Com 635 empresas abertas em novembro, resultado de 2020 é o melhor dos últimos 7 anos

Mato Grosso do Sul ganhou 7.316 novas empresas entre janeiro e novembro de 2020. O resultado é o maior desde 2013 e, com os dados de dezembro, o Estado pode atingir um recorde histórico. Os números são da Jucems (Junta Comercial do Estado), órgão vinculado a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

Em novembro foram constituídas 635 novas empresas, sendo 399 do setor de serviços, 213 de comércio e 23 indústrias. Os números de fechamento seguem a tendência de abertura, com 304 negócios extintos em novembro.

 

O transporte rodoviário de cargas representou 23 das 635 empresas abertas em novembro, seguido pelo comércio varejista de vestuário e acessórios com 18 empresas. Serviços de engenharia representaram 16 negócios enquanto que o comércio varejista de peças para veículos, holdings de instituições não-financeiras e lanchonetes, abriram 14 unidades cada.

 

Em Campo Grande estão localizadas 41,1% do total de empresas abertas em novembro, seguido por Dourados com 10,87% e Ponta Porã com 3,78%. O quarto município que mais abriu empresas foi Três Lagoas com 3,78%.

 

“Mesmo em situação de pandemia, o bom cenário para negócios no nosso Estado, a estabilidade econômica e a base no agronegócio favoreceram a abertura de empresas. A Jucems também promoveu um avanço tecnológico, com o registro automático que permite a abertura e fechamento de empresas online, o que tem impactado nos números”, explica o diretor-presidente da Jucems, Augusto de Castro.

Tecnologia e processo podutivo: Cinco soluções da Indústria 4.0 transformadoras para empresas

As tecnologias da Indústria 4.0 trazem possibilidades transformadoras para todos os setores da economia, na medida em que interconectam, automatizam e tornam inteligente todo o processo produtivo, auxiliando na tomada de decisões e criando oportunidades de negócios. É o que explicou o engenheiro eletricista e promotor técnico da Reymaster Materiais Elétricos, Marcos Monteiro, durante uma palestra que integrou a programação do Cinase 2020 – evento do setor elétrico que neste ano aconteceu de modo virtual.

 

O especialista esclareceu que as soluções 4.0 são aquelas que possuem o objetivo de solucionar os desafios das empresas em conexão, levar maior eficiência à fabricação e acesso a dados em tempo real de processos, parceiros, produtos e pessoas.Em uma fábrica, por exemplo, isso é possível através de dispositivos que automatizam processos, como sensores e drives, e capturam informações e as disponibilizam de modo instantâneo, permitindo que os gestores façam uma análise mais aprofundada para decisões que levem a ganhos de produtividade. “O investimento ultrapassa as melhorias na eficiência da fabricação, atingindo todo o negócio com o objetivo de crescimento”, disse Monteiro.

 

Segundo o promotor da Reymaster, as principais vantagens da Indústria 4.0 são a eliminação de erros e desperdícios, melhoria de produtividade, ganho de tempo, antecipação de problemas, uso mais ativo das máquinas, minimização de custos operacionais, transformação de análise de dados em inteligência e criação de oportunidades para novos negócios.

 

Acompanhe as cinco soluções mais comuns da Indústria 4.0 utilizadas atualmente no Brasil e no mundo e que foram apresentadas pela Reymaster no Cinase digital:

 

 

  1. COMPUTAÇÃO EM NUVEM: Ou Cloud Computing, como também é chamada, é uma tecnologia utilizada para acesso remoto a programas, arquivos e serviços por meio da internet. “Um exemplo dessa aplicação é a que está sendo utilizada em Curitiba, que está sofrendo um rodízio de abastecimento de água, não só devido à estiagem, mas também por erros e desperdícios no sistema de distribuição. Com um dispositivo em que é possível identificar o vazamento de água numa tubulação, o gestor é acionado para fazer a correção. Subindo essas informações na nuvem ele saberá instantaneamente em que ponto está acontecendo o vazamento para imediata manutenção”, explica Marcos Monteiro.

 

  1. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: É a capacidade de se deduzir informações para serem aplicadas no comportamento dentro de um ambiente ou de uma máquina. “Como exemplo podemos citar a utilização de câmeras de visão na produção de uma linha de pisos cerâmicos. No final dessa linha um colaborador faz visualmente a observação se o produto está em bom estado ou não. Com a utilização de câmeras de visão é possível interagir com a automação da máquina, identificando se o produto está em conformidade com o padrão estabelecido. Isso evita a falha humana no processo e aumenta a produtividade”, comenta o engenheiro da Reymaster.

 

  1. REALIDADE AUMENTADA: É a tecnologia que permite a inserção de elementos virtuais no mundo real. É realizada por uso de óculos ou tablets em comunicação com o sistema. Marcos Monteiro cita como exemplo um cliente que comprou uma máquina na Alemanha. O fornecedor preferiu não enviar seus colaboradores para o Brasil, mas, utilizando os óculos de realidade aumentada da Siemens, o engenheiro habilitado da Reymaster compartilha informações com a Alemanha tornando o processo mais rápido e barato.

 

  1. BIG DATA ANALYTICS: Os fabricantes estão utilizando esses dados para diminuir as falhas, aumentar a produtividade e disponibilidade de equipamentos. Seu papel é verificar detalhadamente os números e estatísticas da indústria. Sem o big data analytics não haveria Indústria 4.0.

 

  1. ROBÔS AUTÔNOMOS: São dispositivos que cumprem uma ação definida sem atuação humana. São compostos de sensores de posição, temperatura e controladores que realizam a análise de dados, executando tomadas de ações conforme programados. Os benefícios são eficiência da produção, eliminação de trabalhos repetitivos, prevenção de riscos e mais tempo de trabalho sem a necessidade de interrupção do processo.

 

Para implantar essas soluções, o engenheiro da Reymaster esclarece que não há um padrão definido, que resolva todos os problemas. “Cada caso é um caso. Assim, cada empresa deve seguir ou criar o seu próprio padrão, ou seja, o que melhor encaixa nas suas necessidades. Um bom começo é mapear o cenário atual, buscando aperfeiçoamento contínuo. Modernizar máquinas e equipamentos a partir de dados do processo produtivo, monitorar a eficiência da produção, analisar dados para tomar decisões. O indicado é sempre procurar por empresas ou profissionais especializados no assunto”, finaliza Marcos Monteiro.

 

A Reymaster Materiais Elétricos tem sede em Curitiba e unidade em Joinville, mas atende todo o Brasil com soluções para a Indústria 4.0, além de contar com uma equipe de especialistas que desenvolve projetos industriais buscando integrar automação com tecnologia da informação para que as políticas internas de segurança sejam bem definidas.

 

Fonte: Engenharia de Comunicação

Emprego industrial cresce pelo quinto mês consecutivo, segundo Sondagem da CNI

A atividade industrial, a produção e o emprego voltaram a crescer em novembro. Dados da Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelam que novembro, historicamente um mês de baixa para o setor, registrou alta neste ano. Índices de expectativas permanecem em patamares elevados, acima das respectivas médias históricas.

 

O cenário positivo favorece a intenção do empresário industrial de investir. Mesmo com um recuo de 0,2 pontos na comparação com o mês anterior, em dezembro o indicador ficou em 59,1 pontos, quase 10 pontos acima da média histórica (49,8 pontos).

 

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) média da indústria ficou em 73% em novembro. Apesar da baixa de 1 ponto percentual em relação a outubro, a primeira após seis meses consecutivos de alta, a UCI de novembro de 2020 é 3 pontos percentuais superior à de novembro de 2019 e supera o registrado nos meses de novembro desde 2014, quando também registrou 73%.

 

Na comparação com o usual, a UCI ficou estável em 51,1 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos pelo terceiro mês consecutivo, o que indica que a atividade industrial opera acima do nível usual para o mês.

 

Emprego industrial cresce pelo quinto mês consecutivo

 

 

O índice de evolução do número de empregados ficou em 53,3 pontos, também acima da linha divisória de 50 pontos, o que retrata crescimento do emprego na indústria em novembro. O mesmo ocorreu com o índice de evolução da produção (53,1 pontos), que reflete um aumento intenso e disseminado da produção na comparação com o mês anterior.

 

Os estoques em queda e abaixo do nível planejado em novembro refletem crescimento das vendas acima da produção. “Ressalte-se que o índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado aumentou de 43,3 pontos para 44,1 pontos. É a primeira vez, desde o início da pandemia que o índice aumenta na comparação mensal. Ou seja, o índice ainda mostra que o volume dos estoques de produtos finais se encontra abaixo ao desejado, mas a distância entre o efetivo e o desejado pelas empresas diminuiu”, destaca o relatório técnico.

 

Emprego industrial cresce pelo quinto mês consecutivo

 

Indústria trabalha com expectativas positivas

 

Todos os índices de expectativas permanecem em patamares elevados, acima não só da linha divisória de 50 pontos como de suas respectivas médias históricas. O indicador mostra que os empresários seguem bastante otimistas em relação aos próximos seis meses.

 

Veja os detalhes da Sondagem Industrial

 

 

 

Fonte: CNI

Plataforma online da FCDL MS oferece descontos em produtos e serviços

Com objetivo de fortalecer o varejo sul mato-grossense, a FCDL MS – Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de MS, junto à CDL MS – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, desenvolveram uma plataforma online chamada Varejo MS.

 

Por meio deste guia de produtos e serviços, os consumidores conseguem localizar de forma eficiente, os mais variados prestadores de serviços, além de poder resgatar de forma gratuita, cupons de desconto em vários tipos de produtos. O site ainda conta com espaço de divulgação para empresas, prestadores de serviços, ações, campanhas publicitárias e espaço para notícias variadas.

 

Para resgatar os cupons disponíveis é simples, o consumidor só precisa: escolher o produto ou serviço desejado, ler as informações preexistentes na descrição, clicar em resgatar cupom e acessar com seu e-mail e senha, caso não tenha cadastro no site é só clicar em se cadastrar e pronto, seu cupom já estará válido, mas não se esqueça de salvar ou imprimir seu cupom para garantir o devido desconto no ato da compra.

 

Tenha em qualquer horário e lugar o guia Varejo MS, que é a melhor opção para localizar empresas que são seguras e prestam serviços de qualidade, além de proporcionar descontos para te ajudar na hora de comprar qualquer produto ou usar um serviço.

 

Conheça o www.varejoms.com.br. Acesse e confira!

IST Alimentos e Bebidas oferece consultorias para regularizar agroindústrias do Estado

O IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS), está disponibilizando consultorias para adequar as agroindústrias que tenham o interesse em se regularizar perante o S.I.F. (Serviço de Inspeção Federal) de Produtos de Origem Animal (POA). O serviço é fruto da parceria com o Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do rio Taquari), Codevale (Consórcio Público de Desenvolvimento do Vale do Ivinhema) e Sebrae/MS.

 

As consultorias, oferecidas de forma 100% gratuita para os empresários, são de adequação de layout, com elaboração de planta baixa, e análise de composição nutricional e elaboração do croqui do rótulo de um produto escolhido pela empresa. Ao todo, a parceria contempla 57 indústrias distribuídas por 20 municípios do Estado, sendo que 14 agroindústrias integram o Codevale e 43 integram o Cointa.

 

Visita técnica

 

Para desenvolver o trabalho, o consultor do Senai responsável por cada atendimento se desloca para as empresas com o objetivo de levantar informações pertinentes à planta baixa do estabelecimento e coleta do produto. “Nosso objetivo é orientar e adequar as empresas para que elas possam dar início ao processo de registro junto ao Serviço de Inspeção Municipal dos consórcios para que elas possam se regularizar”, explicou o consultor do IST Alimentos e Bebidas, Vitor Matheus Bordin.

 

Ele ressaltou que a ação envolve pequenos negócios, um dos focos da política do Sistema S. “A ideia é auxiliar as pequenas indústrias de Mato Grosso do Sul a se desenvolverem e conseguirem gerar mais emprego e renda em seus municípios e, consequentemente, fortalecer a indústria e a economia do nosso Estado”, completou.

 

Empresas contempladas

 

Na avaliação do empresário Anderson Aureliano dos Santos, da Queijaria Paulista, localizada no município de Anaurilândia (MS), a consultoria foi uma oportunidade única para se regularizar junto à prefeitura e ainda agregou mais valor aos produtos. “Produzo um total de 12 tipos de queijo e fizemos o rótulo e tabela nutricional do queijo frescal. Com isso, posso colocá-lo agora em mais mercados e ainda tentar viabilizar que o produto seja inserido na merenda escolar aqui no município”, afirmou.

 

Para o empresário Marco Aurélio Guedes Cardoso, do Laticínios Maria, de Costa Rica (MS), a consultoria do IST Alimentos e Bebidas ainda não foi completamente concluída, mas em pouco tempo já mostrou resultados positivos na empresa. “A adequação de layout proposta pelos técnicos do Senai ajudou muito para termos mais eficiência no processo de produtivo e na organização das mercadorias. Só isso já facilitou a produção e estou ansioso para ver o resultado final dos rótulos”, finalizou.

Banco do Brasil cria plataforma digital exclusiva para venda de imóveis rurais

O Banco do Brasil (BB) disponibilizou nesta semana uma plataforma digital exclusiva para venda de propriedades rurais, a AgroBB. A ferramenta funciona por meio do portal Seu Imóvel BB, lançado em abril deste ano pelo banco, em parceria com a startup Resale, para venda digital de imóveis.

 

No momento, estão disponíveis 77 propriedades rurais em todo o país, com valor de mercado médio de R$ 1,6 milhão.

 

O objetivo do banco, ao adotar o modelo de marketplace, é “fomentar a cadeia produtiva da agroindústria e integrar suas linhas de negócios”. De acordo com o BB, a plataforma digital lançada na quarta-feira (16), além de viabilizar a aquisição do imóvel, traz um link com acesso aos seus produtos e serviços. “Já estamos trabalhando também para que esses imóveis rurais sejam integrados a soluções rápidas de seguro, pagamentos, linhas de crédito e vendas de maquinário, reafirmando nosso protagonismo no ecossistema do agronegócio”, afirmou o vice-presidente Corporativo do BB, Mauro Neto, em comunicado.

 

Dentre as propriedades disponíveis no AgroBB está a Fazenda Fico, localizada no município de Nova Ubiratã, no Mato Grosso, grande produtor de grãos do estado. Com área de 9,7 mil hectares, a fazenda está à venda com valor mínimo de R$ 48 milhões e as propostas podem ser enviadas até 19 de janeiro de 2021.

 

A carteira de ativos do BB é composta por imóveis rurais e comerciais recebidos em processos de recuperação de dívidas, imóveis residências retomados do crédito imobiliário e imóveis liberados do uso. De acordo com o banco, o portal utiliza, na concorrência pública, a tecnologia blockchain e é uma plataforma completa de comercialização de imóveis, que oferece desde a consulta de imóveis disponíveis para venda, o envio de propostas, assinatura de contratos, até a transferência da propriedade ao comprador, tudo online.

 

O BB garante ainda o pagamento de todas as despesas vinculadas ao imóvel até a transferência da propriedade ao comprador (impostos, taxas de energia, água e gás, condomínio etc.). Entretanto, no caso de caso de propriedades ocupadas por terceiros, o comprador assume os riscos, providências e custas necessárias à desocupação, como medidas judiciais e extrajudiciais.

 

Fonte: Agência Brasil

Mato Grosso do Sul ganha primeira indústria de bolsas de couro e que vai gerar 150 empregos

Agregar valor ao couro bovino, gerar emprego e divulgar as belezas do Pantanal. Com este propósito foi inaugurado ontem (17), em Rio Negro, a Zanir Furtado, primeira indústria de bolsas de couro de Mato Grosso do Sul. O empreendimento conta com apoio do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

“Empresário que não sonha, não sai do lugar. Essa indústria traz referência de marca Pantanal, é a primeira do Estado em bolsa de couro e contribui para o desenvolvimento de Rio Negro. Este produto que agrega valor à matéria prima que é o couro e que vai ser vendido não só para o Brasil, mas para o mundo, pela qualidade, e teremos uma vinculação com o município para atrair novos investimentos”, destaca o titular da Semagro, secretário Jaime Verruck.

 

O investimento para transformar o empreendimento em realidade soma R$ 1 milhão e até o momento são 15 empregos diretos gerados, com expectativa de chegar a 150 postos de trabalho em três anos de produção. A empresária Zanir Furtado, que empresta o nome à marca, é nascida no município e viu no sonho de produzir bolsas de couro que valorizem a beleza da natureza, a chance de transformar a realidade.

 

“Queremos que as pessoas se sintam parte deste produto, para que ele tenha a alma do trabalhador de Mato Grosso do Sul e que contribua para divulgar ao mundo as belezas que temos ao nosso alcance”, afirma Zanir. As bolsas já estão sendo vendidas hoje e poderão ser adquiridas via instagram da marca. Saiba mais no @zanirfurtado.

 

Prefeito de Rio Negro, Cleidimar Camargo, mais conhecido como Buda do Lair, destacou que o investimento inédito representa um marco para o município. “Rio Negro merece esse sonho e esse investimento e com certeza temos muito orgulho de levar o nome Zanir Furtado junto ao município para fora”.

Apesar do avanço da pandemia, indústria de Mato Grosso do Sul fecha em alta neste ano

Em um ano atípico como 2020, marcado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e uma série de incertezas sobre a economia, a indústria de Mato Grosso do Sul surpreendeu e apresentou um crescimento de 5% no PIB Industrial, saltando de R$ 22,4 bilhões em 2019 para R$ 23,5 bilhões neste ano, e projeta um crescimento de 6,7% para 2021, quando o PIB Industrial deverá chegar a R$ 25,1 bilhões.

 

Os dados são do Radar Industrial da Fiems e foram apresentados pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante balanço realizado na noite desta quinta-feira (17/12), no Edifício Casa da Indústria (MS). Conforme o levantamento, no comparativo de 2019 a 2020, a produção industrial de Mato Grosso do Sul saltou de R$ 52,1 bilhões para 54,4%, um aumento de 4,5%, e, para 2021, a alta será de 4%, chegando a R$ 56,6 bilhões.

 

Em relação aos empregos formais no setor, o crescimento foi de 4,5% de 2019 para 2020, subindo de 125.300 para 131.000, enquanto para 2021 o aumento será de 1,5%, totalizando 132.900. Com relação às exportações de produtos industrializados, os dados também são positivos em 2020 se comparados com 2019 com alta de 6%, passando de US$ 3,59 bilhões para US$ 3,80 bilhões, enquanto para 2021 a elevação será de 3,5%, somando US$ 3,94 bilhões.

 

Na avaliação de Sérgio Longen, os números positivos de 2020 são fruto de ações desenvolvidas pela Federação das Indústrias para apoiar as empresas do Estado. “Finalizamos o primeiro semestre com uma expectativa muito negativa por causa da pandemia e esperávamos que fecharíamos o ano com números negativos em todas as cadeias de produção. Por volta de maio e junho, sentimos que alguns setores começavam a se recuperar, mas para isso acontecer, muitas ações foram construídas”, afirmou.

 

Entre os trabalhos desenvolvidos, o líder industrial destacou a articulação junto ao Banco do Brasil e Governo do Estado para o replanejamento do pagamento dos financiamentos de FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). “A grande maioria das empresas não pagou empréstimos de FCO abril a dezembro deste ano. Ou seja, todos esses valores foram injetados nas empresas via capital de giro”, ressaltou.

 

Além disso, ele lembrou da parceria do Sesi com o Sebrae/MS para oferecer, de forma 100% gratuita, consultorias para elaboração de protocolos de biossegurança nas indústrias como forma de continuar com a produção e manter empregos, sem colocar em risco a saúde e segurança de trabalhadores e clientes. “Em um primeiro momento, as pessoas buscaram estocar mantimentos por causa do lockdown e de imediato nós reunimos as equipes do Sesi para elaborar esses protocolos e discutir de que forma eles seriam implantados nas empresas”, salientou.

 

Retomada

 

Ainda de acordo com o presidente da Fiems, Mato Grosso do Sul vem fortalecendo sua indústria a cada ano e a tendência é de que ela se desenvolva ainda mais. Para isso, ele reforçou o pacote de medidas construído pela Federação das Indústrias com o Governo do Estado e aprovado pela Assembleia Legislativa que contempla um refinanciamento de dívidas de ICMS e multas do Procon, Imasul e Iagro.

 

“Recebemos algumas críticas com relação a esse projeto porque houve uma má compreensão do que de fato propusemos. Nós defendemos o Refis para o empresário que não conseguiu pagar o imposto, mas ele vai pagar o imposto que devia, juros, redução das multas e correção monetária, com a condição de parcelar esses débitos. Não haverá redução dos valores, não haverá perdão da dívida”, explicou Sérgio Longen.

 

Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a diversificação da base econômica e da base industrial de Mato Grosso do Sul permitiram que o Estado fechasse em 2020 positivo em exportação, geração de empregos e na produção industrial. “Mato Grosso do Sul termina o ano com crescimento da arrecadação de ICMS de 10% relativo ao ano passado. Isso é retorno de atividade econômica, então por mais que os impactos microeconômicos sejam muito diferenciados, o PIB do Estado deve crescer 2,7% em 2020 por sua diversificação da sua base econômica”, reforçou.

 

Jaime Verruck projeta para 2021 que a carteira de captação de investimentos chegará a R$ 20 bilhões para Mato Grosso do Sul. “São investimentos que já estão em termos de acordo e financiamentos, com uma capacidade de gerar 10 mil empregos para o próximo ano nos setores industrial, comercial e de serviços”, finalizou.

Reinaldo pede união de esforços para abreviar processo de concessão da Nova Ferroeste

O governador Reinaldo Azambuja pediu união de esforços para dar celeridade aos trâmites e chegar a etapa final de leilão da Nova Ferroeste, na B3, previsto para novembro de 2021. “A gente sabe que projetos de concessões e privatizações são projetos que demandam tempo e energia, mas podemos, com essa equipe conjunta, potencializar e abreviar o tempo para culminar com o leilão na B3”.

 

A Nova Ferroeste, que fará a ligação ferroviária de Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá, no Paraná, foi tema de reunião por videoconferência entre o governador Reinaldo Azambuja, o governador do Paraná, Ratinho Junior, e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, nesta quarta-feira (16).

 

 

 

 

Reinaldo Azambuja classificou a ferrovia como um projeto estruturante que aumenta a competitividade para os dois estados. “Maracaju é o ponto de conexão da Malha Oeste com a futura Ferroeste. Nós temos aí o potencial de minério, produção de etanol e principalmente, através da refinaria do Paraná, a importação do diesel e gasolina. Então é uma nova ferrovia com uma conexão extremamente competitiva aos nossos estados”.

 

A ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou o entusiasmo com o projeto e se colocou à disposição. “A ferrovia surge com esse potencial inicial, mas depois outras cargas vão chegando e se incorporando. Se a ferrovia tem boa gestão, com certeza vai agregar outras cargas. Esse é um projeto que o governador Azambuja e o governador Ratinho tem que deixar para a história das suas gestões. Estou absolutamente a disposição para ajudá-los”.

 

Ratinho Junior, governador do Paraná, falou sobre os estudos do novo ramal ferroviário, que ligará Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá (PR). “A importância desse encontro entre Paraná e Mato Grosso do Sul, juntamente com os ministérios, está no alinhamento, na demonstração da vontade política com relação ao projeto ferroviário para os dois estados e para o Brasil”, afirmou.

 

Após convênio firmado pelos estados em agosto, o encontro nesta quarta-feira (16) foi para apresentar a evolução dos estudos da Nova Ferroeste, também conhecida como Corredor Oeste de Exportação. O estudo de Viabilidade Econômica e Ambiental (Evetea) definiu a capacidade de carga com potencial de 40 milhões de toneladas a serem exportados através da Ferroeste. A próxima etapa do projeto será a contratação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que é a pesquisa que viabiliza ou não a implantação de um empreendimento próximo de áreas preservadas. A construção da ponte sobre o Rio Paraná prevê passar por oito áreas indígenas e duas áreas quilombolas.

 

 

A proposta inicial previa a construção de um terminal em Maracaju, mas segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul fará um estudo técnico para definir um ramal intermediário. “Existe um posicionamento de Governo do Estado que entre o trecho de Guaíra e Maracaju existe a necessidade de ter um outro terminal. Porque tem volume de carga, e tem todas aquelas industrias de etanol. A partir de janeiro nós vamos fazer o estudo sobre onde seria localizado sob o ponto de vista técnico, outro terminal”, explica.

 

Segundo Verruck, a Nova Ferroeste é um projeto estruturante que reposiciona Mato Grosso do Sul dentro do marco ferroviário. O aumento de exportação, aumento da renda para os produtores, competividade, possibilidade de expansão agrícola do Estado estão entre os principais reflexos para o Estado.

 

Também participaram do encontro o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Corrêa Reidel, o secretário estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, e o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves.