Com 122,4 mil trabalhadores, setor industrial é 4º maior empregador de Mato Grosso do Sul, segundo Radar da Fiems

No dia 1º de maio, comemora-se o Dia do Trabalho, uma data internacional dedicada aos trabalhadores e, mais do que representar a época em que empregados e empregadores têm para refletir sobre assuntos de interesse de ambos, o momento é marcado pelo alto número de desempregados no Brasil – 13,1 milhões de pessoas. Porém, na contramão desse dado negativo, o setor industrial de Mato Grosso do Sul alcança, no ano, 122.444 trabalhadores empregados com carteira assinada distribuídos por mais de 6 mil estabelecimentos industriais.

 

Em março, a geração de empregos pelo conjunto das atividades industriais do Estado obteve saldo positivo de 313 novas vagas, puxado pelas indústrias de alimentos e bebidas e de química, enquanto no ano esse número já está em 1.417 novas vagas, alavancadas pelas indústrias de alimentos e bebidas, construção, borracha, couros, peles e similares e metalúrgica. O montante de 122.444 trabalhadores empregados coloca o setor industrial como a 4ª atividade econômica que mais emprega em Mato Grosso do Sul, responde por 18,9% de todo o emprego formal existente no Estado, ficando atrás dos setores de serviços, administração pública e comércio.

 

Em relação aos municípios, constata-se que em 44 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a março de 2019. Entre as cidades com saldo positivo destacam-se Campo Grande, Aparecida do Taboado, Maracaju, Naviraí, Coxim, Paranaíba, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Paraíso das Águas, Chapadão do Sul e Três Lagoas.

 

Principais segmentos

 

Levantamento do Radar Industrial da Fiems aponta que, em números de trabalhadores empregados com carteira assinada, os principais segmentos industriais de Mato Grosso do Sul são: 1º frigorífico, 2º construção, 3º sucroenergético, 4º alimentos e bebidas, 5º metalúrgico, 6º têxtil, confecção e vestuário, 7º papel e celulose e 8º extrativo mineral. A indústria frigorífica fechou 2018 com 26.135 trabalhadores, seguido de perto pela indústria da construção com 22.137 empregados e pela indústria sucroenergética com 20.130 funcionários.

 

Depois aparecem as indústrias de alimentos e bebidas, com 8.750 trabalhadores, metalúrgica, com 8.058 empregados, têxtil, confecção e vestuário, com 5.562 funcionários, papel e celulose, com 3.032 trabalhadores, e extrativa mineral, com 2.239 empregados. Já as demais atividades industriais de Mato Grosso do Sul empregam juntas 21.916 trabalhadores, de acordo com levantamento do Radar Industrial da Fiems.

 

Recuperação

 

Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, a indústria já dá sinais de recuperação desde 2018, quando encerrou o ano com números positivos. “O que vem acontecendo em 2019 é essa consolidação, ou seja, cada vez mais o setor no Estado tem apresentado indicadores positivos, seja na geração de empregos, seja nas exportações de produtos industrializados”, argumentou.

 

Ele acrescenta que, se somarmos os três primeiros meses deste ano, o saldo positivo de geração de empregos com carteira assinada pelo setor é superior a 1,4 mil novos trabalhadores. “Trata-se de um saldo bastante significativo e que deve ser comemorado. A indústria, como outros setores da economia, enfrenta dificuldades e, quando os números são positivos, precisamos analisar os segmentos que vêm crescendo no Estado”, declarou.

 

Sérgio Longen ainda comenta a massa salarial gerada pelo setor industrial sul-mato-grossense. “Em 2018, fechamos o ano com R$ 3,29 bilhões pagos aos 121 mil trabalhadores que tínhamos na época. Na prática, esse montante representa dizer que, no período de 2010 a 2014, o crescimento nominal médio da massa salarial do setor foi de 12,4% ao ano, saindo de R$ 1,63 bilhão para R$ 2,93 bilhões, enquanto no período de 2015 a 2018 o crescimento nominal médio ficou em 3,1% ao ano, indo de R$ 2,91 bilhões para R$ 3,29 bilhões”, detalhou, projetando para este ano uma massa salarial de R$ 3,41 bilhões, o que coloca em R$ 2.325,00 o salário nominal médio estimado para a indústria estadual.

 

Sistema Fiems

 

Para dar suporte aos mais de 122,4 mil trabalhadores do setor industrial, o Sistema Fiems tem atuado de forma expressiva com a expansão dos serviços do Sesi, Senai e IEL pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Em 2018, apenas o Senai qualificou 2.383 trabalhadores em Mato Grosso do Sul e ofereceu 43.124 vagas em 196 cursos, enquanto o Sesi ofertou ao trabalhador da indústria e seus dependentes 55.793 vagas entre cursos de formação continuada e educação básica e, o IEL, disponibilizou 12.610 vagas para estágio e cursos de formação empresarial.

 

“A indústria é um setor importante para geração de empregos e, para apoiá-la, nós temos o Senai, que auxilia na qualificação de mão-de-obra em todo o processo produtivo. Hoje, nós vivemos uma transformação tecnológica, que é a Indústria 4.0, e estamos trabalhando fortemente para levar essas novas tecnologias para nossos alunos, que precisam se atualizar constantemente com relação a essas novas transformações”, pontuou o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo.

 

Por outro lado, o Sesi combina inovação, educação e orientação ao trabalhador para disseminar nas empresas a cultura da saúde e segurança e, desta forma, contribuir com a redução de afastamentos por doença e acidentes, bem como elevar a produtividade dos empregados. “O Sesi atua com pesquisa aplicada, inovação tecnológica e capacitação para que a cultura da prevenção esteja enraizada entre os trabalhadores, de forma a contribuir para eliminar ou reduzir a ocorrência dos acidentes de trabalho e absenteísmo”, afirmou o superintendente do Sesi, Bergson Amarilla.

 

Ele reforça que, alicerçado nas ações do setor de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), o Centro de Inovação do Sesi desenvolve soluções e ferramentas tecnológicas de gestão, enquanto a Startup, por meio da gamificação, torna lúdica para o trabalhador a assimilação de orientações sobre trabalho seguro, fomentando a qualidade de vida do industriário. “Neste ano, o setor de SST auxiliou na capacitação de trabalhadores da indústria da construção e, por meio de cursos e palestras levados aos canteiros de obras do Estado, mobilizou 651 trabalhadores de cinco empresas”, informou.

 

Para o superintendente do IEL, José Fernando do Amaral, o estágio é a porta de entrada no mercado de trabalho e, por isso, o Instituto tem atuando de forma decisiva nesse processo. “Nos primeiros três meses deste ano, já encaminhamos 1.691 estagiários e essa é uma média histórica do IEL, que geralmente registra um número significativo de encaminhamentos no primeiro trimestre do ano. A nossa meta é terminar 2019 com 7 mil encaminhamentos. Isso demonstra a importância do IEL, que transforma a vida de muitos jovens e acadêmicos, que encontram no estágio a oportunidade de ser efetivado mais para frente”, finalizou.

Foi “brincadeira”: Governo Federal não vai intervir em juros de bancos públicos, anuncia porta-voz do Palácio do Planalto

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse ontem (29), em coletiva de imprensa, que o governo não vai intervir na definição dos juros praticados pelos bancos estatais. Mais cedo, ao participar da abertura da Agrishow, maior feira de agronegócio do país, em Ribeirão Preto (SP), o presidente Jair Bolsonaro se dirigiu ao presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, durante o seu discurso, e pediu para que os juros do crédito rural cobrados pelo banco “caiam um pouco mais”. A declaração fez com que ações do BB na Bolsa de Valores de São Paulo sofressem uma ligeira queda, mas logo se recuperaram, fechando o dia estáveis.

 

“Foi um comentário num ambiente muito amigável. Obviamente que o presidente não quer e não intervirá em qualquer aspecto relacionado a juros nos bancos que estão, em tese, sob o guarda-chuva do governo”, disse o porta-voz.

 

Rêgo Barros reforçou a posição do presidente em não criar qualquer tipo de novo imposto no país, especialmente sobre igrejas. Ele descartou problemas na relação entre Bolsonaro e o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra. Em uma entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, Cintra informou que a proposta de reforma tributária deve incluir uma nova contribuição previdenciária, que substituirá o atual imposto sobre folha de pagamento, e será cobrada sobre todas as transações financeiras, inclusive sobre o dízimo pago pelos fiéis às igrejas. A medida foi logo descartada pelo presidente, em um vídeo divulgado em uma rede social.

 

“Não há fricção entre o presidente e o secretário. Apenas o nosso presidente, diante de seus conceitos e percepções políticas, entendeu que não se deve mesmo bitributar as igrejas. Ele, como presidente, de pronto, já resolveu destacar que encontrava-se contrário a essa posição”, disse o porta-voz. Durante a tarde, Marcos Cintra e Bolsonaro se reuniram no Palácio do Planalto, mas Rêgo Barros descartou qualquer possibilidade de o secretário da Receita deixar o cargo no momento.

 

Propagandas do governo

 

O governo federal também deve editar uma norma com diretrizes para o conteúdo de publicidade oficial de ministérios, órgãos e empresas públicas, informou o porta-voz da Presidência da República. A decisão ocorre dias depois do Banco do Brasil, a pedido de Bolsonaro, ter determinado a retirada do ar de um comercial que incentivava a abertura de contas no banco. A peça, de 30 segundos, exibia imagens de homens e mulheres jovens de diferentes estilos. Em entrevista no dia 27, o presidente disse que a linha de publicidade do governo mudou.

 

“É apenas uma questão de traçar diretrizes, a partir de traçar diretrizes, a Segov [Secretaria de Governo] e a Secom [Secretaria Especial de Comunicação] disponibilizam essas diretrizes, por meio das normativas, que são peculiares nesse momento, aos órgãos, aos ministérios, e eles vão seguir essas diretrizes”, disse Rêgo Barros.

 

Coaf

 

Sobre a eventual retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro disse ser pessoalmente contra, segundo informou o porta-voz do governo. O Coaf, que é especializado em identificar ocorrências suspeitas de “lavagem” ou ocultação de bens, pertencia ao então Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia), mas passou a ser subordinado à pasta de Justiça e Segurança Pública com a entrada em vigor da Medida Provisório 870, editada por Jair Bolsonaro no primeiro dia de governo.

 

“O senhor presidente também pediu para confirmar que, do ponto de vista pessoal dele neste momento, o Coaf permanece sob a égide do Ministério da Justiça”, disse Rêgo Barros. A MP 870, que reduziu o número de ministérios de 29 para 22, vence no próximo dia 3 de junho e precisa ser convertida em lei, pelo Congresso Nacional, antes do fim desse prazo. O porta-voz ponderou, no entanto, que há estudos sendo feitos no governo para embasar a manutenção do Coaf na pasta da Justiça ou repassá-lo, de volta, ao Ministério da Economia.

 

 

Fonte: Agência Brasil

Procon Estadual notifica promotora de eventos a informar sobre providências para acessibilidade em show na Capital

Tendo em vista a realização de show com youtuber de projeção nacional que vêm sendo divulgado por  empresa promotora de eventos, a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, encaminhou notificação à Pedro Silva Promoções, responsável pela apresentação, no sentido de  verificar se estão sendo adotadas providências que possam satisfazer portadores de necessidades especiais de maneira que a terem amplas condições de mobilidade.

 

A inciativa do Procon Estadual tem como proposito alertar para a necessidade de atender o que determina o Estatuto da Pessoa com Deficiência, de forma que não venham se repetir ocorrências como as registradas em eventos anteriores quando portadores de necessidades especiais se sentiram impedidos de participação efetiva em shows em função da deficiência ou inexistência de acessibilidade ou espaços destinados especificamente a este tipo de publico.

 

A notificação encaminhada à empresa Pedro Silva Promoções solicita, entre outras informações, se já foram tomadas ou estão sendo previstas providências e quais essas medidas com finalidade de promover e assegurar a acessibilidade de pessoas com deficiência, especificamente para o show programado para o dia 4 de maio próximo. A empresa notificada tem prazo de cinco dias, a contar do recebimento que ocorreu na quinta-feira (25.04), para dar resposta ao que está sendo questionado.

 

Com a medida tomada em relação a promoção em questão, o Procon Estadual quer, também, alertar  para que promoções futuras, desta ou de outras empresas e promotores, atentem para a necessidade de providências em todos os eventos que pretendam realizar. O alerta leva em consideração ocorrências  que vêm se registrando em shows e apresentações diversas onde  pessoas com deficiências passam por problemas, muitas vezes intransponíveis, quando se dispõem a participar, principalmente de shows que reúnam número considerável de pessoas.

 

Fonte: Procon MS

Foto: Procon MS/Arquivo

Medida Provisória que amplia até 100% o capital estrangeiro para aéreas está pronta para ser votada na Câmara Federal

A medida provisória (MP) que autoriza até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas já está pronta para ser votada no plenário da Câmara dos Deputados. A menos de um mês de perder a validade – 22 de maio – o texto precisa ser votado até esta data também pelo plenário do Senado.

 

O sinal verde aos deputados foi dado na última quinta-feira (25) com a aprovação do relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) na comissão mista que analisou a medida. O Projeto de Lei de Conversão (PLV) da MP 6/2019, apresentado por Rocha, incluiu no texto a volta da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo.

 

Pela proposta, nas linhas domésticas, a franquia mínima de bagagem por passageiro será de 23 quilos nas aeronaves com mais de 31 assentos; 18 quilos nas de 21 até 30 assentos; e 10 quilos para as de até 20 assentos.

 

Outra novidade incluída pelo relator da Medida Provisória 863/18 é que as empresas operem ao menos 5% de seus voos em rotas regionais por, no mínimo, dois anos. Em caso de descumprimento da regra, a autoridade aeronáutica deverá aplicar multa de R$ 10 mil por voo regional não realizado e, se houver reincidência, cassar a concessão ou autorização.

 

Ainda segundo o texto aprovado na comissão especial, em voos internacionais operados por companhias aéreas nacionais, brasileiros terão que representar pelo menos dois terços de tripulação. O contrato de trabalho será regido pela legislação local.

 

Em defesa das novidades do texto, Rocha disse que elas vieram após reuniões com líderes partidários nas últimas semanas. Para o senador, a exigência do percentual mínimo de voos regionais e da franquia de bagagem não afugentará o capital de investidores estrangeiros interessados em atuar no mercado nacional. “A gente não pode abrir o maior mercado do Hemisfério Sul sem exigir uma contrapartida, ainda que temporária. É uma obrigação que demora dois anos”, ressaltou, em referência aos voos regionais.

 

Críticas

 

As alterações na Medida Provisória 863/18, que abre para o capial estrangeiro as empresas, não foram bem recebidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em nota divulgada em seu site, a agência diz que vê “com bastante preocupação as alterações incluídas no texto da Medida Provisória nº 863/2018”.

 

“A inclusão da franquia de bagagem despachada e a obrigação de realização de voos regionais no Brasil pelas empresas estrangeiras deverão afastar o interesse de novos investidores e concentrar o mercado de transporte de passageiros no país, diz a nota. A estatal ressalta que a proposta tende a afastar sobretudo as empresas low cost, de baixo custo, que começam a chegar ao Brasil.

 

Fonte: Agência Brasil

 

Contribuintes têm último final de semana para fazer declaração do Imposto de Renda deste ano

Os contribuintes que ainda não fizeram a Declaração do Imposto de Renda deste ano podem aproveitar o último final de semana antes do fim do prazo para entregar o documento à Receita Federal. O prazo para o envio começou no dia 7 de março e termina às 23h59min de 30 de abril deste ano.

 

Até as 17h de sexta-feira, a Receita recebeu 21.654.366 declarações, o que corresponde a 71% dos documentos esperados para este ano (30,5 milhões).

 

A declaração pode ser feita de três formas: pelo computador, por celular ou tablet ou por meio do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC). Pelo computador, será utilizado o Programa Gerador da Declaração – PGD IRPF2019, disponível no site da Receita Federal.

 

É possível fazer a declaração com o uso de dispositivos móveis, como tablets smartphones, por meio do aplicativo Meu Imposto de Renda. O serviço também está disponível no e-CAC no site da Receita, com o uso de certificado digital, e pode ser feito pelo contribuinte ou seu representante com procuração.

 

O contribuinte que tiver apresentado a declaração referente ao exercício de 2018, ano-calendário 2017, poderá acessar a Declaração Pré-Preenchida no e-CAC, por meio de certificado digital. Para isso, é preciso que, no momento da importação do arquivo, a fonte pagadora ou pessoas jurídicas tenham enviado para a Receita informações referentes ao exercício de 2019, ano-calendário de 2018, por meio da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed) ou da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob).

 

Segundo a Receita, o contribuinte que fez doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos eletivos, também poderá utilizar, além do Programa Gerador da Declaração (PGD) IRPF2019, o serviço Meu Imposto de Renda.

 

Para a transmissão da Declaração pelo PGD não é necessário instalar o programa Receitanet, uma vez que essa funcionalidade está integrada ao IRPF 2019. Entretanto, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

 

O serviço Meu Imposto de Renda não pode ser usado em tablets ou smartphones por quem recebeu rendimentos superiores a R$ 5 milhões.

 

Obrigatoriedade

 

Estará obrigado a apresentar a declaração anual o contribuinte que, no ano-calendário de 2018, recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70. No caso da atividade rural, quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50.

 

Também estão obrigadas a apresentar a declaração pessoas físicas residentes no Brasil que no ano-calendário de 2018:

 

– Receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil;

 

– Obtiveram, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

 

– Pretendam compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos com a atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2018;

 

– Tiveram, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;

 

– Passaram à condição de residentes no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontravam-se em 31 de dezembro; ou

 

– Optaram pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato.

 

CPF de dependentes

 

Neste ano, é obrigatório o preenchimento do número do CPF de dependentes e alimentados residentes no país. A Receita vinha incluindo essa informação gradualmente na declaração. No ano passado, era obrigatório informar CPF para dependentes a partir de 8 anos.

 

Dados sobre imóveis e carros

 

Neste ano, não é obrigatório o preenchimento de informações complementares em Bens e Direitos relacionadas a carros e casas. A previsão inicial da Receita era que essas informações passassem a ser obrigatórias em 2019, mas, devido à dificuldade de contribuintes de encontrar os dados, o preenchimento complementar não precisa ser feito.

 

Desconto simplificado

 

A pessoa física pode optar pelo desconto simplificado, correspondente à dedução de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, limitado a R$ 16.754,34.

 

Deduções

 

O limite de dedução por contribuição patronal ficou em R$ 1.200,32, devido ao reajuste do salário mínimo. No ano passado, o limite era R$ 1.171,84. Se não houver nova lei, este é o último ano em que há a possibilidade dessa dedução de contribuições pagas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por patrões de empregados domésticos com carteira assinada. Essa medida começou a valer em 2006 para incentivar a formalização dos empregados domésticos.

 

A dedução por dependente é de, no máximo, R$ 2.075,08 e, para instrução, de R$ 3.561,50.

 

Os contribuintes também podem deduzir valores gastos com saúde, sem limites, como internação, exames, consultas, aparelhos e próteses, e planos de saúde. Nesse caso é preciso ter recibos, notas fiscais e declaração do plano de saúde e informar CPF ou CNPJ de quem recebeu os pagamentos.

 

As chamadas doações incentivadas têm o limite de 6% do Imposto de Renda devido. As doações podem ser feitas, por exemplo, aos fundos municipais, estaduais, distrital e nacional da criança e do adolescente, que se enquadram no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo a Receita, neste ano o formulário sobre as doações ao ECA vai ficar mais visível.

 

Aqueles que contribuem para um plano de previdência complementar – Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) – podem deduzir até o limite de 12% da renda tributável.

 

Multa

 

Quem não entregar a declaração no prazo está sujeito à multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente pago.

 

A multa terá valor mínimo de R$ 165,74 e máximo correspondente a 20% do Imposto sobre a Renda devido. A multa mínima será aplicada inclusive no caso de declaração de Ajuste Anual da qual não resulte imposto devido.

 

Restituições

 

Segundo a Receita, as restituições do Imposto de Renda serão feitas em sete lotes a partir de junho deste ano: o primeiro lote sairá no dia 17 de junho; o segundo, em 15 de julho; o terceiro, em 15 de agosto; o quarto, em 16 de setembro; o quinto, em 15 de outubro; o sexto, em 18 de novembro; e o sétimo, em 16 de dezembro.

 

Fonte: Agência Brasil

Sancionada, Empresa Simples de Crédito pode injetar ao menos R$ 20 bilhões por ano nos pequenos negócios

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou na quarta-feira (24/4) a lei que cria a Empresa Simples de Crédito (ESC), uma nova modalidade que permitirá que o cidadão possa abrir uma empresa e emprestar dinheiro, exclusivamente, aos pequenos negócios da sua cidade.  Participaram da cerimônia, o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro Paulo Guedes, o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

 

A estimativa é que a ESC injete R$ 20 bilhões, por ano, em novos recursos para os pequenos negócios. Isso representa um crescimento de 10% no mercado de concessão de crédito para as micro e pequenas empresas, que em 2018 alcançou o montante de R$ 208 bilhões, segundo o Banco Central do Brasil. De acordo com cálculos do Sebrae, esse resultado deve ser alcançado no momento em que as primeiras 1 mil ESC entrarem em atividade.

 

Ao discursar durante o evento, realizado no Palácio do Planalto, Afif destacou que a ESC é uma ideia muito simples, mas com grande potencial de inovação para o mercado de crédito do país, especialmente para as empresas de pequeno porte, que corresponde a 99% das empresas privadas. “A pergunta por trás desse projeto é simples, por que o cidadão não pode emprestar o seu próprio dinheiro? Nós temos que quebrar esse conceito. O cidadão é livre, a Constituição garante isso, ele pode emprestar na sua comunidade a um juro que com certeza será menor do que o do sistema bancário”, disse.

 

O assessor especial explicou que essa nova alternativa de acesso ao crédito às micro e pequenas empresas vai contribuir para estimular o desenvolvimento local descentralizado, pois haverá mais recurso circulando na região. Afif destacou que a ESC não é banco e não pode ser confundida com uma instituição financeira. É uma nova figura jurídica que pertence ao sistema de lucro real ou presumido e não pode pertencer ao regime do Simples Nacional.

 

 

O presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, Jorginho Mello, que também discursou na cerimônia, afirmou que a criação da ESC é uma grande oportunidade para ampliar a participação das micro e pequenas empresas na economia brasileira. “O micro e pequeno empresário emprega no Brasil, mas ele está sufocado. Precisamos descomplicar. A ESC vai dar essa oportunidade de geração de emprego e renda aos brasileiros”.

 

Em coletiva de imprensa, após o evento, Afif e o presidente do Sebrae, Carlos Melles, falaram sobre a dificuldade do microempresário de obter crédito no sistema financeiro, especialmente nos municípios menores.  Melles disse que a ESC vai humanizar a tomada de capital. O assessor especial do Ministério da Economia afirmou que o dinheiro é caro hoje no Brasil por existe praticamente um oligopólio. “Há seis bancos que concentram a maioria das operações de empréstimo e tornam quase impossível o acesso ao crédito pelos pequenos negócios por causa das exigências. Só se dá prata a quem tem ouro”.

 

Fonte: Ministério da Economia

Com foco maior em presentes que na comemoração, Dia das Mães movimentará este ano R$ 192,51 milhões em MS

Neste ano, o Dia das Mães deve movimentar R$ 192,51 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, conforme dados da pesquisa sazonal de intenção de consumo e comemorações desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS, em parceria com o Sebrae-MS. Desses, 57,35% serão destinados à compra de presentes (R$110,41 milhões) e 42,65% às comemorações (R$ 82,1 milhões).

 

A projeção reflete uma queda de 5,02%, na comparação com o ano passado, que pode ser justificada em partes, de acordo com os pesquisadores, pelos impactos da inflação e do comportamento do consumidor sobre as comemorações dessa data. Pois apesar do aumento de 4,75% previsto para compra de presentes, há a possibilidade de redução de 15,61% no dinamismo das comemorações. Vale destacar ainda, “que mesmo com essa projeção de redução para as comemorações, temos níveis de intenção de consumo melhores, conforme demonstrados nas pesquisas da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o que significa dizer que há uma maior probabilidade da intenção se transformar em consumo efetivo, logo uma oportunidade de reverter esse cenário das comemorações”, avalia o presidente do IPF-MS, Edison Araújo.

 

A pesquisa ouviu 2.571 consumidores de 15 municípios de Mato Grosso do Sul, entre os dias 22 de fevereiro e 11 de março de 2019, com margem de confiança de 95%. O objetivo é respaldar as estratégias dos comerciantes, a partir de informações sobre as intenções dos consumidores do Estado.Conforme a pesquisa, em 2019, 63,48% comprarão presentes e a mãe será a principal beneficiada (67,73%), sendo listadas ainda as sogras (9,96%), esposas (11,76%), avós (7,61%), filhas (2,35%) e madrinhas (0,6%).  Dentre as preferências de presentes se destacam: roupas (27,87%), perfumes/cosméticos (20,96%), bolsas e acessórios (9,16%).


As compras ocorrerão em lojas do centro (85,47%), com pagamento em dinheiro (69,09%), mas neste ano cartão de crédito e crediário terão mais espaço: 12,63% contra 9,37% e 4,13% contra 3,5%, respectivamente. Os consumidores levarão em consideração no momento da compra: preço (24,30%), produto (37,41%) e atendimento (19,37%).

 

O otimismo da intenção de consumo, no quesito compra de presentes para o dia das mães permaneceu em Campo Grande, Chapadão do Sul, Dourados, Nova Andradina, Ponta Porã e São Gabriel do Oeste, sendo os municípios que contribuíram para o aumento da movimentação com compra de presentes de 4,75%,

 

Comemorações 

 

 Um contingente de 41,15% da população participarão de comemorações, enquanto que em 2018, esse percentual era de 57,28%. Os gastos também caíram de R$130,26 para R$106,82.

 

Nas comemorações, a alimentação em casa será a preferência da maioria (59,64%), já pelas viagens, o percentual passou de 2,72% para 0,85%.

 

Confira a pesquisa na íntegra: Consolidado – Dia das Mães 2019

De olho no consumidor 4.0, Senac lança programa para que empresários se atentem a essa nova clientela

Voltado para atender a demanda atual do setor, o Senac MS lançou hoje o programa “Senac Comércio”, com a oferta de 110 títulos de cursos voltados para qualificação profissional principalmente para vendedores e gestores. São cursos rápidos aderentes às necessidades de cada carreira.

 

O diretor regional do Senac MS, Vitor Mello, explica que são cursos flexíveis, com o objetivo de preparar o vendedor, principal agente comércio – de acordo com pesquisa entre os próprios empresários, e ajudar a otimizar as vendas das empresas. A metodologia aplicada foi repassada no Fórum Técnico Setorial da OIT, que orienta conhecer a demanda por parte do empresário. “É um portfólio com cursos que seguem uma trilha de conhecimento configurada conforme o que cada empresário necessita, para atender a demanda da empresa: com carga horária flexível, horário de aula pré-definido pelo gestor, afinal a equipe, geralmente, é enxuta”, afirma Vitor.

 

Um dos empresários presentes no lançamento, Rodolfo Martins, da Rede Multicoisas, conta que a preparação da equipe precisa ser uma preocupação do empresário. “Ela tem de estar antenada. O cliente tem muita informação para tomar a decisão pela compra. O digital está aí, mas o varejo físico ainda tem fôlego. Qualificar o time e prepará-lo para a integração com os meios digitais será nosso desafio. E acredito que esse programa pode contribuir neste momento”.

 

Os cursos são da área de marketing e vendas, finanças, logísticas e comércio exterior e para vendedores. Há 28 cursos focados no aperfeiçoamento e na melhora do desempenho. O lançamento foi no Senac Turismo e Gastronomia, em Campo Grande, e contou com a presença de lideranças do Sistema Comércio MS, presidentes de Sindicatos, de instituições e empresários.

 

O consultor Marcelo Pimenta apresentou a palestra “ A experiência que vende” e falou da importância de proporcionar experiências para o consumidor para otimizar as vendas.

 

Mais informações no site: www.ms.senac.br/comercio ou pelo e-mail: atendimento@ms.senac.br.

Cooperativas de crédito poderão captar poupança rural; medida pretende ampliar recursos para produtores

A partir de 1º de julho, as cooperativas singulares de crédito (que prestam serviços diretamente aos associados) poderão receber depósitos de poupança rural, decidiu hoje (25) o Conselho Monetário Nacional (CMN). De acordo com o Banco Central (BC), a medida tem como objetivo ampliar o crédito rural e estimular a competição nesse segmento.

 

Segundo o BC, no atual ano agrícola, que vai de julho de 2018 a junho deste ano, as cooperativas de crédito deverão conceder R$ 21,8 bilhões em financiamentos rurais. Ao captar recursos de poupança rural, remunerando o investidor pela caderneta, tais instituições terão mais capital para emprestar.

 

Para prevenir a má gestão do dinheiro, só poderão receber depósitos de poupança, as cooperativas com autorização para fornecer crédito rural. O dinheiro deverá ser encaminhado às centrais e às confederações dessas cooperativas, que se encarregarão de verificar o cumprimento das normas de direcionamento, destinando determinadas parcelas dos depósitos a certos tipos de operação.

 

Nesse tipo de poupança, 60% dos valores captados devem ser destinados ao crédito rural. Inicialmente, as cooperativas terão de destinar apenas 20% para essas operações. O percentual subirá gradualmente até chegar aos 60%.

 

Atualmente, somente os bancos do Brasil, da Amazônia e do Nordeste; os bancos cooperativos e as instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo que operam crédito rural podem captar recursos da poupança rural. As cooperativas de crédito se somarão a essa lista a partir do segundo semestre.

 

LCA

 

O CMN fez mudanças no Manual de Crédito Rural para regulamentar o fim do sublimite de parte dos recursos captados por meio da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). A mudança permitiu que todo o dinheiro obtido por meio dessa modalidade seja emprestado a taxas de mercado.

 

Com os bancos tendo mais liberdade para aplicar os recursos da LCA, o CMN ajustou o Manual de Crédito Rural, criando os Depósitos Interfinanceiros Vinculados ao Crédito Rural vinculados à LCA (DIR-LCA). De acordo com o BC, a mudança facilitará o cumprimento do direcionamento (destinação) da LCA com juros definidos pelo mercado.

 

Fonte: Agência Brasil