disse que somente os pescados frescos tiveram aumento moderado de 4,67%. Alertou, porém, que com a proximidade da Semana Santa, “a demanda vai ser maior pelos pescados frescos e, com certeza, pode ter um aumento de preços aí”.

 

Apesar da alta de 17,15% para os itens que compõem a mesa para a Páscoa, alguns produtos tiveram reajuste abaixo da inflação média apurada pelo IPC-10. Entre eles, podem ser citados bombons e chocolates (3,64%), sardinha em conserva (2,83%), azeitona em conserva (2,73%), ovos de galinha (2,08%), e azeite (1,13%).

 

Fonte: Agência Brasil

Governo estuda tributar dividendos e reduzir impostos de empresas

A equipe econômica estuda a redução de tributos sobre empresas, em troca da cobrança de Imposto de Renda sobre dividendos, disse ontem (27) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro declarou que a medida aumentaria a competitividade do Brasil no exterior sem piorar a distribuição de renda.

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública da Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, fala sobre a reforma da Previdência.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública na CAE – Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

“Se o mundo todo começa a reduzir impostos sobre empresas, como você consegue reduzir sem piorar a distribuição de renda? Se pode abrir uma empresa a 20% de imposto lá, e aqui a 34%, quem sabe podemos reduzir a 20% aqui, mas pega imposto sobre dividendo e sobe? Tem que fazer uma compensação. Estamos dizendo o seguinte: vamos baixar de empresas, mas aumentar em dividendo. Isso que está sendo estudado”, declarou o ministro.

 

Atualmente, as empresas brasileiras que lucram mais de R$ 20 mil por mês pagam 25% de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e 9% Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), totalizando 34%. Em compensação, desde 1995, o Brasil não cobra Imposto de Renda sobre dividendos (parcela do lucro distribuída aos acionistas de uma empresa), na contramão da prática internacional.

 

Segundo o ministro da Economia, a carga tributária do Brasil é alta. De acordo com Guedes, se os tributos fossem mais baixos para toda a sociedade, o governo não precisaria ter concedido subsídios e desonerações a setores específicos da economia nos últimos anos. Para ele, tais políticas beneficiam apenas setores com capacidade de pressão, enquanto empresas sem conexões políticas quebram por não conseguirem articular-se.

 

Seguro rural

 

Sobre a intenção de o governo reduzir os subsídios à agropecuária e aumentar as operações de seguro rural, Guedes respondeu que nunca defendeu o fim de subsídios a um segmento específico da economia, mas a redução generalizada para todos os setores. “Fui eu mesmo que determinei uma compensação ao setor agrícola depois que retiramos a tarifa antidumping do leite em pó importado, depois que os produtores brasileiros reclamaram”, rebateu.

 

Fonte: Agência Brasil

 

FCDL em parceria com Procon-MS vai oferecer selo de qualidade a lojistas

A FCDL/MS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul) passará a oferecer, em parceria com o Procon/MS, o selo de qualidade do consumidor. O lojista passará por cursos e orientações a aplicar em seu estabelecimento e poderá usar o certificado de qualidade atestado pelo órgão de defesa do consumidor. O tema foi debatido durante reunião da Federação, na segunda-feira (26).

 

“Iremos oferecer a capacitação ao lojista e seus colaboradores para que sejam aptos a usar o selo de qualidade e se destacar no mercado”, explica a presidente da FCDL, Inês Conceição Santiago.

 

O objetivo é certificar os estabelecimentos com um selo de qualidade outorgado pelo PROCON/MS, que garante segurança e qualidade no atendimento. O projeto visa, também, orientar e fiscalizar a execução dos serviços, para o cumprimento das legislações vigentes

 

O superintendente do Procon, Marcelo Salomão, esteve na reunião e apresentou o trabalho feito pela entidade em todo o Estado.

Banco Central anuncia que leiloará US$ 3 bilhões das reservas internacionais para conter alta do dólar

Para conter a volatilidade no mercado de câmbio, o Banco Central (BC) leiloará na sexta-feira (29) US$ 3 bilhões das reservas internacionais com o compromisso de comprar o dinheiro daqui a alguns meses. Desde o fim de fevereiro, a autoridade monetária não fazia esse tipo de operação.

 

Os leilões ocorrerão em duas etapas, das 12h15 às 12h20 e das 12h35 às 12h40. Esse será o oitavo leilão desse tipo no ano. Em 2019, o Banco Central injetou US$ 7,925 bilhões das reservas internacionais no mercado.

 

Nos últimos dias, o dólar tem enfrentado fortes oscilações num cenário de instabilidade na economia internacional e de tensões domésticas com as negociações em torno da reforma da Previdência. Hoje, o dólar comercial encerroucom alta de 0,24%, vendido a R$ 3,867. A divisa, no entanto, fechou acima de R$ 3,90na última sexta-feira (22).

 

Fonte: Agência Brasil