Petrobras anuncia mudança na periodicidade do reajuste do óleo diesel

A Petrobras anunciou ontem (26) mudança na periodicidade para reajustes do óleo diesel. A partir de agora, o preço do combustível não poderá ser reajustado em períodos inferiores a 15 dias.

 

Até então, o valor do litro do diesel poderia variar até diariamente. Segundo a estatal, os preços do diesel nas refinarias da companhia correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final.

 

A estatal anunciou ainda a criação do “Cartão Caminhoneiro”, que permitirá a compra do combustível a preço fixo nos postos com a bandeira BR. O cartão deve entrar no mercado em 90 dias. Segundo a empresa, o cartão “servirá como uma opção de proteção da volatilidade de preços, garantindo assim a estabilidade durante a realização de viagens”.

 

A decisão foi aprovada em reunião com a diretoria executiva. Em nota, a Petrobras garante que “manterá a observância de preços de paridade internacional (PPI), abstendo-se, portanto, de práticas que poderiam caracterizar o exercício de poder de monopólio, já que possui 98% da capacidade de refino do Brasil”.

 

A alta do preço do combustível foi a principal justificativa para a greve dos caminhoneiros em maio de 2018.

Escola Senai da Construção forma nesta sexta a 4ª turma de imigrantes haitianos

Fruto da parceria estabelecida entre a Escola Senai da Construção, Plaenge e Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT-MS), mais uma turma de imigrantes haitianos será formada para atuar no mercado da construção civil de Mato Grosso do Sul. Desta vez serão diplomados 24 haitianos, que iniciaram o curso de introdução a técnicas para revestimento cerâmico e argamassado em fevereiro deste ano e receberão os certificados de conclusão nesta sexta-feira (27/03), às 19h, no auditório da Escola Senai da Construção, que fica na Avenida Rachid Neder esquina com a Rua Caxias do Sul, Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

 

Na avaliação do gerente da Escola Senai da Construção, Roger Benites, a formação dessa 4ª turma composta por trabalhadores imigrantes do Haiti vem ao encontro da necessidade de mão de obra qualificada e com o aquecimento do mercado da construção civil. “Fornecer uma qualificação profissional e dar uma perspectiva de vida melhor para esses imigrantes é de suma relevância para a mão de obra da construção civil em nosso Estado, que volta a apresentar um crescimento e, com isso, demanda por profissionais cada vez mais preparados”, afirmou.

 

Ele ainda ressaltou a preocupação social da instituição. “Acredito que é justamente esse o nosso papel dentro da educação profissional, oferecer mecanismos para todas as pessoas. Esses formandos deixaram seu país em busca de melhores oportunidade de vida e nós nos sentimos honrados em poder ajudá-los a serem inseridos no mercado de trabalho”, afirmou.

 

Na avaliação de Luiz Octávio Carvalho de Pinho, que é o gerente-comercial da Plaenge, o curso é uma oportunidade para a vida pessoal e profissional dos haitianos. “A Escola Senai da Construção e a Plaenge buscam oportunizar uma capacitação profissional de qualidade, visando que as portas do mercado de trabalho venham a se abrir para esses alunos. Estamos muito satisfeitos com conclusão de mais uma turma e esperamos que essa parceria se estenda cada vez mais”, ressaltou.

 

Para o aluno Junel Ilora, que é imigrante haitiano e faz parte da Ashbra (Associação para a Solidariedade dos Haitianos no Brasil), o curso foi uma oportunidade única. “Poder estudar no Senai, que é referência em qualificação profissional no Brasil, receber uma qualificação de qualidade com uma estrutura de qualidade, professores de ponta e aprender um pouco mais do idioma português é gratificante. Trata-se da realização de um sonho”, concluiu.

 

Outras turmas

 

No período de outubro de 2017 a julho de 2018, a Escola Senai da Construção já formou três turmas composta por trabalhadores haitianos em cursos relacionados com a construção civil. A última turma foi a do curso gratuito de pintor imobiliário, que abrangeu técnicas de pintura predial, integração social e normas de saúde, segurança e higiene no trabalho. Os cursos têm como prioridade a capacitação da comunidade haitiana, que se concentra nos bairros Vila Progresso e Rita Vieira, em Campo Grande (MS), depois que o Haiti foi devastado por um terremoto que agravou ainda mais os problemas socioeconômicos enfrentados pelo país da América Central.

 

“A maioria dos haitianos que vieram para Mato Grosso do Sul fica em Campo Grande à procura de emprego, mas a falta de qualificação profissional e de domínio do idioma dificulta o acesso ao mercado de trabalho. Por isso, o grande impasse é realmente não ter a prática do trabalho e eles têm de ser preparados”, explicou Roger Benites. Nascido em um país cuja história é marcada por governos ditatoriais, golpes de Estado e uma guerra civil, depois que o terremoto atingiu o Haiti, em janeiro de 2010, Bernard Denord, 29 anos, entendeu que era o momento de tentar a sorte no Brasil, assim como fizeram milhares de haitianos.

 

“Trabalhava como escrivão, mas as coisas, que já eram difíceis, ficaram ainda piores depois do terremoto. Em 2012 percebi que não existia muitas chances de a situação melhorar e decidi tentar a sorte no Brasil. Hoje trabalho como conferente em um atacado, mas depois dos cursos no Senai, descobri uma paixão e hoje minha vontade é fazer uma faculdade de Engenharia Civil”, contou Bernard sobre a experiência com o Senai. Além do emprego no atacado, pequenos serviços de pintura, fruto do aprendizado na instituição, vão contribuir com a poupança para bancar a faculdade, acrescenta ele.

 

Chamyr Jean, 35 anos, levou a esposa e o filho, de 5 anos, para prestigiar a conquista do certificado do Senai. Mas a cerimônia contou com uma presença especial, a da família que o acolheu em Campo Grande quando ele chegou do Haiti. Chamyr conheceu o sargento Firmino Garcia ainda no Haiti, quando tropas do Exército Brasileiro foram enviadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) para auxiliar na recuperação do país após o terremoto.

 

Lá, Chamyr trabalhava como intérprete e, por isso, se aproximou bastante dos militares. “Falo que ele e a esposa, Roseli, são meus pais no Brasil, porque desde o dia que cheguei, 8 de dezembro de 2014, foram eles que me ajudaram e incentivaram a investir em mim e não deixar passar oportunidades. Hoje, eles estão vendo meu crescimento e o primeiro passo para ter uma profissão aqui”, comemorou Chamyr.

Coleção cápsula do Senai Empresa encerra consultoria à indústria

Depois da adesão ao projeto “Coleção + Ágil”, oferecido pelo Senai Empresa, por meio do CTV (Centro de Tecnologia do Vestuário), e do Senai Cetiqt (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil), do Rio de Janeiro (RJ), a empresa Made in Arruda, de Campo Grande (MS), apresentou, ontem (26), uma “coleção cápsula”, criada com o objetivo de atender de forma mais assertiva os clientes, além de otimizar tempo e custo.

 

Segundo o presidente do Sindivest-MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário, Fiação e Tecelagem de MS), José Francisco Veloso Ribeiro, a consultoria é fundamental para garantir a competitividade das indústrias do Estado. “É extremamente importante que as empresas busquem se atualizar constantemente, para que tenha produtos que atendam cada vez melhor as demandas dos clientes, evitando desperdícios”, afirmou.

 

A consultora do CTV, Hanna Vianna, afirmou que o objetivo do projeto é agilizar o processo de desenvolvimento do produto. “Ao todo, esse projeto atende seis empresas de Campo Grande, Nova Andradina e Dourados. Em cada uma delas nós fizemos um planejamento para a elaboração de coleções cápsulas para ter um aproveitamento maior de tempo e ser mais assertivo nas finalizações das coleções. Essa coleção cápsula é a finalização de todo o processo de planejamento e pesquisa”, explicou.

 

Ela ainda acrescentou que, na segunda-feira (25), as empresas Bendita Store e Kibela Moda, ambas também de Campo Grande (MS), já apresentaram suas coleções. “Na quarta-feira (27/03) e na quinta-feira (28/03) será a finalização da consultoria com as empresas Thais Matos Lingerie e Marta Campos Underwear, ambas de Dourados (MS), além da D’la Rouse, de Nova Andradina (MS)”, informou.

 

Muitas vezes as empresas desenvolvem os seus produtos apenas com base nas tendências, sem avaliação da real demanda. “Com essa consultoria, as empresas serão mais responsivas. Cada empresa vai ter sua forma de lançamento dos produtos e coleções, mas a ideia é que ela apresente novidades com mais frequência, mas sempre de acordo com a demanda do cliente”, ressaltou.

 

Para a empresária Sharlene de Arruda, participar da consultoria trouxe um grande conhecimento, pois não tinha muita experiência de montagem de coleção, de estrutura de cartela de cores, de administração mesmo da coleção em si até a produção. “Hoje estou muito mais madura graças a esse projeto e me sinto muito mais segura até para tomar decisões, me comunicar melhor com o cliente, explicar o valor do produto e o desenvolvimento de cada processo para que ele entenda como existe o trabalho de uma equipe por trás disso”, garantiu.

 

Ainda conforme Sharlene de Arruda, a principal mudança foi a organização dentro da empresa. “Tempo é prioridade e o que eu vejo é que eu já fazia tudo isso, mas de forma desorganizada e por instinto. Hoje eu vejo que existem processos que precisam ser respeitados, mas que não impedem que sua criatividade flua. Então eu posso criar e me inspirar, mas de uma forma mais organizada, otimizando tempo e com uma equipe mais entrosada”, concluiu.

Mato Grosso do Sul gera 3.511 vagas com carteira assinada em fevereiro

Mato Grosso do Sul gerou 3.511 novos empregos com carteira assinada em fevereiro de 2019, o melhor resultado para o mês desde 2014, período pré-crise, de acordo com os dados da Carta de Conjuntura do Mercado de Trabalho, elaborada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar).

 

O destaque para esse resultado foi o setor de serviços, que criou 2.129 novos empregos. Em segundo lugar ficou a agropecuária (522 novos empregos), comércio (326 novos empregos) e construção civil (280 novos empregos). Em termos de subsetores de serviços que mais contribuíram em fevereiro temos o de transportes (748 novas vagas) e alojamento e alimentação (610 novas vagas) e ensino (589 novas vagas). Em termos regionais, o município que mais criou empregos foi Campo Grande (1004 novas vagas) e Dourados (200 novas vagas).

 

“Esses números sinalizam o grau de confiança do empresário no cenário macroeconômico nacional. O setor de serviços mostra a sua rapidez de resposta ao desempenho da economia e lidera as contratações, mas é importante destacar que tivemos um saldo positivo em praticamente todos os setores no mês de fevereiro, demonstrando um grau de consistência no processo de crescimento. Ainda temos um crescimento lento na construção civil, aquém da disponibilidade de mão-de-obra disponível no Estado. Na agropecuária, observamos o movimento normal do setor”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro.

 

De acordo com o secretário, o ritmo das discussões da Reforma da Previdência no Congresso Nacional deverá impactar diretamente nos mercados e, consequentemente, no grau de confiança do empresariado. “A grande preocupação é a macroeconomia. Se tivermos um bom encaminhamento da votação da Reforma, o clima e confiança do empresariado será mais favorável à manutenção dos investimentos e à absorção da mão-de-obra disponível no mercado”, finalizou.

Produção industrial de Mato Grosso do Sul permanece estável, mostra sondagem do Radar da Fiems

A produção industrial sul-mato-grossense permanece estável em fevereiro de 2019, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 74 empresas no período de 1º a 19 de março deste ano. Pelo levantamento, em fevereiro, 58,1% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade na produção, enquanto as empresas com expansão responderam por 14,9% do total.

 

“Esses resultados, quando comparados com o mês anterior, sinalizam uma redução no ritmo de crescimento da atividade. Em janeiro, as empresas com aumento na produção respondiam por 21,4%, enquanto aquelas com estabilidade representavam de 41,4%. Contudo, ainda assim o índice de evolução da produção em fevereiro ficou acima da média histórica observada para o mês em 2,5 pontos”, comentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

 

Ainda de acordo com ele, em fevereiro a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense ficou em 34% contra 33% de janeiro. “Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 45,3 pontos, resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em fevereiro, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 29,7% dos respondentes, igual ao usual para 56,8% e acima para 9,5%”, relatou.

 

Expectativa

 

Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em março, 57,3% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto para o mesmo período 8,1% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 48,6% do total”, informou.

 

Já sobre o número de empregados 12,2% das empresas responderam que esperam aumento nos próximos seis meses, enquanto 6,8% apontaram que esse número deve cair. “Além disso, 79,7% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável”, ressaltou o economista, reforçando que as exportações devem ter alta para 6,8% das empresas respondentes nos próximos seis meses, enquanto 4,1% acreditam que deva ocorrer queda. “As empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 16,2% do total e 68,9% disseram que não exportam”, detalhou.

 

Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em março o índice alcançou 60,4 pontos, indicando redução de 1,9 ponto sobre o mês anterior. “Condição influenciada, principalmente, pela diminuição na participação das empresas que disseram ter certeza quanto à realização de investimentos nos próximos seis meses, que caiu de 15,7% para 10,8%. Somado ainda ao aumento na participação das empresas que disseram que provavelmente não investirão, saindo 30% para 32,4%”, explicou o coordenador.

 

ICEI

 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em março 64 pontos, indicando um recuo de 5,3 pontos, quando comparado com o mês anterior. “Registrando, deste modo, a 2ª queda consecutiva após um período de forte alta acumulada entre os meses de outubro de 2018 e janeiro de 2019. Contudo, o atual resultado encontra-se 2,8 pontos acima do registrado em março do ano passado e 7,8 pontos acima da média histórica registrada para o mês”, detalhou o economista.

 

Em março, 6,8% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora também foi apontada por 6,8% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 12,2% dos respondentes. Além disso, para 48,6% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 59,5% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 51,4%.

 

Para 40,5% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 29,8% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 32,4%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 4,1%.

 

Expectativas para os próximos seis meses

 

Ainda no mês de março, 1,4% dos respondentes se mostraram pessimista em relação à economia brasileira e, em relação à economia estadual, o resultado também alcançou 1,4%. Contudo, em relação ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 4,1% dos empresários, enquanto os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 28,4%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 37,8% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 27%.

 

Por fim, 67,6% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 58,1% e, no caso da própria empresa, 66,2% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,7%”, finalizou Ezequiel Resende.

Brasil e Chile reforçam compromisso para viabilizar Corredor Bioceânico passando pelo Estado de Mato Grosso do Sul

Em visita oficial ao Chile, encerrada em 23 de março, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma declaração conjunta com o presidente chileno, Sebastián Piñera, na qual reafirmam o compromisso dos dois países com a construção do Corredor que irá unir o Centro-Oeste do Brasil com os portos do Norte do Chile, passando pela ponte a ser construída entre o município sul-mato-grossense de Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta, seguindo pelo Chaco paraguaio e o noroeste argentino.

 

Na declaração, os presidentes reconhecem os avanços registrados na implementação do projeto e os benefícios que essa iniciativa trará às populações, comunidades, cidades, estados, províncias e regiões que atravessa. O presidente chileno saudou a decisão do Brasil e do Paraguai de conferir prioridade à construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, obra fundamental para o projeto do Corredor.

 

“Nós aguardávamos com ansiedade esse posicionamento do governo chileno com relação ao corredor rodoviário que irá passar por Porto Murtinho. O compromisso para viabilizar essa rota, reafirmado pelos dois governos, é fundamental para o Mato Grosso do Sul, pois ocorre no momento em que foram iniciados os trabalhos entre o Brasil e a Itaipu-Paraguai, com a definição do local onde será construída a ponte sobre o Rio Paraguai”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

Ainda segundo a declaração assinada pelos presidentes Jair Bolsonaro e Sebastián Piñera, Brasil e Chile comprometem-se a impulsionar o aperfeiçoamento da integração econômica, com vistas a estabelecer uma área de livre comércio de nova geração entre os Estados-partes do Mercosul e os países-membros da Aliança do Pacífico, e celebram o marco da conclusão, em primeiro de janeiro de 2019, do cronograma de liberalização dos acordos comerciais assinados pelo Mercosul com seus Estados associados. “Para se viabilizar como alternativa competitiva para o escoamento de produtos é necessária essa integração para dar celeridade e segurança nos trâmites alfandegários”, afirmou o titular da Semagro.

 

Obra da ponte começa em fevereiro de 2020

 

A construção da ponte que irá ligar Porto Murtinho ao município paraguaio de Carmelo Peralta será iniciada em fevereiro de 2020, conforme em 19 de março, após visita técnica ao ponto do rio Paraguai, onde será feita a obra. Na oportunidade, o secretário Jaime Verruck afirmou que essa “é um grande passo para a estruturação logística e a integração econômica de Mato Grosso do Sul e torna realidade o sonho de muitas pessoas que pensaram e discutiram a concretização de uma rota bioceânica”.

 

A ponte concretiza o projeto da Rota de Integração Latino-Americana (RILA). “Nossos esforços serão concentrados para concluir todos os projetos e trâmites burocráticos em 12 meses, de modo que a obra seja iniciada”, concluiu o secretário. Segundo a diretoria da Itaipu no Paraguai, a pretensão é inaugurar a ponte em agosto de 2023.

 

Equipe do Departamento de Agricultura dos EUA virá ao Brasil em junho para inspecionar frigoríficos

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá enviar uma equipe ao Brasil para fazer a inspeção sanitária em frigoríficos que abatem carne bovina e suína entre os dias 10 e 28 de junho.

 

A inspeção, comum entre outros importadores, é necessária para que o mercado norte-americano volte a comprar carne in natura do Brasil. A vinda dos técnicos do USDA foi prevista durante a visita oficial do governo brasileiro aos Estados Unidos, e combinada entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário de Agricultura norte-americano, Sonny Perdue.

 

“Este é um passo importante para que possamos a voltar a exportar, num futuro próximo, carne in natura para os EUA”, comentou Tereza Cristina, em nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 

Segundo a ministra, “tudo ocorreu conforme o acordado com o senhor Perdue. Houve boa vontade dos Estados Unidos e alcançamos o objetivo de nossa viagem”.

 

Além do interesse dos brasileiros em voltarem a vender carne bovina para os Estados Unidos, os norte-americanos têm interesse em vender carne suína para o Brasil.

 

Fonte:Agência Brasil

Senai disponibiliza simulador de energia fotovoltaica que informa custos

Com o aumento significativo nas contas de energia devido ao aumento do consumo e à crise hídrica que o Brasil vive, tem crescido o interesse de diversos setores para novas fontes de energia, entre elas a energia solar. Atento a essa demanda, o Senai de Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador de energia fotovoltaica pelo link http://www.simuladorsenai.com.br/para que os interessados possam se informar sobre os custos e vantagens do investimento.

 

Segundo o gerente do Senai Empresa, Thales Saad, por meio de um questionário simples, é possível identificar a potência do sistema fotovoltaico que deve ser instalado, bem como a produção mensal, a quantidade de placas e qual o valor de investimento. “Além disso, o próprio relatório gerado informa benefícios, como a facilidade de pagar o investimento por meio da economia realizada na conta de energia, a proteção da conta contra aumentos na tarifa energética, valorização do imóvel, além do compromisso com o meio ambiente”, afirmou.

 

Ele acrescentou que ainda apesar do interesse crescente por fontes de energia renovável, ainda existe muita desinformação sobre o assunto. “As pessoas ainda ficam receosas em fazer um investimento alto e não sabem que ele pode ser pago em poucos anos. Então esse simulador é bacana para disponibilizar essas informações de forma fácil e rápida para quem tenha interesse”, completou.

 

Ainda conforme Thales Saad, o Senai Empresa ajuda o interessado a gerar sua própria energia elétrica com a instalação de placas fotovoltaicas. “Além da simulação da planta de geração necessária para suprir a demanda por energia elétrica da unidade consumidora entre o portfólio das energias renováveis, elaboramos o anteprojeto e consultamos preço com 33 empresas parceiras para implementação dos sistemas de geração. Isso sem falar que temos os melhores preços e condições comerciais”, destacou.

 

Para ele, a experiência do Senai Empresa nessa linha de ajuda tem garantido grande satisfação dos consumidores de energia elétrica. “Ao invés de se aborrecerem ao receberem a conta de luz, eles passaram a comemorar a economia obtida após implantarem o sistema próprio de geração de energia elétrica, utilizando como matéria prima a luz solar”, concluiu.

 

Mais informações pelo telefone 0800 7070 745

Estado adota medidas para Porto Murtinho ser maior polo exportador

Um dos últimos municípios do Estado a ter o acesso pavimentado – em 2003 foi inaugurado o trecho final de asfalto da BR-267, de 213 km -, Porto Murtinho rompe o isolamento histórico para se tornar um dos principais entrepostos comerciais de Mato Grosso do Sul. Ao promover o fomento ao transporte fluvial, como estratégia para escoamento de grãos, o Governo do Estado transformou Murtinho no caminho natural para se chegar ao mercado mundial.

 

O extremo sudoeste, na fronteira com o Paraguai, saiu da condição de fim de linha para centro de uma rota rodo-fluvial que barateia os custos e potencializa a produção primária de Mato Grosso do Sul no competitivo centro consumidor da Europa e Ásia. Porto Murtinho terá, em breve, quatro portos operando na Hidrovia do Paraguai e, em 2023, será o eixo do corredor bioceânico (Atlântico-Pacífico) por rodovia, com a construção da ponte sobre o Rio Paraguai.

 

O prefeito da cidade, Derley Delevatti (PSDB), acredita em uma transformação sem precedentes em sua região a médio prazo, beneficiando principalmente a população com a geração de empregos – o fechamento do frigorífico local desempregou centenas de trabalhadores. “O complexo portuário será a nossa redenção”, diz. Delevatti pretende reduzir o ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% para atrair novos investidores.

 

Prefeito de Porto Murtinho: diversificação da economia vai gerar mais empregos.

Murtinho é o caminho

Ao retomar o transporte fluvial como estratégia para eliminar os gargalos em logística, o Governo do Estado criou em 2015 o Programa de Estímulo à Exportação ou Importação (Proeip), retirando a obrigatoriedade da paridade de exportação para grãos, isentando-a, na prática, de tarifa. O incentivo fiscal turbinou o escoamento do grão pelo rio e viabilizou o terminal portuário de Murtinho, fechado há dez anos por demandas jurídicas e abandono.

 

“Isso demonstra que a estratégia deu certo e nossos produtos hoje são competitivos lá fora”, afirmou Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar. “O Governo do Estado apostou em uma política de transporte que mudou a realidade da região. Porto Murtinho hoje atrai novos investimentos em portos e se prepara para se transformar em um grande polo exportador”, acrescentou.

 

O impulso econômico ao município e o cenário favorável ao agronegócio confirmaram uma tendência mundial: a hidrovia barateia o custo Brasil. A atratividade do Rio Paraguai para os grãos gerou um ganho aos produtores rural. “A saída via Porto Murtinho permite que as empresas de trade paguem hoje até R$ 2,00 a mais por saca em função da redução desse custo logístico. A ideia sempre foi essa e Porto Murtinho nos mostrou isso”, avaliou Verruck.

 

Jaime Verruck, da Semagro: governo mudou a realidade da região e a perspectiva de investimentos

 

Aumento das exportações

 

Historicamente voltado para o transporte de minérios, via Corumbá e Ladário, a rota fluvial se tornou vital para as tradings que originam grãos em polos de Mato Grosso do Sul. O incremento às exportações de commodities, com a chegada de novos empreendedores em Murtinho, projeta o dobro de cargas saindo pelo rio em 2020 – 1,5 milhão de toneladas -, com perspectivas de quadruplicar esse volume em três anos e importar insumos e combustíveis.

 

Em 2018, a hidrovia escoou 10% (600 mil toneladas) da safra de soja do Estado. O operador do terminal de Porto Murtinho, o grupo argentino Vicentin, parceiro da Glencore no Paraguai e na Argentina, exportou 460 mil toneladas até o porto de Rosário (Argentina), onde tem uma fábrica de esmagamento de soja. Outras 150 mil toneladas foram escoadas pelo porto da Granel Química, em Ladário. Para 2019, estão contratados mais de 1 milhão de toneladas.

 

As exportações de commodities pelo rio para o próximo ano terão um incremento expressivo com a entrada em operação, em fevereiro, do porto graneleiro do grupo FV Cereais, com sede em Dourados. O grupo adquiriu uma área fora dos limites do dique de proteção contra enchentes, que circunda Murtinho, e já prepara o terreno para sua construção, com investimento inicial de R$ 50 milhões. O porto terá capacidade de estocagem de 30 mil toneladas.

 

Incentivos fiscais: Estado reabriu o terminal portuário, atraindo grãos da região Sul e cargas para a Bolívia

 

Mercado atrai investidores

 

“O porto de Murtinho é totalmente viável, abriu uma nova oportunidade de negócios”, afirmou Rúbia Cynara Kuhn, diretora da FV Cereais. “Com o novo porto, temos a perspectiva também de importar fertilizantes da Argentina”, explicou. Segundo ela, o uso da hidrovia elevou o custo-benefício em até R$ 3,50 por saca. “Deixando a soja na indústria ou em Paranaguá (Rio Paraná), o produtor tinha um decréscimo de R$ 1,50 por saca”, finalizou.

 

A atratividade da hidrovia despertou interesse de outros operadores. A Vicentin projeta ampliar o terminal local, que atingiu sua capacidade máxima, e já trabalha uma projeção de exportar 600 mil toneladas de grãos em 2019. Os grupos argentinos AGD e PTP Group adquiriram áreas próximas ao terminal e um terceiro formalizou interesse em se instalar, com foco na importação de fertilizantes. Somente o PTP Group investirá US$ 76 milhões.

 

A integração econômica de Mato Grosso do Sul com o mercado latino pelo modal de transporte passa a ser viável também por outro prisma: a Argentina desponta como o maior parceiro comercial do Brasil, depois da China. Somente a FV Cereais, que opera com sete armazéns no Estado, exportou 125 mil toneladas de grãos em 2018 para o país. Tem contratos de 180 mil toneladas até maio, com estimativa de chegar a 250 mil toneladas esse ano.