Custos de produção de suínos e de frangos de corte já subiram mais de 25% em 2020

Os custos mensais de produção de suínos e de frangos de corte calculados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (embrapa.br/suínos-e-aves/cias) tiveram uma forte elevação em setembro. O ICPSuíno chegou aos 306,95 pontos, +6,43% em relação ao mês anterior. Já o ICPFrango fechou o nono mês de 2020 nos 301,91 pontos, +6,88% em comparação a agosto. É a primeira vez que os dois índices superam os 300 pontos desde que foram criados em 2011 (quando ambos valiam 100 pontos).

 

Mais uma vez, a alta do ICPSuíno foi puxada pela variação nos gastos com a nutrição dos animais (4,01% em agosto). No ano, o custo geral de produção de suínos já subiu 25,70% e, nos últimos 12 meses, 33,21%. O custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina passou dos R$ 5,04 em agosto para um novo valor recorde de R$ 5,37 em setembro.

 

Já o ICPFrango acumula agora 27,44% de alta em 2020 (e +31,29% nos últimos 12 meses). A nutrição das aves (5,47%) e os pintos de um dia (0,98%), foram os itens que mais subiram no mês passdo. Com isso, o custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná passou dos R$ 3,65 em agosto para R$ 3,90 em setembro.

 

Os índices de custos de produção foram criados pela equipe de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves e Conab. Santa Catarina e Paraná são usados como estados referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.

 

Aplicativo Custo Fácil

 

A Embrapa lançou recentemente a nova versão do Custo Fácil. O aplicativo traz novidades para os produtores de frangos de corte e de suínos que têm o aplicativo instalado em seus celulares e tablets. Agora é possível editar e apagar granjas e dados de lotes, além de gerar relatórios dinâmicos das granjas, do usuário e das estatísticas da base de dados no servidor da Embrapa. Além disso, os relatórios permitem separar as despesas dos custos com mão de obra familiar. O aplicativo está disponível de forma gratuita para instalação em dispositivos Android, na Google Play. A nova versão também mostra ao produtor sua posição no ranking e as médias regionais dos principais indicadores econômicos (receita bruta, custo total, lucro líquido e geração de caixa) das granjas que declararam informações por meio do aplicativo ou no portal Custo Fácil na internet.

 

Planilha de custos do produtor – Produtores de suínos e de frango de corte integrados podem usar na gestão da granja uma planilha eletrônica feita pela Embrapa. Ela compara a receita obtida com os custos de produção, acompanhando a geração de caixa da granja e o impacto da prestação do financiamento. A planilha ainda analisa o resultado e apresenta uma estimativa da Taxa Interna de Retorno (TIR) do investimento. Ela pode ser baixada no site da CIAS.

 

Fonte: Embrapa Suíno e Aves

Destaque na produção de grãos, MS terá primeira indústria de etanol de milho em 2021

A primeira usina de etanol de milho em Mato Grosso do Sul será instalada em março de 2021 na região norte do Estado. A Petromar, empresa com sede em Mato Grosso, pretende gerar 200 empregos formais com o início das operações e deve criar empregos em diversos munícipios. A usina será instalada em Jaraguari e deve ampliar operações para outros municípios, como Costa Rica. Além da usina, o grupo Petromar pretende empreender em áreas de energia renovável, como o biogás e painéis fotovoltáicos.

 

A vinda da Petromar, através de parceria com o Governo Estadual pela Semadur (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), está avançada e aguarda as últimas licenças do Corpo de Bombeiros e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para iniciar a construção da Destilaria Pioneira.

 

A usina vai operar em Jaraguari, região central do Estado, com início das obras previstas para março de 2021. De acordo com o presidente da Petromar, Celso Carlos Silva, a indústria deve geral ao menos 200 empregos diretos e tem previsão de expandir para municípios da região Norte.

 

“Vemos um Estado muito promissor para o desenvolvimento e um ótimo trabalho dos secretários da Semagro, Jaime Verruck, e do secretário-adjunto Ricardo Sena. Mato Grosso do Sul se destaca no Centro Oeste pela produção de milho e, por este motivo, optamos pela abertura de uma indústria no Estado. Nossa meta é a produção diária de 200 mil litros por dia de etanol de milho”, explicou Celso.

 

A grande vantagem do etanol feito de milho é que o grão pode ser armazenado e utilizado à medida das necessidades da indústria, o que não acontece com a cana, que precisa ser processada logo após sua colheita. Para a produção do etanol de milho não existe entressafra, podendo ser utilizado ininterruptamente ao longo de todo o ano.

 

Além do etanol, a Petromar trabalha na produção de ração para animais, óleo de cozinha e outros derivados do milho e o objetivo é a criação de filiais em outros municípios do Estado para a produção destes produtos para atender a demanda local e a exportação.

 

Celso explica que Jaraguari está há 150 km das principais plantações de milho no Estado e que tem conversado com outros municípios para a criação de subsidiárias, como é o caso de Costa Rica.

 

“Conversamos com a Semadur para a instalação de empreendimentos em Costa Rica, como o projeto de energia renovável que a empresa trabalha, com o biogás e painéis fotovoltaicos”, explicou o presidente da Petromar.

Tradição e sinônimo de Natal, panetones já são encontrados em atacarejos de Campo Grande

A pouco mais de dois meses para o Natal, a venda dos tradicionais panetones já começou, com diversidade de marcas e sabores. Seja com frutas cristalizadas ou gotas de chocolate, esse pão é sinônimo das celebrações de fim de ano e chegou às gôndolas do Fort Atacadista em Campo Grande, onde a rede possui sete lojas.

 

Conforme a Associação Brasileira da Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), no ano passado, a produção de panetone movimentou R$ 735 milhões entre novembro e janeiro. Para este ano, a associação ainda faz cálculos de como será o desempenho do setor. Mas as marcas do produto prepararam variadas versões do alimento e pretendem atrair a atenção dos consumidores, que mesmo em ano de pandemia, não devem deixar de degustar uma das maiores tradições natalinas.

 

Segundo a coordenadora de Marketing Regional do Fort Atacadista, Rafaellen Duarte, as expectativas são otimistas. “Já começamos a abastecer as prateleiras com os panetones e chocotones, produtos tradicionais que remetem à alegria e esperança de Natal e Ano Novo, com grande variedade para que o consumidor tenha mais opções neste período”

 

Os pães natalinos de grandes marcas ocupam posições de destaque, com preços para todos os bolsos. O pão de frutas Tommy, por exemplo, pode ser encontrado a partir de R$ 8,99. O tradicional da Visconti, de 400 gramas, sai por R$ 12,50. Já os da Bauducco, há opções como o Chocolate Maxxi, por R$ 21,50, além da versão com mousse de chocolate, a partir de R$ 21,98, entre outros itens. Existem também as produções regionais, boa alternativa para quem adora panetone, mas não está disposto a gastar muito.

 

Rafaellen aponta que o Fort Atacadista oferece uma ótima experiência de compra, com preços competitivos e variedade de produtos para casa e comércio, com a possibilidade de parcelamento das compras, tanto com cartão de crédito normal, quanto pelo Vuon Card, próprio da rede.

 

Onde encontrar – Na rede Fort Atacadista, que possui sete lojas na capital, o cliente pode encontrar uma grande de produtos. Em Campo Grande, as lojas do Fort Atacadista funcionam de segunda a sábado, das 7h às 22h, e aos domingos, das 8h às 20h, nos seguintes endereços:

 

Loja 89 – Parati – Rua da Divisão, 1208

Loja 78 – Tiradentes – R. Antônio Bicudo, 112 – Jardim São Lourenço.

Loja 170 – Coronel Antonino – R. São Borja, 586 – Vila Rica

Loja 77 – Shopping Norte Sul Plaza – Av. Pres. Ernesto Geisel, 2300

Loja 76 – Getúlio Vargas – Av. Pres. Vargas, 1336 – Papa João Paulo II

Loja 180 – Guanandi – Av. Pres. Ernesto Geisel, 501 – Jardim Jacy

Loja 100 – Moreninhas – Av. Gury Marques, 4855.

Projeto elaborado no Imasul vence prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública

Projeto para a modernização do sistema utilizado pelo Governo do Estado na requisição e pagamento de diárias, elaborado pelo servidor Darcio dos Santos Oliveira, lotado na Unidade de Recursos Humanos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) é o vencedor da categoria “Ideias Inovadoras Implementáveis” do XV Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública.

 

Darcio dos Santos Oliveira,

Darcio é servidor efetivo do cargo de Técnico em Recursos Humanos e está lotado no Imasul desde 19 de janeiro de 2016 na Unidade de Recursos Humanos e venceu o prêmio com o projeto “Inovação e desburocratização do Sistema Gestor de Diárias Estaduais e Federais – SGDEF, no âmbito do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul”. Veja o projeto aqui

 

“Sou ordenador de diárias e passagens aéreas no Imasul e o responsável em aprovar as diárias e encaminhá-las para pagamento. Sempre temos de ficar ligando para o servidor e cobrar o relatório de viagem para a devida prestação de contas com a o financeiro e a Sefaz. Como o tema do prêmio nesse ano foi inovação em tempos de pandemia, resolvi propor a adoção de arquivos totalmente digitais, sem manuseio de papel e, principalmente sem contato físico na assinatura dos pedidos e relatórios de viagens”, informa Darcio.

 

Realizada pela Escolagov (Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul), da SAD (Secretaria de Estado de Administração), o Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública deste ano foi voltado para ações inovadoras que colaborem para o aprimoramento e tragam soluções para o serviço público em tempos de pandemia. Neste ano, a solenidade de premiação será virtual e acontecerá no dia 28 de outubro, data em que se comemora o Dia do Servidor Público.

 

Os projetos vencedores, nas categorias “Ideias Inovadoras Implementáveis” e “Ideia Inovadoras” e “Práticas Inovadoras de Sucesso” receberão prêmio no valor de R$ 6 mil; os segundos colocados R$ 4 mil e os classificados em terceiro lugar R$ 2 mil cada.

Decisão do Supremo Tribunal Federal evita perda na arrecadação de R$ 1,2 bi, diz Reinaldo

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a arrecadação de ICMS sobre o gás natural com Mato Grosso do Sul trouxe alívio para o governo estadual. O governador Reinaldo Azambuja explicou que uma eventual derrota no julgamento poderia provocar uma perda bilionária na arrecadação.

 

“É uma decisão positiva que cria uma segurança jurídica. O gás é um dos principais itens de arrecadação do Estado. Não é um dinheiro novo, mas significa R$ 1,2 bilhão por ano ou 13% da arrecadação e a perda desse recurso poderia quebrar o nosso Estado. É importante porque consolida o que a gente tinha e agora o Estado ganha ainda mais legalidade com o STF pacificando essa disputa que se alongava há 14 anos”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

 

Governador Reinaldo Azambuja diz que decisão trouxe alívio para o Estado (Foto: Chico Ribeiro)

 

 

Por 5 votos a 4, o Supremo decidiu nesta quinta-feira (22) a legitimidade de Mato Grosso do Sul na cobrança de ICMS sobre o gás natural que chega ao país através do Gasbol, por Corumbá. O imposto sobre o produto boliviano é uma das principais receitas de Mato Grosso do Sul. Em 2019, a arrecadação foi de R$ 1,1 bilhão. E neste ano, até outubro, o ICMS do produto boliviano rendeu R$ 869 milhões ao Estado.

 

“O gás natural é um dos principais produtos de incidência de ICMS, responsável por 13% da arrecadação do ICMS. Uma ação fundamental, uma briga judicial que se arrasta por mais de 15 anos entre os três Estados e uma vitória muito importante para toda a população sul-mato-grossense. Ainda haverá a fase de recursos, então vencemos uma batalha, mas ainda não vencemos a guerra”, afirma o secretário de Estado de Fazenda, Felipe Mattos.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou três Ações Cíveis Originárias (ACOs 854, 1076 e 1093). As ações foram propostas pelo Estado de Mato Grosso do Sul, respectivamente em face aos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul que discutiam a legitimidade ativa da cobrança de ICMS.

 

Votaram a favor dos pedidos formulados por Mato Grosso do Sul os ministros Gilmar Mendes (relator), Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. Foram contrários os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Marco Aurélio e Ministra Rosa Weber. O presidente Luiz Fux precisou se ausentar e não votou.

 

Desenvolvimento Econômico

 

Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a decisão cria uma segurança jurídica para Mato Grosso do Sul em relação à arrecadação e uma base sólida para uma política de desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul, considerando a possibilidade de empresas privadas também fazerem diretamente a importação do gás natural.

 

Acordo assinado pela Petrobras e a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) reduziu de 30 milhões para 20 milhões de metros cúbicos por dia o volume máximo que a Petrobras pode trazer do país vizinho, liberando um terço da capacidade do Gasoduto Bolívia Brasil (Gasbol) a empresas privadas.

 

“Antes, nós estávamos recolhendo o imposto através de uma liminar. Essa vitória cria essa segurança jurídica do ponto de vista de arrecadação e de desenvolvimento econômico, trazendo tranquilidade. A partir do momento que resolvemos isso, passamos a ter uma base sólida para trabalharmos nessa área. O gás é um dos principais itens de arrecadação de Mato Grosso do Sul”, disse Jaime Verruck.

 

PGE

 

De acordo com a procuradora-Geral do Estado, Fabíola Marquetti Sanches Rahim, a vitória é resultado do empenho de toda a equipe envolvida. “Em mais de uma década este assunto é discutido nos tribunais e os procuradores da nossa instituição, ao longo do tempo, se debruçam em estudos e provas para que Mato Grosso do Sul saísse vitorioso na causa. Foi mais uma atuação importante da PGE em prol de toda a sociedade sul-mato-grossense e que também demonstra o papel essencial do nosso trabalho para o fortalecimento e crescimento do Estado”, afirma.

 

O entendimento é de que o estabelecimento da Petrobrás S/A, situado na fronteira, é o efetivo importador do gás natural procedente da Bolívia, já que este é o destinatário da mercadoria importada e é através dele que são realizadas as demais operações de repasse.

 

Relator, o ministro Gilmar Mendes destacou que a Petrobras Corumbá faz uma importação própria sob encomenda e que em Corumbá acontece a nacionalização do produto. “A internalização econômica e nacionalização do gás natural ocorre em Mato Grosso do Sul”, destacou.

 

Ministro relator Gilmar Mendes argumentou que nacionalização do gás acontece em Mato Grosso do Sul

 

Dois dias de julgamento

 

O julgamento teve início na quarta-feira (21). O procurador de Mato Grosso do Sul Ulisses Schwarz Viana sustentou que estabelecimento importador fica na fronteira Brasil/Bolívia e que é neste ponto que obrigatoriamente ocorre a nacionalização do gás importado, de forma que, qualquer operacionalização de forma diversa, sem que ocorra a nacionalização, implicaria em transporte irregular de gás por meio de dutos, em desacordo com a legislação vigente.

 

“O ICMS incidente nas operações de importação de mercadorias tem como sujeito ativo do imposto o Estado onde está situado o sujeito passivo do tributo, ou seja, a empresa que promoveu juridicamente o ingresso do produto em território nacional, que, no caso, é a Petróleo do Brasil de Corumbá-MS”.

 

De acordo com ele, é a partir de Corumbá que todo o gás natural é nacionalizado. “A partir do momento em que a mercadoria ingressou no âmbito nacional, qualquer circulação de que seja objeto após a ocorrência da importação será estranha a esta. Isto é, qualquer circulação posterior da mercadoria importada será objeto de outra, nova e distinta operação de circulação passível de tributação por ICMS. Nesta hipótese, portanto, haverá a ocorrência de novo fato gerador”.

 

 

Ainda segundo a tese de Mato Grosso do Sul, antes mesmo da entrada do produto em território nacional, a mercadoria já está fisicamente em posse da importadora, já que o gás natural é transportado pelos dutos da TBG, cuja acionista majoritária (51%) é a própria Petrobrás, além de que realizado por meio de contrato de transporte firmado entre a TBG e a empresa importadora. “No primeiro momento, o destinatário da mercadoria é o importador, motivo pelo qual deve o ICMS ser recolhido no local de seu estabelecimento, o que não se confunde com o imposto incidente nos momentos seguintes da cadeia produtiva”, argumenta o Estado.

 

Mato Grosso do Sul recolhia o imposto com base em um pedido de tutela antecipada deferido em favor do Estado no dia 15 de maio de 2006, mas São Paulo apresentou contestação alegando que o ICMS caberia ao estado onde estiver situado o estabelecimento destinatário da mercadoria ou bem.

 

Também fizeram manifestações orais os procuradores de São Paulo, Pedro Luiz Tiziotti; de Santa Catarina, Weber Luiz de Oliveira; e do Rio Grande do Sul, Thiago Holanda González; o representante da Petrobras Frederico Ferreira e o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros.

 

Saiba mais:

Mato Grosso do Sul abriu quase 6 mil empresas em 2020, segundo a Junta Comercial

Mato Grosso do Sul abriu quase 6 mil novas empresas entre janeiro e setembro de 2020. Dados da Jucems (Junta Comercial do Estado) mostram que o número de 5.915 negócios constituídos neste ano é 8,2% maior que o acumulado do mesmo período de 2019, quando eram 5.462 cnpjs novos.

 

Os números do órgão vinculado a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), mostram também que em setembro de 2020 foram abertas 760 novas empresas, sendo o melhor resultado para o mês da série histórica registrada desde o ano 2000.

 

O setor de serviços foi responsável por 62,8% das novas empresas, totalizando 478 novos negócios. Seguido pelo comércio com 257 empresas e a indústria com 25. De acordo com a atividade econômica principal, os segmentos que mais se destacaram foram transporte rodoviário de cargas (33); atividade odontológica (23); comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (23) e serviços de engenharia (20).

 

Para o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro os números são extremamente positivos para Mato Grosso do Sul, refletem a confiança dos empresários na economia estadual. “Os empreendedores estão acreditando no processo de retomada e nós sugerimos cautela neste momento que ainda é de transição. O setor de serviços ao mesmo tempo que foi o mais impactado, consegue se recuperar, mostrando uma nova dinâmica da economia”, afirma.

 

Campo Grande foi responsável por 41,8% das novas empresas do último mês, que somam 313 cnpjs. Dourados aparece em segundo com 94 unidades, seguido por Três Lagoas com 37, junto com Ponta Porã, também com 37 novas empresas.

 

Fechamento de empresas

 

Em setembro de 2020 foram fechadas 284 empresas na Jucems, sendo 140 no serviços, 131 no setor de comércio e 13 na indústria. O resultado é apenas 4,4% maior em relação ao mesmo período de 2019, quando fecharam 272 empresas. No acumulado de janeiro a agosto de 2020 foram fechadas na Jucems um total de 3.025 empresas.

 

Além dos impactos econômicos decorrentes da pandemia do Covid-19, outro fator tem contribuído para o fechamento das empresas. Em novembro de 2019 o Governo Federal extinguiu a cobrança da taxa pelas juntas comerciais brasileiras para fechamento de empresas, determinada pela Lei da Liberdade Econômica – Lei 13.874 de 20/09/2019.

 

Os três municípios com maior abertura de empresas também registram os maiores números de fechamento de empreendimentos em agosto de 2020. Em Campo Grande foram fechadas 148 empresas, em Dourados 31 e em Três Lagoas foram 13.

 

Os setores mais impactados são o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios que fechou 22 empresas em setembro, seguido por restaurantes e similares que perdeu 11 negócios e o transporte rodoviário de cargas que fechou 11 cnpjs em setembro.

PPP da Sanesul vai à leilão nesta sexta-feira na Bolsa de Valores em São Paulo

Planejada há quatro anos pelo Governo do Estado, a Parceria-Público-Privada (PPP) de esgoto da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) vai à leilão nesta sexta-feira (23) na Bolsa de Valores brasileira (B3) que fica em São Paulo (SP). O pregão terá início às 9h (horário de MS) e será transmitido de forma on-line pela TVB3, através do link www.tvb3.com.br.

 

Com boa expectativa de fechar negócio, o governador Reinaldo Azambuja participa da sessão pública do leilão. “Mato Grosso do Sul se preparou para receber esse investimento privado. A PPP está bem modelada e equilibrada, com segurança para os investidores. Quem entrar nessa parceria vai investir em um dos estados mais promissores do Brasil”, destacou.

 

O vencedor do leilão terá a concessão dos serviços pelo período de 30 anos. O parceiro privado da Sanesul terá que aplicar R$ 3,8 bilhões no saneamento básico de Mato Grosso do Sul, entre investimento e operação. Cerca de 1,7 milhão de pessoas serão beneficiadas.

 

Após avaliação da B3 e comissão de licitação, estão aptas a participar do leilão os consórcios Avançar BR e Cosams; e as empresas Aegea e Iguá. A PPP prevê a universalização da coleta e tratamento do esgoto nas 68 cidades sul-mato-grossenses atendidas pela empresa de saneamento. Hoje, essa cobertura é de quase 50%.

 

Além de Reinaldo Azambuja, participam do leilão na B3 o diretor-presidente da Sanesul, Walter Carneiro Júnior; o secretário de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; e a secretária de Parcerias Estratégicas do Estado, Eliane Detoni.

STF decide que Mato Grosso do Sul tem direito ao ICMS de gás importado da Bolívia

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (22) que o Mato Grosso do Sul tem direito exclusivo de receber as receitas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pela importação de gás da Bolívia. 

 

Por 5 votos a 4, a maioria dos ministros entendeu que o estado tem direito a receber 100% do ICMS incidente sobre a importação pelo fato de o produto ser nacionalizado pela Petrobras em uma estação localizada em Corumbá. Em caso de derrota, o governo do Mato Grosso do Sul estimava a perda de aproximadamente R$ 1 bilhão em arrecadação.

 

A disputa judicial estava em andamento há 14 anos na Corte e envolve uma guerra fiscal entre São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além do Paraná, os estados também são abastecidos pelo gasoduto Bolívia-Brasil.

 

Nas ações que foram julgadas, os estados argumentam que, após ser recebido em Corumbá, o gás percorre a parte brasileira do gasoduto e é vendido às companhias estaduais. Sendo assim, as outras unidades da federação também devem receber parte do ICMS.

 

Ontem (21), na primeira parte do julgamento, a Corte ouviu as manifestações dos procuradores dos Estados.

 

Desde 2007, somente o Mato Grosso do Sul recebe as receitas da importação do gás boliviano devido à liminar concedida pelo então ministro Celso de Mello, que reconheceu a exclusividade do estado no recebimento.

 

Na parte brasileira, o gasoduto atravessa 136 municípios localizados no Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

 

Fonte: Agência Brasil

 

Saiba mais:

STF inicia julgamento sobre ICMS de gás importado da Bolívia; só Mato Grosso do Sul recebe sobre importação desde 2007

Faturamento no turismo tem redução de 33,6%; resultado foi por queda em viagens aéreas

O faturamento do setor de turismo no Brasil foi de R$ 70,4 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2020, resultado que representa uma redução de 33,6% em comparação a igual período de 2019. O levantamento, divulgado ontem (21), é da Fecomercio-SP, baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

No período analisado, o resultado negativo do setor foi puxado principalmente pela queda nas viagens aéreas (retração de 68,8%) e pelos serviços de hospedagem e alimentação (diminuição de 43,2%). Atividades culturais, recreativas e esportivas também apresentaram redução relevante, de 33,3%, de janeiro a agosto de 2020.

 

“Apesar dos resultados, o setor tem motivos para ficar mais otimista com os próximos meses: além da saída gradativa do isolamento, como se viu nos feriados nacionais de setembro e outubro, muitas operadoras de turismo brasileiras já têm pacotes fechados para o primeiro semestre de 2021”, destacou a Fecomercio-SP.

 

A entidade ressaltou, no entanto, que os empresários do setor devem ser transparentes com seus clientes sobre as condições das viagens, informando as condições das operações de restaurantes, comércio e serviços, assim como sobre a estrutura médica disponível em cada destino.

 

Fonte: Agência Brasil