Começam a valer medidas da Caixa para estimular construção civil; novas regras foram anunciadas no dia 12 pelo banco

Desde ontem (17), as empresas podem contrair crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal com juros mais baixos. As novas regras foram anunciadas no último dia 12 pelo banco.

 

O banco reduziu as taxas das operações corrigidas pela Taxa Referencial (TR) e anunciou duas linhas de crédito para o setor da construção civil,  indexadas pela inflação ou pelo certificado de depósito interbancário (CDI).

 

Segundo a Caixa, para todas as modalidades, as taxas de juros serão definidas de acordo com o perfil e relacionamento da empresa.

 

Taxa Referencial

 

As taxas dos financiamentos corrigidos pela TR caíram cerca de 30%, passando de TR mais 9,25% ao ano para TR mais 6,5% ao ano para as empresas com conta na Caixa. Para empresas sem relacionamento com o banco, a taxa cai de TR mais 13,25% ao ano para TR mais 11,75% ao ano.

 

IPCA e CDI

 

Os financiamentos corrigidos pelo CDI ou pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) valem para duas modalidades. A primeira é Apoio à Produção, mais conhecida como Imóvel na Planta. A segunda é Plano Empresa da Construção Civil, conhecida como Plano Empresário, destinada à construção de imóveis e que permite o financiamento para pessoas físicas quando 80% do empreendimento estiver construído.

 

Para as linhas corrigidas pela inflação, as taxas variarão de IPCA mais 3,79% ao ano para IPCA mais 7,8% ao ano. Os financiamentos indexados ao CDI terão duas modalidades de cobrança: uma com taxas que variam de CDI mais 1,48% ao ano a CDI mais 5,4% ao ano e outra entre 119% a 194% do CDI.

 

As linhas de crédito imobiliário para pessoas jurídicas têm até 36 meses de prazo de construção e de retorno (quando o dinheiro investido começa a ser recuperado). O tomador pode começar a pagar as parcelas até 12 meses depois da assinatura do contrato.

 

Fonte: Agência Brasil

Canais de Atendimento

Além das agências da Caixa, os clientes poderão obter mais informações sobre as linhas de crédito por meio do site .

Receita Federal paga hoje restituição do lote residual do Imposto de Renda da Pessoa Física de 2008 a 2019

A Receita Federal paga hoje (17) o lote residual de restituição multiexercício do Imposto sobre a Renda Pessoa Física (IRPF), referente aos exercícios de 2008 a 2019. O crédito bancário será feito para 116.188 contribuintes, somando mais de R$ 297 milhões.

 

Desse total, R$ 133,467 milhões serão liberados para os contribuintes com preferência no recebimento: 2.851 idosos acima de 80 anos, 14.541 entre 60 e 79 anos, 1.838 com alguma deficiência física, mental ou doença grave e 6.052 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

 

Para saber se teve o crédito liberado, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet, ou ligar para o Receitafone 146.

 

Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, com entrega de declaração retificadora.

 

A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones, que facilita consulta às declarações do IR e à situação cadastral no Cadastro de Pessoa Física (CPF).

 

Com o aplicativo, é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

 

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

 

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

 

Fonte: Agência Brasil

ICMS menor para produtos comercializados por atacadistas deve beneficiar também setor varejista, diz Governo do Estado

O Governo do Estado reduziu o ICMS de produtos alimentícios, materiais de limpeza, cosméticos, materiais de construção e outros itens comercializados pelas empresas atacadistas instaladas em Mato Grosso do Sul. As empresas que recolhiam alíquotas de 17% passam a recolher 12,5% de imposto, e aqueles que tinham alíquota de 20% passam a pagar 14,7%. A expectativa é que a medida expanda o setor, gerando mais empregos e reduzindo os preços dos produtos para o setor varejista e à população em geral. Decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (14.02).

 

O assunto foi tratado em reunião realizada na Governadoria, no dia 18 de dezembro, com participação dos secretários Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), e Felipe Matos, da Fazenda; o presidente da Asmad (Associação Sul-Mato-Grossense de Atacadistas e Distribuidores), Aureo Francisco Akito Ikeda; o deputado estadual Paulo Corrêa, o presidente da Fiems, Sérgio Longen e representantes do setor produtivo.

 

Na reunião foi apresentado ao governador um estudo feito por um grupo de trabalho formado por representantes da Assembleia, Sefaz, Semagro, e Associação Sul-Mato-Grossense dos Atacadistas e Distribuidores. O superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro, Bruno Gouveia, conta que o grupo teve várias reuniões desde setembro do ano passado até se chegar a uma proposta que atendesse a demanda do setor atacadista e fosse viável ao governo.

 

 Verruck: competitividade

O secretário Jaime Verruk avalia que, ao longo dos anos, o comércio varejista cresceu e o atacadista sofreu retração. “Nós recebemos uma demanda do setor que apontou forte influência de empresas atacadistas de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, provocando uma concorrência desleal, pois esses estados têm uma estrutura tributária diferente que possibilita a eles trazer seus produtos para Mato Grosso do Sul com preço menor”. O problema, conforme o secretário, é que esses atacadistas de fora não geram emprego em Mato Grosso do Sul, daí a importância de equiparar a concorrência.

 

“A expectativa do governo, agora, é que o setor tenha uma importante expansão com abertura de novas empresas. Tudo isso resultando na geração de mais empregos e preços mais baratos dos produtos”, completou Verruck.

 

O presidente da Asmad, Akito Ikeda, comemorou a edição da medida, afirmando que o governo valoriza as empresas que movimentam a economia regional e geram empregos. “Essas empresas de fora não geram emprego, não movimentam a nossa economia e o que ganham levam para os seus estados”, afirma. Segundo ele, cerca de 50 atacadistas de todo o Estado podem ser atendidos pelo Decreto.

 

 

Regras

 

Para ser contemplada pelo benefício fiscal a empresa deve cumprir alguns requisitos: estar inscritas no Cadastro de Contribuintes do Estado; estar em dia com o fisco estadual; ser filiada à Associação Sul-mato-grossense de Atacadistas e Distribuidores; possuir estrutura logística de armazenamento e distribuição dos produtos em Mato Grosso do Sul compatíveis com a sua movimentação comercial, de forma a gerar emprego e renda no Estado, entre outros. O benefício não se aplica a empresas que tenham apenas escritório no Estado, com toda a logística funcionando em outra unidade federativa.

 

Não poderão ser enquadrados neste Decreto as operações realizadas entre empresas do mesmo grupo econômico, mesmo que a distribuição seja feita por uma empresa atacadista. A medida evita a concorrência desleal, já que grupos de maior poder econômico e com maior número de unidades varejistas tenderiam a ter vantagem sobre os concorrentes.

 

Outra medida que vai garantir justiça fiscal e melhorar o poder de competitividade do setor é a que trata da substituição tributária. As empresas qualificadas como contribuintes substitutos antes tinham que recolher o ICMS das mercadorias antecipadamente, na entrada, e com o Decreto passarão a recolher o imposto somente quando o produto for vendido. Verruck enfatiza que essas medidas têm por objetivo expandir o setor atacadista para que haja investimentos na infraestrutura local. “Toda essa política de alteração tributária dá competitividade, gera mais empregos.”

 

Não se aplica a redução de ICMS a produtos como cerveja, chope e demais bebidas alcóolicas; refrigerante, água mineral, bebidas energéticas e isotônicas; sorvete, cigarro, pneu e produtos eletrônicos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

Ação do governo vai ampliar oferta do etanol do Estado nas distribuidoras e postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul

O Decreto nº 15.361, publicado na edição de quarta-feira (12) do Diário Oficial do Estado dá mais competitividade às usinas de etanol sul-mato-grossenses e permite ampliar a oferta de etanol hidratado “Made in MS” para as distribuidoras e postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul.

 

Em 2019, de acordo com os dados do setor, o consumo de etanol hidratado representou 12% do total das vendas de combustíveis no chamado mercado do Ciclo Otto (que engloba o álcool e a gasolina), enquanto a gasolina representou 88%. Dos 12% referentes à venda de etanol no Estado no ano passado, somente 4% foi proveniente das usinas sul-mato-grossenses; 96% veio de outras regiões.

 

O decreto estabelece novas alíquotas de ICMS para o etanol. Nas operações internas, onde as usinas locais vendem para distribuidoras também do Estado, a alíquota foi reduzida de 25% para 20%. A redução vale tanto para o etanol anidro, misturado à gasolina pelas distribuidoras de combustíveis na proporção de 27%, quanto para o etanol hidratado, que abastece os veículos flex e a etanol. O texto também restabelece o crédito presumido para o setor, de 8% nas operações com etanol hidratado.

 

“O objetivo do Governo, com a publicação do decreto, dando o crédito tributário, é se adequar à situação que ocorre em outros estados, dando mais competitividade para que o etanol produzido em Mato Grosso do Sul seja vendido às distribuidoras locais e chegue nas bombas dos postos de combustíveis sul-mato-grossenses”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

A previsão do setor é de que haja um crescimento de 124% no consumo de etanol produzido em Mato Grosso do Sul. “A ação do governo pode fazer com que o consumo de etanol chegue a 300 mil metros cúbicos por ano, passando a representar 26% do mercado de combustíveis no Estado. Desse total, o etanol produzido em Mato Grosso do Sul poderá, ainda, representar 70% da oferta nas distribuidoras locais”, acrescenta o titular da Semagro.

 

A medida segue a política de desenvolvimento sustentável do Governo do Estado, estimulando a utilização de fontes de energia renovável. “É uma nova fase para o setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul. Há poucos dias tivemos duas usinas certificadas no Renovabio, devido ao modelo de sustentabilidade que utilizam na produção de combustível renovável. Além disso, o Governo já se adianta à agenda que a ANP está prestes a regulamentar, que é a permissão da venda direta das usinas aos postos de combustível. Nosso decreto já permite essa possibilidade, cria um ambiente de negócios favorável e estimula investimentos de um setor que vem sinalizando uma retomada”, finaliza Jaime Verruck.

Desinvestimentos já alcançaram R$ 29,5 bilhões no ínício de 2020; no ano passado, foram arrecadados R$ 105,4 bilhões

Os desinvestimentos no Brasil somaram R$ 29,5 bilhões no início deste ano. O valor foi arrecadado com a venda de 20.785.200 ações ordinárias de emissão do Banco do Brasil excedentes ao controle acionário, e a venda das ações detidas pelo BNDESPar na Light e na Petrobras. A meta de desestatizações e desinvestimentos para 2020 é de R$ 150 bilhões, com redução de 300 ativos.

 

A informação foi dada na (14/2) pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, durante o evento Painel Brasil 2022, em São Paulo. “No início deste ano, nós já alcançamos uma boa parcela da nossa meta. O meu desafio é reduzir o máximo possível ao longo dos próximos três anos. Governar é alocar recursos”, declarou Mattar.

 

“O dinheiro do cidadão pagador de impostos, do trabalhador, foi mal aplicado pelos governos anteriores”, continuou. “O Estado tem que se concentrar apenas naquilo que é o seu papel: segurança, saúde, educação, saneamento e infraestrutura, ou seja, na qualidade de vida para do cidadão”.

 

Cronograma

 

O secretário disse que no ano passado foram arrecadados R$ 105,4 bilhões em desestatizações e desinvestimentos, com a redução de 71 ativos. “Eu encontrei 698 participações do governo em empresas, entre controladas, subsidiárias, coligadas e simples participação”, disse.

 

Mattar apresentou também o cronograma de desestatizações para os próximos anos, com as empresas que estão no Programa de Parceria de Investimento (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND). A primeira empresa de controle direto da União prevista para ser desestatizada é a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), o que deve ocorrer em agosto próximo.

 

Superintendente do Procon Estadual determina pesquisa para orientar consumidores na aquisição de combustíveis

Com a finalidade principal de  orientar o cidadão a  conseguir economizar ao abastecer seu veículo evitando estabelecimentos que praticam preços abusivos, equipes da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast estão desenvolvendo pesquisa de preços de combustiveis que deverá  abranger a totalidade dos postos de combustíveis  de Campo Grande.

 

Os pontos abordados no levantamento são, basicamente, valores praticados na venda dos produtos – gasolina, etanol e óleo diesel – à vista e a prazo, verificação de estoques de gasolina  anteriores à edição  da medida governamental de  reajuste da alíquota de ICMS, bem como se está sendo levado em conta a redução dos preços do etanol com base em decisão  do governo do Estado.

 

Para melhor orientação,  pesquisadores  elencaram itens como gasolina comum, aditivada, etanol, díesel S 500, diesel S 10 com  detalhes que os preços  devem ser especificados para  negociação em dinheiro e cartões de débito e crédito. Os trabalhos devem se encerrar no início da próxima semana quando os resultados serão divulgados para a população.

Mato Grosso do Sul reduz ICMS de produtos alimentícios e aumenta competitividade de setor atacadista local

Decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na sexta-feira  (14.02) reduz o ICMS de produtos alimentícios, materiais de limpeza, cosméticos, materiais de construção e outros itens comercializados pelas empresas atacadistas instaladas em Mato Grosso do Sul. As empresas que recolhiam alíquotas de 17% passam a recolher 12,5% de imposto, e aqueles que tinham alíquota de 20% passam a pagar 14,7%. A expectativa é que a medida expanda o setor, gerando mais empregos e reduzindo os preços dos produtos para o setor varejista e à população em geral.

 

O assunto foi tratado em reunião realizada na Governadoria, no dia 18 de dezembro, com participação dos secretários Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), e Felipe Matos, da Fazenda; o presidente da Asmad (Associação Sul-Mato-Grossense de Atacadistas e Distribuidores), Aureo Francisco Akito Ikeda; o deputado estadual Paulo Corrêa, o presidente da Fiems, Sérgio Longen e representantes do setor produtivo.

 

Na reunião foi apresentado ao governador um estudo feito por um grupo de trabalho formado por representantes da Assembleia, Sefaz, Semagro, e Associação Sul-Mato-Grossense dos Atacadistas e Distribuidores. O superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro, Bruno Gouveia, conta que o grupo teve várias reuniões desde setembro do ano passado até se chegar a uma proposta que atendesse a demanda do setor atacadista e fosse viável ao governo.

 

Verruck: competitividade

O secretário Jaime Verruk avalia que, ao longo dos anos, o comércio varejista cresceu e o atacadista sofreu retração. “Nós recebemos uma demanda do setor que apontou forte influência de empresas atacadistas de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, provocando uma concorrência desleal, pois esses estados têm uma estrutura tributária diferente que possibilita a eles trazer seus produtos para Mato Grosso do Sul com preço menor”. O problema, conforme o secretário, é que esses atacadistas de fora não geram emprego em Mato Grosso do Sul, daí a importância de equiparar a concorrência.

 

“A expectativa do governo, agora, é que o setor tenha uma importante expansão com abertura de novas empresas. Tudo isso resultando na geração de mais empregos e preços mais baratos dos produtos”, completou Verruck.

 

O presidente da Asmad, Akito Ikeda, comemorou a edição da medida, afirmando que o governo valoriza as empresas que movimentam a economia regional e geram empregos. “Essas empresas de fora não geram emprego, não movimentam a nossa economia e o que ganham levam para os seus estados”, afirma. Segundo ele, cerca de 50 atacadistas de todo o Estado podem ser atendidos pelo Decreto.

 

Regras

 

Para ser contemplada pelo benefício fiscal a empresa deve cumprir alguns requisitos: estar inscritas no Cadastro de Contribuintes do Estado; estar em dia com o fisco estadual; ser filiada à Associação Sul-mato-grossense de Atacadistas e Distribuidores; possuir estrutura logística de armazenamento e distribuição dos produtos em Mato Grosso do Sul compatíveis com a sua movimentação comercial, de forma a gerar emprego e renda no Estado, entre outros. O benefício não se aplica a empresas que tenham apenas escritório no Estado, com toda a logística funcionando em outra unidade federativa.

 

Não poderão ser enquadrados neste Decreto as operações realizadas entre empresas do mesmo grupo econômico, mesmo que a distribuição seja feita por uma empresa atacadista. A medida evita a concorrência desleal, já que grupos de maior poder econômico e com maior número de unidades varejistas tenderiam a ter vantagem sobre os concorrentes.

 

Outra medida que vai garantir justiça fiscal e melhorar o poder de competitividade do setor é a que trata da substituição tributária. As empresas qualificadas como contribuintes substitutos antes tinham que recolher o ICMS das mercadorias antecipadamente, na entrada, e com o Decreto passarão a recolher o imposto somente quando o produto for vendido. Verruck enfatiza que essas medidas têm por objetivo expandir o setor atacadista para que haja investimentos na infraestrutura local. “Toda essa política de alteração tributária dá competitividade, gera mais empregos.”

 

Não se aplica a redução de ICMS a produtos como cerveja, chope e demais bebidas alcóolicas; refrigerante, água mineral, bebidas energéticas e isotônicas; sorvete, cigarro, pneu e produtos eletrônicos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

 

O decreto entrou em vigor desde sua publicação. Você pode ver o inteiro teor da medida AQUI.

Com programa de captação de voos, Mato Grosso do Sul interliga Três Lagoas a Campo Grande e São Paulo

Mato Grosso do Sul está atraindo novas empresas aéreas, superando um dos gargalos para o desenvolvimento do turismo, que é a logística, com o programa de captação de voos criado pelo Governo do Estado. Esta semana, a Voepass Linhas Aéreas (antiga Passaredo), que retomou os voos entre Dourados e Congonhas (SP), em outubro de 2019, reativou suas operações em Três Lagoas, integrando importante região econômica.

 

O programa de captação de voos regulares – o Decola MS – é uma estratégia da Fundação de Turismo (Fundtur/MS) para ampliar a frequência de conexões com os principais centros emissores de turistas do Brasil. O Decola MS, criado por decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja, incentiva a ampliação de voos e tarifas menores com benefícios fiscais (redução da alíquota de combustível). Novos voos estão sendo negociados.

 

“Essa captação é uma das principais estratégias para o fomento do turismo de Mato Grosso do Sul, pois coloca o estado mais perto de grandes destinos brasileiros”, afirmou o diretor-presidente da Fundtur/MS, Brunoi Wendling. Além do incentivo fiscal, o Estado, por meio da fundação, desenvolve estratégias de promoção dos atrativos de Mato Grosso do Sul, em conjunto com as empresas aéreas, nos estados emissores de turistas.

 

Voos internacionais

 

A negociação com as companhias, segundo Wendling, é feita com base em pesquisas de fluxos de turistas para criar rotas competitivas e a atração de mais de uma empresa, cuja competitividade reduz o preço das passagens. “A facilidade do acesso internamente reflete automaticamente no aumento do fluxo de turistas. Já avançamos muito, estamos buscando viabilizar inclusive voos internacionais, mas é um gargalo ainda”, disse o titular da Fundtur.

 

Bruno Wendling: aumento do fluxo é automático com melhorias dos acessos

Nesta quinta-feira (13.2), a Voepass Linhas Aéreas, com sede em Ribeirão Preto (SP), anunciou a expansão de suas operações em Mato Grosso do Sul com novos voos ligando Três Lagoas (TJL) ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e também à capital Campo Grande (CGR). As novas rotas iniciam em 29 de março. A companhia declarou que a parceria com o Governo do Estado foi decisiva para esse retorno a Três Lagoas, após dois anos.

 

Segundo José Luiz Felício Filho, presidente da empresa, a contrapartida do Estado foi fundamental para a escolha do novo e estratégico destino. “Seremos a primeira empresa aérea a operar voos ligando Três Lagoas à capital Campo Grande, e também ligando a cidade ao Aeroporto de Congonhas — diretamente no coração do centro econômico do Brasil”, afirmou o executivo da companhia.

 

O diretor executivo Eduardo Busch explicou que a Voepass retorna a Três Lagoas com um serviço diferente e mais eficiente, com horários nobres e destinos diretos. Além de atender Três Lagoas, as operações criam também mais uma opção de ligação de Campo Grande com São Paulo — Aeroporto de Congonhas. Os voos serão operados por aeronaves ATR72, com capacidade para 70 passageiros.

 

Tarifas promocionais

 

Com voos diários, as operações cumprirão os seguintes horários: de Três Lagoas para Congonhas as saídas serão diárias de segunda a sábado, decolando às 9h da manhã com chegada em São Paulo às 10h55min; para o retorno, a decolagem de Congonhas é às 18h com pouso em Três Lagoas às 19h50min.

 

Já de Campo Grande para Três Lagoas, as saídas serão diárias de segunda a sábado: decolando da capital sul mato-grossense às 7h30min chegando a Três Lagoas as 8h30min, com retorno decolando de Três Lagoas as 20h15min com chegada a Campo Grande às 21h15min.

 

De Campo Grande para Três Lagoas e Congonhas as saídas são de segunda a sábado às 7h30min, com chegada às 8h30min em TJL e em Congonhas às 10h55min. O retorno de São Paulo tem saída às 18h, chegando a Três Lagoas 19h50min e em Campo Grande às 21h15min.

 

Para o lançamento dos voos, a Voepass oferece tarifas promocionais nos trechos diretos a partir de R$ 99,00 entre Três Lagoas e Campo Grande, e R$149,00 entre Três Lagoas e Congonhas.

Brasil estuda construir usina binacional com Bolívia; diretor de Itaipu disse que obra seria feita no Rio Mamoré

O Brasil estuda construir uma usina hidrelétrica binacional com a Bolívia. O projeto seria no Rio Mamoré, acima do município de Guajará-Mirim (RO), contando com experiência e investimentos de Itaipu. A possibilidade foi comentada nesta sexta-feira (14) pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, durante solenidade de comemoração da geração recorde de 2,7 bilhões de megaWatts/hora (MW/h) produzidos desde o início de sua operação, em 1984.

 

“Ela [a nova usina] vai ser necessária. Itaipu pode servir de referência, inclusive de relações [internacionais], que é uma construção de longo prazo. Itaipu pode ajudar muito se for tomada essa decisão. A previsão é que sejam duas hidrelétricas, de 5 mil MW a 6 mil MW [no total]. O Brasil precisa de energia segura. A engenharia diplomática para fazer uma construção dessas não é pequena. É tão complexa quanto é a engenharia para fazer a obra”, disse Silva e Luna.

 

Em termos de comparação, Itaipu tem potência de 14 mil MW. Segundo o general, Itaipu poderia ser o agente brasileiro na futura usina binacional com a Bolívia. “Se houver isso aí, Itaipu tem muito a contribuir. Na hora em que for decidido, estamos prontos. A programação financeira seria a parte menos complexa a se fazer. Havendo essa demanda, Itaipu está em condições de se debruçar sobre essa hipótese. A interconexão energética do continente é irreversível. É questão de tempo”, disse Silva e Luna.

 

Dentro de três anos, Itaipu terá quitada a dívida para a construção da usina, o que vai liberar cerca de US$ 2 bilhões por ano, metade para o Paraguai e metade para o Brasil, que passará a contar com US$ 1 bilhão para investimentos, cerca de R$ 4,3 bilhões. O dinheiro, segundo o general, poderia ser aplicado na construção da usina binacional, se for o caso, ou em melhorias na usina de Itaipu.

 

Custo

 

O diretor-técnico executivo de Itaipu, Celso Villar Torino, estimou em cerca de US$ 5 bilhões o valor de construção da usina binacional com a Bolívia, tomando-se em conta o valor das grandes usinas recentes.

 

“Teria que fazer uma análise detalhada do local, mas as grandes usinas, como referência, custaram cerca de US$ 5 bilhões. O Brasil tem mercado crescente [de energia]. Uma hidrelétrica de 5 mil MW a 6 mil MW, não há dúvida, que o país tem mercado para absorver”, disse Torino. Segundo ele, a conexão da futura usina poderia ser feita utilizando a linha das usinas de Jirau e Santo Antônio, ou construindo outras linhas de transmissão.

 

2.7 bilhoes; Itaipu Binacional; energia; producao; recorde
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, e o diretor paraguaio, Ernst Bergen, durante solenidade de comemoração da geração recorde de 2,7 bilhões de megaWatts/hora – Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

Anexo C

 

Em 2023, haverá a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, de abril de 1973, que trata das bases de comercialização da energia gerada pela hidrelétrica. Atualmente, o Paraguai é obrigado a vender para o Brasil a parte de sua produção que não consome. A energia de Itaipu abastece 85% da demanda paraguaia, vendendo para o Brasil 35% do total da produção paraguaia.

 

De acordo com o general Silva e Luna, a questão está sendo bem conduzida e não deverá causar maiores problemas: “Teremos um grupo de trabalho único binacional. Se chega [a um consenso] através de conversa, diálogo, convencimento. Eu vejo isto com total otimismo”.

 

Outro assunto abordado foi o possível aumento do nível do reservatório, em um metro de altura, a fim de conferir maior estabilidade e potência. A obra custará cerca de R$ 4 milhões e não deverá causar impacto ambiental de alagamento além das terras da própria usina. Além disso, haverá, a partir do segundo semestre deste ano, a modernização de cada uma das 20 unidades geradoras onde ficam as turbinas, a um custo de US$ 700 milhões.

 

Cada unidade é responsável pela geração aproximada de 5% do total e deverá ficar parada até seis meses. No total, o processo vai durar 14 anos e será feita uma licitação internacional para a realização da modernização.

 

Recorde

 

A produção recorde de 2,7 bilhões de MWh, atingida nesta sexta-feira coloca Itaipu como a maior usina hidrelétrica do mundo em produção, superando até a gigantesca usina chinesa de Três Gargantas. O feito foi comemorado pelos diretores e funcionários da usina em solenidade que reuniu brasileiros e paraguaios.

 

O diretor-geral paraguaio de Itaipu, Ernst Bergen, destacou a colaboração de todos os funcionários da usina para o atingimento da meta. “Refletindo sobre o passado e olhando adiante, os paraguaios e brasileiros, como países-irmãos, têm sido capazes de construir uma hidroelétrica que hoje é a número um no mundo em produção de energia acumulada, a número um em produção de energia por ano, a número um em eficiência”, disse Bergen.

 

Silva e Luna também salientou a parceria entre os países para os resultados da usina: “Este potencial está colocado à nossa disposição, em proveito do desenvolvimento e bem estar de nossos povos. É um aprendizado contínuo, que une cada vez mais o Brasil e o Paraguai. Olhando para o futuro, vamos preparar nossa empresa para chegar em 2023 em condições de tratar dos novos arranjos financeiros do tratado, podendo trazer ainda mais benefícios para os nossos povos”.

 

Fonte: Agência Brasil